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SOBRE O RAPÉ

O rapé para os huni kuin (kaxinawás) é uma medicina de poder que te conecta a
energia de Youshibu (Deus da Criação). Por isso, sempre que usado, deve ser com
respeito, pois é sagrado. Assim não se deve jamais misturar rapé com álcool, e
nem mesmo utilizá-lo em qualquer lugar.
O rapé é um pó feito da combinação de plantas, e entre elas principalmente o
tabaco. E como na fitoterapia, tem que se saber qual parte de cada planta será
usada, pois tudo tem uma finalidade. Então a pessoa que prepara rapé tem que
ter um certo conhecimento da floresta, pois as combinações podem variar muito,
e isso resultará em um rapé forte ou suave. Ao utilizar o rapé também pode-se
entoar cantos de cura e de pajelança, o rapé nos põe em contato com os espíritos
da floresta. A combinação das plantas contidas no rapé irá determinar se o rapé
tem poderes de curas, de concentração, de caça ou de outras crenças. Assim o
rapé pode além da cura física, colocar nosso espírito nos encantos da floresta nos
trazendo poder e força.
O rapé é utilizado para muitos fins. Os principais são as mazelas do corpo físico,
como dor de cabeça, sinusite, nariz congestionado, até mesmo as panemas, que
são as mazelas do espírito. Assim quando se usa o rapé deve-se ter em mente que
o que entra em você são plantas da floresta e também espíritos de cura da floresta.
Por isso é sempre bom ter respeito pelo rapé, assim você também está respeitando
todas as energias da floresta. Sua utilização é muito comum nos rituais de nixi
pae (ayahuasca) onde ao “passar rapé” a força do nixi pae se intensifica colocando
seu espírito mais em contato com a floresta.
O rapé, consagração do tabaco por meio do elemento Ar, é feito geralmente com
a mistura de tabaco e outras ervas, ou outros elementos da floresta, como casca
de árvores específicas. Após triturar e misturar esses elementos, torna-se um pó
fino que chamamos de rapé.
O rapé é utilizado por nossos ancestrais em diferentes culturas, porém seu uso
mais notável sobrevive até hoje, com a cultura indígena.
O rapé é uma medicina capaz de limpar nossos corpos sutis de toda energia
negativa presa a nós, abre nosso coração para dissolver e liberar as emoções
perturbadoras e limpa nossa mente de todo pensamento egoísta ou que tenha
influência negativa sobre quem realmente somos. Nos cura tanto de doenças
físicas quanto de feridas mais profundas no espírito. Ele limpa e equilibra, abre
nosso coração e nossa mente para todo amor e aprendizados da Mãe Terra.
Existem diversos tipos de rapés, que promovem diferentes efeitos e sensações no
corpo. Acredita-se que o rapé responde à intenção e energia colocada por quem
está recebendo a medicina e por quem está soprando.
O rapé pode ser aplicado por meio do Tipi, quando é soprado por outra pessoa,
ou por meio do Kuripe, no caso da auto- aplicação. O espírito do Tipi, é um
espírito de coletividade, ensina o carinho e cuidado com o próximo. Já o espírito
do Kuripe, é um espírito de introspecção, nos leva para dentro de nós mesmos em
busca do autoconhecimento e da autocura.

Tradição Yawanawá
Seu uso é ancestral e já esteve bem presente em diversos lugares e épocas. Seu
aspecto mais comum é o uso pelas tribos indígenas e pelos caboclos da floresta,
que o utilizam para diversos fins, entre eles medicinais e cerimoniais.
O rapé é uma tradição cultural e espiritual do povo Yawanawá e de outras tribos
da região. Ele é usado como consagração depois do trabalho, para desabafar,
relaxar, esfriar a memória. Ele pode ser usado a qualquer hora e tira o enfado
físico mental e espiritual, quando nasce um novo pensamento, uma idéia nova. O
rapé é preparado com muito carinho, usando-se tabaco e cinzas de outras árvores,
dentre elas o Tsunu.

