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COMPREENSÃO E APONTAMENTOS
PARA A PRÁTICA DO PSICÓLOGO
1. LUTO;
2. FASES DO LUTO;
5. PRÁTICA DO PSICÓLOGO;
6. DIFICULDADES.
O LUTO
Luto 5
(FRANCO, 1994)
8
O luto é um processo de
elaboração e resolução de
uma perda real ou fantasiosa
pelo qual todas as pessoas
passam em vários momentos
da vida, com maior ou menor
sucesso.
(FRANCO, 1994)
Quem passa pelo luto? 9
1. Negação
2. Raiva
3. Barganha
4. Depressão
5. Aceitação
Kübler-Ross 16
1. NEGAÇÃO
É comum que o ser humano não aceite fatalidades em sua
vida.
Existe uma negação da realidade.
É quando os pacientes querem procurar outros médicos,
repetir os exames. Normalmente, é uma negação
temporária e é seguida por uma aceitação parcial.
A autora afirma que a negação é importante e saudável.
Kübler-Ross 17
2. RAIVA
É o primeiro contato com o sofrimento, é a manifestação da
dor de saber o que está acontecendo.
Nesse estágio, há a possibilidade de aceitação, pois, ao
invés da fuga da realidade (o que acontece na negação),
há aqui uma aproximação da situação (quando o doente
encara a morte).
A raiva pode ser direcionada para o próprio sujeito, para a
família e para a equipe médica.
Kübler-Ross 18
3. BARGANHA
Esse estado é o menos conhecido e o mais difícil de ser
percebido, visto que, muitas vezes, acontece em segredo,
no íntimo do doente.
O estágio ocorre quando o paciente se vê sem domínio da
situação e procura uma solução através de promessas com
Deus ou com algo sagrado.
Kübler-Ross 19
4. DEPRESSÃO
Nesse estágio de quase aceitação, o doente percebe a sua
finitude e a impossibilidade de realizar seus sonhos e projetos
de vida ainda não realizados.
Não se trata de depressão psicopatológica, mas de um
momento ligado a perdas futuras de pessoas, objetos,
projetos e valores amados.
Esse momento é, antes de tudo, uma preparação que serve
como facilitadora para a aceitação da morte. É uma
espécie de luto antecipatório.
Kübler-Ross 20
5. ACEITAÇÃO
Esse estágio não deve ser confundido com um momento
feliz.
É o momento da compreensão da finitude, o momento em
que o paciente se despede e fecha questões importantes
com ele mesmo, com o trabalho e com a família.
Nesse estágio, normalmente, a família precisa de mais apoio
do que o paciente, pois acredita que o paciente está se
entregando.
Kübler-Ross 21
ESPERANÇA
Segundo Kübler-Ross (2008, p. 143), “a única coisa que
geralmente persiste, em todos estes estágios, é a
esperança.”
A autora observou que, em todos os estágios, até no de
aceitação, a esperança nunca esteve completamente
ausente (na verdade, ela, a esperança, deve ser assumida,
pois é ela que possibilita o tratamento desses pacientes).
A VIVÊNCIA DO LUTO NO DESENVOLVIMENTO HUMANO
A morte no desenvolvimento humano 23
INFÂNCIA
Contato com a morte e o luto: morte de uma pessoa
próxima, de um bichinho de estimação, pela TV e jogos
infantis (Kovács, 1992;Vendruscolo, 2004).
A criança experiência mortes efetivas que a rodeiam,
tentando compreender o que se passa (Kovács, 1992).
Os adultos tentam evitar o assunto, minimizando o sofrimento
para poupar a criança e utilizando eufemismos e
explicações que muitas vezes a confundem.
A morte no desenvolvimento humano 25
INFÂNCIA
Segundo Kovács (1992;p. 48): Ao não falar, o adulto crê
estar protegendo a criança, como se essa proteção
aliviasse a dor e mudasse magicamente a realidade. O que
ocorre é que a criança se sente confusa e desamparada,
sem ter com quem conversar.
Estas dimensões são correlacionadas com os estágios do
desenvolvimento cognitivo de Piaget (1964; 1967). Nas fases
iniciais do desenvolvimento, a morte é tida como reversível.
Segundo Nunes e cols. (1998: 581), "a maioria das crianças
saudáveis tem o conceito de morte formado entre os 5 e 7
anos, no período de transição do pensamento pré-
operacional para o operacional concreto."
A morte no desenvolvimento humano 26
INFÂNCIA
As pesquisas sobre a aquisição do conceito de morte em
criança são importantes na medida em que enfatizam a
necessidade de falar com elas sobre esse tema, ainda hoje
tabu em nossa cultura (Torres, 1979).
É importante trazer o tema da morte para uma dimensão
que possa ser assimilada pela criança de acordo com seu
nível de desenvolvimento cognitivo (Kovács, 1992; Torres,
2002a).
