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DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
LABORATÓRIO DE ANÁLISES QUÍMICAS INDUSTRIAIS E AMBIENTAIS
CENTRO DE ESTUDOS EM PETRÓLEO
RELATÓRIO FINAL
(PROJETO N° 0050.0094831.14.9 / SAP 4600499834)
Período: 09/10/2015 a 07/10/2019
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 6
2 MATERIAIS E MÉTODOS .......................................................................... 11
2.1 Amostras de petróleo ................................................................................ 11
2.2 Caracterização físico-química dos petróleos .......................................... 12
2.2.1 Determinação da viscosidade, densidade e °API ........................................ 12
2.2.2 Determinação do NAT ................................................................................. 13
2.2.3 Determinação do teor de água .................................................................... 14
2.3 Determinação direta de N e S empregando analisador elementar ......... 14
2.4 Decomposição do petróleo RJS-662 para obtenção de valores de
referência para a concentração elementar (metais e S) ......................... 15
2.4.1 Decomposição assistida por radiação micro-ondas (MAD e MAD-SRC) ..... 16
2.4.2 Decomposição assistida por radiação micro-ondas e ultravioleta (MAD-
UV) .............................................................................................................. 18
2.4.3 Combustão assistida por radiação micro-ondas (MIC) para a posterior
determinação de metais .............................................................................. 19
2.4.4 Decomposição do petróleo RJS-662 pelo método de decomposição por
via úmida assistida por radiação micro-ondas em sistema miniaturizado .... 21
2.5 Determinação dos elementos por ICP-OES e ICP-MS............................. 23
2.5.1 Otimização do sistema de nebulização Apex acoplado aos
instrumentos de ICP-OES e ICP-MS ........................................................... 25
2.6 Determinação de Ca, K, Mg e Na por DS-GF AAS ................................... 26
2.6.1 Uso de modificador químico permanente W-Ir ............................................. 28
2.7 Avaliação da influência do teor de água nos parâmetros de
caracterização utilizando o petróleo RJS-662 ......................................... 29
2.8 Determinação do teor de sedimentos utilizando o petróleo RJS-662 .... 31
2.8.1 Determinação do teor e caracterização dos sedimentos do petróleo
RJS-662 ...................................................................................................... 31
2.9 Instrumentação e reagentes utilizados para a decomposição dos
fluidos de perfuração por MAD ................................................................ 32
2.10 Instrumentação e reagentes utilizados para a caracterização das
amostras de petróleo oriundas dos testes de PVT ................................. 33
2.10.1 Caracterização físico-químicas das amostras de petróleo oriundas dos
testes de PVT .............................................................................................. 35
2.10.2 Decomposição dos petróleos oriundos dos testes de PVT para a
posterior determinação de metais e S ......................................................... 36
2.10.2.1 Determinação dos elementos após decomposição assistida por
radiação micro-ondas ............................................................................ 37
2.10.3 Decomposição dos petróleos oriundos dos testes de PVT para a
posterior determinação de cloreto ............................................................... 37
2.10.3.1 Determinação de cloreto por cromatografia de íons .............................. 38
2.11 Espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier
(FT-IR) aliada à análise multivariada para predição de alguns
parâmetros físico-químicos do petróleo .................................................. 38
2.12 Outros equipamentos e reagentes ........................................................... 40
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................. 41
3.1 Determinação dos parâmetros físico-químicos do petróleo:
avaliações utilizando a amostra RJS-662 ................................................ 41
3.1.1 Determinação da viscosidade, densidade e °API ........................................ 41
3.1.2 Determinação do teor de água .................................................................... 44
3.1.3 Determinação do NAT ................................................................................. 44
3.2 Avaliação da influência do teor de água na caracterização do
petróleo RJS-662 ....................................................................................... 45
3.3 Determinação do teor de sedimento e caracterização dos
sedimentos por MEV ................................................................................. 48
3.4 Avaliação de métodos de decomposição de petróleo utilizando a
amostra RJS-662 para a posterior determinação elementar por
ICP-OES e ICP-MS ..................................................................................... 55
3.4.1 Decomposição assistida por radiação micro-ondas ..................................... 55
3.4.2 Decomposição assistida por radiação micro-ondas e ultravioleta ................ 56
3.5 Determinação de Ca, Mg, K e Na por ICP-OES para obtenção dos
valores de referência para a posterior determinação desses
elementos por DS-GF AAS....................................................................... 57
3.6 Determinação de Ca e Mg por DS-GF AAS .............................................. 58
3.6.1 Avaliação da perda de massa de petróleo ................................................... 58
3.6.2 Avaliação das curvas de pirólise e atomização para Ca e Mg ..................... 60
3.6.3 Quantificação de Ca e Mg por DS-GF AAS ................................................. 64
3.7 Determinação de K e Na por DS-GF AAS e avaliação do uso de
modificador químico ................................................................................. 66
3.7.1 Avaliação de modificadores químicos e curvas de pirólise e atomização
para K e Na ................................................................................................. 66
3.7.2 Quantificação de K e Na por DS-GF AAS .................................................... 71
3.8 Otimização das condições operacionais do sistema Apex para a
quantificação elementar pelas técnicas de ICP-OES e ICP-MS.............. 72
3.8.1 Otimização das condições operacionais do sistema Apex para
acoplamento ao equipamento de ICP-MS ................................................... 73
3.8.2 Otimização das condições operacionais do sistema Apex para
acoplamento ao equipamento de ICP-OES ................................................. 86
3.9 Decomposição do petróleo RJS-662 por MAD e MIC para obtenção
dos valores de referência ......................................................................... 92
3.10 Decomposição do petróleo RJS-662 por MAD em sistema
miniaturizado ............................................................................................. 95
3.10.1 Otimização do método de MAD empregando sistema miniaturizado ........... 96
3.10.2 Resultados obtidos na otimização do sistema miniaturizado ....................... 99
3.11 Decomposição dos fluidos de perfuração para a posterior
determinação de metais .......................................................................... 101
3.12 Aplicação dos métodos avaliados para a caracterização das
amostras de petróleo oriundas dos testes de PVT ............................... 104
3.12.1 Caracterização físico-química dos petróleos dos testes de PVT................ 105
3.12.1.1 Determinação da viscosidade, densidade e °API ................................ 105
3.12.1.2 Determinação total de N e S nas amostras de petróleo ....................... 110
3.12.1.3 Determinação elementar por ICP-OES e ICP-MS após
decomposição por MAD ...................................................................... 119
3.12.1.4 Determinação de cloreto por cromatografia de íons após
decomposição por MIC ....................................................................... 142
3.13 Espectroscopia no infravermelho médio com transformada de
Fourier aliada à análise multivariada para predição de alguns
parâmetros em amostras de petróleo .................................................... 144
3.13.1 Caracterização dos espectros de infravermelho ........................................ 144
3.13.2 Calibração multivariada ............................................................................. 145
3.13.2.1 Identificação de amostras anômalas (outliers) ..................................... 145
3.13.2.2 Construção do modelo de calibração para a predição dos
parâmetros de viscosidade, densidade e °API em amostras de
petróleo ............................................................................................... 145
3.13.2.3 Construção dos modelos de calibração para a previsão da
concentração de enxofre ..................................................................... 148
3.13.2.4 Construção dos modelos de calibração para a previsão da
viscosidade dinâmica .......................................................................... 153
3.14 Instalação do cromatógrafo com fluido supercrítico e treinamento
da equipe de trabalho.............................................................................. 157
3.15 Protocolo final para a caracterização de petróleos oriundos dos
testes de PVT ........................................................................................... 160
4 CONCLUSÕES ......................................................................................... 162
REFERÊNCIAS BIBILIOGRÁFICAS ........................................................ 165
1 INTRODUÇÃO
7
Após a etapa de decomposição, podem ser utilizadas técnicas
espectrométricas para a determinação elementar em petróleo, possibilitando a
quantificação de baixas concentrações (da ordem de µg g-1). Dentre as opções mais
utilizadas para a determinação elementar, podem ser citadas a espectrometria de
emissão óptica com plasma indutivamente acoplado (ICP-OES) e a espectrometria
de massa com plasma indutivamente acoplado (ICP-MS). Ambas as técnicas
permitem a determinação multielementar em uma ampla faixa de concentração,
onde pode ser destacado, para ICP-OES, a quantificação de metais desde µg L-1 até
mg L-1, bem como a determinação de não metais, tais como S e Cl. Por outro lado, a
técnica de ICP-MS possibilita limites de quantificação (LOQs) da ordem de ng L-1,
sendo uma ferramenta analítica bastante importante para a determinação de
elementos em baixas concentrações.18, 19 Diversos trabalhos têm descrito o emprego
das técnicas de ICP-MS13, 20 e ICP-OES11, 21 para a determinação elementar em
petróleo. Além disso, cabe destacar que essas técnicas possibilitam o acoplamento
de diferentes sistemas de introdução de amostra, como o sistema de
micronebulização e dessolvatação (Apex), nebulização ultrassônica, entre outros.
Em relação à caracterização de compostos orgânicos no petróleo, a
determinação da proporção de compostos saturados e aromáticos, bem como de
compostos polares é uma informação de grande importância. A identificação e
determinação destes compostos pode ser feita pelo emprego de técnicas
cromatográficas como, por exemplo, a cromatografia com fluido supercrítico e
detecção com ionização em chama (SFC-FID),22 como descrevem as ASTM
D518623 e ASTM D6550.24 Com o objetivo de fornecer um maior número possível de
informações sobre as características do petróleo e com pequeno volume de
amostra, a SFC-FID tem mostrado bons resultados por utilizar pouco volume de
amostra (inferior a 50 µL). Grande parte dos métodos utilizados para avaliação de
petróleos tem sido desenvolvida para utilizar elevados volumes de amostra, de
maneira que a redução desta quantidade é essencial para este tipo de
caracterização.
Ao aliar um método de preparo de amostra eficiente às técnicas de
quantificação com grande potencial de detecção, a utilização de métodos que
empregam grandes quantidades de amostra é possível, facilitando assim a
caracterização desses petróleos. Logo, é possível a adequação do preparo de
8
amostra para a utilização de massa de amostra e volume de reagentes reduzidos,
sem comprometer aspectos como LOQs e eficiência de decomposição. Esses
procedimentos tornam mais viáveis as etapas de caracterização do petróleo
previamente às etapas de alocação ou refino, por exemplo, onde a quantidade de
amostra disponível é bastante limitada.
O presente projeto contribuirá sobremaneira para o setor de petróleo, gás
natural, energia e biocombustíveis, pois atualmente grande parte dos métodos
empregados para avaliação de petróleos requer o consumo de grandes quantidades
de amostra, o que dificulta a logística para submissão das amostras para
caracterização, bem como o custo. Dessa forma, o desenvolvimento de pesquisas
visando a redução no consumo de amostra, bem como a miniaturização dos
métodos de análise para este tipo de caracterização, além de possibilitar o uso de
amostras oriundas de células PVT.
A grande motivação para realização desta pesquisa é pelo fato de que
quando se trata da caracterização de petróleos de campos heterogêneos, a
avaliação de petróleos é uma atividade imprescindível, pois ela possibilita a previsão
de qualidade do óleo para alocação e refino. Assim, o estabelecimento de um
protocolo de análise empregando pequenos volumes de amostra é primordial para
esta caracterização inicial de diferentes petróleos.
Dessa forma, presente projeto tem como objetivo geral desenvolver e otimizar
métodos analíticos para caracterização de propriedades intrínsecas e extrínsecas de
pequenos volumes de amostras de petróleo (PVT), onde pretende-se atingir os
seguintes objetivos específicos:
Desenvolver métodos para caracterização de sólidos inorgânicos utilizando
técnicas já disponíveis na UFSM, como a microscopia eletrônica de varredura
(MEV).
Aprimorar métodos de preparo de amostras como a combustão iniciada por
micro-ondas (MIC) e digestão assistida por micro-ondas (MAD) para
subsequente determinação elementar por espectrometria de massa com
plasma indutivamente acoplado (ICP-MS) e espectrometria de emissão óptica
com plasma indutivamente acoplado (ICP OES).
9
Desenvolver método alternativo para medir teor de compostos saturados e
aromáticos presentes no petróleo a partir da técnica de cromatografia com
fluido supercrítico (SFC).
Aplicar métodos para a determinação de densidade e viscosidade em
amostras de pequeno volume (~3 mL) avaliando a possibilidade de
reaproveitamento da amostra para determinação de outros parâmetros como
teor de água, teor de acidez total e determinação de metais.
Determinar cloro, enxofre e nitrogênio empregando pequenas quantidades de
amostra.
Traçar o perfil de compostos sulfurados por cromatografia a gás com detector
fotométrico de chama pulsada (GC-PFPD) e de compostos nitrogenados por
cromatografia a líquido acoplada à espectrometria de massa por tempo de
voo (LC-TOF-MS).
Utilizar a espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier (FT-
IR) aliada à ferramentas quimiométricas para predição de alguns parâmetros
de petróleo (ex. concentração de enxofre e nitrogênio, teor de acidez total,
etc).
10
2 MATERIAIS E MÉTODOS
11
Posteriormente, estas otimizações foram aplicadas para a caracterização físico-
química das amostras de petróleo oriundas dos testes de PVT.
A amostra de petróleo RJS-662 utilizada nas otimizações estava disponível no
Centro de Estudos em Petróleo (CEPETRO), a qual foi doada pelo Centro de
Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (CENPES,
Petrobras, Rio de Janeiro, Brasil). No decorrer das atividades do presente projeto, o
CEPETRO, da Universidade Federal de Santa Maria, recebeu um total de 172
amostras de petróleo oriundas de testes de PVT, as quais foram enviadas pelo
CENPES. Essas amostras foram armazenadas em local seco e arejado até posterior
caracterização (análises físico-químicas, determinação de metais, Cl, N e S).