Dentro da tradição Yawanawa, não se "aspira" o rapé. Ele é sempre "soprado" por
outra pessoa ou por quem vai tomar o rapé. Soprado para dentro das narinas
através de um instrumento tipo um bambu oco, o Tipí, e aplicado por um pajé ou
por outra pessoa e provoca uma forte reação nos mais inexperientes. Seu efeito é
rapido e após isso sente-se um grande bem-estar e disposição, fora a limpeza das
vias aéreas, que ele proporciona. Relatam que o rapé se usa para esfriar o corpo,
pois quando se trabalha muito debaixo do sol, ao ir tomar banho de água fria das
cacimbas, pode-se pegar um resfriado, e é bom cheirar rapé antes. Além de
estimulante, portanto, o rapé também faz baixar a pressão. O rapé também é
usado para caçar e para tirar a "panema" (preguiça) e na hora da cerimônia do
Uni (ayahuasca). As duas energias se unem e o Uni vem com mais luz, mais
perfeito, mais profundo.

A pessoa que aplica deve saber o que faz, pois tanto o modo como ele pega o pó
da mão com o tipi, a maneira que assopra, e o que pensa quando assopra,
influenciam positivamente, ou negativamente o trabalho. Ou seja, o mesmo rapé
aplicado por duas pessoas diferentes certamente não será o mesmo rapé e, assim,
o efeito também não será o mesmo. Também pode ser aplicado pela própria
pessoa com um auto aplicador, um tipi bem curto, denominado Kuripe. Ele é
bem curto, e cabe no espaço entre a boca e o nariz, e é pessoal, como escova de
dentes.

SOPRO DO RAPÉ
Antes de tudo, passar (soprar) rapé requer uma atitude interior de oração,
concentração e intenção. Nem sempre a pessoa está energeticamente afinada
para aplicar rapé em outro indivíduo, e da nossa parte também não devemos
aceitar o sopro de qualquer um.
O rapé é uma medicina sagrada, e como tal carrega as intenções e rezos daquele
que o preparou e daquele que o aplica. Todos os processos de uma cerimônia
xamânica, desde acender um cachimbo ou uma fogueira, servir um alimento,
tocar um instrumento e passar rapé, todos estes atos devem ser acompanhados
de profunda conexão com o sagrado. Quando alguém lhe sopra rapé, passa todas
as suas influências energéticas diretamente para o campo áurico daquele que o
recebe.
É bem diferente fazermos uma auto aplicação usando o kuripe (aplicador
pessoal), que é muito mais suave, do que soprar rapé em um tIpi (aplicador
grande) diretamente nas narinas de outro irmão.
Dentre os principais tipos de sopro, temos, por exemplo:
SOPRO DA JIBÓIA: um dos mais comuns e utilizados, tem forte energia de
limpeza trazendo a força da floresta. Começa suave e vai ficando forte, em um
único golpe de ar, onde ao final do sopro se trava a passagem de ar com a língua
no tipi, fazendo um som sibilante.
SOPRO DA ONÇA: forte, direto e curto, emite um som grave com a língua no tipi.
Desperta a força ancestral e o foco para para a
cerimônia.
SOPRO DA TARTARUGA: comprido e lento do começo ao fim, o ar é soprado de
forma lenta e constante. Os efeitos do rapé têm duração longa e ajuda a trabalhar
a paciência e os traumas físicos
SOPRO DOS SONHOS: o inverso do sopro da Jiboia, começa com o ar forte e vai
decaindo devagar. Além de induzir bons sonhos, aumenta os efeitos das visões.
Lembrando que o rapé é uma medicina séria e só deve ser aplicado em outra
pessoa quando o condutor da cerimônia fez toda a preparação para tal, assim esse
sagrado remédio irá agir de forma muito mais eficiente, afinando a trinca corpo -
mente - espírito!
Haux Haux
INFORMAÇÕES SOBRE OS RAPÉS:

