04 Quarta-feira
Mar 2015 Arcano Quinze do Tarot – Por
Gabriel Marcos
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COMENTÁRIO
Corresponde à letra SAMEKH do alfabeto hebraico.
A sua natureza saturnina, tanto valendo por Assúrica, desde logo leva-nos à letra
hebraica que lhe corresponde em natureza, Samekh. De valor 60, é letra simples
masculina de cor azul. Simbolicamente representa um arrimo, suporte, muleta.
Hieroglificamente assinala um movimento circular cíclico.
Com efeito, nessa longínqua Raça de Humanidade em que o Homem apareceu pela
primeira vez fisicamente, apesar de mais antropoide que propriamente humano, os 7
KUMARAS PRIMORDIAIS da Hierarquia Assúrica criou cada um deles 7
MANASAPUTRAS (logo, 7×7 = 49) ou “FILHOS DO MENTAL”, destinando-os a
Vestes Flogísticas de 49 MAKARAS da mesma Hierarquia os quais viriam a
constituir os principais 49 MAHATMAS ou ADEPTOS INDEPENDENTES na
liderança da Grande Loja Branca, cujos caboucos foram lançados a terreno nesse
período distante. Coube aos KUMARAS agir sobre a MENTE do Homem incipiente,
o JIVA, e aos MAKARAS actuar sobre a separação do SEXO do mesmo,
terminando assim o Hermafroditismo primitivo que caracterizou a 2.ª Raça-Mãe.
Desses 49 MAKARAS surgiria depois, mercê dos seus próprios esforços ao longo
das Idades, um número vultuoso de MAHATMAS saídos das fileiras humanas
perfazendo o número de 777. Por sua vez, 1 MANASAPUTRA age em simultâneo
por 7 MAHATMAS de determinada Linha que assim adquire características próprias,
e por seu turno 1 MAHATMA manifesta-se através de 7 ARHATS. Assim, tem-se: 1
KUMARA = 7 MANASAPUTRAS; 1 MANASAPUTRA = 7 MAHATMAS; 1 MAHATMA
= 7 ARHATS. Por conseguinte, 7 + 7 + 7 = 777 Membros da Grande Loja Branca.
Assim revelou o Venerável Mestre JHS.
Ainda segundo o Professor Henrique José de Souza, a palavra diabo origina-se da
latina diabolus. O prefixo di ou dies significa deus, e o sufixo ab, a d o u adi quer
dizer primeiro. Daí que Diabo signifique o Primeiro Deus ou Deus Original. Deus
(Fohat – Energia Celeste de Expansão) e Diabo ( Kundalini – Força Terrestre de
Coesão) constituem-se num único Princípio, numa Causa Única – a Substância
Primordial, Ain Suph ou Svabhâvat – porém com dois aspectos diferenciados, como
positivo e negativo que se completam tal qual o imã que, sendo uno, manifesta-se
com dupla polaridade, atracção e repulsão.
Como Diabo, para Cagliostro ele é uma espécie de Baphomet como depois os
ocultistas do século XIX assim o identificariam, inclusive associando-o ao ídolo
fabuloso dos antigos cavaleiros da Ordem do Templo (séculos XII-XIV) o que não
passa de pura fábula por o seu sentido ser bem outro e que aqui se aflora. Seria um
bode pela cabeça e pelas pernas e uma mulher pelos seios e pelos braços. Esse
ídolo monstruoso derivaria do pressuposto Bode de Mendes ou Mênfis dos egípcios
e do Pan andrógino dos gnósticos. Tal como a Esfinge, ele contém nas suas formas
os 4 elementos naturais de que o próprio Diabo é o seu princípio animador, a
quintessência.
Tendo tudo isso a ver com os fenómenos psicofísicos, o teósofo António Castaño
Ferreira, Coluna J do Venerável Mestre JHS, não deixou de proferir: “Os que
palmilham, de facto, o Caminho Iniciático não fazem um alvo a aquisição de
faculdades transcendentes, pois estas, na fase decisiva da sua evolução, serão
mais um obstáculo que um auxílio. O uso de faculdades psíquicas perturba a ligação
perene da consciência superior dos Adeptos com a Consciência Universal. No
Oriente inteiro jamais se verificou o caso de um Sátvico, isto é, um Ser de alta
espiritualidade, realizar um “milagre”. Sempre que fenómenos dessa ordem sucedem
em torno deles são devidos à acção, por assim dizer, espontânea das forças da
Natureza, pensando prestar-lhes homenagens. No entanto, tais “milagres” causam-
lhes, sistematicamente, alguma coisa parecida com o desagrado”.
