Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II
PROF. ITAMAR
APOSTILA DE TEORIA
COM PERGUNTAS PARA AS PROVAS
AGLOMERANTES
São materiais que, como o nome indica, exercem a ação com efeito de aglutinar (aglomerar, juntar). São
capazes de endurecer por simples secagem (barro), ou através de reações químicas (tijolo).
Na construção civil, além do cimento Portland, artificial, temos também os seguintes materiais: asfalto, cal,
gesso e aglomerantes especiais.
1. Classificação
(a) Aglomerantes quimicamente inativos: endurecem por simples secagem. Ex: argila.
(b) Aglomerantes quimicamente ativos: podem reagir com a água ou com o ar. Dentre os quimicamente
ativos temos os hidráulicos (cimento Portland), aéreos (CO2, cal gorda, cal magra) e os químicos (epoxi,
fenálitos e resina furan).
CAL
Cal é um nome genérico de um aglomerante simples resultante da calcinação de rochas calcárias que
se apresentam sob diversas variedades com características resultantes da natureza da matéria prima
empregada e do processamento conduzido.
A calcinação da rocha calcária pura produz um óxido de cálcio puro (insumo industrial), que é um produto
mais valorizado do que os normalmente utilizados na construção.
Nas rochas calcárias naturais, o carbonato de cálcio é frequentemente substituído pelo carbonato de
magnésio, que não constitui impureza propriamente dita. A sílica, os óxidos de ferro e o alumínio são as
impurezas mais comuns, presentes nas rochas calcárias.
2. Reações Químicas
3. Cal Viva
É o produto da calcinação do calcário natural, contém, predominantemente, óxido de cálcio (CaO), e exibe
estrutura porosa e formato idêntico aos grãos da rocha original, podem ter vários tamanhos em função do
processo de formação utilizado. Em geral, são grãos de grandes dimensões com 10, 15 ou 20cm em média.
São chamadas pedras de cal viva.
2
4. Cal Extinta
A cal viva não é ainda o aglomerante utilizado em construção. O óxido deve ser hidratado, transformando-
se em hidróxido (constituinte básico do aglomerante cal). A operação de hidratação recebe o nome de
extinção e o hidróxido resultante denomina-se cal extinta (quando o processo se realiza no local do
empredo do material) ou cal hidratada (quando a extinção se processa na fábrica). A reação química é a
seguinte:
Extinção / Hidratação
Esse endurecimento se processa com lentidão e ocorre de fora para dentro. O mecanismo depende do
gás carbônico do ar atmosférico, daí o nome dado a esse aglomerante, gás aéreo.
O endurecimento da cal aérea se dá pela absorção do CO2 do ar, portanto esse material não endurece na
água. O endurecimento que depende do ar atmosférico é muito lento, camadas espessas permanecem
fracas no seu interior por longo período de tempo.
Na aplicação de argamassa de cal e aria para revestimento, torna-se necessário aplicá-la em camadas com
intervalo de 10 dias. O endurecimento da cal também se dá pela combinação do hidróxido de cálcio com a
sílica finamente dividida que se encontra na areia que a constitui.
6. Envelhecimento da Pasta
Terminada a operação de extinção da cal, a pasta deve ser envelhecida para que a operação se complete
inteiramente.
A pasta de cal obtida pela extinção da cal em pedra deve envelhecer de 7 a 10 dias. Pode-se utilizar a
pasta obtida na extinção da cal em pó depois de 24h. Pastas obtidas pela extinção de cal de variedades
magnesianas deve ser envelhecidos por períodos mais longos, até 2 semanas.
GESSO
É uma família de aglomerantes simples, constituídos basicamente de sulfatos mais ou menos hidratados
e anídros de Cálcio.
São obtidos pela calcinação da gipsita (CaSO4.2H2O) natural (rocha que se encontra na natureza),
constituída de sulfato bi-hidratado, geralmente acompanhado de uma certa proporção de impurezas,
como a sílica, a alumina, óxido de ferro, carbonato de cálcio e magnésio.
1. Desidratação da gipsita
A desidratação da gipsita por calcinação, dentro do limite das temperaturas e da pressão corrente, conduz
a formação dos seguintes sulfatos:
1) Alfa
3
2) Beta
(b) Entre 180OC e 300OC: são produzidas duas variedades de sulfato anidro (CaSO4) solúvel
1) Alfa
2) Beta
2. Processo de endurecimento
OBSERVAÇÃO: O sulfato anidro insolúvel não é sucetível de re-hidratação rápida, sendo praticamente
inerte.
3. Variedade de empregos
Segundo a natureza dos compostos desidratados, dos materiais inertes, da textura do produto, e segundo
a proporção de impurezas naturais, a condição de pega e, consequentemente, seu emprego tomam
aspectos muito variáveis, conduzindo à qualificação de diversos membros de uma família de aglomerantes.
4. Propriedades
O gesso se encontra no mercado na forma de pó branco de elevada finura com densidade (massa
específica) aparente de 0,70 a 1,00, diminuindo com o grau de finura. Sua densidade (massa específica)
absoluta é de cerca de 2,7, e tem como propriedades principais a pega, a aderência e o isolamento.