12
seringa. Desse volume injetado, cerca de 2 mL de petróleo foram recuperados e
reutilizados nas determinações do °API e NAT. Aproximadamente 1 mL de petróleo
ficou aderido no tubo interno do sistema de introdução de amostra e não foi possível
ser recuperado. Na determinação do °API, o volume introduzido (cerca de 2 mL) foi
totalmente recuperado na saída do equipamento. A injeção e recolhimento da
amostra também foram feitas com auxílio de seringas.
13
2.2.3 Determinação do teor de água
14
Tabela 1. Condições operacionais dos analisadores elementares para a
determinação de N e S nas amostras de petróleo.
Parâmetro 9000NS MULTI EA 5000
Vazão de argônio carreador 140 mL min-1 140 mL min-1
Vazão de oxigênio carreador 20 mL min-1 20 mL min-1
Vazão de oxigênio no tubo de combustão 450 mL min-1 450 mL min-1
Vazão de oxigênio para o gerador de ozônio 25 mL min-1 25 mL min-1
Temperatura do tubo 1050 °C 1050 °C
Volume de injeção 10 µL 20 µL
15
Alternativamente, para decomposições em temperatura e pressão mais
elevadas, foi usado um forno de micro-ondas (modelo Ultrawave Milestone, Itália). O
forno é equipado com uma câmara única de reação de aço inoxidável, revestida por
uma câmara de politetrafluoretileno (PTFE) com volume interno de 1 L. A câmara
permite o uso de um rotor com capacidade para até 15 frascos de quartzos de 15
mL. A temperatura, pressão e potência máximas de trabalho são 270 °C, 160 bar e
1500 W, respectivamente. O sistema é resfriado pela passagem forçada de água.
Todas as decomposições para subsequente determinação de elementos por
ICP-OES e ICP-MS foram feitas com base em trabalhos relatados na literatura, que
visavam a decomposição do petróleo para posterior determinação de metais. 16, 17, 30
16
Tabela 2. Programa de irradiação utilizado no forno de micro-ondas modelo
Multiwave para a decomposição de petróleo por MAD.
1 400 10 10 FAN 1
2 1000 10 10 FAN 1
3* 0 0 20 FAN 2
Taxa de aumento de pressão: 0,8 bar s-1, temperatura máxima: 280 °C e pressão máxima: 80 bar.
* Etapa de resfriamento.
17
Tabela 4. Programa de irradiação utilizado no forno de micro-ondas modelo
Ultrawave para a descontaminação dos frascos.
Potência Temperatura Rampa Tempo de
Etapa
(W) (°C) (min) permanência (min)
1 1500 250 15 10
2* 0 0 0 40
Temperatura máxima de 270 °C e pressão máxima de 160 bar.
* Etapa de resfriamento.
18
Tabela 5. Programa de irradiação utilizado no forno de micro-ondas para a
decomposição de petróleo por MAD-UV.
1 400 10 10 FAN 2
2 900 10 10 FAN 2
3* 0 0 20 FAN 2
Taxa de aumento de pressão: 0,8 bar s-1, temperatura máxima: 200 °C e pressão máxima: 80 bar.
* Etapa de resfriamento.
19
Figura 1. Pesagem do petróleo diretamente sobre o papel filtro para decomposição
por MIC.
20
capela de fluxo laminar, por um período de 12 h previamente a etapa de combustão,
assim como com a ausência da etapa de secagem, para a posterior determinação
de metais. Para a absorção dos metais, estas avaliações foram feitas utilizando 6
mL de HNO3 7 mol L-1 como solução absorvedora. A condição que apresentou
melhor precisão nos resultados, com um baixo desvio padrão relativo (RSD), foi
selecionada para obtenção dos valores de referência. Após a etapa de resfriamento,
o rotor foi retirado da cavidade do forno de micro-ondas, a pressão interna dos
frascos foi aliviada pela abertura da válvula de escape dos gases e a solução
resultante foi avolumada a 20 mL com água ultrapura. Posteriormente, essa solução
foi introduzida nos equipamentos de ICP-OES e ICP-MS para a determinação de
metais.
21
Figura 2. A) Mini frascos de quartzo posicionados no suporte de PTFE, B) Suporte
contendo os mini frascos, o qual é posicionado no interior do frasco original
de decomposição, C) posicionamento do frasco original de decomposição
na capa de proteção externa e D) Frasco completo de decomposição após
fechamento.
22
devidamente fechado para dar início ao aquecimento por irradiação com micro-
ondas. Na Tabela 7 pode ser observado o programa de aquecimento utilizado.
24
2.5.1 Otimização do sistema de nebulização Apex acoplado aos instrumentos de
ICP-OES e ICP-MS
25
2.6 Determinação de Ca, K, Mg e Na por DS-GF AAS
26
O tubo de grafite foi submetido ao programa de formatação do próprio
equipamento antes do início das medições, com a finalidade de promover um
condicionamento térmico. Sucessivos ciclos de aquecimento foram feitos utilizando o
tubo e a plataforma de grafite para sua limpeza, até proporcionar brancos com
absorbância integrada desprezível.
Um estudo quanto à perda de massa de amostra frente ao aquecimento foi
feito para investigar o comportamento do petróleo em função da temperatura e
ajustar condições experimentais adequadas, principalmente durante a etapa de
pirólise. Para esse estudo foram pesados na plataforma, exatamente, cerca de 5 mg
da amostra e o conjunto foi submetido a um ciclo de aquecimento constituído de
uma etapa de secagem (rampa de 4 °C s-1 até 120 °C, permanecendo em 120 °C
por 120 s), seguido de uma etapa de pirólise (rampa de 5 °C s-1 até determinada
temperatura (de 200 a 950 °C), permanecendo nesta temperatura por 200 s), sem
etapa de atomização. Após o resfriamento, a plataforma foi novamente pesada e
introduzida no tubo de grafite sem a remoção do material residual e foi submetida a
um novo ciclo de aquecimento, porém com aumento crescente da temperatura de
pirólise (de 200 a 950 °C). A massa inicial foi considerada como 100% e o resultado
foi representado considerando a massa relativa.
Foram feitas curvas de pirólise e atomização para cada um dos elementos
estudados, tanto para solução de referência quanto para amostra, visando a escolha
do programa de aquecimento mais adequado. As absorbâncias integradas obtidas
para o petróleo foram normalizadas para 1 mg de amostra, a fim de permitir melhor
comparação entre os resultados obtidos para amostra e solução de referência.
As curvas de calibração foram obtidas através da adição de volumes
crescentes de soluções de referência, com concentração conhecida e adequada
para cada elemento. As soluções foram pipetadas diretamente na plataforma de
grafite e os volumes utilizados das soluções variaram entre 0,5 e 40 µL. As curvas
de calibração foram obtidas através da medida da absorbância integrada a partir das
condições otimizadas. A determinação de Ca, K, Mg e Na foi feita mediante a
pesagem de massas entre 0,5 e 3,0 mg de petróleo diretamente na plataforma de
grafite. A quantidade de amostra pesada foi dependente da faixa linear da curva de
calibração do instrumento.
27
Os brancos foram avaliados fazendo uma simulação do procedimento de
quantificação, porém com a plataforma vazia. Assim, foram simulados os
procedimentos de transporte até a balança, pesagem, colocação da plataforma no
tubo de grafite e obtenção do valor de absorbância. Ainda, a quantidade máxima de
amostra que poderia ser introduzida na plataforma de grafite (desde que a
absorbância integrada obtida estivesse dentro da faixa linear de calibração) foi
usada para o cálculo dos limites de detecção (LODs) e LOQs, segundo
recomendação da União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC),
utilizando a concentração e o desvio padrão de 10 medições do branco (3σ e 10σ).
O programa InStat, versão 3.0 (Microsoft Corporation) foi utilizado para a
avaliação estatística de todos os dados obtidos. O teste t-student foi utilizado
quando comparadas duas médias e a análise de variância (ANOVA) quando três ou
mais valores foram comparados. Todos os resultados foram apresentados
considerando um nível de confiança de 95%.
28
Tabela 10. Procedimento para o recobrimento e aplicação de W-Ir como modificador
químico permanente.
Etapa Ações e parâmetros
Tratamento com W
1 Adição de 40 µL de solução de W na plataforma
2 Execução do seguinte programa de aquecimento (rampa, tempo) para
secagem e pirólise: 120 °C (5 °C s-1, 25 s), 150 °C (10 °C s-1, 60 s), 600
°C (20 °C s-1, 15 s), 1000 °C (10 °C s-1, 15 s)
3 Repetição das etapas 1 e 2 por 4 vezes.
4 Repetição da etapa 1 e execução do seguinte programa de
aquecimento (rampa, tempo): 120 °C (20 °C s -1, 25 s), 150 °C
(20 °C s-1, 60 s), 600 °C (30 °C s-1, 15 s), 1000 °C (10 °C s-1, 15 s), 1400
°C (10 °C s-1, 5 s), 2000 °C (30 °C s-1,2 s)
5 Execução de quatro ciclos do programa de aquecimento (rampa, tempo)
para condicionamento do carbeto de W a temperaturas médias: 150 °C
(15 °C s-1, 10 s), 600 °C (30 °C s-1, 15 s), 1100 °C (10 °C s-1, 5 s), 1400
°C (10 °C s-1, 10 s)
6 Execução de quatro ciclos do programa de aquecimento (rampa, tempo)
para condicionamento do carbeto de W a temperaturas altas: 150 °C (1
°C s-1, 10 s), 600 °C (10 °C s-1, 15 s), 1100 °C
(10 °C s-1, 5 s), 1400 °C (10 °C s-1, 10 s), 1500 °C (35 °C s-1, 5 s), 1600
°C (10 °C s-1, 1 s), 1700 °C (10 °C s-1, 1 s), 1800 °C (10 °C s-1, 1 s),
1900 °C (10 °C s-1, 1 s), 2000 °C (10 °C s-1, 1 s)
Revestimento com Ir
7 Adição de 40 µL de solução de Ir na plataforma
8 Execução do seguinte programa de aquecimento (rampa, tempo) para
secagem e pirólise: 120 °C (1 °C s-1, 10 s), 150 °C (5 °C s-1,
45 s), 1000 °C (10 °C s-1, 10 s), 1400 °C (25 °C s-1, 5 s)
9 Repetição das etapas 7 e 8 por mais que 3 vezes
10 Repetição da etapa 7 e execução do seguinte programa de
aquecimento (rampa, tempo): 120 °C (1 °C s -1, 25 s), 150 °C
(5 °C s-1, 60 s), 1000 °C (10 °C s-1, 10 s), 1400 °C (1 °C s-1, 5 s), 2000
°C (1 °C s-1, 3 s)
Para o preparo das emulsões sintéticas com o petróleo RJS-662 utilizado nos
estudos feitos para a avaliação da influência do teor de água na densidade e
viscosidade do petróleo, foi utilizado cloreto de sódio (Merck). A incorporação da
solução salina no petróleo foi feita utilizando uma estufa de agitação pendular (400-
DE, Nova Ética, Brasil), a qual permite o aquecimento do óleo e a incorporação da
solução salina no mesmo. Além disso, foi utilizado um agitador mecânico (PT 3100
D, Polytron, Suíça) para o cisalhamento das emulsões. Para avaliar a influência do
teor de água na densidade e viscosidade do petróleo, foram preparadas emulsões
29
sintéticas a partir do óleo original do petróleo RJS-662, com diferentes teores de
água, mantendo a concentração da solução salina fixa em 250 g L-1 de NaCl e a
mediana da distribuição total de gotas (DTG) em, aproximadamente, 5 µm.
A determinação da DTG das emulsões foi feita empregando o analisador
Mastersizer 2000 (Malvern Instruments, Reino Unido). A introdução das amostras foi
feita com o acessório Hydro 2000S (Malvern Instruments), o qual proporciona a
agitação e a introdução da amostra no compartimento de leitura. Foi utilizado óleo
mineral branco (Alpha Química, Brasil) como meio dispersante para a determinação
da DTG da emulsão de petróleo. A determinação da DTG é baseada na incidência
da radiação laser em uma célula contendo a amostra dispersa em um óleo isento de
água. A radiação é difratada na superfície da gota e pelo ângulo de difração é
gerado um gráfico gaussiano que mostra a distribuição dos tamanhos de gota. A
partir deste gráfico, é obtido o valor de D0,5, que corresponde ao valor que define a
distribuição em 50% do volume total. Para a análise, foi misturada uma alíquota da
emulsão com um óleo mineral branco utilizado como dispersante. A velocidade de
agitação empregada para a introdução da amostra foi de 1500 rpm, sendo reduzida
para 500 rpm durante a medição. Antes da determinação da DTG nas emulsões, foi
necessário um teste em branco com o óleo mineral contendo o petróleo sem água
para que fossem feitos os ajustes e alinhamento do equipamento.
Para o preparo das emulsões, o óleo e a solução salina necessários para a
formação de emulsões contendo 10, 30, 50 e 70% de água foram adicionados em
frascos de polipropileno, conforme mostrado na Tabela 11.
