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Desenvolvimento Normal de 1 a 5 anos

Desenvolvimento é o aumento da capacidade do indivíduo na realização de funções cada vez Eliane Maria Garcez Oliveira da
mais complexas. É um processo dinâmico com mudanças nos aspectos físico, social, emocional, Fonseca 1
de linguagem e cognitivo. 1. Presidente do Comitê de Pediatria
O diagnóstico precoce dos atrasos do desenvolvimento é importante para o melhor prog- Ambulatorial; Doutora em Saúde da
Criança e da Mulher, IFF - Fiocruz;
nóstico, pois quanto mais cedo ocorre a intervenção, melhor o resultado. Professora de Pediatria da Escola de
Medicina Souza Marques; Chefe do Setor
O papel do pediatra é fundamental no acompanhamento do desenvolvimento e diagnóstico de Distúrbios da Micção e Urodinâmica
precoce dos seus desvios. A avaliação do desenvolvimento deve fazer parte de todas as con- Pediátrica - HSE - RJ; Representante da
International Children’s Continence Society
sultas pediátricas, pois como na maioria das vezes a busca pela atenção médica é motivada na America Latina
por queixa específica e determinada pelos pais, restringir a avaliação do desenvolvimento às
consultas de puericultura, previamente agendadas, implicaria em numerosas oportunidades
perdidas de detecção de seus desvios. Desta forma, a visão atual é de que a puericultura deva
ser também parte integrante da atenção pediátrica.
Para que possamos acompanhar o desenvolvimento infantil, orientar a mãe e detectar pre-
cocemente seus desvios, é necessário conhecer as características do mesmo, em cada faixa
etária. A seguir descreveremos as características do desenvolvimento de crianças de 1 a 5
C

anos de idade, objeto deste capítulo.


M

CM
Segundo ano de vida: torno dos 18 meses surja a angústia da para seu crescimento. Esta compre-
MY
Nesta fase a criança dá seus primeiros separação. A criança volta a apresentar ensão diminui a ansiedade dos pais e
CY
passos, ganhando progressivamente dificuldade em separar-se dos pais, o ajuda a prevenir transtornos alimen-
CMY
uma maior mobilidade. As habilidades que muitas vezes se expressa como di- tares comuns nos pré-escolares.
K de manipulação adquiridas somadas a ficuldade na hora de dormir. A criança, Neste período ocorre a fase de transi-
esta maior mobilidade irão permitir a que já dormia bem, volta a acordar du- ção e amadurecimento do controle es-
exploração do ambiente. Assim, a crian- rante a noite e buscar pelos pais. Outra fincteriano e o lactente pode reclamar
ça aprende a caminhar, a alcançar e ma- característica desta fase é a dificuldade quando estiver sujo ou molhado( ver
nipular objetos desejados. na consulta médica, sendo indicado ini- tópico sobre controle esfincteriano no
A maior mobilidade irá contribuir ciar a consulta e o exame físico no colo final do capítulo).
também para a percepção do eu e do da mãe.
outro. Já pode separar-se da mãe e co- Durante o segundo ano ocorre uma Segunda infância ou pré-escolar: 2 a 5
meça a descobrir o mundo. Entretanto, diminuição da velocidade do cres- anos
nesta fase ainda sente necessidade da cimento e, em consequência disso, Esta fase caracteriza-se pelo aprimo-
segurança proporcionada pela presen- diminuição do apetite. Apesar de fi- ramento das habilidades adquiridas:
ça materna. Assim, distancia-se da mãe siológica, esta diminuição do apetite comunicação, locomoção, manuseio
sem perdê-la de vista, retornando com frequentemente é causa de preocu- de objetos e jogos simbólicos. É a ida-
frequência. pação para os pais. O pediatra deve de do explorar e brincar. Distingue-se
A linguagem evolui até a criança poder tranquilizá-los informando que a re- também pela exposição a uma esfera
falar de si mesma, fazer escolhas e se afir- dução do apetite é esperada devido à social maior, com adaptação a novas
mar dizendo não. Neste período a imi- diminuição fisiológica da velocidade regras e relacionamentos.
tação, dos pais ou irmãos mais velhos, é do crescimento nesta faixa etária. A A redução da velocidade de cresci-
um importante modo de aprendizagem. utilização do gráfico de crescimento mento e a diminuição do apetite fazem
A consciência crescente da possibi- ajuda a demonstrar que a redução de com que muitas vezes a criança apre-
lidade de separação faz com que em apetite é normal e não é prejudicial sente um hábito alimentar seletivo, tor-