5. Pega do gesso
A calcinação realizada em temperaturas mais elevadas ou durante tempo mais longo conduz a produção
de material de pega mais lenta, porém de maior resistência. O gesso de Paris, constituído de semi-
hidratado puro, dá pega em poucos minutos. Gessos obtidos em segunda cozedura, constituídos
principalmente de sulfato anidro solúvel, podem ter pega tão lenta quanto se desejar. Material super cozido,
com predominância de sulfato anidro insolúvel, não dá pega, não tem valor aglutinante. Gessos de elevada
finura dão pega mais rápido e atingem maiores resistências.
6. Resistência mecânica
As pastas de gesso depois de endurecido atingem resistência à tração entre 0,7 a 3,5Mpa, e à compressão
entre 5 e 15Mpa.
7. Aderência
As pastas e argamassas de gesso aderem muito bem ao tijolo, pedra e ferro, e aderem mal às superfícios
de madeira. A aderência ferro-gesso, embora tenham compatibilidade físico-química, permite a corrosão
do metal.
Não se pode fazer gesso armado como se faz com o cimento. Todavida, a estabilidade é alcançada quando
se faz armadura com ferro galvanizado.
4
8. Propriedades – Isolamento
Sua conductibilidade térmica é muito baixa, cerca de 1/3 do valor do tijolo comum. O gesso confere aos
revestimentos considerável resistência ao fogo. A água de cristalização é eliminada pelo calor, reduzindo
o material superficial à condição de pó, que não sendo reduzida atua como isolador que protege a camada
interior do gesso.
9. Aplicações
O material não se presta ordinariamente para aplicações exteriores, por se deteriorar em consequência da
solubilização na água. O gesso é largamente utilizado na fabricação de ornamentos, painéis para paredes,
forros, etc. Sempre produtos de fino acabamento.
CIMENTO PORTLAND
C4AF
1. Clinquer
Produto de natureza granulosa resultante do aquecimento até fusão insipiente (mais ou menos 30% de
fase líquida) de mistura de calcário e argila convenientemente dosada e homogeneizada, de tal forma
que toda CaO se combine com os compostos argilosos, sem que, depois do cozimento, resulte CaO livre
prejudicial. O clinquer é moído e transformado em pó, que se tornará o cimento. Após a queima, é feita
pequena adição de sulfato de cálcio (gipsita), a fim de regularizar o tempo de início da reação do
aglomerante (cimento) com água.
Se adicionada água, o pó úmido endurece imediatamente. Este produto não serve para trabalhar em obra,
pois endurece muito rápido. Para retardar a reação, é necessário adicionar pó de gipsita (gesso).
2. Definição de Cimento
5
Esses silicatos e aluminatos complexos, ao serem misturados com água, hidratam-se e produzem o
endurecimento da massa, podendo alcançar elevada resistência mecânica.
3. Constituintes
Para facilitar os estudos, é usual considerá-los formados pela associação de corpos binários contendo
oxigênio, cujos componentes fundamentais são:
Cal (CaO)
Magnésia (MgO)
4. Compostos
As propriedades do cimento estão relacionadas diretamente com as proporções dos silicatos e aluminatos
(compostos). Estas proporções podem ser determinadas a partir do resultado da análise dos óxidos.
Denomina-se esta operação a determinação da composição potencial do cimento. Normalmente usa-
se o método de Bogue.
6. Composição X Propriedades
A importância do conhecimento das proporções dos compostos constituintes do cimento consiste na co-
relação existente entre estes e as propriedades finais do cimento e também do concreto.
6
1) Silicato tricalcico (3CaO . SiO2 C3S): maior responsável pela resistência, principalmente até o fim do
primeiro mês de cura.
2) Silicato bicalcico (2CaO . SiO2 C2S): tem maior importância no processo de endurecimento em idades
mais avançadas, grande responsável no ganho de resistência a um ano ou mais.
3) Aluminato tricalcico (3CaO . Al2O3 C3A): contribui para a resistência de forma rápida, especialmente
no primeiro dia.
4) Ferro Aluminato tetracalcico (4CaO . Al2O3 . Fe2O3 C4AF): em nada contribui para a resistência,
porém, por formar o eutético (incluso nos ±30% da fase líquida), contribui para o barateamento do custo
do cimento. O eutético é o responsável pela diminuição do gasto de energia do processo.
Pega: quando passa do estado fresco para estado de endurecimento (3h após hidratação). Isto é, entre o
momento em que você coloca uma agulha e não chega ao fundo da amostra e o endurecimento final. Dura
geralmente 12h. Material passou de fluido para sólido. As reações não cessaram, pois duram 1 mês.
Endurecimento: A fase após a pega, enquanto o cimento está endurecendo até o final. Dura geralmente
30 dias, até as reações cessarem.
Cura: Promover a cura do concreto é não deixar faltar água para que ocorram as reações baseadas na
hidratação do concreto (7~15 dias). Se houver água, os silicatos que ainda não reagiram irão reagir.
7. Calor de Hidratação
Essa energia térmica produzida é de grande interesse principalmente em obras volumosas, favorecendo o
aparecimento de trincas de contração ao fim do resfriamento da massa. Esse desenvolvimento de calor
varia com a composição do cimento.