Isso leva a outro aspecto da mesma questão: a das faculdades psíquicas que alguns
se arvoram ter, com elas considerando-se superiores aos demais. Puro engano de
quem se engana e se deixa enganar pelo que há de mais negativo no Astral, o
Mundo Sensitivo imediato ao nosso, motivo para o mesmo António Castaño Ferreira
proferir o seguinte:
O adepto sério do Ocultismo e Teosofia não ignora que o Diabo é o Grande Agente
Mágico, graças ao qual se efectuam os “milagres” físicos mas não de ordem
puramente espiritual, porque quando um ser puro age directamente sobre o Espírito
o Diabo não tem na Matéria como intervir. Mas desde que o corpo físico entra em
acção, nada pode ser feito sem o Diabo. A ele se deve a existência material, porque
se o desejo de ser e o instinto de conservação não dominassem desde o
nascimento, ninguém poderia agarrar-se à vida com o egoísmo conservador
característico da primeira infância.
O Diabo toma posse do ser humano quando chega ao mundo, e assim deve ser.
Mas essa posse não é definitiva, porque o ser humano está destinado a libertar-se
progressivamente da tirania dos instintos inatos. Mas enquanto ele estiver ligado ao
organismo anímico ou animal, ser-lhe-á impossível realizar a abstracção do Espírito
que rege o corpo. Tal como o cavaleiro cuida do seu cavalo, igualmente se deve
zelar pelo animal que, sob cada um, reclama os seus direitos. De maneira que o
Diabo não é tão feio como parece, pois é o associado indispensável na vida deste
mundo em que todos estamos. Saiba-se, pois, tratá-lo equitativamente, não como
inimigo sistemático irreconciliável mas como princípio inferior cujos serviços são
preciosos, indispensáveis à evolução física. Não se deve esquecer ser o Diabo
quem faz viver materialmente como Força de Coesão. Ele arma-nos para as
necessidades desta existência de luta contínua, e daí os impulsos que em si não
são maus mas entre os quais deve manter-se a harmonia, no que a disciplina do
autoaperfeiçoamento é ferramenta indispensável. Se nos moderarmos em todas as
coisas por certo poderão ser conciliadas as discordâncias que afligem o mundo, em
perpétua discussão na busca da luz da solução que assim nunca será encontrada.
Moderação e harmonia são a solução, pelo que a discussão e o conflito cessarão a
sua acção diabólica que levam a tombar sob o jugo dos pecados capitais que entre
si partilham os ministérios dos governos de ANARQUIA que hoje regem o Mundo,
por sua vez regidos secretamente pela influência nefasta da Grande Loja Negra.
Sim, moderação e harmonia geram simpatia. Reprimamos o nosso orgulho a fim de
se traduzir em dignidade, essa nobre altivez que inspira o horror de todo o
aviltamento. Dominemos a cólera para transformá-la em coragem, em energia
activa. Não nos abandonemos à preguiça, mas tenhamos o repouso necessário
para restaurar o corpo fatigado. Nem receemos repousar preventivamente em vista
de um esforço a ser realizado. Os artistas e os poetas podem ser proveitosamente
“preguiçosos”. Evitemos a gulodice, é degradante viver para comer, mas para viver
com boa saúde deve-se escolher os alimentos e apreciar as suas qualidades
gustativas, sejam de que natureza forem. Seja repelido o nojento demónio da inveja
que faz sofrer em vista do bem alheio, e antes se oponha, pelo interesse comum,
aos ganhos e aquisições ilícitas e aos abusos prepotentes dos poderosos. Evitemos
cair na avareza mas sejamos previdentes, praticando a economia sem desdenhar o
amor honesto ao ganho, estimulante eficaz do trabalho. Já a luxúria, onde se exerce
mais poderosamente o domínio do Diabo, deve-se opor-lhe o quase ou mesmo
religioso respeito do augusto ministério da união dos sexos. Não se profane mais
tudo aquilo que é sagrado.