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nado-se exigente e “difícil de agradar”. nos. Destaca-se que no funcionamento paciência, evitando a violência des-
Aos três anos desenvolve-se a late- psíquico das crianças, prevalece o desejo necessária e prejudicial na educação
ralidade e frustrações podem ocorrer muitas vezes inconsciente dos pais. da criança.
com tentativas de mudar a preferência Entretanto, o desejo dos pais é uma Estimular um ambiente positivo
de mão da criança. referência para as crianças e não um para o desenvolvimento infantil.
O desenvolvimento motor fino de- determinante absoluto. A criança pode Perguntar e orientar sobre treina-
penderá de estímulos do ambiente e fazer suas próprias escolhas diferentes mento esfincteriano.
oportunidades de aprendizagem como dos mesmos. Surgem os sentimentos
a utilização de giz de cera, por exemplo. ambivalentes em relação aos pais. As Avaliação do desenvolvimento: quando e
O controle esfincteriano ocorre neste proibições muitas vezes resultam em como?
período apesar de sofrer grandes varia- birras e choro. Esta fase pode ser difícil Avaliar o desenvolvimento em to-
ções individuais e culturais. O mesmo para os pais, mas é fundamental para o das as oportunidades.
está detalhado em um tópico específico desenvolvimento da criança em direção Desde o início da consulta.
no final do capítulo. à independência e à socialização. Esta
A linguagem desenvolve-se rapida- aprenderá a respeitar os limites necessá- Identificar os fatores de risco:
mente nesta fase. O vocabulário au- rios para a sua participar da vida social. Problemas na gestação, parto, nasci-
menta de 50 a 100 palavras aos dois A percepção dos limites e de que ela mento ou período neonatal.
anos para 2.000 palavras aos cinco anos. não pode tudo, faz com que comumen- Doenças graves como meningite,
Como uma regra geral, de dois a cinco te surjam manifestações de medo ( es- traumatismo craniano ou convul-
anos de idade, o número de palavras curo, animais etc) neste período. sões.
C