O valor do calor de hidratação varia entre 85 a 100cal/g para os cimentos Portland ordinários, e de 60 a
80cal/g para os cimentos de baixo calor de hidratação.
A pega é o tempo que decorre desde a adição da água até o início das reações com os compostos do
cimento, é evidenciado pelo aumento do brusco da viscosidade (perde a trabalhabilidade) e pela elevação
da temperatura.
7
Convencionou-se denominar fim de pega a situação em que a pasta cessa de ser deformável e se torna
um bloco rígido.
A pega e o edurecimento são dois aspectos do mesmo processo de hidratação do cimento, vistos em
períodos diferentes. A pega é vista na primeira fase do processo, e o endurecimento na segunda, e última,
fase do mesmo.
Teorias de Endurecimento:
2) Michaelis: Ca(OH)2 + H2O Silicatos formam massa gelatinosa coloidal que ao secar promove
coesão.
Através da determinação dos tempos de início e fim de pega, se tem uma ideia do tempo disponível para
trabalhar, transportar, lançar e adensar o concreto, bem como transitar sobre eles.
A medida do tempo de pega se faz com a utilização da agulha de Vicat, de formato cilíndrico, seção
circular de 1mm² e aplicado sob a pasta (cimento + água) de consistência normal com uma carga de 300g.
É determinada pelo uso da sonda de Tetmajer, de formato cilíndrico com diâmetro de 1cm no (aparelho
de Vicat). Diz-se que a pasta tem consistência normal quando, colocada em uma forma de formato de
anel, com diâmetro interno de 8cm e altura de 4cm, a sonda de Tetmajer, colocada sobre a pasta sem
choque e sem velocidade inicial, estaciona a 6mm do fundo da fôrma.
A amostra (pasta de consistência normal) é ensaiada periodicamente à penetração pela agulha de Vicat,
determinando-se o tempo de início de pega quando esta deixa de penetrar até o fundo, ou melhor, fica
distanciada do fundo 1mm. Os ensaios são prosseguidos até determinação do fim de pega, que é o
tempo que decorre desde o lançamento da água de amassamento até o momento em que a agulha,
aplicada suavemente sobre a superfície da pasta, não deixa vestígios apreciáveis.
Para que haja estabilidade de volume é necessário que nenhum dos compostos de cimento sofra, uma
vez endurecido, uma expansão volumétrica, que é prejudicial e destrutiva. Isso ocorre principalmente com
cal livre e óxido de magnésio.
Quano o cimento contém apreciáveis proporções de cal livre (CaO), esse óxido ao se hidratar
posteriormente ao endurecimento, aumenta o volume, criando tensões internas que levam à
microfissuração, e podem terminar da desagregação do material. Tal fenômeno ocorre com maior razão
com o óxido de magnésio (MgO), motivo pelo qual são limitados seus teores máximos.
A resistência mecânica dos cimentos é determinada pela ruptura à compressão com argamassa em corpos
de prova cilíndricos de 10cm de altura e 5cm de diâmetro. O corpo de prova é sempre altura = 2 x diâmetro.
8
A argamassa é constituída de cimento e areia normal nas proporções de 1:3 em peso, materiais secos.
A água será determinada para conseguir a consistência normal (ensaio de escorregamento da argamassa
normal em mesa cadente).
O ensaio consiste em medir o tempo necessário que uma dada quantidade de ar necessita para
atravessar uma amostra de densidade conhecida, determinando a superfície específica para a
comparação dos resultados obtidos com os determinados para uma amostra padrão de superfície
conhecida.
A superfície específica determinada por estes processos, conduz a resultados de significado relativo
(previsão de comportamento). Cumpre salientar seu grande valor no controle de fabricação do cimento,
quando os parâmetros perturbadores permanecem os mesmos.
Os valores determinados no processo de Blaine, são usualmente 50% mais elevados que os determinados
no processo de Wagner.
15. Finura
Além da composição química, o grau de moagem exerce grande influência sobre suas propriedades.
Saída da água
16. Especificações
2) Britagem
3) Moedura e mistura
4) Queima
5) Adicionar a gipsita
6) Moedura do clínquer
7) Expedição
9
O processo pode ser realizado por via seca ou via úmida. Como é importante economizar energia na
realização do cimento, opta-se majoritariamente pela via seca.
O cimento aluminoso resulta de uma mistura de bauxita e calcário. O cozimento é conduzido até a fusão
completa, dando também o nome de cozimento fundido.
É um cimento de pega lenta, iniciando-se esta duas horas após a mistura, porém atinge resistências
elevadas em pouco tempo (31,5MPa em dois dias; 35,5MPa em sete dias; 40MPa em vinte oito dias). Tem
excelentes qualidades e resistência a águas sulfatadas, porém em outros meios considerados menos
nocidos, são produzidas decomposições mal explicadas.
É um cimento refratário por excelência, em mistura com agregados convenientemente escolhidos pode
resistir à temperaturas até acima de 1400ºC, onde tem sua principal aplicação.