Rapé Yopo
As sementes de yopo (Anadenanthera Peregrina) São conhecidas há séculos pelas
tribos indigenas da América do Sul, são usadas tradicionalmente em seus rituais
religiosos e espirituais, para comunicar-se com os espiritos da floresta.
Essa comunicação permitia as tribos a fazerem previsões e curar doenças.
Seu uso data há mais de 3000 anos. O seu princípio é a Bufotenina, moléculas
que são semelhantes ao DMT na estrutura quimica e produzem uma experiencia
visionária.
O “Yopo” é o nome dado a um poderoso rapé visionário usado por várias tribos
da América do Sul há mais de 4000 anos! Hoje em dia, ele é usado principalmente
pelas tribos da selva amazônica – Yanomami e os Piaroa – que conseguiram
afastar a influência do mundo ocidental. Sua finalidade é espiritual e de cura.
Até hoje, eles continuam a ouvir a sabedoria da selva sob a forma de Yopo rapé.
A base do rapé é preparada com sementes secas da árvore Anadenanthera
Peregrina. As sementes secas são levemente torradas e depois moídas em um pó
fino que é misturado com cinzas (que ajuda a trazer os alcalóides) de tabaco, mel
e outros ingredientes que variam geralmente para dar a substância um odor
agradável. O nome científico do Anadenanthera Peregrina faz clara referência à
palavra sânscrita “Ananda” que significa bem-aventurança. Há outras variações
de árvore que também têm propriedades semelhantes, tais como Anadenanthera
Colubrina. Pode-se dizer que o Yopo é um primo da videira sagrada, a
Ayahuasca! Pois ambos contém o DMT e o Yopo é normalmente ingerido junto
com o cipó Banisteriopsis Caapi, uma das duas plantas que também é usada para
preparar a bebida Ayahuasca. Embora o rapé yopo pode ter um efeito poderoso
por si só, quando combinado com Banisteriopsis caapi seus efeitos são
potencializados.
Isto acontece, pois, a videira contém MAOi (monoamina oxidase), um composto
químico que produzido pelo o nosso próprio corpo de modo a quebrar substâncias
tais como o DMT, fazendo com que o DMT permaneça por muito mais tempo no
organismo. O rapé yopo também contém uma combinação de Bufotenina, e 5-
MeO-DMT, moléculas que são semelhantes à DMT na estrutura química e
produzem uma experiência visionária. O resultado da mastigação Banisteriopsis
Caapi é um muito leve. Pode haver uma sensação de formigamento na boca e um
entorpecimento geral. Seu efeito é súbito e intenso, podendo ser inalado com um
tubo de cheirar ou ser soprado nas narinas de uma por outra pessoa usando um
tubo de sopro (a ideia é que quando uma outra pessoa ajuda, muito mais da
substância atinge as mucosas, a partir de onde ele é absorvido pela corrente
sanguínea).
Nos primeiros cinco minutos, você poderá sentir um forte desconforto no sistema
respiratório. A cavidade nasal e a maior parte da faringe incha causando uma
sensação pruriginosa, que é acompanhado por uma série de espirros. Depois
disso, pode-se sentir um pouco de pressão na cabeça e uma náusea extrema, o
que também pode levar a vômitos.
Após esse período inicial de desconforto, os efeitos vão chegando lentamente. De
ideias a viagens no tempo, padrões geométricos abstratos… O yopo cria uma
experiência forte e visionária. Relata o autor do artigo (que
experimentou), que a sensação é de vários insights, visões e realizações que
levam a uma tranquilidade serena. Ele diz:
“É muito abrupto, tornando-se difícil saber o que esperar. Pessoalmente acho que
a planta ajuda a encontrar o seu eu interior, nu e puro com quem dialoga como
um médico faz: revi a minha vida e apontei coisas que eu precisava melhorar em