70 6 14
31
A caracterização dos sedimentos depositados nas membranas foi feita por
microscopia eletrônica de varredura (MEV) em um microscópio eletrônico de
varredura Sigma 300 VP (Carl Zeiss, Alemanha), com filamento de emissão por
campo (FEG - Field Emission Gun) do tipo Schotky (filamento de tungstênio
recoberto com óxido de zircônio), equipado com coluna Gemini (Carl Zeiss,
Alemanha). Para obtenção das imagens da superfície das membranas foi utilizado o
detector de elétrons secundários (SE) no modo de alto vácuo (HV). Para a avaliação
composicional elementar qualitativa dos sedimentos, foi utilizado o detector de raios-
X EDS (Quantax 200-Z10, Bruker, Alemanha) equipado com janela de quartzo de 10
mm2 e software ESPRIT. Para a caracterização da amostra RJS-662 por MEV,
foram pesadas massas de 0,1, 0,5 e 1 g de petróleo e dissolvidas em 100 mL de
tolueno. Como descrito anteriormente, as filtrações foram feitas em membranas com
diferentes diâmetros de poro (0,1, 0,22 e 0,45 μm).
32
Tabela 12. Programa de irradiação utilizado no forno de micro-ondas modelo
Speedwave para a decomposição de fluido de perfuração por MAD.
Temperatura Pressão Rampa de aquecimento Tempo de
Etapa
(°C) (bar) (min) permanência (min)
1 150 40 10 10
2 220 40 10 20
3* 50 0 1 20
* Etapa de resfriamento.
33
Figura 3. Amostras de petróleo oriundas dos testes de PVT recebidas do CENPES
para caracterização.
O volume de petróleo contido em cada frasco foi bastante variável, sendo que
algumas amostras continham um volume inferior a 4 mL. Previamente à
caracterização, as amostras foram homogeneizadas sob agitação manual (as
amostras mais viscosas, foram aquecidas em estufa a 80 °C para facilitar a
homogeneização) e, com auxílio de uma seringa de polipropileno e agulha de aço
inoxidável, foi feita a coleta de uma alíquota de cerca de 3 mL de cada amostra.
Esse volume foi injetado no viscosímetro/densímetro (determinação da viscosidade
dinâmica e cinemática e densidade relativa) e recolhido na saída no capilar do
equipamento com auxílio de outra seringa de polipropileno. Deste volume injetado,
cerca de 2 mL de amostra foram recuperados e reutilizados nas determinações do
°API e NAT.
Na determinação do °API, o volume introduzido (cerca de 2 mL) foi totalmente
recuperado na saída do equipamento. A injeção e recolhimento da amostra no
densímetro (DMA) também foram feitas com auxílio de seringas. O volume de
petróleo restante, o qual ficou armazenado no próprio frasco, foi utilizado para a
-
posterior determinação de metais, Cl , N e S. Na Figura 4, podem ser observadas
algumas das amostras recebidas com volume inferior a 4 mL.
34
PVT-73 PVT-79 PVT-83 PVT-100 PVT-108 PVT-111 PVT-140 PVT-141 PVT-144
35
2.10.2 Decomposição dos petróleos oriundos dos testes de PVT para a posterior
determinação de metais e S
36
2.10.2.1 Determinação dos elementos após decomposição assistida por rad iação
micro-ondas
2.10.3 Decomposição dos petróleos oriundos dos testes de PVT para a posterior
determinação de cloreto
A decomposição das amostras de PVT também foi feita por MIC para a
posterior determinação de Cl-, como descrito no item 2.4.3. Para tanto, cerca de 75
mg de petróleo (após homogeneização) foram pesados diretamente sobre o papel
filtro. Um segundo papel filtro foi umedecido com 50 µL de NH 4OH 6 mol L-1 e
posicionado na base do suporte de quartzo. Em seguida, o papel filtro contendo o
petróleo foi posicionado em cima do papel filtro contendo o a solução de NH4OH.
Para a absorção do Cl, foram utilizados 6 mL de uma solução de NH 4OH 50 mmol L-
1, como solução absorvedora. Após estas etapas, os frascos foram fechados, fixados
no rotor e pressurizados com 20 bar de oxigênio. Após a pressurização, o rotor
contendo os frascos foi posicionado no interior da cavidade do forno de micro-ondas
e foi aplicado o programa de irradiação (descrito no item 2.4.3). Após o final do
programa e resfriamento dos frascos, os digeridos foram coletados em frascos de
polipropileno e avolumados em 15 mL. Os frascos de quartzo utilizados para a
decomposição por MIC foram descontaminados com 6 mL de HNO3 concentrado e
aquecimento em forno de micro-ondas por 10 min a 1000 W e 20 min de
resfriamento. Posteriormente, os frascos e os suportes de quartzo foram lavados
com água e secos com ar comprimido.
37
2.10.3.1 Determinação de cloreto por cromatografia de íons
38
suficiente para recobrir o cristal de ZnSe, não havendo a necessidade de um volume
significativo de petróleo. Os espectros foram obtidos na região do infravermelho
médio (MIR), em duplicata, de acordo com os parâmetros mostrados na Tabela 13.
Cabe salientar que, devido a problemas instrumentais, das 141 amostras recebidas,
foram obtidos espectros para 121 amostras.
Tabela 13. Parâmetros empregados para aquisição dos espectros utilizando FT-
IR/FT-MIR.
Parâmetro Condição
Região espectral 650 a 4000 cm-1
Detector DTGS - Detector de sulfato de triglicina deuterada
Divisor de feixe Cristal selado de KBr
Varreduras 8
Resolução 4 cm-1
40
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
41
A B
A B C
43
3.1.2 Determinação do teor de água
44
Tabela 17. Determinação do NAT para o petróleo RJS-662 utilizando diferentes
concentrações de KOH e massa de amostra.
Massa de petróleo Concentração de KOH NAT (mg KOH g-1)
20 g 0,1 mol L-1 0,45 ± 0,03
1,3 g 0,1 mol L-1 0,63 ± 0,02
1,3 g 0,05 mol L-1 0,49 ± 0,01
-1
1,3 g 0,025 mol L 0,54 ± 0,03
Como pode ser observado na Tabela 17, quando utilizada a massa de 1,3 g
de petróleo e KOH na concentração de 0,1 mol L-1, o valor para NAT foi é
superestimado. Logo, fica evidenciada a necessidade da diluição da solução de
KOH para determinação do NAT utilizando menores massas de amostra, uma vez
que o baixo volume gasto na titulação é um dos responsáveis por esta
superestimação. Para as determinações utilizando 1,3 g de amostra e KOH nas
concentrações de 0,025 e 0,05 mol L-1, foram obtidos resultados satisfatórios, sendo
possível a utilização de pequena massa de amostra e KOH diluído. Entretanto, não é
recomendado o uso de concentrações de KOH inferiores a 0,025 mol L -1, pois a
visualização do ponto final fica dificultada.
45
Figura 7. Distribuição do tamanho de gota (DTG) para as emulsões do petróleo RJS-
662 preparadas com diferentes teores de água.
46
Tabela 18. Resultados da caracterização das emulsões do petróleo RJS-662
contendo 10, 30, 50 e 70% de água.
47
3.3 Determinação do teor de sedimento e caracterização dos sedimentos por
MEV
48
Figura 8. Superfície da membrana de 0,45 µm após filtração de 1 g do petróleo
RJS-662. Estão destacadas pelos círculos em amarelo as estruturas em
forma de bastão.
Assim como para a membrana de 0,45 μm, foi observada uma pequena
quantidade de sedimentos quando foi analisada a membrana de 0,22 μm, a qual
também continha majoritariamente estruturas na forma de bastão (Figura 10A).
Contudo, também foi possível observar estruturas com geometria irregular (Figura
10B). Após a obtenção da imagem, foram avaliados os espectros de raios-X
49
pontuais dessas estruturas, sendo que foram obtidos resultados similares aos
obtidos da membrana de 0,45 μm, porém também foi observada a presença de Ba
nas estruturas dos sedimentos (Figura 11).
51
Figura 13. Espectro de raios-X dos sedimentos da amostra RJS-662 após filtração
de 1 g de amostra usando membrana de 0,1 μm.
52
Figura 14. Superfície da membrana de 0,1 µm após filtração de 0,5 g da amostra
RJS-662, onde estão destacados pelos círculos em amarelo as
estruturas em forma de bastão e com geometria irregular.
Figura 15. Espectro de raios-X dos sedimentos da amostra RJS-662 após filtração
de 0,5 g de amostra usando membrana de 0,1 μm.
53
bastão e como nos demais casos, foi obtido o espectro de raios-X para essas
estruturas, onde foi possível observar a presença de Ca, Na e S (Figura 17).
54
Figura 17. Espectros de raios-X dos sedimentos da amostra RJS-662 após filtração
de 0,1 g de amostra usando membrana de 0,1 μm.
55
quartzo, foi adicionado HNO3 e a amostra ficou em repouso por 30 min antes de ser
submetida ao programa de irradiação. Esse tempo de repouso foi utilizado tendo em
vista que poderia ocorrer a reação rápida entre a fração mais volátil com o ácido
concentrado. Durante o programa de irradiação, quando a taxa de aumento de
pressão (0,8 bar s-1) foi excedida ou quando a pressão atingiu 80 bar, ocorreu uma
redução da potência irradiada até a regularização destes parâmetros. A temperatura
máxima atingida nos frascos foi de 206 °C. O digerido ficou com aspecto amarelado,
indicando uma decomposição ineficiente/incompleta.
Adicionalmente foi investigada a utilização do sistema Ultrawave (Milestone),
uma vez que esse possibilita o uso de maior temperatura e pressão durante a
decomposição, proporcionando a decomposição de maior massa de amostra. Essa
maior massa de amostra viabiliza obter menores LOQs e, consequentemente, torna-
se possível a quantificação dos analitos mesmo em baixa concentração. Para a
avaliação da MAD com o sistema Ultrawave, foram digeridos cerca de 750 mg do
petróleo RJS-662, utilizando 6 mL de HNO3 concentrado. Após a pesagem do
petróleo diretamente nos frascos de quartzo, foi adicionado HNO3 e as amostras
ficaram em repouso por 30 min antes de serem submetidas ao programa de
irradiação. Após o tempo de repouso, os frascos contendo a amostra foram alocados
no suporte e este foi inserido na cavidade do forno de micro-ondas e submetido ao
programa de irradiação. Depois de finalizado o programa de decomposição, os
digeridos foram coletados e avolumados a 25 mL com água ultrapura. As soluções
obtidas para a amostra decomposta apresentaram aspecto levemente amarelado,
similar às obtidas utilizando MAD em sistema Multiwave. Contudo, deve ser
destacado, que não houve a presença de material insolúvel, indicando a
possibilidade de decomposição de elevadas massas de amostra.
56
dentro do frasco). O anel de PTFE da base foi colocado no frasco, seguido da
pesagem de cerca de 350 mg de petróleo (com o auxílio de uma seringa) e inserção
da lâmpada com o espaçador. Para a decomposição foi utilizada uma mistura com
5,2 mL de HNO3 concentrado, 6 mL de H2O2 (30% v/v) e 3,8 mL de H2O, perfazendo
o volume total de 15 mL, e concentração final de HNO3 de 5 mol L-1.
Durante o programa de irradiação, quando a temperatura atingiu 200 °C,
ocorreu uma redução da potência irradiada. Quando o petróleo foi decomposto por
MAD utilizando o sistema Multiwave, ocorria a redução da potência irradiada em
função da pressão, a qual atingia o limite de 80 bar antes do limite de temperatura
(280 °C). Para a decomposição por MAD-UV, foi utilizada uma temperatura limitante
menor do que quando utilizada a MAD, em função de preservar o material dos
frascos e tampas. A máxima pressão atingida foi de cerca de 78 bar. O aspecto do
digerido final foi similar ao da solução obtida para o mesmo petróleo utilizando MAD
em sistema Multiwave.
É importante salientar que, inicialmente, tantos os métodos empregando MAD
quanto os empregando MAD-UV, foram aplicados para massas elevadas de petróleo
(entre 350 e 750 mg) para avaliar viabilidade do uso destes métodos.
3.5 Determinação de Ca, Mg, K e Na por ICP-OES para obtenção dos valores
de referência para a posterior determinação desses elementos por
DS-GF AAS
57
devido ao uso de H2O2, principalmente no caso de Na, onde os valores de
concentração dos brancos foram cerca 150 vezes maiores do que por MAD (sem o
uso de H2O2). Outros fatores que podem ter contribuído para contaminação, quando
utilizada a MAD-UV, são o maior manuseio e a necessidade da utilização das peças
de PTFE e as lâmpadas.
Valores elevados de brancos refletem em piores LOD e LOQ, uma vez que a
concentração dos brancos e o desvio entre a média das determinações é
considerado para o cálculo. Nesse sentido, a utilização da MAD utilizando o sistema
Ultrawave, sendo feitas descontaminações prévias e maior massa de amostra, foi
utilizada como alternativa para contornar essas desvantagens. Contudo, mesmo
utilizando esse sistema não foi possível a quantificação dos analitos por ICP-OES.
Na Tabela 19 são mostrados os LODs e LOQs obtidos utilizando os três métodos de
decomposição utilizados.
Tabela 19. Limites de quantificação (µg g-1) para Ca, K, Mg e Na por ICP-OES após
decomposição da amostra.
Método de decomposição Ca K Mg Na
MAD (sistema Multiwave) 3,0 0,2 0,2 2,0
MAD (sistema Ultrawave) 1,0 1,2 0,1 0,5
MAD-UV 34 3,0 1,3 302
58
aquecimento, conforme descrito no item 2.6. Na Figura 18 está mostrado o perfil da
perda de massa de petróleo com o incremento de temperatura, onde o resultado foi
representado como massa residual e considerando a massa inicial como 100%.
59
3.6.2 Avaliação das curvas de pirólise e atomização para Ca e Mg
60
Absorbância integrada (s)
Figura 19. Curvas de pirólise e atomização para Ca: (▲) petróleo (0,726 ± 0,084
mg); (●) solução de referência (0,5 ng de Ca). Os valores de
absorbância integrada para petróleo foram normalizados para 1 mg de
amostra. As barras de erro representam o desvio padrão (n = 2).
