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HygiaPulse
KLD BIOSISTEMAS
12.07.18
Rev.02 12/07/2018
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Revisão 02
HygiaPulse
Histórico
O relato do surgimento das ondas de choque data de 1940, durante a Segunda
Guerra Mundial. Quando os submarinos que sofriam ataques de bombas em
profundidade se mantinham íntegros, porém vários marinheiros tinham graves
traumatismos e nas autópsias eram encontradas lesões viscerais, principalmente
dos pulmões. Estes traumatismos foram atribuídos como consequência das ondas
sonoras, originadas das explosões, que atravessavam as paredes dos submarinos.
No final da década de 70, foram criadas as ondas de choque, originadas de
ondas sonoras, daí surgindo a terapia de ondas de choque extracorpórea (TOC).
Na década de 80 a TOC passou a ser utilizada para litotripsia, desenvolvendo-
se como uma terapia revolucionária e não invasiva para o tratamento de cálculos
renais, a partir daí a terapia evoluiu para o tratamento de feridas crônicas e das
diversas afecções crônicas musculoesqueléticas.
Mecanismo de Ação
As ondas de choque são ondas longitudinais acústicas que transmitem energia
através do local de sua geração para áreas distantes e necessitam de meio de
propagação, tais como ar, água e tecido.
Possuem um único impulso de pressão positiva seguida por uma descida
exponencial e uma amplitude de tensão abaixo da pressão do local envolvido. O
tempo de subida é curto e rápido (ns), possui pequena largura de pulso, alta
amplitude de pressão positiva e baixa onda tênsil (negativa).
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Cavitação
Durante a fase tênsil, as forças de tensão da onda excedem a resistência à
tração dinâmica da água (ou fluido intersticial) gerando bolhas de cavitação. As
bolhas de cavitação aumentam e diminuem de volume e entram em colapso
liberando grande quantidade de energia.
Mecanotransdução
Há uma reação na estrutura física celular através da transdução mecânica.
Esta reação mecânica modula funções celulares diversas, como migração,
proliferação, diferenciação e mobilização da matriz celular com neocolagênese e
neoelastogênese.
Efeitos Biológicos
Promove reações biológicas de liberação de diferentes agentes, tais como fator
de crescimento endotelial (VEGF) e antígeno nuclear de proliferação de células
(PCNA), os quais são determinantes na redução do edema e inflamação local.
A ação das ondas de choque não são somente mecânicas, causam também
uma série de reações fisiológicas nos tecidos com processo inflamatório/
degenerativo, tais como liberação de óxido nítrico, alteração da permeabilidade das
membranas celulares, aumento local de prostaglandinas (fatores de regeneração),
neoangiogênese e analgesia por hiperestimulação local (Wang et al, 2003).
As ondas de choque atuam no sistema de dor por meio de estimulação do
tronco encefálico através da ativação serotonérgica da via dorsal, exercendo assim
um controle inibitório descendente sobre a dor (Cacchio et al, 2001).
Cheing & Chang, 2003 descrevem que também há uma hiperemia gerada
localmente que intensifica a degradação dos mediadores de inflamação, o que reduz
a irritação das terminações nervosas e, portanto, resulta em menor dor.
Entre os efeitos das ondas de choque estão ainda a indução de radicais de
oxigênio e hiperpolarização da membrana, seguida pela expressão de fatores de
crescimento e estimulação de células osteoprogenitoras (Gollwitzer et al, 2013).
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Estudos verificaram uma nova formação óssea em vários modelos animais, tanto em
osso normal, como osso fraturado, ossos após osteotomias e defeitos ósseos
(Delius et al., 1998, Chen et al., 2004).
Segundo Knobloch et al., o efeito mecânico das ondas de choque pode romper
os septos do tecido adiposo, o que leva a uma aparência de pele mais lisa e melhora
consideravelmente o aspecto da celulite. O mesmo artigo cita que houve redução
significativa do linfedema observado clinicamente após quatro sessões de ondas de
choque em mulheres com linfedema secundário após o tratamento do câncer de
mama. Em experimento de ondas de choque com animais houve estímulo do fator
de crescimento endotelial vascular (VEGF-C) que parece exercer um efeito sinérgico
na promoção da linfangiogênese.
Serizawa et al., cita que o VEGF induz a linfangiogênese, aumentando a
quantidade de ductos linfáticos, sendo então benéfico o uso de ondas de choque no
linfedema.
Ferraro et al., também menciona que vários estudos demonstraram o efeito
biológico das ondas de choque promovendo liberação de mediadores como o fator
de crescimento endotelial vascular, que aumenta significativamente a circulação
sanguínea local e a angiogênese.
O artigo de Angehrn at. al., indica que os bons resultados das ondas de choque
na celulite se devem a remodelação do colágeno constatada em seu estudo.
A aplicação de ondas de choque pode estimular a ação de proteínas de choque
térmico (HSP) induzindo a neocolagênese e neoelastogênese que são citadas no
artigo de Kuhn et. al., como efeitos fisiológicos após aplicação das ondas de choque.