uma voz que soava algo como isto: mude essa atitude aqui, coloque essa confiança
lá, e continue caminhando em seu caminho. Agora que olho para trás, posso dizer
que foi uma bela experiência espiritual. Durante a parte mais intensa da viagem
pode-se obter aqueles momentos “difíceis de alcançar” (como as pessoas sob
efeito de Salvia Divinorum), especialmente se eles são inexperientes: o
bombardeio de visões torna difícil de se conectar com o outro mundo de uma
forma coerente. Este alge não duram muito tempo e, posteriormente, desaparece
em um par de horas.
Em um ambiente tradicional, as sessões são orientadas por um xamã que canta e
toca instrumentos tais como o chocalho ou uma flauta pan. Como com outros
enteógenos, sons influenciam muito a dinâmica da experiência, assim como o
meio ambiente e nossa mentalidade. Xamãs Yopo descrevem esta experiência
como uma abertura do 3º olho, e se faz capaz a percepção em função das
dimensões espirituais não-físicas. ”
A Planta Enteógena Yopo é uma árvore da espécie Anadenanthera peregrina,
popularmente conhecida como Yopo/Paricá é uma planta enteógena muito
utilizada por povos brasileiros. Possui muitos outros nomes populares
como Angico branco, Cohoba e Villca e pertence à Família Fabaceae.
Descrição: Nativa do Brasil essa árvore pertence ao bioma caatinga, mas é
encontrada do Maranhão ao Paraná, cresce até 25 metros de altura. Tem a casca
do caule fina, pardacento-escura e escamosa, folhas compostas, flores
esbranquiçadas pequenas. O fruto é uma vagem coriácea achatada marrom que
contém as grandes sementes, de cor marrom escuro.
Histórias e Usos: Seu uso pelos caboclos e índios da América do Sul é
conhecido historicamente, esta é uma das plantas enteógenas brasileiras mais
utilizadas, tanto medicinalmente quanto para fins religiosos. É indicada para
vários problemas como diarreias, gases, infecções, asma e outras doenças
respiratórias, feridas, contusões, doenças venéreas, metrorragias, além de ser
muito utilizada em preparações em conjunto com outras plantas para os rituais
de encontro com os seres divinos, mundo dos sonhos e intuições espiritualistas.
Princípio ativo: A substância ativa considerada é a Methoxy Dimetiltriptamina
(DMT).
Doses: Não se encontra valores estimados de doses ativas, o que se sabe é que
pelo uso tradicional dos índios brasileiros, as sementes devem ser aquecidas,
descascadas e trituradas, misturadas a um pó de hidróxido de cálcio, obtido
naturalmente em cinzas de cascas, conchas queimadas, adicionar um pouco de
água, deixar descansar por aproximadamente 3 horas, aquecer para secar e
triturar em pó fino a mistura, então está pronto para ser inalado. A proporção de
Hidróxido de cálcio a ser misturada nunca deve exceder a 1:5 de sementes, essa
mistura visa liberar e converter as moléculas do Yopo em uma forma de sal que é
até 5 vezes mais potente.
Efeitos: Tradicionalmente é inalada como rapé, com intuito xamânico,
ritualístico e enteógeno. O objetivo seria a comunicação com espíritos, realizar
previsões e curas, e também para ter melhor visão para atividades como caça e
pesca. A maioria dos relatos de utilizadores falam de um estado mental sonhador
ou em uma experiência alucinógena que dura cerca de 15 minutos e tem um efeito
posterior de 30 a 45 minutos.
Ocorrência no Brasil: Espécie encontrada em todo o país, muito comum em
pastos, florestas, bosques urbanos e áreas reflorestadas, com registro para os
Estados do Acre, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Roraima e
São Paulo.