numa frase é igual a idade em anos. Por Aos três anos a criança reconhece o Parentesco entre os pais.
M
exemplo: 2 anos = 2 palavras; 3 anos = outro e a alteridade, sabe esperar sua História de deficiência ou doença
Y
3 palavras etc. vez, gosta de brincar com outras crian- mental na família.
CM
O desenvolvimento da linguagem de- ças e também sozinha. Estas aquisições Ambiente: violência doméstica,
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pende muito do estímulo recebido do e a sedimentação das funções motoras e drogas ou alcoolismo entre os mo-
CY
ambiente. Os principais determinantes sociais permitem a ampliação do campo radores da casa, suspeita de abuso
CMY
incluem a quantidade e variedade de de trocas da criança do domínio exclusi- sexual etc.
K falas dirigidas à criança, a frequência vo da família em direção à escola.
com que os adultos fazem perguntas e Perguntar aos pais sobre o desenvolvimento
encorajam a criança a falar. Os livros de Implicações destas características para da criança
figuras têm um papel importante no seu pais e pediatras: Valorizar a queixa dos pais
desenvolvimento. Os pediatras devem: História
A capacidade de elaboração simbólica Tranquilizar os pais em relação à Exame físico
aumenta progressivamente permitindo preocupação com a diminuição do Utilização de instrumentos de vigilância do
que a criança fale de si, seja criativa na apetite e da ingestão alimentar. desenvolvimento:
linguagem e pense sobre si. A capaci- Esclarecer os pais sobre a angústia Instrumentos de vigilância do de-
dade de representação permitirá que a da separação. Orientar sobre rotinas senvolvimento
criança pense e fale sobre a mãe e sobre e dificuldades na hora de dormir,
os objetos na sua ausência. na entrada na creche etc. Sempre Caderneta de Saúde da Criança – Ministério
A criança percebe o que é o “eu” e “o que possível examinar a criança no da Saúde
outro”, o que é “meu” e “do outro”. colo da mãe. Testes de Denver II (0 a 6 anos)
Aparecem as perguntas sobre as dife- Valorizar a conquista progressiva Rastrear crianças assintomáticas
renças sexuais e a curiosidade sobre a da independência pela criança, aler- para possíveis problemas (15, 30,
origem dos bebês. tando sempre sobre medidas de se- 48 meses)
Nesta fase as expectativas dos pais a gurança e prevenção de acidentes. Confirmar uma suspeita intuitiva
respeito dela são muito importantes para Orientar sobre a importância dos li- através de medida objetiva
a criança. Ela passa a se interrogar sobre mites e da disciplina. Salientando a Monitorizar crianças com risco
as mesmas e a perceber os desejos pater- importância de tratar a criança com para problemas do desenvolvi-

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mento (Exemplo: problemas pe- ta experiências imediatas, escuta A retirada inadequada das fraldas tem
rinatais) histórias quando são mostradas consequências negativas para a criança,
Áreas funcionais avaliadas: figuras. entre estas: dificuldade para completar
Social = capacidade de se relacio- 30 meses: o aprendizado, constipação intestinal,
nar com as pessoas e cuidar de si Motor: sobe escada alternando disfunção miccional, infecção urinária
Motor-adaptativa fina = habilida- os pés. recorrente, conflitos familiares e reper-
de em manipular objetos e dese- Adaptativo: constrói torre de cussões sociais.
nhar nove cubos, imita círculos. O conhecimento pelo pediatra da fisio-
Linguagem = capacidade de en- Linguagem: refere-se a si mesmo logia e funcionamento do trato urinário
tender e se expressar por pronome “eu”, diz seu nome inferior, bem como do seu progressivo
Motora grosseira = habilidade de e nomeia objetos como seus. amadurecimento, é necessário para que
andar, correr, saltar... Social: controle esfincteriano. possa atuar na orientação aos pais e cui-
dadores, prevenção e reconhecimento
Marcos do Desenvolvimento: 2 a 5 anos 36 meses: precoce dos distúrbios de função do trato
15 meses: A. Motor: pedala, fica momentanea- urinário inferior e intestinal.
Motor: anda sozinho e raramente mente num pé só. A aquisição da continência urinária
cai. B. Adaptativo: constrói torre de dez e fecal normalmente segue um padrão
Adaptativo: constrói torre de três cubos, copia círculos. evolutivo. Inicialmente a criança ad-
cubos, faz uma linha com giz de C. Linguagem: sabe idade e sexo, con- quire o controle fecal noturno, seguido
cera. ta três objetos. pelo controle fecal diurno, posterior-
C