A pirólise foi avaliada entre 400 e 2000 °C para solução de referência e entre
500 e 1900 °C para a amostra, com temperatura de atomização fixada em 2500 °C.
Como pode ser observado na Figura 19, na curva de pirólise para solução de
referência, a absorbância integrada se manteve constante até 1400 °C, sofrendo um
decréscimo a partir de 1500 °C. Na curva de pirólise para a amostra, houve variação
nos valores de absorbância entre 500 e 800 °C, mas a partir de 900 até 1700 °C os
valores permaneceram constantes, sem diferença significativa (ANOVA, p < 0,05).
Entretanto, a partir de 1700 °C foi observado um decréscimo nos valores de
absorbância integrada, sendo assim a temperatura de pirólise escolhida para Ca foi
de 1400 °C.
Nas curvas de atomização, os sinais analíticos para solução de referência e
para a amostra não foram totalmente integrados até 2300 °C, sendo que retornaram
à linha base somente a partir de 2400 °C. Foi observado um aumento constante nos
valores de absorbância integrada com o aumento da temperatura. Porém, para a
amostra, foi observada diferença entre as temperaturas de 2500 e 2600 °C. O
aspecto da curva de atomização para petróleo pode ser uma evidência de que a
61
temperatura de 2600 °C não seja suficiente para a completa atomização do Ca, pois
devido a provável formação de compostos refratários, parte do analito pode ficar
retida na plataforma. Por outro lado, para solução de referência, não foi observada
diferença significativa entre os valores obtidos em 2500 e 2600 °C (teste t-Student,
p < 0,05). Assumindo uma condição de compromisso que fosse adequada para
amostra e solução de referência, as temperaturas de pirólise e atomização foram
fixadas em 1400 e 2600 °C, respectivamente.
Assim como para Ca, a determinação de Mg é bastante suscetível à
contaminação, necessitando que as soluções de referência sejam preparadas
diariamente e que o material (pinça de inserção da plataforma e prato da balança)
seja limpo previamente. As curvas de pirólise e atomização para Mg foram feitas
monitorando o comprimento de onda de 285,2 nm e o corretor de fundo por efeito
Zeeman foi utilizado no modo 2-field (0,8 T), propiciando o uso da condição de maior
sensibilidade do espectrômetro para esse elemento. Para as curvas com solução de
referência, foram introduzidos 25 pg de Mg no tubo de grafite, enquanto para a
amostra foi utilizada massa de 0,904 ± 0,134 mg do petróleo RJS-662. As curvas de
pirólise e atomização para Mg utilizando amostra e solução de referência estão
mostradas na Figura 20. Assim como para Ca, devido aos baixos valores de RSD
para as medidas, os ensaios foram feitos em duplicata.
62
Absorbância integrada (s)
Figura 20. Curvas de pirólise e atomização para Mg: (▲) petróleo (0,904 ± 0,134
mg); (●) solução de referência (25 pg de Mg). Os valores de absorbância
integrada para petróleo foram normalizados para 1 mg de amostra. As
barras de erro representam o desvio padrão (n = 2).
64
referência foi de 23,1 ± 0,2 pg, possibilitando uma redução na sensibilidade do
espectrômetro de aproximadamente 28 vezes. Os resultados foram obtidos a partir
de cinco replicatas e o RSD para a determinação foi de 10%.
A determinação de Mg por GF AAS foi feita utilizando o comprimento de onda
285,2 nm e a correção de fundo no modo 2-field, com intensidade de 0,8 T.
Utilizando essas condições, foi possível construir uma curva de calibração entre 2,5
e 100 pg de Mg. O valor de m0 para as medidas utilizando esta condição de maior
sensibilidade do equipamento foi de 0,30 ± 0,01 pg.
Os cálculos para LOD e LOQ foram feitos considerando a média e o desvio
padrão de 10 medidas do branco e a máxima massa do petróleo RJS-662 que pode
ser utilizada para a medida de cada elemento. Assim, foram obtidos valores de LOD
e LOQ bem menores utilizando o sistema DS-GF AAS quando comparado aos
métodos de decomposição e posterior determinação por ICP OES. Os LODs e LOQs
obtidos para DS-GF AAS foram de 0,04 e 0,1 µg g-1 para Ca e de 0,4 e 1,2 ng g-1
para Mg, respectivamente. Os resultados obtidos por DS-GF AAS não puderam ser
comparados com aqueles obtidos por ICP OES na amostra digerida pelos três
procedimentos de decomposição, pois para ambos os elementos, a concentração
dos analitos ficaram abaixo dos LOQs para os métodos comparativos. Dessa
maneira, os digeridos obtidos por MAD em sistema Ultrawave foram quantificados
também pela técnica de GF AAS. Os resultados obtidos para a determinação de Ca
e Mg estão mostrados na Tabela 21, juntamente com os valores de referência.
Técnicas Ca Mg
Tabela 22. Resultados (µg g-1) para a determinação de Ca e Mg em CRM por DS-GF
AAS (média ± SD, n = 5).
67
Absorbância integrada (s)
Figura 21. Curvas de pirólise e atomização para K: (▲) petróleo (2,25 ± 0,19 mg)
sem modificador químico, (●) solução de referência (0,1 ng de K) sem
modificador químico, (▲) petróleo (1,44 ± 0,27 mg) com modificador
químico permanente, (●) solução de referência (0,1 ng de K) com
modificador químico permanente. Os valores de absorbância integrada
para petróleo foram normalizados para 1 mg de amostra. As barras de
erro representam o desvio padrão (n = 2).
As temperaturas de pirólise avaliadas para K foram entre 600 e 1300 °C, com
a temperatura de atomização fixada em 1900 °C e tempo de integração de 10 s. A
absorbância integrada para a solução de referência permaneceu constante nas
temperaturas entre 600 e 1000 °C, sendo que a partir dessa, começou a ocorrer um
decréscimo no sinal, como pode ser observado na Figura 21. Logo, a temperatura
de 800 °C foi escolhida para experimentos futuros. As curvas de atomização foram
feitas variando a temperatura entre 1400 e 2200 °C, quando não foi utilizado
modificador, e entre 1400 e 2100 °C quando utilizado W-Ir. Em temperaturas
inferiores a 1700 °C, o sinal foi integrado correta e completamente, para
temperaturas superiores a 1800 °C, os valores para absorbância integrada
diminuíram. A temperatura de 1800 °C foi escolhida como uma condição de
compromisso entre os resultados obtidos para o petróleo e para a solução de
referência.
68
Absorbância integrada (s)
Figura 22. Curvas de pirólise e atomização para Na: (▲) petróleo (1,30 ± 0,18 mg)
sem modificador químico, (●) solução de referência (1,0 ng de Na) sem
modificador químico, (▲) petróleo (0,509 ± 0,090 mg) com modificador
químico permanente, (●) solução de referência (1,0 ng de Na) com
modificador químico permanente. Os valores de absorbância integrada
para petróleo foram normalizados para 1 mg de amostra. As barras de
erro representam o desvio padrão (n = 2).
70
3.7.2 Quantificação de K e Na por DS-GF AAS
71
Tabela 25. Resultados (µg g-1) para a determinação de Na nos CRMs (média ± SD,
n = 5).
CRM DS-GF AAS Valor certificado
NIST 1634c 37,6 ± 2,6 37*
NIST 2718 87,2 ± 5,6 88,6 ± 2,8
*Valor informado
Os LODs e LOQs foram calculados como descrito no item 3.6.3, sendo levada
em consideração a máxima massa de amostra utilizada para cada analito. Os LODs
e LOQs foram de 3,2 e 4,2 ng g-1 para K e 26 e 40 ng g-1 para Na, respectivamente.
Como a utilização da DS-GF AAS não requer etapa prévia de decomposição da
amostra e é necessária baixa manipulação, assim como para Ca e Mg, os LODs e
LOQs foram inferiores aos encontrados para as determinações feitas nos digeridos.
72
3.8.1 Otimização das condições operacionais do sistema Apex para
acoplamento ao equipamento de ICP-MS
Apex
74
Figura 24. Otimização da vazão do gás de nebulização para Ag, As, Cd, Cu, Hg, Mo e Ni.
75
Figura 25. Otimização da vazão do gás de nebulização para Ba, Bi, Co, Cr, Mn, Pb, Sr e V.
76
Figura 26. Otimização da vazão do gás de nebulização para formação de carga dupla e taxa de óxidos.
77
Como pode ser observado nas Figuras 24, 25 e 26, como esperado, com o
aumento da vazão do gás de nebulização, ocorre um aumento na intensidade do
sinal dos analitos, uma vez que para maiores vazões do gás de nebulização, uma
maior quantidade de amostra é introduzida no plasma. Um comportamento similar
também pode ser observado para a taxa de óxidos e carga dupla, sendo observados
valores superiores a 200 e 7%, respectivamente, quando elevadas vazões do gás de
nebulização são utilizadas (ex: 1,20 L min-1). Dessa maneira, visando uma condição
em que fosse obtida boa sensibilidade para todos os elementos e com baixa
influência de formação de óxidos e carga dupla, a vazão do gás de nebulização de
0,95 L min-1 foi escolhida para ensaios futuros. Além da boa sensibilidade, nessa
vazão foi observada uma taxa de óxidos inferior a 2,5% e taxa de carga dupla
inferior a 0,5%.
A potência de RF foi estudada de 900 a 1500 W, em intervalos de 50 W,
sendo a vazão de gás de nebulização e da bomba peristáltica fixas em 0,95 L min-1 e
0,45 mL min-1, respectivamente. Como mostrado nas Figuras 27, 28 e 29, com o
aumento da potência ocorre uma diminuição na intensidade dos sinais dos analitos,
bem como para a taxa de óxidos e de carga dupla. A partir da potência de 1050 W,
pode ser observada uma diminuição no valor da taxa de óxidos, com valores
inferiores a 2,5% (Figura 29). Dessa forma, visando a escolha de uma condição de
compromisso para a determinação dos elementos, foi escolhida a potência de 1050
W, em que também foram obtidas intensidades satisfatórias para os analitos e uma
taxa de carga dupla inferior a 1%.
78
Figura 27. Otimização da potência aplicada na bobina de RF para Ag, As, Cd, Cu, Hg, Mo e Ni.
79
Figura 28. Otimização da potência aplicada na bobina de RF para Ba, Bi, Co, Cr, Mn, Pb, Sr e V.
80
Figura 29. Otimização da potência aplicada na bobina de RF para formação de carga dupla e taxa de óxidos.
81
Após a escolha da vazão do gás de nebulização e da potência de RF, foi
avaliada a influência da vazão da bomba peristáltica do equipamento, sendo
estudadas vazões entre 0,13 e 1,00 mL min-1. Foi observado que, para as
velocidades da bomba peristáltica de 0,13 e 0,24 mL min-1, foram obtidas
intensidades menores para os analitos (Figuras 30 e 31), provavelmente devido a
uma menor quantidade de amostra ser introduzida no sistema de nebulização. Para
as velocidades entre 0,40 e 1,00 mL min-1, pode ser observado um platô para as
intensidades da maioria dos elementos. A taxa de óxidos variou entre 0,7 e 1,5% e a
taxa de carga dupla entre 0,3 e 0,6% nas velocidades estudadas (Figura 32). A fim
de evitar um maior desgaste da bomba peristáltica com operação em maiores
velocidades, o uso de velocidades menores foi preferível e, apesar dos valores
obtidos para as velocidades de 0,40 e 0,45 mL min-1 serem similares, foi optado pelo
uso da velocidade de 0,45 mL min-1, uma vez que essa possuía menores valores de
desvio padrão relativo (RSD) para as medidas.
82
Figura 30. Otimização da vazão da bomba peristáltica para Ag, As, Cd, Cu, Hg, Mo e Ni.
83
Figura 31. Otimização da vazão da bomba peristáltica para Ba, Bi, Co, Cr, Mn, Pb, Sr e V.
84
Figura 32. Otimização da vazão da bomba peristáltica para formação de carga dupla e taxa de óxidos.
85
Posteriormente à otimização da vazão do gás de nebulização, potência de RF
e velocidade da bomba peristáltica, foram calculados os LOQs para os elementos
monitorados, sendo feita a comparação entre os valores de LOQ para a nebulização
convencional e para o Apex. Os LOQs para o sistema Apex foram similares e da
mesma ordem de grandeza do que aqueles obtidos para o sistema de nebulização
convencional. Dessa forma, o sistema Apex pode ser utilizado para a quantificação
dos analitos por ICP-MS sem perdas na capacidade de quantificação da técnica.
Contudo, devido ao grande número de amostras e a utilização do sistema Apex
tornar a medida mais morosa, optou-se por não utilizar esse sistema para a
determinação de metais nas 172 amostras de petróleo de testes de PVT recebidas.
86
min-1 para experimentos posteriores, uma vez que essa vazão possibilitou uma boa
intensidade para os analitos e um plasma estável durante as medidas.
A avaliação da potência aplicada na bobina de RF foi feita de 900 a 1500 W,
em intervalos de 50 W, com as vazões do gás de nebulização e da bomba
peristáltica fixas em 0,45 L min-1 e 1,0 mL min-1, respectivamente. Como pode ser
observado na Figura 34, para elementos como Al, Ba, Ca, Co, Cu, Pb e S não
ocorreu variação acentuada na intensidade do sinal em função da variação da
potência aplicada. Contudo, para Cd, Cr, Fe, Mg, Mn, Ni, V e Zn foi observado um
pequeno incremento na intensidade quando utilizadas potências maiores. Nesse
sentido, a potência de 1400 W foi escolhida para ensaios posteriores em função de
proporcionar maiores intensidades para esses elementos, além de ser uma condição
de compromisso para todos os analitos. Potências superiores a 1400 W não foram
escolhidas para evitar um maior desgaste do equipamento.