No artigo de Kim et. al, as duas pacientes que fizeram ondas de choque para
estudo de linfedema obtiveram uma notável redução de gordura subcutânea no local
tratado (braços) demonstrado pela tomografia computadorizada.
Os estudos de Nassar et al. e Adatto et. al., constataram redução na
circunferência da coxa, e a ultrassonografia demostrou que houve redução
significativa na espessura da camada de gordura subcutânea nas pacientes de
ambos estudos.
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Ondas de Choque Radiais
Tipos de transmissores:
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Indicações
Gordura Localizada (Serizawa et al, 201; Siems et al, 2005, Bae et al,
2013;Christ et al, 2008)
Celulite (Christ et al, 2008; Serizawa et al, 2011; Knobloch, 2015;
Schalaudraff et al, 2014;Kuhn, et al, 2008; Kim et al, 2015; Huang et al, 2012)
Cicatrização de pele, queimaduras, feridas e úlcera de decúbito (Arno
et al, 2010, Pai et al, 2016);
Linfedema (Serizawa et al, 2011; Kim et al, 2015, Bae et al, 2013);
Flacidez tissular (Bae et al, 2013; Christ et al, 2008);
Cotovelo de Tenista (Rompe et al, 1996);
Analgesia (Zhao et al, 2013);
Desordens músculo-esqueléticas (Zhao et al, 2013);
Tenosinovites (Liu et al, 2012);
Osteoartrose e Osteoartrite (Zhao et al, 2013; Zhao et al, 2012)
Tendinopatias (Cacchio et al, 2011);
Epicondilites (Lee et al, 2012);
Fasceíte plantar (Lee et al, 2012; Rompe et al, 1996);
Subluxação (Batista et al, 2007);
Cicatrização óssea (Gollwitzer et al, 2013);
Síndrome da dor Trocanteriana (Furia et al, 2009);
Esporão de Calcâneo (Cheing et al, 2003);
Fibrose (Heine et al, 2013);
Contra indicações (Cheing & Chang, 2003; Moreira & Miranda, 2014)
Pacientes hemofílicos;
Focos Infecciosos;
Neoplasias;
Epífises;
Distúrbios de coagulação;
Gestantes;
Sistema Nervoso Central (medula espinhal e cérebro);
Área pulmonar;
Área costal;
Aplicações em área ocular, face, miocárdio, sobre a coluna vertebral,
pulmão;
Diminuição da sensibilidade na área de tratamento;
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Sensações de Paciente durante a aplicação
Os efeitos colaterais mais comuns são: vermelhidão, inchaço, dor e nos piores
casos, hematomas e petéquias (manchas vermelhas) que aparecem até 2 dias após
a sessão e podem desaparecer após 3 a 5 dias.
Jamais repita o tratamento se os efeitos secundários anteriores não tiverem
diminuído.
Criolipólise;
Radiofrequência (Hertix);
Cosméticos;
Drenagem linfática;
Carboxiterapia (Sycor);
Ultrassom (Avatar Cuatro);
Terapia Combinada (Manthus Start);
Ultracavitação (Kavix / Avatar Esthetic);
Massagem Modeladora;
Corrente Russa ou BMAC;
Eletroterapia;
Terapia manual;
Programando o HygiaPulse
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Info: informações do software e número de disparos do equipamento.
Acionador/Disparos: permite selecionar o modo como o acionador irá executar
e gerar a sequência de emissão dos disparos programados.
No modo manual é necessário pressionar constantemente o pedal acionador
para realizar a sequência de disparos programados. Se parar de pressionar os
disparos serão interrompidos.
No modo automático é necessário pressionar somente uma vez o pedal
acionador e a sequência de disparos ocorrerá automaticamente. Se desejar
interromper a aplicação antes dela ser finalizada pelo equipamento, pressione
novamente o pedal.
Transmissor: A escolha do transmissor varia de acordo com a disfunção e
região a ser tratada. As opções de transmissor constam nas páginas 5 e 6.
Disparos/Frequência/Intensidade: a escolha dos parâmetros varia de acordo
com a disfunção e região a ser tratada.
Disparos: 100 até 9000 pulsos
Frequência: mono pulso/ 1 Hz até 21 Hz / 2 Hz – 20 Hz / 20 Hz – 2 Hz
Intensidade: até 200 mJ (os mJ/mm² são exibidos de acordo com o transmissor
selecionado).
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Os movimentos devem ser rítmicos, de maneira uniforme (vertical e horizontal)
por toda a área de tratamento;
A aplicação deve ser feita de forma pontual sobre a lesão ou ao redor da lesão.
Mantenha o aplicador parado sobre o ponto até o final dos disparos. Em
seguida posicione o aplicador em um ponto próximo e inicie novamente os disparos.