Linguagem: jargões, obedece a D. Social: joga jogos simples, lava a mente o urinário diurno e finalmente
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comandos simples, podem no- mão, ajuda a se vestir. o urinário noturno. Por terem a mesma
Y
mear objetos familiares. origem embriológica e inervação, além
CM
Social: expressa seus desejos ou 48 meses: da proximidade anatômica, a coexistên-
MY
necessidades apontando, abraça A. Motor: mantém-se em um pé só, cia de distúrbios do controle intestinal
CY
os pais. joga bola, usa tesoura para cortar. e urinário é bastante frequente e tem
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B. Adaptativo: copia cruz e quadrado, sido denominada Síndrome de Disfun-
K 18 meses: desenha um homem com 2 a 4 par- ção das Eliminações.
Motor: corre, sobe escada seguro tes além da cabeça. A continência urinária e a micção são
por uma mão. C. Linguagem: conta histórias. controladas por uma integração com-
Adaptativo: constrói torre de qua- D. Social: brinca com várias outras plexa entre sistema nervoso somático
tro cubos. crianças, vai ao banheiro sozinho. e autônomo. Os padrões de armazena-
Linguagem: dez palavras, nomeia mento e esvaziamento vesical modi-
figuras, identifica uma ou mais 60 meses: ficam-se no lactente e pré-escolar até
partes do corpo. A. Motor: consegue saltar. atingir o amadurecimento.
Social: leva os alimentos à boca B. Adaptativo: copia triângulo, distin-
com a sua mão, começa a recla- gue o mais pesado de dois objetos. O desenvolvimento da continência
mar que a fralda está suja ou mo- C. Linguagem: nomeia quatro cores. envolve várias etapas:
lhada. D. Social: veste-se e despe-se, pergun- aumento da capacidade vesical;
ta sobre o significado das palavras. percepção da plenitude vesical e
24 meses: inibição da contração do detrusor,
Motor: corre bem, sobe e desce CONTROLE ESFINCTERIANO inicialmente quando acordado e
escada, abre portas, sobe nos mó- O controle esfincteriano é um mar- depois durante o sono;
veis. co tanto do desenvolvimento quanto facilitação da micção, isto é, habili-
Adaptativo: constrói torre de sete social. Sua aquisição é fortemente in- dade para iniciá-la antes de alcançar
cubos, risca em padrão circular. fluenciada por fatores educacionais, a capacidade vesical funcional;
Linguagem: usa frase. ambientais, sociais, familiares, psico- inibição da micção, postergando-a,
Social: ajuda a tirar a roupa, con- lógicos e hereditários. apesar da bexiga cheia, até local e

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momento socialmente adequados, criança, muitas vezes, percebe a pressão sobre controle esfincteriano. Deve tam-
através da regulação cortical e inibi- exercida pelos pais e/ou cuidadores pela bém reconhecer os fatores de risco e
ção do arco reflexo no nível da ponte. continência, sem ainda ter adquirido a obstáculos para a aquisição da continên-
capacidade de controle cortical da mic- cia. Toda queixa relativa ao controle es-
No lactente, a bexiga se esvazia quan- ção. Esta cobrança inadequada faz com fincteriano deve ser valorizada e avalia-
do atinge sua capacidade funcional. Esta que ela utilize da contratura do assoalho da através da anamnese e exame físico,
é de aproximadamente 30 ml no recém- pélvico para este fim, o que pode gerar que indicarão se investigações adicio-
-nascido e 60 ml com um ano de idade. incoordenação vésico-esfincteriana, dis- nais e/ou intervenções terapêuticas são
A micção ocorre com intervalos de apro- função miccional e/ou intestinal. necessárias. Os achados da anamnese e
ximadamente uma hora e não pode ser Aos três anos, a maioria das crianças do exame físico que alertam para esta
iniciada ou inibida voluntariamente e o está continente durante o dia. Após a necessidade são:
esvaziamento vesical pode ser incom- continência existe um período variável,
pleto. Nesta fase, a micção ocorre por re- usualmente de até seis meses, em que o Na anamnese:
flexo com controle do centro pontino da escape urinário pode ocorrer. Em estudo Incontinência urinária contínua em
micção e pequena participação cortical. realizado com crianças de uma creche qualquer idade
Entre um e três anos de idade, a aqui- no Rio Grande do Sul os acidentes (es- Incontinência urinária diurna inter-
sição da continência depende de um au- capes urinários) aconteceram em 95% mitente1 após os quatro anos2
mento progressivo da capacidade vesical das crianças e não ultrapassaram os três Incontinência urinária noturna in-
(em torno de 30 ml a cada ano até a pu- meses de duração. termitente após cinco anos
berdade) e do desenvolvimento da atu- Aos quatro anos, a capacidade vesical Força para urinar em qualquer idade
C