87
1,4E+06 Ba Ca 1,2E+05 Al Cu Mg
1,2E+06 1,0E+05
1,0E+06
8,0E+04
8,0E+05
6,0E+04
6,0E+05
4,0E+04
4,0E+05
2,0E+04
Intensidade (cps)
2,0E+05
0,0E+00 0,0E+00
0,40 0,45 0,50 0,55 0,60 0,65 0,70 0,40 0,45 0,50 0,55 0,60 0,65 0,70
5000
Cd Co Cr Fe Zn 800 Ni Pb S
4500 700
4000
600
3500
3000 500
2500 400
2000 300
1500
200
1000
500 100
0 0
0,40 0,45 0,50 0,55 0,60 0,65 0,70 0,40 0,45 0,50 0,55 0,60 0,65 0,70
Vazão do gás de nebulização (L min -1)
Figura 33. Otimização da vazão do gás de nebulização para Al, Ba, Ca, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Mg, Mn, Ni, Pb, S, V e Zn.
88
1,6E+06 1,2E+05
Ba Ca Al Cu Mg Mn V
1,4E+06
1,0E+05
1,2E+06
8,0E+04
1,0E+06
8,0E+05 6,0E+04
6,0E+05
4,0E+04
4,0E+05
2,0E+04
2,0E+05
Intensidade (cps)
0,0E+00 0,0E+00
5000 800
Cd Co Cr Fe Zn Ni Pb S
4500 700
4000
600
3500
3000 500
2500 400
2000 300
1500
200
1000
500 100
0 0
Figura 34. Otimização da potência de RF para Al, Ba, Ca, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Mg, Mn, Ni, Pb, S, V e Zn.
89
Posteriormente à escolha da vazão do gás de nebulização e potência de RF,
foi avaliada a vazão da bomba peristáltica do equipamento. Para isso, foram
avaliadas vazões entre 0,40 e 1,30 mL min -1, em intervalos de 0,10 mL min-1. Como
mostrado na Figura 35, as intensidades de sinal maiores foram observadas para
vazões entre 0,70 e 0,90 mL min-1 para todos os elementos. As intensidades mais
baixas observadas em vazões menores são justificadas pela menor quantidade de
amostra que é transportada até o plasma, enquanto que a diminuição da intensidade
do sinal para vazões maiores pode estar relacionada com uma maior dificuldade na
formação do aerossol quando um grande volume de amostra chega ao nebulizador.
Ademais, é importante salientar que, quando são utilizadas vazões maiores (acima
de 1,10 mL min-1), o plasma não se manteve estável durante as medidas. Nesse
sentido, optou-se por utilizar a vazão da bomba peristáltica em 0,8 mL min-1.
90
1,6E+06 Ba Ca 1,2E+05 Al Cu Mg Mn V
1,4E+06
1,0E+05
1,2E+06
8,0E+04
1,0E+06
8,0E+05 6,0E+04
6,0E+05
4,0E+04
4,0E+05
2,0E+04
2,0E+05
Intensidade (cps)
0,0E+00 0,0E+00
0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 1,10 1,20 1,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 1,10 1,20 1,30
5000 Cd Co Cr Fe Zn 800 Ni Pb S
4500 700
4000
600
3500
3000 500
2500 400
2000 300
1500
200
1000
500 100
0 0
0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 1,10 1,20 1,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 1,10 1,20 1,30
Vazão da bomba peristáltica (mL min-1)
Figura 35. Otimização da vazão da bomba peristáltica para Al, Ba, Ca, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Mg, Mn, Ni, Pb, S, V e Zn.
91
Após definidas as condições ótimas para operação do sistema Apex acoplado
ao equipamento de ICP-OES, foram feitas quantificações visando a obtenção de
LOQs para comparação com o sistema de nebulização convencional do
equipamento, da mesma forma que foi feito para o equipamento de ICP-MS.
Novamente, os LOQs obtidos para o sistema Apex foram similares aos do sistema
de nebulização convencional. Para alguns elementos, foram obtidos LOQs mais
baixos utilizando o sistema Apex, enquanto que para outros elementos, foram
obtidos LOQs mais baixos quando utilizado o sistema convencional. Porém, além do
tempo de medida utilizando o sistema Apex ser maior do que para o sistema
convencional, também foi observado um maior RSD para as medidas feitas
utilizando o sistema Apex. Este comportamento também influenciou nas medidas
das curvas de calibração, as quais possuíram menor linearidade quando
comparadas com aquelas obtidas utilizado o sistema convencional de nebulização.
Nesse sentido, optou-se por fazer a quantificação de metais e S por ICP-OES
utilizando o sistema convencional de nebulização.
3.9 Decomposição do petróleo RJS-662 por MAD e MIC para obtenção dos
valores de referência
92
Tabela 26. Pressão inicial e pressão máxima atingida nos frascos utilizando
diferentes massas de petróleo na decomposição por MIC.
Massa de amostra (mg) Pressão inicial (bar) Pressão atingida na MIC (bar)
25 22 31
50 23 36
75 23 39
100 23 40
25 mg 50 mg 75 mg 100 mg
Figura 36. Papel filtro utilizado na decomposição por MIC após adição de diferentes
massas de petróleo.
93
da secagem do petróleo (em capela de fluxo laminar) previamente à decomposição
por MIC.
Na Tabela 27 estão mostrados os resultados da determinação de metais no
petróleo RJS-662 após decomposição por MAD e MIC (com e sem secagem em
capela de fluxo laminar).
Tabela 27. Concentração dos elementos (µg g-1) no petróleo RJS-662 determinados
por ICP-MSa e ICP-OESb após decomposição por MAD e MIC (média ±
SD, n = 3).
MIC
Analito MAD
Com secagem Sem secagem
a
Ag < 0,03 < 0,03 < 0,03
Alb <7 <7 <7
Asa 0,118 ± 0,004 0,108 ± 0,001 0,107 ± 0,005
a
Ba 0,202 ± 0,012 0,243 ± 0,013 0,246 ± 0,023
Bia < 0,01 < 0,01 < 0,01
Cda < 0,01 < 0,01 < 0,01
a
Co 0,089 ± 0,005 0,093 ± 0,005 0,086 ± 0,001
Cra <1 < 0,3 < 0,3
Cua 0,304 ± 0,010 0,485 ± 0,018 <3
b
Fe 3,01 ± 0,16 3,64 ± 0,21 3,02 ± 0,34
Mgb < 0,2 <3 <1
Mna < 0,01 < 0,1 < 0,1
a
Mo 0,010 ± 0,001 0,009 ± 0,001 0,010 ± 0,001
Nia 9,91 ± 0,30 9,84 ± 0,22 8,96 ± 0,15
Pba 0,110 ± 0,019 0,165 ± 0,008 0,155 ± 0,006
a
Sb < 0,01 < 0,1 < 0,1
Sna <1 < 0,4 < 0,4
Sra < 0,3 < 0,3 < 0,3
a
V 9,49 ± 0,31 9,68 ± 0,08 9,31 ± 0,22
Zna 2,41 ± 0,02 <3 <3
94
concentração dos elementos majoritários no petróleo (Ni e V), para Ni foram
observadas concordâncias de 99% quando comparados MIC com secagem e MAD e
de 90% quando comparados MIC sem secagem e MAD. Comparando os valores de
Ni para MIC com secagem e sem secagem do petróleo, a concordância entre eles
foi de 110%. Para V, foram observadas concordâncias de 102 e 98% quando
comparados MIC com secagem e sem secagem com o método de MAD,
respectivamente, não apresentando diferença significativa (ANOVA, nível de
confiança de 95%) entre os métodos avaliados. Elementos como As, Ba e Pb, não
apresentaram diferença significativa (ANOVA, nível de confiança de 95%) entre os
métodos de MIC avaliados (com e sem secagem), porém apresentaram diferença
quando comparados com MAD. Para Co, Fe e Mo, os três métodos avaliados foram
concordantes (MAD e MIC com e sem secagem), não apresentando diferença
significativa (ANOVA, nível de confiança de 95%). Os demais elementos, tais como
Ag, Al, Bi, Cd, Cr, Mg, Mn, Sb, Sn e Sr, apresentaram concentração abaixo do limite
de quantificação (LQ) dos métodos. Zinco foi quantificado somente pelo método de
MAD, apresentado valores abaixo do LQ para o método de MIC com e sem
secagem.
Cabe salientar que os limites de quantificação obtidos pelo método de MIC
para a maioria dos elementos foram maiores que os obtidos pelo método de MAD.
Isso pode ser explicado pela massa reduzida de amostra utilizada na decomposição
do petróleo, sendo 100 mg para MIC e 500 mg para MAD. Outro fator importante a
ser mencionado é o possível aumento do valor dos brancos para alguns elementos,
tais como Zn e Cu, em função do papel filtro utilizado para absorver a amostra de
petróleo antes da combustão. O aumento do valor dos brancos também pode ser
causado pela lixiviação de alguns elementos, tais como Fe, Cu, Cr, do suporte de
quartzo utilizado para inserir a amostra no frasco e combustão, principalmente se os
frascos e os suportes de quartzo não forem cuidadosamente descontaminados e
limpos antes de uma nova decomposição.
95
decompor”, como petróleo e seus derivados.16, 37 Dentre as principais vantagens do
uso deste método com relação ao aquecimento convencional pode-se destacar a
maior eficiência de decomposição e o menor risco de perdas de analitos por
volatilização e/ou contaminação, uma vez que o aquecimento geralmente é feito em
sistemas fechados.38 Adicionalmente, o uso de sistemas fechados permite que
sejam empregadas temperaturas e pressões elevadas, aumentando a eficiência de
decomposição.39 Considerando que entre os principais objetivos deste projeto está a
busca por tecnologias e métodos que possibilitem a obtenção de resultados
adequados com uso de volumes pequenos de petróleo, foi feita a revisão da
literatura com relação à sistemas de decomposição disponíveis para tal finalidade.
Entretanto, não foram encontrados trabalhos relatando o uso de sistemas
miniaturizados que permitam a decomposição de volumes pequenos de petróleo (da
ordem de µL) e a posterior determinação elementar.
Desta forma, foi utilizada uma tecnologia disponibilizada pela empresa
Milestone para a decomposição por via úmida assistida por radiação micro-ondas de
pequenas massas/volumes de amostra, através do uso de um sistema
miniaturizado. Com a utilização deste sistema, buscou-se o desenvolvimento de um
método capaz decompor massas reduzidas de petróleo de forma eficiente (com
baixo teor de carbono residual), possibilitando a posterior quantificação dos metais
presentes no petróleo pelas técnicas de ICP-OES e ICP-MS. Para a decomposição
das amostras de petróleo pelo sistema miniaturizado, foi utilizada a adaptação
comercial do forno de micro-ondas Ethos, a qual possibilita o uso de mini frascos
para a decomposição de massas reduzidas de amostra.
96
simultaneamente. Na Figura 37 podem ser observados os mini frascos contendo o
petróleo e a solução de decomposição (500 µL de HNO3) previamente à aplicação
do programa de irradiação.
Tabela 28. Resultados para a concentração de metais (µg g-1) no petróleo RJS-662
após MAD utilizando o sistema convencional (Multiwave, Anton Paar) e o
sistema miniaturizado (Ethos, Milestone).
MAD-MINI (Milestone)
MAD
Elemento 400 µL HNO3 + 500 µL HNO3 +
500 µL HNO3 (Anton Paar)
100 µL H2O2 100 µL H2O2
As 0,078 ± 0,001 0,081 ± 0,002 0,085 ± 0,001 0,118 ± 0,004
Cd < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01
Co 0,054 ± 0,001 0,056 ± 0,001 0,056 ± 0,002 0,089 ± 0,005
Cr 0,402 ± 0,055 0,451 ± 0,018 0,494 ± 0,010 0,836 ± 0,105
Cu nd 0,408 ± 0,062 0,321 ± 0,068 0,304 ± 0,010
Mn < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01
Ni 7,73 ± 0,26 7,92 ± 0,37 8,24 ± 0,60 9,90 ± 0,30
Pb 0,072 ± 0,001 0,143 ± 0,008 0,054 ± 0,003 0,110 ± 0,019
Sr < 0,3 < 0,3 < 0,2 < 0,3
V 6,61 ± 0,18 6,99 ± 0,19 6,94 ± 0,23 9,49 ± 0,31
Zn 2,09 ± 0,23 ND ND 2,41 ± 0,02
ND = não determinado por problemas de contaminação/interferência.
99
Figura 38. Mini frascos de quartzo contendo A) tampa comercial e B) tampas
confeccionadas no laboratório.
Tabela 29. Resultados para a concentração de metais (µg g-1) no petróleo RJS-662
após decomposição em sistema miniaturizado e convencional (valores
de referência).
Volume de HNO3 (µL)
Elemento MAD
100 200 300 400 500
Fe 2,70 ± 0,33 3,22 ± 0,15 2,81 ± 0,14 3,07 ± 0,27 3,11 ± 0,21 3,01 ± 0,6
Ni 9,58 ± 0,45 9,52 ± 0,44 9,74 ± 0,41 9,43 ± 0,35 9,23 ± 0,57 9,91 ± 0,30
V 9,31 ± 0,44 9,00 ± 0,35 9,57 ± 0,32 8,96 ± 0,47 9,05 ± 0,40 9,49 ± 0,41
Zn ND ND ND ND ND 2,41 ± 0,02
ND = não determinado por problemas de contaminação.