Rapé Visionário Manxineru (com cinza de Thiwru)

Este rapé é feito basicamente de tabaco e cinza de Thiwru. O feitio dele é feito por
índios que tem uma conexão com os seres da floresta bastante especial. Segundo
um dos pajés que fizeram o rapé a cinza da árvore de Thiwru:

"O Thiwru é uma árvore. Ela age na visão espiritual.


Essa planta nos dá uma visão espiritual de seres da floresta, como o chefe da
floresta e dos animais."
O thiwru é um pouco mais forte que o tsunu, no meu ponto de vista."

Indico essa medicina para cerimônias e rituais sagrados e para cura espiritual --
para abrir e limpar visão.

Rapé Anauá
Rapé suave feito com flores secas e fava de cumaru. Serve principalmente para
relaxar, meditar e trabalhar o Sagrado Feminino.

Rapé Tsunu
O tradicional rapé Yawanawá Tsunu é sempre feito com as cinzas da casca de
tsunu. O tsunu é uma árvore comprida e majestosa, sendo considerada uma das
mais sagradas do povo Yawanawá. Esse foi elaborado com tabaco de corda
artesanal.
Existem muitas atribuições relacionadas aos benefícios do rapé com tsunu, pois
a ele é conferido o poder de cura e força espiritual, auxiliando desde a limpeza
energética até o combate ao cansaço físico.
O rapé Tsunu é feito com casca de Pau Pereira e Tabaco. Utilizado normalmente
para descarrego, limpeza e aterramento. Com a intenção direcionada, também é
muito bom para nos conectar com a Mãe Terra. É um rapé forte, indicado para
pessoas que já possuem alguma experiência com a medicina.
Rapé Tsunu Tradicional
A casca de Tsunu (Platycyamus regnellii), é considerada uma das 10 plantas
medicinais brasileiras mais importantes, é empregada na medicina popular para
tratar malária, impotência, má digestão, tontura, prisão de ventre e febres. Os
primeiros registros científicos do uso do Pau-Pereira ou Tsunu em tratamentos
médicos surgiram em teses da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e na
Revista Médica Fluminense (1861-1923). Entre outras citações, aparece na
primeira prescrição de banhos de ervas obtidas a partir do cozimento das cascas
de Tsunu, do médico brasileiro Joaquim José da Silva (1791-1857) à escrava de
sua irmã, que sofria de febres intermitentes. O relato menciona que a escrava foi
curada no segundo dia de tratamento, resultado que estimulou o médico a
continuar prescrevendo tais banhos para pacientes com febres. O rapé é
preparado com muito carinho, usando-se tabaco e cinzas de cascas de árvores,
dentre elas o Tsunu, é usado para caçar e para tirar a "panema" (preguiça e má-
sorte), na hora da cerimônia da Ayahuasca) as duas energias se unem e as
mirações vem com mais luz, mais profundidade e esclarecimento.

• Rapé Tsunu Com Ginseng


O Ginseng Brasileiro (Pfaffia paniculata) é uma planta medicinal também
conhecida como Ginseng da Amazônia. Seu Efeito Medicinal é adaptógeno,
demulcente, imunoestimulante, nutritivo, regulador de açúcar no sangue e
Tônico.
Uma pesquisa Japonesa demonstrou que a planta inibe alguns tipos de células
cancerosas.
No Brasil principalmnete na Região Norte (Amazônia) é uma tradição entre
herboristas, Xamãs e Médicos como Tônico e Curativo para feridas.
A planta é composta de Saponinas (nortriterpenos e pfaffosidas), sitosterol,
estigmasterol, alantoína, sesquiterpenos, polifenóis, germânio.
É utilizada em grandes doses no tratamento alternativo de Câncer.
Composição: alantoina, beta-ecdisterona, beta-sistosterol, daucosterol,
germânio, ferro, magnésio, nortriterpenoides, ácido pantotênico, ácido pfáffico,
pfaffosídeos A-F, polipodina B, saponinas, sílica, stigmasterol, stigmasterol-3-o-
beta-d-glucosido, vitamina A, B1, B2, E, K e C.