CP II E 6 – 43% 0 – 10%
CP II F 6 – 10%
CP II Z 6 – 14% 0 – 10%
Mais
CP III 35 – 70% 0 – 5%
CP IV 15 – 50% 0 – 5% utilizados
CP V 0 – 5%
CP II: Pode ser F ou Z, composto que pode ter escória de alto forno, ou um produto da queima do carvão
mineral, pozolâmicas artificiais.
CP III: Chega até 70% da escória
CP IV: Quando tem muita pozolana (mais que CP II Z)
CP V: Cimento ARI, alta resistência inicial
Tipo Classe Resist 1 dia Resist 3 dias Resist 7 dias Resist 28 dias
CP I 32 10 20 32
CP I S 40 15 25 40
CP II E
32 10 20 32
CP II F
40 15 25 40
CP II Z
32 10 20 32
CP III
40 12 23 40
CP IV 32 10 20 32
CP V ARI 11 22 31 -
32 10 20 32
RS
40 12 23 40
10
MATÉRIA DA P2
AGREGADOS
É um material granular, geralmente inerte, incoesivo, de dimensão e propriedades adequadas para o uso
de engenharia.
- Granular
- Evita retração
- Economiza cimento
- Diminui a retração
2. Aplicações
Nas construções, servem de lastros em vias férreas, bases para calçamentos, não adicionados aos solos
que constituem pistas de rolamento das estradas, entram na composição de material para revestimentos
betuminosos e são finalmente utilizados como material granular e inerte na confecção de argamassas e
concretos.
3. Classificação de agregados
Agregados naturais: são aqueles que já se encontram na natureza na forma granular (particulada). Ex:
areia, seixos-rolados, areia de mina e pedregulhos.
Agregados artificiais: são aqueles que necessitam de um trabalho (por exemplo, fragmentação) a fim de
chegar à condição necessária e apropriada para seu uso. Ex: brita, areia artificial, etc.
Agregados miúdos: agregados cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 4,75mm e ficam
retidos na peneira com abertura de malha de 0,15mm. Ex: areia natural e areia artificial.
Agregados graúdos: agregados cujos grãos passam pela peneira de 76mm e ficam retidos na peneira de
malha de 4,75mm. Ex: pedra britada e seixos-rolados.
Agregados leves: peso unitário menor que 1ton/m3. Ex: pedra pome, argila expandida, virmiculita.
Agregados normais a médios: peso unitário entre 1 e 2ton/m3. Ex: areias quartzosas, granitos, etc.
Agregados pesados: peso unitário acima de 2ton/m3. Ex: hematita, barita, etc.
11
4. Peneiras
Série normal e série intermediária de peneiras. Conjunto de peneiras que atendem à ABNT, NBR, NM, ISO
3310-1.
Série normal (mm) Série intermediária (mm)
75 -
- 63
- 50
37,5 -
- 31,5
- 25
19 -
- 12,5
9,5 -
- 6,3
4,75 -
2,36 -
1,18 -
0,6 -
0,3 -
0,15 -
PROVA: Diâmetro máximo do agregado (ABNT NBR 7211): “Grandeza associada à distribuição
granulométrica do agregado, corresponde à abertura nominal em mm da malha da peneira da série nominal
ou intermediária, na qual o agregado apresenta uma porcentagem retida acumulada igual ou
imediatamente inferior a 5% em massa.”
5. Obtenção de Agregados
Alguns agregados são obtidos por extração direta do leito dos rios, por meio de dragas e, à vezes, de minas.
Devem sofrer um beneficiamento que consiste em lavagem e classificação, para remover argilas, por
exemplo.
A pedra britada é obtida pela redução de pedras maiores; originalmente o amarroamento era manual. Hoje,
é praticamente toda obtida por trituração em aparelhagem especial, os britadores.
6. Fillers
São agregados mais finos, constituídos por partículas minerais de dimensões inferiores a 0,075mm.
Como a análise granulométrica do material, por peneiramento, não é possível abaixo de uma peneira de
0,040mm, os filers geralmente são estudados por processo de sedimentação.
Os fillers têm grãos de dimensões da ordem dos do cimento, e como este, apresentam interesse não só
pelo seu grau de finura como também por sua superfície específica, expressa em m²/kg.
12
7. Utilização dos Fillers Obs.: nas misturas com
materiais betuminosos, o
filler, além da função
Tem como utilizações principais, os seguintes casos: espessante, tem a função
de dar maior durabilidade.
Espessador de asfalto flúido (15 a 25% do peso do aglomerante)
Fabricação de mástiques (material para encher juntas) betuminosos
Preparação de argamassa betuminosa (8 a 15% do peso da argamassa)
Preparação do concreto hidrocarbonatado (3 a 6% do peso do concreto)
Adição a cimento
Fabricação de borracha artificial
8. Massa Específica
Também chamada massa específica absoluta, é a massa da unidade de volume, excluindo deste os
vazios permeáveis e os vazios entre os grãos. Sua determinação é feita através do picnômetro, da
balança hidrostática ou pelo frasco de chapman. Excetuando-se os agregados leves, a massa específica
dos agregados miúdos e graúdos é em torno de 2,65 kg/dm³.