100
De acordo com os resultados mostrados na Tabela 29, não foi observada
diferença significativa (ANOVA, nível de confiança de 95%) em comparação aos
valores de referência para Fe, Ni e V após a decomposição do petróleo com sistema
miniaturizado, independente do volume de HNO3 avaliado. Desta forma, pode-se
concluir que o uso de tampas individuais nos mini frascos evitou a subestimação dos
resultados por possível perda dos analitos durante o aquecimento. Neste sentido, as
concordâncias com os valores de referências variaram entre 90 e 105%, 93 a 98% e
94 a 101% para Fe, Ni e V, respectivamente. Adicionalmente, não foram observadas
diferenças significativas (ANOVA, nível de confiança de 95%) quando os volumes de
100 a 500 µL de HNO3 foram utilizados como solução de decomposição, mostrando
a reprodutibilidade do método de decomposição em sistema miniaturizado. Porém,
para Zn, foram observadas contaminações durante a quantificação deste elemento
da mesma forma que o observado nos estudos iniciais. Após estes ensaios, foi
possível observar que a condição mais adequada para a decomposição do petróleo
utilizando os mini frascos foi com uso de 100 µL de HNO3 como solução de
decomposição. Nesta condição, foram obtidas concordâncias adequadas para Fe, Ni
e V em relação aos resultados obtidos após a decomposição do petróleo pelo
método de referência (MAD).
Ademais, é importante salientar que não foi possível dar continuidade nas
avaliações do sistema de mini frascos para a decomposição de petróleo em função
de problemas operacionais com o forno de micro-ondas. Em uma das otimizações
para a decomposição de petróleo, ocorreu uma explosão e danificou o sensor de
pressão do sistema. Durante a vigência do projeto, não foi possível fazer a troca do
sensor e a manutenção do equipamento. Dessa forma, a avaliação da
decomposição de petróleo utilizando sistema miniaturizado não foi finalizada.
101
optou-se pela utilização de HF para a decomposição, assim como a utilização do
sistema Speedwave, por esse ser equipado com frascos de TMF que viabilizam a
utilização de HF. Previamente a pesagem das amostras, foi necessária a
homogeneização das mesmas, sendo que para a amostra de base parafina 60/40 a
homogeneização foi feita manualmente. Como para a amostra de base olefina 60/10
a homogeneização manual não foi eficiente e a amostra foi colocada em banho de
ultrassom. Entretanto, esta alternativa também não foi efetiva e optou-se por
misturar o material sólido com o auxílio de uma espátula, com o objetivo de
descompactar o material sólido e submeter novamente a amostra à sonicação para
garantir melhor homogeneidade.
As decomposições foram feitas utilizando cerca de 100 mg de fluido de
perfuração e as amostras foram pesadas, com o auxílio de um pipetador, para
dentro de copos de pesagem (conforme Figura 39). Em seguida, os copos de
pesagem contendo a amostra foram inseridos dentro dos frascos de decomposição
com o auxílio de uma pinça e foram adicionados 5 mL de HNO3 concentrado e 1 mL
de HF. A amostra juntamente com a mistura ácida foi deixada em repouso por cerca
de 30 min. Após o tempo de repouso, os frascos foram fechados, fixados no rotor do
forno de micro-ondas e submetidos ao programa de irradiação (descrito no 2.9).
102
Após as decomposições, os digeridos foram coletados e avolumados a 25
mL. Foi observada a presença de resíduo insolúvel, provavelmente oriundo dos
constituintes inorgânicos do fluido. As amostras foram submetidas a determinação
elementar pelas técnicas de ICP-OES e ICP-MS, sendo que para ambas as técnicas
foi necessária uma diluição do digerido de ao menos 5 vezes em função da
utilização do HF. Os resultados da concentração dos metais nas amostras estão
mostrados na Tabela 30.
103
3.12 Aplicação dos métodos avaliados para a caracterização das amostras de
petróleo oriundas dos testes de PVT
104
3.12.1 Caracterização físico-química dos petróleos dos testes de PVT
105
A
PVT-159
PVT-18
PVT-17
PVT-159
PVT-18
PVT-17
106
A
Figura 42. Correlação dos petróleos PVT com a densidade. A) Medidas feitas no
equipamento Stabinger e B) medidas feitas no equipamento DMA.
107
Figura 43. Correlação da densidade API com os petróleos de testes de PVT.
108
Considerando a determinação da viscosidade, os valores para viscosidade
dinâmica (Figura 41A) variaram entre 3,104 mPa s (PVT-38) e 2356,850 mPa s
(PVT-159, medida feita a 60 °C) e, para a viscosidade cinemática (Figura 41B)
variaram entre 3,815 mm2 s-1 (PVT-38) e 2533,800 mm2 s-1 (PVT-159, medida feita a
60 °C). Dentre as amostras medidas, os petróleos PVT-17, PVT-18 e PVT-159 foram
os que apresentaram maiores valores para este parâmetro.
Em relação aos valores de densidade (Figura 42) e, consequentemente, do
°API (Figura 43) das amostras oriundas dos testes de PVT, os valores variaram de
0,78758 ± 0,00001 g cm-3, com °API de 47,10 (PVT-167) a 0,93506 g cm-3, com °API
de 19,15 (PVT-17), sendo o PVT-17 considerado o petróleo mais pesado
(27 > °API ≥ 19)40 e o PVT-167 considerado o petróleo mais leve (API ≥ 40,
caracterizado como extraleve)40 entre as amostras recebidas.
PVT-17 PVT-159
PVT-160
Figura 44. Correlação do número de acidez total com os petróleos de testes de PVT.
(Nota: as amostras identificadas na figura são as que apresentaram
valores mais elevados para o parâmetro avaliado).
109
nas amostras de petróleo PVT-159 e PVT-160, com valores de 2,78 e 2,67 mg KOH
g-1, respectivamente (Figura 44).
Considerando a correlação das amostras de petróleo PVT com os parâmetros
físico-químicos avaliados (mostrados nas Figuras 41 a 44), pode ser observado que
as amostras apresentam características físico-químicas bastante distintas e valores
bem variáveis para os parâmetros determinados. Adicionalmente, pode-se destacar
que a determinação destes parâmetros com uso de volumes reduzidos de amostra
foi adequada, possibilitando a determinação da viscosidade (dinâmica e cinemática),
densidade, °API e NAT em diferentes petróleos utilizando apenas 3 mL de amostra.
110
Tabela 31. Concentração de N e S (µg g-1) nas amostras de petróleo oriundas dos
testes PVT (média ± SD, n = 3). (continua)
S
Amostra N
Analisador elementar ICP-OES
PVT-01 772 ± 9 3816 ± 134 3966 ± 137
PVT-02 3142 ± 65 3234 ± 102 3134 ± 31
PVT-03 3329 ± 90 3342 ± 71 3335 ± 38
PVT-04 1462 ± 61 7172 ± 79 6846 ± 55
PVT-05 4903 ± 85 4792 ± 109 4752 ± 68
PVT-06 3564 ± 35 7762 ± 33 7748 ± 94
PVT-07 1322 ± 38 2118 ± 25 2035 ± 4
PVT-08 3688 ± 69 5629 ± 101 5441 ± 81
PVT-10 815 ± 50 2008 ± 60 2307 ± 71
PVT-11 893 ± 132 1904 ± 95 2575 ± 61
PVT-12 1228 ± 64 1506 ± 72 1756 ± 74
PVT-13 1658 ± 81 2295 ± 81 2526 ± 244
PVT-14 859 ± 22 5084 ± 66 5083 ± 30
PVT-15 880 ± 30 5184 ± 31 5255 ± 46
PVT-16 1391 ± 81 5538 ± 98 5439 ± 127
PVT-17 2206 ± 119 6830 ± 293 7476 ± 156
PVT-18 3070 ± 276 7634 ± 199 8030 ± 155
PVT-19 968 ± 32 3573 ± 38 3664 ± 77
PVT-20 884 ± 17 3761 ± 13 3605 ± 72
PVT-21 811 ± 24 3701 ± 90 3635 ± 61
PVT-22 785 ± 32 4524 ± 303 4769 ± 69
PVT-23 720 ± 61 4408 ± 136 4838 ± 100
PVT-24 1188 ± 54 4109 ± 115 4353 ± 188
PVT-25 1529 ± 56 6089 ± 83 6541 ± 102
PVT-26 1154 ± 48 5839 ± 57 6017 ± 7
PVT-27 1621 ± 135 5947 ± 259 6429 ± 83
PVT-28 1882 ± 236 7620 ± 446 8340 ± 401
PVT-29 2604 ± 117 7982 ± 173 8938 ± 137
PVT-30 1321 ± 36 4046 ± 48 4030 ± 48
PVT-31 855 ± 20 2389 ± 82 2523 ± 58
PVT-32 975 ± 32 3048 ± 67 3282 ± 56
PVT-33 898 ± 27 2649 ± 78 2504 ± 32
111
Tabela 31. Concentração de N e S (µg g-1) nas amostras de petróleo oriundas dos
testes PVT (média ± SD, n = 3). (continuação)
S
Amostra N
Analisador elementar ICP-OES
PVT-34 1144 ± 118 3628 ± 184 5333 ± 143
PVT-35 682 ± 14 783 ± 29 744 ± 18
PVT-36 516 ± 20 755 ± 40 755 ± 17
PVT-37 587 ± 5 772 ± 8 769 ± 8
PVT-38 541 ± 6 737 ± 11 709 ± 19
PVT-39 582 ± 37 687 ± 35 660 ± 35
PVT-40 1496 ± 50 2224 ± 74 2158 ± 59
PVT-41 1212 ± 120 2023 ± 240 2318 ± 75
PVT-42 1538 ± 43 2155 ± 64 2115 ± 51
PVT-43 1325 ± 40 2049 ± 108 2024 ± 32
PVT-44 2322 ± 131 2838 ± 134 2707 ± 100
PVT-45 2149 ± 98 2517 ± 98 2291 ± 37
PVT-46 2055 ± 229 2621 ± 29 2961 ± 89
PVT-47 3225 ± 102 2931 ± 84 2868 ± 120
PVT-48 982 ± 119 2676 ± 185 2896 ± 82
PVT-49 2883 ± 35 2725 ± 55 2816 ± 33
PVT-50 1611 ± 232 2405 ± 43 3137 ± 56
PVT-51 927 ± 204 2864 ± 132 2900 ± 142
PVT-52 2718 ± 121 2864 ± 362 3026 ± 60
PVT-53 3481 ± 106 3053 ± 81 3013 ± 131
PVT-54 2899 ± 129 3029 ± 99 2984 ± 33
PVT-55 2699 ± 57 2503 ± 79 2648 ± 109
PVT-56 3603 ± 121 3575 ± 231 2997 ± 128
PVT-57 627 ± 100 2551 ± 122 2952 ± 62
PVT-58 1134 ± 148 3050 ± 2 3045 ± 93
PVT-59 2064 ± 143 2613 ± 225 2765 ± 17
PVT-60 1464 ± 175 2730 ± 107 2651 ± 51
PVT-61 2492 ± 29 2730 ± 28 2770 ± 122
PVT-62 593 ± 133 2300 ± 275 2464 ± 78
PVT-63 738 ± 103 2435 ± 5 3074 ± 84
PVT-64 2644 ± 115 2531 ± 91 2872 ± 20
PVT-65 2343 ± 218 2371 ± 193 2362 ± 3
112
Tabela 31. Concentração de N e S (µg g-1) nas amostras de petróleo oriundas dos
testes PVT (média ± SD, n = 3). (continuação)
S
Amostra N
Analisador elementar ICP-OES
PVT-66 2355 ± 29 2561 ± 29 2445 ± 128
PVT-67 2485 ± 163 2498 ± 134 2555 ± 65
PVT-68 2633 ± 115 2910 ± 54 2579 ± 46
PVT-69 1766 ± 9 1560 ± 16 1531 ± 92
PVT-70 3581 ± 110 6102 ± 185 6309 ± 142
PVT-71 3330 ± 191 5965 ± 289 6398 ± 79
PVT-72 2794 ± 21 4930 ± 54 5237 ± 388
PVT-73 701 ± 31 1624 ± 88 1516 ± 36
PVT-74 1136 ± 86 1713 ± 41 1617 ± 8
PVT-75 386 ± 4 862 ± 19 840 ± 24
PVT-76 770 ± 43 1313 ± 76 1302 ± 67
PVT-77 1182 ± 97 2554 ± 74 3372 ± 90
PVT-78 671 ± 81 1105 ± 110 1131 ± 23
PVT-79 1315 ± 23 2130 ± 15 1887 ± 68
PVT-80 1018 ± 15 1676 ± 26 1653 ± 25
PVT-81 1420 ± 20 2156 ± 35 1957 ± 12
PVT-82 896 ± 16 6941 ± 84 6887 ± 260
PVT-83 1055 ± 5 7198 ± 98 7102 ± 57
PVT-84 657 ± 10 3090 ± 125 2740 ± 49
PVT-85 755 ± 12 3316 ± 64 2929 ± 33
PVT-86 994 ± 18 1546 ± 9 1426 ± 5
PVT-88 1303 ± 39 1487 ± 28 1489 ± 30
PVT-89 2163 ± 4 2640 ± 99 2786 ± 42
PVT-90 2365 ± 54 3146 ± 103 3100 ± 85
PVT-91 2383 ± 91 2611 ± 72 2388 ± 67
PVT-92 2601 ± 70 3858 ± 181 3418 ± 310
PVT-93 2009 ± 215 4243 ± 146 3816 ± 388
PVT-94 2410 ± 210 3604 ± 129 3352 ± 122