• Rapé Tsunu com Guaco


O Guaco é uma planta medicinal utilizada contra Gripe, Infecção, Tosse,
Bronquite. Nativa no Sul do Brasil é uma trepadeira com folhas simples ovadas.
Conhecida pelos Indios Brasileiros como Erva-de-Serpentes, Cipó-Catinga ou
Erva de Cobra.
Usavam a planta para combater o venedo das Serpentes, o macerado das folhas é
aplicado em forma de Cataplasma sobre picadas de Cobras e outros animais
peçonhentos.
Usada como Defumador com um aroma intenso doce e agradável para manter as
cobras afastadas.
Pesquisas realizadas na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
comprovaram os efeitos do guaco contra câncer, úlcera e afecção por
microrganismo, além de prevenção da cárie e da placa bacteriana dos dentes.
• Rapé Tsunu Mentolado
A Menta Piperita é uma das plantas medicinais mais antigas utilizadas pelo
homem. É um antiparasítico e antivirótico muito forte. É útil para alivio da dor
de cabeça, gripes e resfriados, é expectorante elimina o catarro, benéfico nos
casos de congestão nasal e sinusite, antisséptico, protege nosso corpo contra
resfriado, gripes, infecções, catapora, Dores de cabeça, enxaqueca e fadiga mental
e física.

Rapé Aroeira Vermelha (Cinzas de Aroeira e tabaco)


A folclórica árvore de sementes avermelhadas agora faz parte de da nossa linha
de rapés artesanais, conhecida por suas propriedades antivirais anti-
inflamatória, antiespasmódica, tônica, vulnerária, diurética,antileucorreica,
emenagogo, adstringente, cicatrizante, balsâmica e bactericida. Usada
medicinalmente no tratamento de ferimentos, febre, artrite e reumatismos.
Há um conto popular entre os caboclos e camponeses de tratar a árvore como um
ser personificado, sendo necessário um certo respeito ao passar por uma de suas
espécimes, pois em algumas pessoas há relatos de alergia como comichão na pele
por aqueles que zombam de seu poder curativo e ao tempo tais efeitos adversos.
Mas por essa razão, muitos já tiram dias brincando ao se ficar subindo e se
dependurando nas árvores da aroeira e desfrutaram de seus benefícios ao tratá-
la com cuidado e zelo.

Rapé Apurinã com Awiri


O Rapé Apurinã (Verdinho) é composto com cinzas de Jurema Preta e Ervas
medicinas, é o Rapé Verde da Tribo Apurinã, povo que prepara o Tabaco Awiri,
um trabalho que deixa o tabaco verde, sendo assim um rapé bem medicinal.
Indicado em casos de Sinusite e Renite.

Rapé Imburana / Imburana - (Amburana cearensis)


A Imburana é uma árvore nativa da Caatinga, seu nome tradicional vem do tupi
y-mb-ú (árvore de água) e ra-na (falso), formando assim a palavra imburana
(falso imbu), também é conhecida como como amburana, amburana de cheiro,
cerejeira-rajada, conduru, cumaré, cumari, furano cumarinas, Cumaru-das-
caatingas, Cumaru-de-cheiro, Cumaru-do-ceará, Cumaru-do-nordeste, cumbaru,
cumbaru-das-caatingas, emburana, imburana, imburana-de-cheiro, umburana.
tradicional na medicina indígena, muito usada pela população cabocla em
problemas pulmonares,asma, bronquite,febre, gripe, hemorragias, inflamação,
resfriado, tosse.

Rapé Jurema – Preta /Jurema Preta - Mimosa Hostilis


A Jurema-Preta é uma árvore nativa do Nordeste Brasileiro. É utilizada
tradicionalmente para fins medicinais e religiosos, sua casca é usada para fins
medicinais e a Casca de sua Raiz é a parte da planta usada nas cerimônias
religiosas, pois possui grande quantidade de substâncias psicoativas como o
DMT.
A palavra Jurema designa ainda pelos menos três outros significados: preparado
líquido à base de elementos do vegetal, de uso medicinal ou místico, externo e
interno, como a bebida sagrada, vinho da Jurema liderada por pajés, xamãs,
curandeiros, rezadeiras, pais de santo, mestras ou mestres juremeiros que
preparam e bebem este vinho da Jurema como sendo uma entidade espiritual,
uma cabocla, ou divindade evocada tanto por indígenas, como pelos herdeiros de
cultos afro-brasileiros, o Catimbó e a Umbanda.