É também chamada massa unitária, é a massa por unidade de volume, incluindo no volume os vazios
entre os grãos, sua determinação tem grande importância, pois é por seu meio que se podem converter
as composições das argamassas e concretos dados em massa para volume e vice versa.
É a areia natural ou artificial, resultante do britamento de rochas estáveis, cujos grãos passam pela
peneira com abertura de malha de 4,75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 0,150
mm.
11. Granulometria
O agregado é formado por mistura de grãos de extensa gama de tamanhos. Se um determinado agregado
é retido em peneiras de abertura “A”, e passa na peneira de abertura “B”, pode ser denominado
agregado A/B.
Para caracterizar um agregado, é necessário, então, conhecer quais as parcelas constituídas de grãos
de cada diâmetro, expressa em função da massa total do agregado.
Soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de um agregado, nas peneiras da série normal,
dividida por 100.
13
B) Fina: 1,72 < MF < 2,11
C) Média : 2,12 < MF < 2,71
D) Grossa: MF > 2,71
O teor de umidade conduzido pelos agregados é de grande importância, pois a quantidade de água que
é conduzida ao concreto afetará consideravelmente o fator água/cimento (f a/c). Além disso, é preciso
fazer a correção da quantidade dos agregados colocados na mistura, principalmente quando se trabalha
com dosagens em volume, a influência é muito maior devido ao fenômeno de inchamento das areias.
Teor de Umidade - De acordo com o teor de umidade, podemos considerar o agregado nos seguintes
estados:
A) Seco em estufa: toda a umidade foi eliminada por secagem em estufa (100ºC a 110ºC), até que
duas pesagens, espaçadas por não menos de 2 horas, não difiram mais de 0,1% entre si.
B) Seco ao ar: quando não apresenta umidade superficial, tendo, porém, umidade interna.
C) Saturado superfície seca: quando a superfície não apresenta água livre, porém os vazios
permeáveis das partículas dos agregados estão cheios dela.
14
14. Fator de Correção
Fator de correção ou coeficiente de umidade é o número que multiplicado pelo peso úmido, dá o peso
seco.
Ps = K . Ph
100
𝐾=
100 + ℎ
Exemplo: Considerando a dosagem:
Água = 172 kg/m³ , Fa/c = 0,44, para o concreto em questão Ϭc = 400 kg/cm²
100
𝐾= = 0,97
100 + 3
Ps = 0,97 . 631 = 612kg
Por tanto a areia está conduzindo 19 litros de água. O novo fator a/c será:
172 + 19
𝐹𝑎/𝑐 = = 0,49
390
Com este Fa/c, o concreto em questão terá Ϭc = 350 kg/cm²
15. Inchamento
Nos agregados miúdos, os tamanhos dos vazios podem ser da ordem, ou menores, que a espessura da
película de água que adere às superfícies dos grãos (absorção). Por isso, o agregado pode ter seus grãos
afastados uns dos outros pela película de água. Chama-se este fenômeno de “inchamento”, que é definido
pelo aumento de volume que sofre a areia seca ao absorver a água.
É o quociente entre os volumes úmido (Vh) e seco (Vo) de uma mesma massa de agregado.
100 + 𝐻
𝑉ℎ γs( 100 )
=
𝑉𝑜 γh
15
γs = massa unitária do agregado em estufa (kg/dm³)
H = teor de umidade, em %
É o teor de umidade acima do qual o inchamento permanece praticamente constante. A umidade crítica
é obtida da curva de inchamento de agregado da seguinte forma:
A média dos coeficientes de inchamento nos pontos “umidade crítica” e “umidade máxima” é definida
como coeficiente de inchamento médio.
18. Impurezas
As principais impurezas dos agregados miúdos limitados por norma (ABNT – NBR 7211:2005) são:
Torrões de argila e materiais friáveis: Os torrões de argila e materiais friáveis sãos considerados
inclusões de baixa resistência, prejudicando a resistência e a durabilidade das argamassas e concreto.
A norma (7211) limita a quantidade relativa à massa do agregado miúdo a um valor máximo de 3%.
Materiais carbonosos: As partículas de baixa densidade são inconvenientes, pois além de serem
inclusões de baixa resistência, as partículas de carvão e linhito podem intumescer (expandir) e
desagregar o concreto, bem como perturbar o endurecimento do cimento. Seu teor é limitado por
norma, para concreto aparente, em 0,5% (máximo em relação a massa do agregado miúdo) e, para
concreto não aparente, em 1%.
Materiais finos que passam na peneira 0,075 mm por lavagem (material pulverulento): É
constituído de partículas de argila (< 0,002 mm) e silte (0,002 a 0,060 mm), principalmente de argila.
Os finos, quando presentes, aumentam a necessidade de água nos concretos para uma mesma
consistência. Além disso, podem formar uma película envolvendo os grãos, não se separando durante
a mistura. Sua ação é altamente prejudicial, e devido a necessidade do aumento do fator (fa/c),
16
proporcionam maiores alterações volumétricas, intensificando sua retração e reduzindo sua
resistência.