Atendimento individual: expressão de sentimentos e
emoções, compreensão do luto
A morte no desenvolvimento humano 27
ADOLESCÊNCIA
Período de transformações. O adolescente sofre muitas
perdas, como as do corpo infantil e da identidade de
criança.
O adolescente está construindo seu mundo e não há lugar
para a morte (Bessa, 2000; Kovács, 1992).
O adolescente pode viver mortes concretas - de parentes,
amigos - mas em seu pensamento não é concebível sua
própria morte.
Esportes radicais, uso abusivo de drogas e álcool, excesso
de velocidade com carros e motos, os "rachas", podem ser
indicativos de que os adolescentes vivem a desafiar a idéia
de morte como algo distante de sua realidade (Kovács,
1992).
A morte no desenvolvimento humano 28
ADOLESCÊNCIA
O adolescente já tem a possibilidade cognitiva de
compreender o conceito de morte em suas dimensões:
irreversibilidade, universalidade, não-funcionalidade.
Levanta hipóteses e discute a morte enquanto tema; porém,
emocionalmente, a morte, nesta etapa do
desenvolvimento, é tida como algo distante (Kovács, 1992).
Atendimento individual: espaço para expressão, auxílio na
compreensão da possibilidade de morte e riscos vividos que
podem ser evitados.
A morte no desenvolvimento humano 29
VIDA ADULTA
O adulto passa por várias situações de perdas cotidianas:
perda de emprego, separações, entre outras, e não apenas
no fim da vida física neste mundo.
Essas perdas vão servindo de experiência para novas
situações de perda – construção de recursos de
enfrentamento.
Segundo Bromberg (1998), o adulto requer também
atenção especial sobre sua situação.
A ansiedade diante da morte é uma revivência de
ansiedades anteriores, relacionadas a perdas e quebras de
vínculos, e não pode ser subestimada.
A morte no desenvolvimento humano 30
VIDA ADULTA
Ao tomar consciência da possibilidade imediata da própria
morte, o homem é levado a rever as prioridades e os valores
de sua existência, sendo a consciência da morte reveladora
da insignificância do acúmulo de posses e dos cuidados
cotidianos, presentes muitas vezes de forma inadequada na
vida dos homens.
De acordo com Kastenbaum e Aisenberg (1983), é a
possibilidade de padecer a aflição física que torna o morrer
um evento tão aversivo.
A morte em si não é um problema para o paciente, mas sim,
o medo de morrer, que nasce do sentimento de
desesperança, de desamparo e isolamento que o
acompanha – atendimento individual
Adulto consegue expressar seus temores e angústias –
necessidade de um espaço de expressão
A morte no desenvolvimento humano 31
VELHICE
Na sociedade ocidental, a ideia de morte parece ser mais
aceita para o idoso.
Isto porque as pessoas desta faixa etária, em sua maioria,
completaram todo o processo do desenvolvimento e estão
na etapa final do ciclo vital.
O idoso é aquele que já cumpriu uma jornada de vida e
estaria pronto para morrer (Boemer, Zanetti & Valle, 1991).
O medo de morrer é uma experiência individual.
Cada indivíduo vê a morte e lhe atribui um sentido
A morte no desenvolvimento humano 32
VELHICE
Esta visão depende também da sua história de vida, de suas
vivências e aprendizagens, de sua condição física,
psicológica, social e cultural.
O medo pode ser maior em ambientes desconhecidos,
perigosos ou solitários (Burnside, 1979 citado por Boemer &
cols., 1991), como no caso de hospitais e abrigos para
idosos.
E quando se faz presente, encerra planos e se constitui
como a única certeza da vida: somos seres mortais.
Atendimento individual: acolhimento dos sentimentos
presentes pela morte do outro e pela aproximação da
própria morte, auxílio na elaboração da morte.
RELAÇÕES ESPERADAS E TIPOS DE LUTO
Reações esperadas 34
1. LUTO ANTECIPATÓRIO
3. LUTO NORMAL
Luto antecipatório 36
FREUD
Prática do psicólogo 42
Diagnóstico de câncer;
Metástase e recidiva;
Cirurgias mutiladoras;
Paciente FPTC;
Óbito: atuação no pós-óbito imediato;
Necessidade de transplante;
Doação de órgãos;
Complicações na gestação;
Acidentes.
4 tarefas do processo de luto 48
Worden (1998)
1. Tarefa 01 - Aceitar a realidade da perda.
2. Tarefa 02 - Elaborar a dor da perda.
3. Tarefa 03 - Ajustar-se a um ambiente onde a pessoa
faleceu.
4. Tarefa 04 - Reposicionar em termos emocionais a pessoa
que faleceu e continuar a vida.
4 tarefas do processo de luto 49
(SILVA, ??)
Bibliografia 55
LUCIANAGURGEL@GMAIL.COM
(85) 9 9632-0960