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Tecnologia de Alimentos
Produtos lácteos: queijos e iogurtes
Alfenas,
Maio de 2018
SUMÁRIO
1. Introdução
2. Definições e Legislações
3. Composição do leite
4. Qualidade do leite
5. Tecnologia da fabricação de queijos
6. Tecnologia da fabricação de iogurtes
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1. INTRODUÇÃO
• Leite: Secreção fluida das gl. mamárias
de fêmeas de todas as espécies de
mamíferos.
• + de 4 mil espécies de mamíferos o
produzem, com função de suprir as
necessidades nutricionais dos recém-
nascidos
• Fonte de nutrientes essenciais
• Funções fisiológicas (imunoglobulinas,
enzimas, inibidores enzimáticos, fatores
de crescimento e agentes
antibacterianos)
2. Definições e Legislação
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Portaria N 146/1996
• Leite UAT (UHT): leite homogeneizado que foi submetido, durante 2 a 4s,
a uma temp. 130 oC mediante um processo térmico de fluxo contínuo,
imediatamente resfriado a uma temp. inferior a 32 oC e envasado sob
condições assépticas em embalagens estéreis e hermeticamente
fechadas.
MAPA, 2011
MAPA, 2011
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3. COMPOSIÇÃO DO LEITE
Composição bruta característica (g/100g) leite humano, de vaca, de ovelha, de búfala e de cabra
Humano Vaca Ovelha leiteira Búfala Cabra
Gordura 1,4 3,9 7,2 7,4 4,5
Proteína Total 1,1 3,2 4,6 3,8 3,2
Caseína - 2,6 3,9 3,2 2,6
Soro - 0,6 0,7 0,6 0,6
Lactose - 4,6 4,8 4,8 4,3
Cinza 0,2 0,7 0,9 0,8 0,8
Sólidos Totais - 12,4 17,5 16,83 12,8
↑ diversidade de ácidos graxos (C4:0, C6:0, C8:0, C10:0, C12:0, C14:0, C14:1,
C15:0, C16:0, C16:1, C18:0, C18:1 cis, C18:1 trans, C18:2, C18:2 conj., C18:3)
Glóbulos gord. envolvidos superficialmente por membranas de fosfolipídeos,
dispersante no meio aquoso
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PROTEÍNAS DO LEITE
CASEÍNAS
Caseínas – 80%
αs1- (40%)
Liga-se fortemente ao Ca2+; prontamente hidrolisada pela quimosina durante a maturação do
queijo; < suscetível à protease do leite natural (plasmina)
αs2- (10%)
Liga-se fortemente ao Ca2+; susceptibilidade limitada à quimosina; algumas ligações peptídicas
susceptíveis à plasmina
β- (35%)
Liga-se fracamente ao Ca2+; degrada pela plasmina, mas não pela quimosina; alguns
peptídeos são muito amargos
κ- (15%)
Não se liga ao cálcio; estabiliza as micelas de caseína; sua hidrólise pela quimosina inicia a
coagulação do leite
γ- (5%)
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α -lactalbuminas (≈20%)
Única Ptna do soro capaz de ligar-se ao Ca, ↑[Triptofano], desnatura-se a 65,2 oC,
pH 6,7 (90% reversível com resfriamento), Remoção Ca diminui estabilidade
términca
Lactoferrinas (<0,1%)
Ptna ligadora de ferro, polimeriza-se rapidamente na
presença de Ca++, ação antimicrobiana, hidrólise dessa Ptna
↑ crescimento de bactérias patogênicas; aplicação em
produtos cárneos = inibir crescimento de E.coli; ação anti-
inflamatória
Lactoperoxidase (0,5)
Enzima que catalisa oxidação de certas moléculas (tiocianato
SCN-) à custa de peróxido de hidrogênio para gerar produtos
reativos (ação antimicrobiana)
Lisozima (0,1)
Função enzimática (digestão das ligações β1-4
peptidioglicano – PC bactérias)
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MICELA DE CASEÍNA
Agregados coloidais altamente hidratados (diâmetro 200 nm),
milhares de moléculas organizadas em torno de nanodomínios de
fosfato de cálcio inorgânico
2/3 cálcio
Caseínas sensíveis ao Ca (agregam no interior da micela: αs- β- γ- )
Caseínas insensíveis ao Ca (permanecem na superfície: κ- )
Integridade das micelas depende: interações entre a caseína e Ca;
ligações com H e interações eletrostáticas e hidrofóbicas
κ-caseína (chave da estabilidade coloidal) carregada
negativamente e extremidades de C-terminal flexíveis (“cabelos”)
“cabelos”: camada altamente hidratada que fornece estabilidade
≠ entre espécies:
• Tamanho das micelas de caseína CMP: caseinomacropeptídeo
• Conteúdo Peptídeo hidrofílico
MICELA DE CASEÍNA
Micela é esférica
Formada por 2 tipos de unidades menores (submicelas)
Submicelas ligadas por aglomerados de fosfato de cálcio
A porção C-terminal da caseína (glicopeptídeo) projeta-se para fora da superfície da micela
Região rica em aa ácidos glicosilados (galactose, N-acetilgalactosamina, ácido N-
acetilmurâmico)
CMP: caseinomacropeptídeo
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4. QUALIDADE DO LEITE
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B. Antibióticos
Incluem: β -lactâmicos (penicilina), sulfonamidas, estreptomicinas, tetraciclinas e
amfenicóis
C. Leite mastítico
Infecção do úbere da vaca, que tem impactos negativos na qualidade do leite.
• Redução da produtividade na produção de queijo
• Presença de patógenos (também para humanos)
• Controle de qualidade: contagem de células somáticas
(Leg. Brasileira: max.: 1.000.000 cls. Somáticas / mL de leite)
A denominação QUEIJO está reservada aos produtos em que a base láctea não contenha
gordura e/ou proteínas de origem não láctea
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1. O leite é colocado na cuba do queijo pelo tempo necessário para atingir a temp.
desejada
2. Adiciona-se a cultura iniciadora, iniciando-se a acidificação no produto
3. Após a adição do coalho, aguarda-se o tempo necessário para que a coagulação
complete até a formação da estrutura característica de gel (variáveis
importantes: conteúdo de coalho, pH e [Ca] no leite. Em pH ↓↓ Ca dissocia-se
da micela, sendo “perdido” no soro. pH 4,6 ideal)
4. Realiza-se o corte da massa com lira para expulsão do soro. Coalhada cortada
em cubos pequenos;
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Kefir: produto obtido do leite fermentado cuja fermentação se realiza com cultivos
ácido-lácticos elaborados com grãos de kefir, Lactobacillus kefir, espécies dos
gêneros Leuconostoc, Lactococcus e Acetobacter com produção de ácido lático,
etanol e dióxido de carbono. Os grãos de kefir são constituídos por leveduras
fermentadoras de lactose (Kluyveromyces marxianus) e leveduras não
fermentadoras de lactose (Saccharomyces omnisporus e Sacharomyces cerevisae e
Sacharomyces exiguus), Lactobacillus casei, Bifidobacterium sp e Streptococcus
salivarius sub. thermophilus.
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Sabor do iogurte
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Sugestões de Referências
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