PVT-95 3148 ± 114 3897 ± 103 3768 ± 25
PVT-96 1494 ± 35 3151 ± 23 2781 ± 13
PVT-97 2024 ± 138 3361 ± 145 3126 ± 164
PVT-98 1769 ± 93 3052 ± 105 2946 ± 97
113
Tabela 31. Concentração de N e S (µg g-1) nas amostras de petróleo oriundas dos
testes PVT (média ± SD, n = 3). (continuação)
S
Amostra N
Analisador elementar ICP-OES
PVT-99 1647 ± 134 2475 ± 72 2431 ± 82
PVT-100 1835 ± 242 2481 ± 45 2408 ± 28
PVT-101 1449 ± 37 2178 ± 83 2229 ± 69
PVT-102 1886 ± 29 3068 ± 55 2799 ± 49
PVT-103 1888 ± 37 3119 ± 51 3122 ± 63
PVT-104 3451 ± 260 4127 ± 250 4769 ± 24
PVT-105 3110 ± 159 5069 ± 227 5439 ± 36
PVT-108 1810 ± 50 3908 ± 179 3749 ± 68
PVT-109 3054 ± 84 4619 ± 254 4825 ± 62
PVT-110 2784 ± 161 4528 ± 189 4960 ± 93
PVT-111 1645 ± 133 4675 ± 184 7214 ± 173
PVT-112 2791 ± 97 3916 ± 137 3800 ± 77
PVT-113 1184 ± 80 2062 ± 24 1787 ± 28
PVT-114 1839 ± 135 3092 ± 101 2718 ± 13
PVT-115 1456 ± 108 3172 ± 37 2647 ± 74
PVT-116 1440 ± 24 2928 ± 230 2692 ± 57
PVT-117 1377 ± 79 2788 ± 141 2685 ± 18
PVT-118 2387 ± 111 3324 ± 82 3246 ± 48
PVT-119 2787 ± 15 3924 ± 126 3703 ± 14
PVT-120 2021 ± 33 2510 ± 127 2624 ± 41
PVT-121 1815 ± 121 2647 ± 124 2655 ± 73
PVT-122 1500 ± 112 2366 ± 51 2326 ± 52
PVT-123 3450 ± 97 3088 ± 66 2922 ± 93
PVT-124 2640 ± 2 3110 ± 74 3316 ± 452
PVT-125 2066 ± 29 2791 ± 77 2914 ± 233
PVT-126 2979 ± 76 2839 ± 66 2879 ± 27
PVT-127 3203 ± 106 2875 ± 53 2807 ± 100
PVT-128 1999 ± 103 2838 ± 40 2656 ± 43
PVT-129 3267 ± 99 2773 ± 49 2725 ± 89
PVT-130 2446 ± 124 3134 ± 119 3087 ± 131
PVT-131 2528 ± 6 3705 ± 60 3466 ± 210
PVT-132 1689 ± 71 3202 ± 48 3248 ± 23
114
Tabela 31. Concentração de N e S (µg g-1) nas amostras de petróleo oriundas dos
testes PVT (média ± SD, n = 3). (continuação)
S
Amostra N
Analisador elementar ICP-OES
PVT-133 2438 ± 166 2785 ± 61 3149 ± 94
PVT-134 2703 ± 41 3769 ± 175 3790 ± 159
PVT-135 666 ± 15 1244 ± 8 1296 ± 51
PVT-136 1143 ± 3 1437 ± 19 1406 ± 81
PVT-137 1223 ± 33 1540 ± 44 1534 ± 10
PVT-138 694 ± 12 3775 ± 25 4411 ± 390
PVT-139 1118 ± 56 5063 ± 83 6366 ± 176
PVT-140 787 ± 28 1417 ± 54 1445 ± 44
PVT-141 810 ± 59 1876 ± 35 1969 ± 41
PVT-142 425 ± 26 789 ± 20 732 ± 35
PVT-143 1187 ± 49 1502 ± 49 1448 ± 53
PVT-144 867 ± 50 1460 ± 53 1568 ± 39
PVT-145 1247 ± 40 2145 ± 143 2020 ± 62
PVT-146 2070 ± 69 2468 ± 128 2444 ± 122
PVT-147 2010 ± 147 4119 ± 21 3620 ± 32
PVT-148 834 ± 109 1880 ± 161 2408 ± 82
PVT-149 455 ± 31 2992 ± 120 2617 ± 100
PVT-150 520 ± 10 4770 ± 55 4787 ± 87
PVT-151 811 ± 28 3659 ± 20 3491 ± 131
PVT-152 1410 ± 50 2896 ± 73 2835 ± 73
PVT-153 1982 ± 17 3150 ± 53 2797 ± 38
PVT-154 ND ND 676*
PVT-155 265 ± 17 709 ± 26 561 ± 19
PVT-156 1165 ± 47 2058 ± 72 1805 ± 31
PVT-157 973 ± 52 1890 ± 85 1854 ± 83
PVT-158 343 ± 22 810 ± 39 645 ± 24
PVT-159 3186 ± 103 5837 ± 324 8669 ± 353
PVT-160 2683 ± 131 5585 ± 79 8142 ± 223
PVT-161 2156 ± 95 3041 ± 69 3735 ± 215
PVT-162 2409 ± 76 3447 ± 54 3556 ± 95
PVT-163 1924 ± 20 2371 ± 77 2531 ± 32
* Decomposição da amostra feita em monoplicata, volume recebido inferior a 0,1 mL.
ND: não determinado, volume de amostra insuficiente.
115
Tabela 31. Concentração de N e S (µg g-1) nas amostras de petróleo oriundas dos
testes PVT (média ± SD, n = 3). (conclusão)
S
Amostra N
Analisador elementar ICP-OES
PVT-164 5124 ± 388 6021 ± 95 2467 ± 42
PVT-165 1794 ± 220 2623 ± 34 2481 ± 36
PVT-166 681 ± 16 930 ± 48 435 ± 10
PVT-167 216 ± 1 378 ± 10 452 ± 9
PVT-168 1129 ± 29 2214 ± 58 2146 ± 41
PVT-169 291 ± 6 577 ± 3 491 ± 20
PVT-170 361 ± 9 665 ± 20 590 ± 13
PVT-171 368 ± 3 685 ± 11 605 ± 18
PVT-172 376 ± 11 690 ± 14 603 ± 20
PVT-173 365 ± 7 688 ± 19 611 ± 25
Duran 552 ± 42 299 ± 11 292 ± 7
Jackson 279 ± 1 691 ± 11 565 ± 9
Smith 87,1 ± 1,0 189 ± 3 157 ± 2
117
e analisador elementar, sendo obtido um R² de 0,9148, como pode ser observado na
Figura 46.
PVT-165
118
3.12.1.3 Determinação elementar por ICP-OES e ICP-MS após decomposição
por MAD
119
Tabela 32. Concentração (µg g-1) dos elementos nas amostras de petróleo oriundas dos testes PVT após determinação por ICP-MSa e
ICP-OESb (média ± SD, n = 2).
120
Tabela 33. Concentração (µg g-1) dos elementos nas amostras de petróleo oriundas dos testes PVT após determinação por ICP-MSa e
ICP-OESb (média ± SD, n = 2). (continua)
Elemento PVT-10 PVT-11 PVT-12 PVT-13 PVT-14 PVT-15 PVT-16 PVT-17
Aga < 0,02 < 0,02 < 0,02 0,033 ± 0,004 < 0,02 < 0,02 0,038 ± 0,005 0,316 ± 0,012
Alb 29,5 ± 0,2 9,43 ± 0,19 < 184 < 184 < 2,0 < 2,0 < 184 10,7 ± 0,5
a
As 0,024 ± 0,002 0,021 ± 0,003 < 0,10 0,013 ± 0,004 0,017 ± 0,001 0,012 ± 0,001 < 0,10 0,061 ± 0,002
Baa 234 ± 1 33,6 ± 0,4 58,1 ± 3,2 207 ± 18 1,05 ± 0,04 1,07 ± 0,02 9,14 ± 0,84 16,7 ± 0,4
Bia < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02
b
Ca 114 ± 4 29,4 ± 0,4 < 588 < 11 < 11 < 11 < 588 118 ± 2
Cda < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01
Coa 0,592 ± 0,008 1,11 ± 0,02 0,807 ± 0,026 0,281 ± 0,009 0,025 ± 0,001 0,033 ± 0,001 0,059 ± 0,002 0,188 ± 0,004
a
Cr < 0,30 < 0,30 < 0,15 0,214 ± 0,029 < 0,30 < 0,30 0,238 ± 0,039 0,306 ± 0,072
Cua 0,852 ± 0,016 0,690 ± 0,039 0,525 ± 0,026 1,65 ± 0,02 0,527 ± 0,068 0,207 ± 0,008 3,22 ± 0,05 0,325 ± 0,011
Feb 40,3 ± 3,3 7,74 ± 0,28 11,4 ± 0,6 45,3 ± 1,6 < 2,0 < 2,0 < 6,2 10,9 ± 0,2
b
Mg 14,3 ± 0,2 4,74 ± 0,11 < 13 < 0,78 < 0,78 < 0,78 < 13 18,4 ± 0,2
Mna 0,287 ± 0,021 < 0,05 < 0,10 0,592 ± 0,030 < 0,05 0,076 ± 0,010 < 0,10 0,282 ± 0,024
Moa < 0,05 < 0,05 0,052 ± 0,005 0,052 ± 0,001 < 0,05 < 0,05 0,066 ± 0,008 0,253 ± 0,015
a
Ni 13,9 ± 0,3 34,2 ± 0,8 28,1 ± 1,0 9,39 ± 0,17 3,16 ± 0,14 3,46 ± 0,02 3,95 ± 0,13 13,1 ± 0,3
Pba 0,431 ± 0,009 < 0,15 0,173 ± 0,016 0,231 ± 0,001 < 0,15 < 0,15 < 0,15 < 0,15
a
Sb < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02
a
Sn 0,013 ± 0,001 < 0,01 < 0,03 0,068 ± 0,005 < 0,01 < 0,01 < 0,03 < 0,01
Sra 4,16 ± 0,04 1,24 ± 0,02 < 1,6 3,19 ± 0,24 < 0,10 < 0,10 < 1,6 3,35 ± 0,004
a
V 1,19 ± 0,03 2,02 ± 0,02 1,65 ± 0,07 11,3 ± 0,2 5,71 ± 0,20 6,96 ± 0,06 6,18 ± 0,14 10,5 ± 0,3
a
Zn < 3,2 < 3,2 < 11,9 < 3,2 < 3,2 < 3,2 < 11,9 1,85 ± 0,2
121
Tabela 33. Concentração (µg g-1) dos elementos nas amostras de petróleo oriundas dos testes PVT após determinação por ICP-MSa e
ICP-OESb (média ± SD, n = 2). (continuação)
122
Tabela 33. Concentração (µg g-1) dos elementos nas amostras de petróleo oriundas dos testes PVT após determinação por ICP-MSa e
ICP-OESb (média ± SD, n = 2). (continuação)
123
Tabela 33. Concentração (µg g-1) dos elementos nas amostras de petróleo oriundas dos testes PVT após determinação por ICP-MSa e
ICP-OESb (média ± SD, n = 2). (continuação)
124
Tabela 33. Concentração (µg g-1) dos elementos nas amostras de petróleo oriundas dos testes PVT após determinação por ICP-MSa e
ICP-OESb (média ± SD, n = 2). (continuação)
125
Tabela 33. Concentração (µg g-1) dos elementos nas amostras de petróleo oriundas dos testes PVT após determinação por ICP-MSa e
ICP-OESb (média ± SD, n = 2). (continuação)
126
Tabela 33. Concentração (µg g-1) dos elementos nas amostras de petróleo oriundas dos testes PVT após determinação por ICP-MSa e
ICP-OESb (média ± SD, n = 2). (continuação)
127
Tabela 33. Concentração (µg g-1) dos elementos nas amostras de petróleo oriundas dos testes PVT após determinação por ICP-MSa e
ICP-OESb (média ± SD, n = 2). (continuação)
128
Tabela 33. Concentração (µg g-1) dos elementos nas amostras de petróleo oriundas dos testes PVT após determinação por ICP-MSa e
ICP-OESb (média ± SD, n = 2). (continuação)
129
Tabela 33. Concentração (µg g-1) dos elementos nas amostras de petróleo oriundas dos testes PVT após determinação por ICP-MSa e
ICP-OESb (média ± SD, n = 2). (continuação)
130
Tabela 33. Concentração (µg g-1) dos elementos nas amostras de petróleo oriundas dos testes PVT após determinação por ICP-MSa e
ICP-OESb (média ± SD, n = 2). (continuação)
131
Tabela 33. Concentração (µg g-1) dos elementos nas amostras de petróleo oriundas dos testes PVT após determinação por ICP-MSa e
ICP-OESb (média ± SD, n = 2). (continuação)
132
Tabela 33. Concentração (µg g-1) dos elementos nas amostras de petróleo oriundas dos testes PVT após determinação por ICP-MSa e
ICP-OESb (média ± SD, n = 2). (continuação)
133
Tabela 33. Concentração (µg g-1) dos elementos nas amostras de petróleo oriundas dos testes PVT após determinação por ICP-MSa e
ICP-OESb (média ± SD, n = 2). (continuação)
134
Tabela 33. Concentração (µg g-1) dos elementos nas amostras de petróleo oriundas dos testes PVT após determinação por ICP-MSa e
ICP-OESb (média ± SD, n = 2). (continuação)
135
Tabela 33. Concentração (µg g-1) dos elementos nas amostras de petróleo oriundas dos testes PVT após determinação por ICP-MSa e
ICP-OESb (média ± SD, n = 2). (continuação)
136
Tabela 33. Concentração (µg g-1) dos elementos nas amostras de petróleo oriundas dos testes PVT após determinação por ICP-MSa e
ICP-OESb (média ± SD, n = 2). (continuação)
137
Tabela 33. Concentração (µg g-1) dos elementos nas amostras de petróleo oriundas dos testes PVT após determinação por ICP-MSa e
ICP-OESb (média ± SD, n = 2). (continuação)
138
Tabela 33. Concentração (µg g-1) dos elementos nas amostras de petróleo oriundas dos testes PVT após determinação por ICP-MSa e
ICP-OESb (média ± SD, n = 2). (continuação)
139
Tabela 33. Concentração (µg g-1) dos elementos nas amostras de petróleo oriundas dos testes PVT após determinação por ICP-MSa e
ICP-OESb (média ± SD, n = 2). (continuação)
140
Tabela 33. Concentração (µg g-1) dos elementos nas amostras de petróleo oriundas dos testes PVT após determinação por ICP-MSa e
ICP-OESb (média ± SD, n = 2). (conclusão)
141
De acordo com os resultados mostrados nas Tabelas 32 e 33 pode ser
observado que as amostras de petróleo dos testes de PVT apresentam composição
diferente quanto à presença de metais, com diferentes concentrações desses
elementos. Considerando as 172 amostras de petróleo decompostas, foi possível
fazer a quantificação de todas pelas técnicas de ICP-MS e ICP-OES, porém muitos
elementos mostraram valores de concentração abaixo do LOQ.