ação reguladora do córtex cerebral sobre dobra em relação ao que era aos dois Jato urinário fraco ou gotejamento
M
o centro pontino da micção. Esta última anos e a criança adquire a habilidade de em qualquer idade
Y
permitirá à criança o controle voluntário iniciar e parar a micção quando deseja. Urgência após a aquisição do con-
CM
sobre os reflexos que controlam o detru- Este período caracteriza-se pela aquisi- trole urinário ou após cinco anos, o
MY
sor e o esfíncter. A coordenação entre o ção do controle voluntário do esfíncter. que ocorrer antes
CY
detrusor e o esfíncter está desenvolvida e Nesta idade, 85% a 88% das crianças já Manobras de contenção após a
CMY
não há mais resíduo pós-miccional. Neste alcançaram o controle completo. O con- aquisição do controle urinário ou
K período, a criança passa a ter consciên- trole urinário noturno ocorre em torno após cinco anos, o que ocorrer antes
cia da plenitude vesical e reconhece que de seis meses a um ano após a retirada Micção intermitente após os três
a micção é iminente, mas inicialmente de fraldas durante o dia. anos de idade
não é capaz de controlá-la. A maioria das A maioria das crianças aprende a con- Infecção urinária em qualquer ida-
crianças nesta idade começa a comunicar trolar voluntariamente a eliminação de
que quer urinar, mas o intervalo entre de urina e de fezes durante o dia entre Constipação e/ou escape fecal em
o aviso e a micção ainda é muito curto. dois anos e dois anos e meio. A retira- qualquer idade
Progressivamente, a criança desenvol- da da fralda só deve ser iniciada quan- Urina pouco concentrada e em
verá a capacidade de inibição cortical do do a criança e os pais estiverem prepa- grande volume
arco reflexo ao nível da ponte, que per- rados. A criança inicialmente sinaliza História de diabetes gestacional e
mitirá que ela controle a micção. A con- este preparo, avisando que a fralda está asfixia neonatal
tinência social resulta da soma desta ha- molhada ou suja de fezes. O processo
bilidade adquirida com a percepção de de retirada deve ser iniciado quando a No exame físico:
que existem horas e locais socialmente criança for capaz de: falar, andar, sen- Presença de estigma neurocutâ-
aceitos para que as eliminações ocorram. tar por cinco a dez minutos, tirar suas neo na região lombo-sacra: tufos
Durante a fase de transição do desen- roupas (de fácil manuseio,com elásti- de pelo, hemangiomas, manchas
volvimento, entre 18 meses a três anos co), compreender os termos utilizados hipo ou hipercrômicas, “dimple”,
de idade, a latência entre o desejo e a para nomear urina e fezes, entender que
1. Diferenciar dos escapes urinários ocasionais normais até seis
micção poderá ser prolongada e a conti- existem locais apropriados, socialmente meses após a continência.
2. A ICCS (Sociedade Internacional de Continência em Crian-
nência mantida pela contração voluntá- aceitos, para suas eliminações.
ças) considera incontinência urinária diurna após cinco anos
ria da musculatura perineal. Nesta fase, a O pediatra deve perguntar e orientar de idade.

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lipoma. reflexo bulbocavernoso e reflexos Palpação de massa abdominal


Anomalias do sulco interglúteo: au- profundos dos membros inferiores Alterações no exame da genitália
sência ou assimetria Alterações ortopédicas de membros Déficit de crescimento
Alteração no exame neurológico: inferiores e/ou coluna

Desenvolvimento de um a cinco anos: 4. HALPERN, R.; FERREIRA, J.P. Vigilância do Dysfunction. In: AVNER E.D.; HARMON,
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M