Elaboração de Protocolo
Interface Funcional
Na Interface Funcional encontram-se as sugestões de protocolo, conforme
abaixo:
Celulite
Ponteira: 35 mm
Frequência: 15 Hz
Disparos: 3000 (área 15x10cm)
Intensidade: 100 mJ
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Gordura Localizada
Ponteira: 25 mm
Frequência: 15 Hz
Disparos: 3000 (área 15x10cm)
Intensidade: 100 mJ
Fibrose
Ponteira: 15 mm Planar
Frequência: 10 Hz
Disparos: 1500 (área 10x10cm)
Intensidade: 80mJ
Linfedema
Ponteira: 35 mm
Frequência: 5 Hz
Disparos: 1000 (área 10x10cm)
Intensidade: 60 mJ
Flacidez Tissular
Ponteira: 25 mm
Frequência: 15 Hz
Disparos: 3000 (área 15x10cm)
Intensidade: 100 mJ
Epicondilite
Ponteira: 15 mm planar
Frequência: 10 Hz
Disparos: 100 pulsos por ponto
Intensidade: 40 mJ
Tendinite
Ponteira: 15 mm planar
Frequência: 12 Hz
Disparos: 150 pulsos por ponto
Intensidade: 40 mJ
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Esporão de Calcâneo
Ponteira: 15 mm radial
Frequência: 13 Hz
Disparos: 100 pulsos por ponto
Intensidade: 30 mJ
Analgesia
Ponteira: 15 mm planar
Frequência: 15 Hz
Disparos: 200 pulsos por ponto
Intensidade: 50 mJ
Fasceíte Plantar
Ponteira: 15 mm radial
Frequência: 12 Hz
Disparos: 120 pulsos por ponto
Intensidade: 40 mJ
Ponto Gatilho
Ponteira: 6 mm
Frequência: 15 Hz
Disparos: 180 pulsos por ponto
Intensidade: 10 mJ
Osteoartrose
Ponteira: 15 mm radial
Frequência: 15 Hz
Disparos: 130 pulsos por ponto
Intensidade: 40 mJ
Pseudoartrose
Ponteira: 15 mm radial
Frequência: 15 Hz
Disparos: 130 pulsos por ponto
Intensidade: 40 mJ
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Atenção: durante a aplicação a intensidade poderá ser ajustada de acordo
com a sensibilidade do paciente. Para isso pressione o pedal para interromper os
disparos, ajuste a intensidade, e pressione o pedal novamente para continuar a
aplicação.
Bibliografia
2. ARNÓ, A.; GARCÍA, O.; HERNÁN, I.; SANCHO, J.; ACOSTA, A.; BARRET,
J. P. Extracorporeal Shock Waves, a new non surgical method to treat Severe
Burns. Elsevier, 2010. (ANEXO 2)
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8. FERRARO, G. A.; FRANCESCO, F.; CATALDO, C.; Synergistic Effects of
Criolipolisys and Shock Waves for Noninvasive Body Contouring. Aesthetic
Plastic Surgery, 2012. (ANEXO 8)
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16. KNOBLOCK, K.; KRAEMER, R.; Extracorporal Shock Wave Therapy (ESWT)
fot the treatment of Celulitte- a current metaanalisys. Elsevier, 2015. (ANEXO
16)
18. LEE, S.S.; KANG, S.K.; PARK, N.K.; LEE, C.W.;SONG, H.S.; SOHN, M.K.;
CHO, K.H.;KIM, J.H. Effectiveness of Initial Extracorporeal Shock Wave
Therapy on the Newly Diagnosed Lateral or Medial Epicondylitis. Annals of
reabilitation Medicine, 2012. (ANEXO 18)
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19. LIU, S.; ZHAN, S.; JING, R.; ZHAO, B.; XING, G.; Radial Extracorporeal
Pressure pulso Therapy for the primary Long Bicipital Tenosynovitis a
prospective randomizes Controlled Study. Elsevier, 2012. (ANEXO 19)
27. SILK, Z. M.; ALHUWAILA, B.; CALDER, J.D. Low Extracorporal Shock
Therapy to Treat Lesser Metatarsal Fracture Nonunion: case report. Foot and
Ankle Internation, vol.333,n 12. Londres, 2012. (ANEXO 27)
28. WANG, C.; WANG, F.; YANG, K.; WENG, L.; HSU, C.; HUANG, C.; YANG.
L. Shock Wave Terapy induces Neovascularization at the Tendon-bone
Juncion- A study in Rabbits. Elsevier, 2003. (ANEXO 28)
29. ZHAO, Z.; JI, H.; JING,R.;LIU, C.;WANG, M.;ZHAI, L. Extracorporeal Shock
Wave Therapy reduces progression og Knee Osteoarthritis in rabbits by
reducin Nitric oxide Level and chondrocyte apoptosis. Archive Orthipedia and
Trauma Surgery, 2012. (ANEXO 29)
30. ZHAO, Z.; JING, JING, R.;SHI, Z.; ZHAO, B.; AI, Q. Efficacy of Extracorporal
Shockwave Therapy for Knee Osteoarthitis: a randomized controlled trial.
Elsevier, 2013. (ANEXO 30)
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