Ainda observando as Tabelas 32 e 33, podem ser identificados LOQs
diferentes para um mesmo elemento utilizando a mesma técnica de quantificação. A
melhora dos LOQs (valores mais baixos) para alguns elementos pode ser explicada
pela melhora significativa dos brancos analíticos, uma vez que alguns cuidados
foram intensificados na etapa de preparo das amostras, tais como a utilização de
HNO3 destilado exclusivo para a decomposição das amostras de petróleo PVT,
descontaminação dos frascos de digestão somente com HNO 3 destilado e, ainda, a
descontaminação dos frascos de digestão previamente à decomposição (evitou-se
deixar o frasco descontaminado de um dia para outro). A utilização de HNO3
destilado para a descontaminação dos frascos, bem como a decomposição ser feita
imediatamente após esse procedimento, acarretou em menor contaminação,
principalmente para elementos como Al, Ca, Fe, Mg e Zn. Cabe destacar que os
LOQs mais baixos para Al, Ca, Fe e Mg também estão associados a utilização de
outro equipamento (Spectro Ciros) para as medidas por ICP-OES.
Para fins de comparação, a determinação da maioria dos elementos foi feita
pelas técnicas de ICP-MS e ICP-OES e não foram observadas diferenças
significativas quando ambos os resultados foram comparados (teste t-Student, nível
de confiança de 95%).
142
em manutenção. Cabe mencionar que a determinação deste elemento foi feita
somente nas amostras PVT-01 a PVT-08, uma vez que esta determinação não foi
solicitada pela equipe do CENPES para ser feita nas demais amostras.
É sabido que o uso de soluções ácidas na decomposição de amostras pode
causar a perda de halogênios pela volatilização destas espécies na sua forma
ácida.38 Assim, o procedimento de decomposição de petróleo por MIC para a
posterior determinação de Cl foi feito baseado em trabalhos publicados na
literatura.11, 41 Para tanto, cerca de 75 mg de petróleo foram decompostos e 6 mL de
uma solução de NH4OH 50 mmol L-1 foi utilizada como solução absorvedora. Após a
decomposição, os digeridos foram avolumados a 15 mL e a determinação de Cl foi
feita por IC. Os resultados para a concentração de Cl nas amostras oriundas dos
testes PVT estão mostrados na Tabela 34.
Tabela 34. Resultados para Cl (µg g-1) após determinação por IC e decomposição
por MIC (média ± SD, n = 3).
Amostra Cl
PVT-001 < 10*
PVT-002 39,3 ± 2,8
PVT-003 ND
PVT-004 160 ± 8
PVT-005 67,3 ± 3,5
PVT-006 37,5 ± 5,2
PVT-007 ND
PVT-008 91,5 ± 4,6
ND = não determinado; *Limite de quantificação
143
3.13 Espectroscopia no infravermelho médio com transformada de Fourier
aliada à análise multivariada para predição de alguns parâmetros em
amostras de petróleo
144
3.13.2 Calibração multivariada
145
Tabela 35. Resultados dos modelos de calibração por PLS para as propriedades densidade e °API.
R²(Cal) R²(CV) RMSEC RMSECV RMSEP %RMSEP
Modelo LVs Intervalo (cm-1)
°API D °API D °API D* °API D* °API D* °API D
CM, n=74 5 Todos 0,939 0,936 0,902 0,897 1,162 0,006 1,495 0,008 0,314 0,001 1,029 0,142
CM, n=72 7 3000-2750, 1800-650 0,959 0,950 0,929 0,915 0,935 0,005 1,242 0,007 0,255 0,001 0,844 0,124
MSC, CM, n=76 4 Todos 0,944 0,936 0,924 0,918 1,142 0,006 1,350 0,007 0,212 0,001 0,698 0,117
MSC, CM, n=73 7 1700-650 0,956 0,950 0,919 0,918 0,990 0,005 1,359 0,007 0,189 0,001 0,630 0,109
SG, CM, n=78 10 Todos 0,989 0,985 0,923 0,920 0,509 0,003 1,352 0,007 0,188 0,001 0,630 0,154
-3
*Erros expressos em g cm
146
Figura 48. Imagem gerada pelo software The Unscrambler ®. A) Gráfico de scores mostrando as componentes principais PC1 e
PC2 do modelo de PLS, B) curva de variância residual de validação, C) gráfico da relação entre valores de °API
preditos e medidos e D) gráfico da relação entre os valores de densidade preditos e medidos.
147
Adicionalmente, tendo em vista que os modelos obtidos para a previsão dos
parâmetros de densidade e °API foram satisfatórios e, levando em conta a relação
destes parâmetros entre si e com a viscosidade das amostras, o desenvolvimento de
modelos de calibração multivariada para a viscosidade mostra-se promissor.
148
MSC e SG com regiões selecionadas mostraram-se adequados para a previsão da
concentração de enxofre nas amostras oriundas dos testes PVT. A visão geral do
modelo destacado em azul está mostrada na Figura 49, enquanto a visão geral do
modelo destacado em vermelho pode ser vista na Figura 50. Entretanto, ao observar
os valores dos coeficientes de determinação da calibração e validação cruzada
(R²(Cal) e R²(CV), respectivamente), é evidente a maior linearidade e proximidade entre
os coeficientes no modelo destacado em vermelho, o qual, por consequência,
apresenta uma melhor correlação entre os valores preditos e medidos para as
amostras (Figura 50D) em comparação com o modelo destacado em azul (Figura
49D). Assim, o modelo de calibração destacado em vermelho foi considerado o mais
adequado para a previsão do teor de enxofre nas amostras oriundas dos testes PVT.
149
Tabela 36. Resultados dos modelos de calibração por PLS para a concentração de enxofre (ICP-OES). LVs: variáveis latentes;
R²(cal): coeficiente de determinação da calibração; R²(CV): coeficiente de determinação da validação cruzada; RMSEC:
raiz da média quadrática dos resíduos de calibração; RMSECV: raiz da média quadrática dos resíduos de validação;
RMSEP: raiz da média quadrática dos resíduos de previsão; %RMSEP: raiz da média quadrática dos resíduos de
previsão em porcentagem.
Modelo LVs Intervalo (cm-1) R²(Cal) R²(CV) RMSEC* RMSECV* RMSEP* %RMSEP
CM; n=74 10 Todos 0,931 0,733 432 862 107; n=39 3,1
MSC, CM; n=71 9 Todos 0,945 0,803 351 676 76,8; n=34 2,6
3100-2750,
MSC, CM; n=71 9 2400-1350, 0,954 0,826 321 635 71,7; n=34 2,4
950-650
SG, CM; n=74 9 Todos 0,980 0,913 231 488 73,3; n=36 2,4
3100-2750,
SG, CM; n=74 9 2400-1350, 0,982 0,935 219 421 62,6; n=35 2,1
950-650
*Erros expressos em µg g-1
Tabela 37. Resultados dos modelos de calibração por PLS para a concentração de enxofre (analisador elementar).
Modelo LVs Intervalo (cm-1) R²(Cal) R²(CV) RMSEC* RMSECV* RMSEP* %RMSEP
CM; n=74 8 Todos 0,859 0,740 541 744 137; n=38 4,3
MSC, CM; n=75 10 Todos 0,926 0,757 374 687 107; n=38 3,4
SG, CM; n=75 10 Todos 0,974 0,865 233 537 97,2; n=39 3,0
*Erros expressos em µg g-1
150
Figura 49. Imagem gerada pelo software The Unscrambler® para o modelo de regressão para a previsão de enxofre (ICP-OES)
aplicando MSC. A) Gráfico de scores mostrando as componentes principais PC1 e PC2 do modelo de PLS, B) variáveis
utilizadas no modelo de regressão, C) curva de variância residual de validação e D) gráfico da relação entre os valores
de enxofre preditos e medidos.
151
Figura 50. Imagem gerada pelo software The Unscrambler® para o modelo de regressão para a previsão de enxofre (ICP-OES)
aplicando SG. A) Gráfico de scores mostrando as componentes principais PC1 e PC2 do modelo de PLS, B) variáveis
utilizadas no modelo de regressão, C) curva de variância residual de validação e D) gráfico da relação entre os valores
de enxofre preditos e medidos.
152
3.13.2.4 Construção dos modelos de calibração para a previsão da viscosidade
dinâmica
Tabela 38. Resultados dos modelos de calibração por PLS para a viscosidade
dinâmica.
Intervalo
Modelo LVs R²(Cal) R²(CV) RMSEC* RMSECV* RMSEP* %RMSEP
(cm-1)
CM, n=71 8 Todos 0,874 0,778 7,21 9,70 2,14 8,6
MSC, CM, n=70 8 Todos 0,959 0,869 5,61 10,2 2,21 9,2
MSC, CM, n=68 6 Todos 0,873 0,763 5,87 8,13 2,02 8,3
SG, CM, n=71 9 Todos 0,968 0,845 6,02 13,5 4,09 12,4
153
Tabela 39. Resultados dos modelos de calibração por PLS para a viscosidade
cinemática.
Intervalo
Modelo LVs R²(Cal) R²(CV) RMSEC* RMSECV* RMSEP* %RMSEP
(cm-1)
CM, n=68 9 Todos 0,908 0,746 5,39 9,12 2,05 7,9
MSC, CM, n=68 8 Todos 0,913 0,764 5,26 8,79 2,08 8,0
SG, CM, n=68 10 Todos 0,964 0,764 3,40 8.78 2,35 9,5
*Erros expressos em mPa s.
154
Figura 51. Imagem gerada pelo software The Unscrambler® para o modelo PLS para a previsão da viscosidade dinâmica
aplicando MSC. A) Gráfico de scores mostrando as componentes principais PC1 e PC2 do modelo de PLS, B)
variáveis utilizadas no modelo de regressão, C) curva de variância residual de validação e D) gráfico da relação entre
os valores de viscosidade preditos e medidos.
155
Figura 52. Imagem gerada pelo software The Unscrambler® para o modelo PLS para a previsão da viscosidade cinemática
aplicando CM. A) Gráfico de scores mostrando as componentes principais PC1 e PC2 do modelo de PLS, B) variáveis
utilizadas no modelo de regressão, C) curva de variância residual de validação e D) gráfico da relação entre os valores
de viscosidade preditos e medidos.
156
3.14 Instalação do cromatógrafo com fluido supercrítico e treinamento da
equipe de trabalho
157
Figura 53. Sistema de SFC-FID adquirido com recurso do projeto.
158
Figura 54. Treinamento técnico da equipe de trabalho no SFC-FID.
159
otimização dos parâmetros cromatográficos para a determinação do SARA nos
petróleos.
160
Tabela 40. Protocolo proposto para análises de amostras de petróleo dos testes de
PVT.
NOTAS:
i) para os procedimentos executados nos métodos de preparo
de amostra as alíquotas devem ser coletadas diretamente dos
frascos originais.
ii) os programas de irradiação que devem ser utilizados nos
fornos de micro-ondas para a decomposição das amostras por
MAD e MIC estão mostrados no item 2.4 (MATERIAIS E
MÉTODOS) deste documento.
161
4 CONCLUSÕES
163
PVT. Foram avaliados também modelos de PLS para as viscosidades dinâmica e
cinemática. Entretanto, aplicando as ferramentas quimiométricas disponíveis, foram
observadas capacidades de previsão deficientes e um comportamento não linear
para esta propriedade. O modelo selecionado para a previsão do teor de S foi feito
empregando a transformação por primeira derivada com alisamento por Savitsky-
Golay e pré-tratamento de centralização dos valores na média (CM). O modelo
escolhido para a previsão de densidade relativa e °API foi feito aplicando
transformações por correção multiplicativa de espalhamento e com o pré-tratamento
de centralização na média.
Em relação à aquisição do instrumento de SFC-FID, o equipamento encontra-
se instalado nas dependências do LAQIA/CEPETRO e em operação. A equipe de
trabalho foi treinada para a utilização do equipamento e software. Durante o
treinamento, foram feitas as otimizações operacionais utilizando materiais de
referência certificados e aplicação das normas ASTM utilizadas para a determinação
de compostos aromáticos, poliaromáticos e olefinas em combustíveis.
Por fim, cabe destacar que os resultados estão de acordo com o objetivo
principal do projeto. Sendo assim, a caracterização de amostras oriundas de testes
PVT foi possível utilizando volumes reduzidos de amostra em todas as etapas e
aplicando métodos miniaturizados desenvolvidos durante o período de realização
deste projeto.
164
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