Rapé Mulungu
O Mulungu (Erythrina Mulungu) é uma árvore medicinal da floresta Amazônica,
tendo ocorrência no Brasil, Perú e Bolívia. Tambem é conhecida por nomes
populares como: Amansa Senhor, Canivete, Corticeira, Bico-de-Papagaio.
Muito eficaz no tratamento de problemas Psicológicos relacionados com o
estresse, deixando o individuo mais tranquilo para desempenhar as tarefas
diárias.
O mulungu serve para ajudar no tratamento de estados emocionais como histeria,
insônia, neurose, ansiedade, agitação, depressão, ataque de pânico, compulsão,
distúrbio de sono.
As propriedades do mulungu incluem a sua ação calmante, antiasmática,
analgésica, diurética, expectorante, hipnótica, hipotensiva, sedativa,
tranquilizante, antidepressiva, hepatoprotetora, antibacteriana,
antiespasmódica, tônica e anti-inflamatória.

Rapé Andino / Wachuma - San Pedro - Trichocereus Peruvianus


O Wachuma (cacto San Pedro) é nativo dos Andes, usado há mais de 2.000 anos
em rituais sagrados com a finalidade de entrar em contato com os deuses.
Este cacto foi usado na história por diversas culturas e civilizações pré-
colombianas que se estabeleceram por toda Cordilheira dos Andes.
Os Mestres atuais usam o san pedro em rodas de cura com a finalidade de tratar
a Panema, doenças e o azar. Seu principio é a Mescalina, trazendo uma sensação
de suavidade e integração com a Mãe-Terra e o Grande Espírito. Neste efeito
muitos começam a se desdobrar para outras dimensões, interiores e exteriores,
muitos adentram as regiões internas da Mãe-Terra, outros acessam partes do
Cosmos e passam a se comunicar com o Espírito do cacto.
O rapé andino é composto de cinzas de Jurema-Preta, Wachuma, Mapacho e
Plantas nativas dos Andes.

Rapé Angico Branco


Dotada de inúmeras propriedades benéficas para a saúde humana, o angico é uma
planta que possui como principal parte para o uso medicinal a sua casca.
Receitas como o chá e xarope feitos à base desse vegetal são capazes de tratar e
eliminar diversos transtornos de ordem respiratória, a exemplo de tosse,
asma, bronquite e catarro, tudo graças à sua ação expectorante.
Entre outras propriedades, esta planta é considerada como um excelente agente
adstringente, depurativo e hemostático. Além de tantos efeitos benéficos,
está planta também possui como ação medicinal o combate a problemas de ordem
intestinal. Além, claro, de ser um excelente ativo contra o raquitismo.
Os compostos químicos encontrados em A. Colubrina são: 2,9-
dimethyltryptoline, 2-methyltryptoline, catecol, leucoantocianina,
leucopelargonidol (na planta), 5-methoxy-N,N-dimetiltriptamina (5-MeO-
DMT), 5-metoxi-N-metiltriptamina (na casca), bufotenina (na planta e semente),
bufotenina-óxido (na vagem e semente), dimetiltriptamina (DMT, na semente,
vagem e casca), DMT-óxido (na vagem), metiltriptamina (na casca), orientina
(flavona similar ao flavonoide), saponarentin e viterine. A casca e as folhas
contêm taninos e as sementes contêm saponina. Uma beta-carbolina inibidor da
monoamina-oxidase também está presente e pode potenciar os efeitos
alucinógenos das triptaminas. Uma avaliação dos teores de compostos fenólicos
nas cascas de A. Colubrina ressalta que taninos são empregados na medicina
tradicional como remédios para o tratamento de diarreia, hipertensão arterial,
reumatismo, hemorragias, feridas, queimaduras, problemas estomacais (azia,
náusea, gastrite e úlcera gástrica), problemas renais e do sistema urinário e
processos inflamatórios em geral. Acredita-se que as atividades farmacológicas
dos taninos sejam devidas a complexação com íons metálicos (ferro, manganês,
vanádio, cobre, alumínio, cálcio), atividade antioxidante e sequestradora de
radicais livres e habilidade de complexar com macromoléculas tais como
proteínas e polissacarídeos.

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