Valores máximos percentuais relativos a massa de agregado miúdo (ABNT NBR 7211:2005)
o Para concreto submetido a desgaste superficial maximo: 3%
o Para concreto protegido do desgaste superficial: 5%
Impurezas orgânicas: São normalmente formados por partículas de húmus. Exercem uma ação
prejudicial sobre a pega e o endurecimento das argamassas e concretos. Uma parte de húmus, que
é ácida, neutraliza a água alcalina da argamassa e a parte restante envolve os grãos de areia,
impedindo uma perfeita aderência entre o cimento e as partículas de agregado. Por estas razões, tem
influência deletéria sobre a resistência das argamassas e concretos.
As areias artificiais são obtidas por moagem de fragmentos de rochas. A forma e a qualidade são funções
das rochas que deram origem às areias artificiais. As melhores provêm de granitos e pedras com grande
proporção de sílica. As areias provenientes de basalto apresentam, em geral, grãos em forma de placas ou
agulhas, produzindo argamassas ásperas e menos trabalháveis.
É o pedregulho natural ou pedra britada proveniente do britamento de rochas estáveis, cujos grãos passam
pela peneira de 75mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 4,75mm (ABNT NBR
7211:2005).
Brita 1 9,5 – 19
Brita 2 19 – 37,5
Brita 3 37,5 – 75
É a massa da unidade de volume aparente do agregado, isto é, incluindo no volume os vazios entre os
grãos.
É utilizada nas transformações de traço em massa para volume, e vice-versa, bem como para consumo de
materiais empregados por metro cúbico de concreto.
17
22. Resistência e Durabilidade
Os agregados devem provir de rochas inertes, isto é, sem ação química sobre os aglomerantes e
inalteráveis ao ar, à água ou às variações de temperatura.
Os seixos rolados, em geral, satisfazem a estes requisitos, não acontecendo o mesmo com certos
feldspatos e xistos, que se decompõem lentamente ao ar ou em contato com água.
Seixos rolados ✓
Feldspatos e Xistos ✗
23. Granulometria
O estudo da granulometria para os agregados graúdos, considerados isoladamente, não tem a mesma
importância que para os agregados miúdos. A NBR 7225 dá para as pedras britadas numeradas os
seguintes valores, que diferem dos da prática comercial:
Pedra 2 12,5 - 25
Pedra 3 25 - 50
Pedra 4 50 - 76
Pedra 5 76 - 100
Os agregados não devem conter impurezas, substâncias nocivas, que prejudiquem as reações e o
endurecimento do aglomerante nos concretos.
Conforme a tabela 7 da NBR 7211:2005, seus teores são limitados pelos seguintes valores máximos
relativos a massa do agregado graúdo:
Concreto aparente – 1%
Outros concretos – 3%
18
DOSAGEM
Ex)
Sd = 4
𝐴′
𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑎/𝑐 =
𝑓𝑐𝑗 + 𝐵′
A’ B’
CP 32 21 11
CP 40 26 14
19
R:
26 26 26
𝑓𝑎𝑐 = = 0,51 𝑓𝑎𝑐 = = 0,54 𝑓𝑎𝑐 = = 0,57
36,5 + 14 34,1 + 14 31,6 + 14
4. Consumo de Cimento
á𝑔𝑢𝑎
𝐶=
𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑎/𝑐
Ex)
Exemplo: fck 25,0 MPa ; slump 6,0 cm ; CP 40; brita (água 193 l/m³)
Sd= 7,0 fcj = 36,5 MPa a/c = 0,51 cimento: 193 / 0,51 = 378,4 kg/m3
Sd = 5,5 fcj = 34,1MPa a/c = 0,54 cimento: 193 / 0,54 = 357,4 kg/m3
Sd = 4,0 fcj = 31,6 Mpa a/c = 0,57 cimento: 193 / 0,57 = 338,6 kg/m3
𝐶
𝑀 = (1000 − − á𝑔𝑢𝑎) 𝑥 𝐷𝑎𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜
𝐷𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
3,10 2,65
𝑀1 = [𝐴𝑠𝑒𝑐𝑎 (𝐶 + 𝑀)] − 𝐶
Entre 45 e 55%
20
7. Composição do Traço em Peso
Para se efetuar a composição do traço em volume é preciso conhecer a densidade aparente dos agregados.
O primeiro passo será encher a lata de 18 litros com o agregado, areia ou brita, pesar e abater a tara. Deve-
se repetir a operação 3 vezes e adotar a média dos valores. Por fim, divide-se o peso por 18 e obter a
densidade em kg/dm³.
Para um fck 25,0 MPa ; slump 6,0 cm ; CP 40 ; brita 1 ; concreto aparente, tem-se
9. Ajuste do Traço
21
POSSÍVEIS PERGUNTAS – P1
O inchamento é o aumento do volume que sofre a areia seca ao absorver a água. Nos agregador miúdos,
o tamanho dos vazios pode ser da ordem ou menor que a espessura da película de água que adere as
superfícies dos grãos. Por isso o agregado pode ter seus grãos afastados uns dos outros pela película de
água.
A cal é resultante da calcinação (CaCO3 + calor CaO + CO2) de rocha calcária ou Dolomito.