CM AVALIAÇÃO
MY
1. Com relação ao papel do pediatra no 3. Mãe comparece com lactente de 18 5. São aspectos importantes no desenvol-
CY desenvolvimento infantil, é correto afir- meses à consulta de rotina, diz que vimento de 24 a 36 meses, exceto:
mar que o mesmo deve: o mesmo está com dificuldade para
CMY
dormir, acordando durante a noite e a) Aprender a brincar com amigos.
a) Detectar precocemente os atrasos. chamando pelos pais. A mesma diz b) Controle esfincteriano.
K

b) Atuar na promoção do desenvolvimento. estranhar a situação já que a criança


dormia bem. Não havia outras queixas. c) Usar tesoura para recortar figura.
c) Orientar aos pais sobre as próximas etapas. O exame físico foi normal apesar da d) Percepção dos limites.
d) Todas as afirmativas acima estão corretas. resistência e choro da criança para ser
examinada fora do colo da mãe. A con-
duta adequada é: 6. Uma criança deve estar apta a nomear
2. Qual dos marcos do desenvolvimento quatro cores, vestir e despir-se, pular e
a) Encaminhar a criança para avaliação psicoló-
abaixo é usualmente encontrado aos 24 repetir uma sentença de dez sílabas aos:
gica.
meses?
b) Solicitar exame parasitológico de fezes. a) 36 meses.
a) sobe escada alternando os pés. c) Orientar os pais sobre angústia da separação. b) 42 meses.
b) nomeia quatro cores. d) Suspeitar de negligência materna. c) 48 meses.
c) veste-se e despe-se. d) 60 meses.
d) usa frase.
4. A percepção dos desejos paternos
torna-se particularmente importante
para a criança em torno da idade de:

a) três meses.
b) um ano.
c) dois anos.
d) cinco anos.

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Ficha de avaliação
Desenvolvimento Normal de 1 a 5 anos _______________ 4 Detecção Precoce de Alterações Visuais: Papel do Pediatra 40
33) A B C D
1) A B C D
34) A B C D
2) A B C D
35) A B C D
3) A B C D
36) A B C D
4) A B C D
37) A B C D
5) A B C D
38) A B C D
6) A B C D
Aspectos Disciplinares e Desenvolvimento Infantil ______ 47
Desenvolvimento Neuropsicomotor no
Primeiro Ano de Vida ____________________________ 9 39) A B C D
40) A B C D
7) A B C D
41) A B C D
8) A B C D
42) A B C D
9) A B C D
43) A B C D
10) A B C D
44) A B C D
11) A B C D
12) A B C D Dificuldades Escolares ___________________________ 53
C 45) A B C D
Acompanhamento do Crescimento Normal ____________ 15
M 46) A B C D
13) A B C D
Y 47) A B C D
14) A B C D
CM 48) A B C D
15) A B C D
49) A B C D
MY
16) A B C D
CY
50) A B C D
Afetividade e Desenvolvimento_____________________ 21
CMY
Baixa Estatura_________________________________ 58
K
17) A B C D
18) A B C D 51) A B C D
19) A B C D 52) A B C D
20) A B C D 53) A B C D
21) A B C D 54) A B C D
22) A B C D 55) A B C D
56) A B C D
Crescimento e Desenvolvimento na Adolescência _______ 28
Puberdade Precoce ______________________________ 62
23) A B C D
24) A B C D 57) A B C D
25) A B C D 58) A B C D
26) A B C D 59) A B C D
60) A B C D
Avaliação Auditiva: Como proceder _________________ 35
61) A B C D
27) A B C D 62) A B C D
28) A B C D
29) A B C D Enviar à SOPERJ por correio, fax ou e-mail
30) A B C D Rua da Assembléia, 10 - Grupo 1812 - Centro
31) A B C D 20011-901 - Rio de Janeiro - RJ
Tel: 2531-3313 - e-mail: pedsoperj@soperj.org.br
32) A B C D
Favor enviar dúvidas quanto a utilização do DVD e ao
acesso aos gráficos para o e-mail: pedsoperj@soperj.org.br

69

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