Gesso é obtido pela calcinação da gipsita natural, constituído de sulfato bi-hidratado de cálcio, geralmente
acompanhado de uma curta proporção de impurezas, como sílica, alumínio, óxido de ferro, etc. A
desidratação da gipsita por calcinação, dependendo da temperatura, conduz a formação de:
1
Entre 100ºC e 180ºC: SO4Ca e H2O
2
Entre 180ºC e 300ºC: são produzidas duas variedades do SO4Ca, alta e beta
Acima de 300ºC: é produzido o sulfato anidro insolúvel
3. Defina clínquer.
fc C2S
C3S
C3A
1 DIA 28 ANOS
28 DIAS idade
É a quantidade de calor (em cal/g de cimento anídro) depois de completa hidratação e uma determinada
temperatura.
22
Essa energia térmica é de grande interesse, principalmente em obras de grande volume, favorecendo o
aparecimento de trincas de contração ao fim do resfriamento da massa. Esse desenvolvimento de calor
varia com a composição do cimento.
A pega é o tempo que decorre da adição da água até o início das reações. É evidenciado pela diminuição
da viscosidade (perda da trabalhabilidade) e aumento da temperatura. É convencionado chamar “fim de
pega” quando a pasta cessa de se deformar.
A pega e o endurecimento são dois aspectos do mesmo processo de hidratação do cimento. A pega é a
primeira fase e o endurecimento é a segunda.
8. Defina agregado
Dentre os benefícios de seu uso em argamassas e concretos, está a economia no cimento, diminuição
na retração e aumento à resistência ao desgaste.
Segundo a norma, os agregados miúdos devem se enquadrar em uma das faixas granulométricas e a
variação máxima do módulo de finura deve ser 0,2.
Módulo de finura: quando somamos todo o material retido nas peneiras da série normal e dividimos por
100.
23
11. Classifique os agregados quanto à dimensão.
Existem os agregados miúdos – que passam na peneira 4,75mm e ficam retidos na de 0,15mm (ex: areia
natural) – e os agregados graúdos – que passam na peneira 76mm e ficam retidos na de 4,75mm (ex:
pedregulho natural).
12. Diferencie aglomerante hidráulico de aéreo. Fale sobre o endurecimento deste último (da cal
aérea).
Ambos são aglomerantes que endurecem por reações químicas (e não por simples secagem, como a
argila, por exemplo). Os hidráulicos endurecem após reagirem com a água (hidratação) e os aéreos
endurecem pela ação química do CO2 no ar.
O endurecimento da cal aérea se dá pela absorção de CO2 do ar atmosférico, logo não endurece em
contato com a água. Esse endurecimento é muito lento, ocorre de fora para dentro, o que gera partes fracas
no seu interior por longo período de tempo.
13. O que é gesso? Fale sobre seu endurecimento, sua variedade e emprego.
É o termo genérico para uma família de aglomerantes simples, constituído de sulfatos mais ou menos
hidratados e anidros de cálcio.
Seu endurecimento ocorre quando os semi hidratados e os sulfatos anidros solúveis entram em contato
com a água, formando o sulfato bi-hidratado. Forma-se uma malha fina cristalizada interpenetrada
responsável pela coesão do conjunto.
Sabendo o tempo de início e fim de pega sabemos o tempo disponível para trabalhar, transportar, lançar
e vibrar argamassas e concreto.
d) Materiais finos: aumentam a necessidade de água, aumenta o fator A/C, proporcionando alterações
volumétricas, intensificando retrações e diminuindo o FCK.
O rendimento em pasta é a razão entre o volume de cal extinta obtida por tonelada de cal viva utilizada.
A cal hidratada é um produto pronto para ser utilizado, sendo, dessa forma, mais fácil de manusear,
transportar e armazenar, não estando sujeita aos riscos provocados pela hidratação espontânea da cal
24
viva. Além disso, sendo um produto seco, pulverulento, oferece maior facilidade de mistura na elaboração
da argamassa.
Entretanto, a plasticidade das argamassas com cal hidratada é ordinariamente inferior às preparadas com
pasta de cal resultante da extinção da cal viva. Além disso, o rendimento econômico é menor, assim como
a capacidade de sustentação de areia.
O concreto fresco é assim considerado até o momento em que tem início a pega do aglomerante. Suas
propriedades são trabalhabilidade, tempo de trabalhabilidade, tempo de pega e coesão.
POSSÍVEIS PERGUNTAS – P2
1. Defina agregados e quais suas principais funções. Qual é sua importância para a construção
civil?
É importante para a construção civil pois economiza cimento, diminui a retração, aumenta a resistência
ao desgaste e os agregados de boa qualidade tem resistência mecânica superior à pasta aglomerante.
Os agregados podem ser classificados quanto à origem: naturais ou artificiais; quanto às dimensões:
graúdos ou miúdos; e quanto ao peso específico: normais, leves e pesados.
O fenômeno de inchamento é definido pelo aumento de volume que sofre a areia seca ao absorver a água
e ocupar seus espaços vazios.
O coeficiente de inchamento é a divisão entre o volume úmido (Vh) e o volume seco (Vo) de uma mesma
massa de agregado, calculado conforme NBR 6467.
25
4. No que essas impurezas prejudicam o concreto? Torrões de argila, material carbonoso, material
pulverulento e material orgânico.
5. Como deve ser preparado o concreto, de acordo com a NBR 12655? Cite suas etapas.
Lote de concreto: Volume definido de concreto, elaborado e aplicado sob condições uniformes (mesma
classe, mesma família, mesmos procedimentos e mesmo equipamento).
Amostra de concreto: Volume de concreto retirado do lote, com o objetivo de fornecer informações
mediante realização de ensaios, sobre a conformidade deste lote, para fins de aceitação.
Exemplar: Elemento da amostra constituído por dois corpos de prova da mesma betonada, moldados no
mesmo ato, para cada idade de rompimento.
As amostras devem ser coletadas aleatoriamente durante a operação de concretagem. Cada exemplar
deve ser constituído de dois corpos de prova da mesma amassada, para cada idade de rompimento,
moldados no mesmo ato. Toma-se como resistência do exemplar o maior dos valores obtidos no ensaio do
exemplar.
𝑓1 + 𝑓2 + ⋯ + 𝑓𝑚 − 1
𝑓𝑐𝑘 = 2 𝑥 ( ) − 𝑓𝑚
𝑚−1
Para lotes com número de exemplares n ≥ 20, a resistência é dada por:
26
Controle por Amostragem Total (100%): Não há limitação para o número de exemplares do lote.
𝑓𝑐𝑘 = 𝑓1
Para n ≥ 20:
𝑓𝑐𝑘 = 𝑓1 𝑥 0,05𝑛
Quando o concreto for elaborado com os mesmos materiais e equipamentos silmares, o valor do Sd deve
ser fixado com no mínimo 20 resultados consecutivos, obtidos no intervalo de 30 dias. Em nenhum caso o
valor de Sd pode ser menor que 2MPa.
Quando não se conhece o Sd, deve-se levar em consideração a condição de preparo para a escolha do
valor. Segue tabela explicativa:
A quantidade de água utilizada na dosagem depende da umidade da areia, pois só será acrescentada a
quantidade de água faltante para o fator água/cimento. No caso de cálculos por volume, uma areia com
inchamento grande ocupará um volume maior, porém conterá menos areia.
Caso ocorra algum engano na forma de expressar o traço, o concreto produzido apresentará
propriedades diferentes daquelas previstas na dosagem. A dosagem do concreto sempre é feita com os
materiais secos e medidos em massa. É, portanto, necessário corrigir o traço de acordo com a umidade de
o inchamento médio da areia.
São produtos empregados na produção de concretos e argamassas de cimento para modificar certas
propriedades do material fresco ou endurecido. Os aditivos carregam em si dois objetivos fundamentais, o
de ampliar as qualidades de um concreto e de minimizar seus pontos fracos.
Sua utilização, porém, requer cuidados. Além do prazo de validade e demais precauções que se devem
ter com a conservação dos aditivos é importante estar devidamente informado sobre o momento certo da
aplicação, a forma de se colocar o produto e a dose exata.
27
11. Faça a dosagem de 1m³ de concreto com os seguintes valores:
CP II 40 A’ = 26 B’ = 14
𝐴′
𝑓𝑎/𝑐 =
𝑓𝑐𝑗 + 𝐵′
26
𝑓𝑎/𝑐 = = 0,57
31,6 + 14
á𝑔𝑢𝑎
𝐶=
𝑓𝑎/𝑐
193
𝐶= = 338,6𝑘𝑔
0,57
50kg ------------- x
12. Defina o traço em volume considerando que a areia tem umidade de 2% e que por conta disso
apresentou inchamento de 25%. A resposta deverá ser dada em nº de padiolas por saco de cimento.
Considerando a boca da padiola com 35x45cm e com altura máxima de 35cm. Calcule também a
altura da padiola para a brita e para a areia considerando os seguintes pesos específicos aparentes:
ϒdcimento = 36 kg/L
𝑀𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝑉𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 =
𝜌𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
50
𝑉𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = = 1,40
36
𝐶
𝑀𝑎𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜𝑠 = (1000 − − á𝑔𝑢𝑎) 𝑥 𝐷𝑎𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜
𝐷𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
28
338,6
𝑀𝑎𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜𝑠 = (1000 − − 193) 𝑥 2,65 = 1854𝑘𝑔
3,15
1m³ de concreto --- 193l água --- 338,6kg de cimento --- 1854kg de agregados
𝑀1 = [𝐴𝑠𝑒𝑐𝑎 (𝐶 + 𝑀)] − 𝐶
𝑀𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎
𝑉𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 =
𝜌𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎
115,2
𝑉𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 = = 86,62 𝑑𝑚3 = 86,62 𝑙
1,33
𝑀𝑏𝑟𝑖𝑡𝑎
𝑉𝑏𝑟𝑖𝑡𝑎 =
𝜌𝑏𝑟𝑖𝑡𝑎
158,6
𝑉𝑏𝑟𝑖𝑡𝑎 = = 101,67 𝑑𝑚3 = 101,67 𝑙
1,56
2% de umidade
Correção de água: 28,5 – 2,26 = 26,2 l de água devem ser acrescentados na dosagem
29
Altura máxima da padiola 3,5dm
Areia:
Brita:
Portanto, em padiolas:
Areia Brita 1
30