Num nível muito mais elevado, o Diabo é o Génio Andrógino que uniu em si as duas
polaridades sexuais como coisa de Urano, desde logo representando o diáblico
Adepto Perfeito. Acerca disto, o Professor Henrique José de Souza disse:
“A união dos dois sexos num mesmo e consciente organismo pode ser desenvolvida
somente por um grande artista, como construtor de belas formas, ou realizador de
grandes ideais. O homem que não é conjugado debaixo desse duplo e espiritual
aspecto, deixa de ser o escultor para ser a estátua muda e fria por ele mesmo
esculpida. Deve ser o criador e não a criatura. Desse modo, nele se reflecte a sua
própria obra, construída, animada por seus melhores sentimentos. O mesmo
acontecerá um dia à própria Humanidade.
Tendo uma vontade firme age-se sobre o Diabo sem a menor dificuldade, o
pentagrama branco vertido na fronte do Bode de Mendes a isso convida. Tudo está
hierarquizado na Natureza, na qual as forças inconscientes submetem-se à direcção
das conscientes que lhes são superiores. Mas é perigoso autoatribuir-se uma
superioridade fictícia para exercer um comando injustificado: o Diabo esperto não se
engana nem se deixa enganar, pelo que se encarrega de mistificar cruelmente os
presunçosos que têm boa opinião exagerada de si próprios. Ele exige, para
obedecer, que o pentagrama seja de uma alvura perfeita, noutras palavras, que a
vontade seja pura, não manchada de egoísmo e que as ordens proferidas sejam
legítimas. Isto porque, em última análise, o Diabo está ao serviço de Deus e não se
deixa manipular a torto e a direito. Se ele provoca perturbação nunca é a título
definitivo, pois a sua desordem está na ordem e reverte à ordem, visto o Diabo estar
submetido à Lei Universal cuja Justiça (Arcano VIII) assegura a aplicação; ora o VIII
domina o XV quando os Arcanos Maiores duas fileiras paralelas, uma de 1 a 11
para baixo e outra de 12 a 22 para cima, como seja:
1 – 22
2 – 21
3 – 20
4 – 19
5 – 18
8 – 15
9 – 14
10 – 13
11 – 12
Os seres vivos agitam-se no seio dessa claridade difusa que lhes aclara o instinto.
Tomando de empréstimo o braço esquerdo do Caprino ou Kumara – que se projecta
na manifestação física como “Fantasma Cósmico” de si mesmo, ou seja, como
Jinete Anímico na expressão ASTAROTH – pode-se atrair a vitalidade ambiental,
vaporizada invisivelmente e condensar a sua fluidez numa bruma mais ou menos
compacta. É a coagulação que se opera em benefício do pólo genital, como indica o
Shivalinga, símbolo hindu da união dos sexos contrários que o Diabo ergue na mão
esquerda.
O operador é carregado pelo fluido coagulado à maneira de pilha eléctrica, mas não
se produzirá qualquer efeito enquanto não houver descarga, ou seja, solução. Aí
intervém o braço direito, portador do círio ou facho inflamado do Bode, imagem das
deflagrações psíquicas que podem acontecer e são de temer. Para evitar a
perturbadora explosão psíquica em modo de neurastenia que leva à hipocondria
ameaçando desencadear a loucura, convirá captar a corrente que determina o fluir
gradual do fluido astral acumulado. Um magnetizador hábil utiliza essa fonte pondo
em prática a fórmula COAGULA, SOLVE. Utiliza alternadamente o diabinho
vermelho (salamandra, fogo) e a diabinha verde (ondina, água), encadeados ao aro
de ouro (o mesmo anel de nibelungo wagneriano expressivo do chakra umbilical,
região do corpo astral, psíquico ou emocional) fixado no pedestal cúbico onde se
ergue o Bode da Genialidade.
Acerca disso, damos nota a Magia Divina dos Teúrgicos da Antiguidade judaico-
cristã tinha, como ponto de apoio, uma lógica comum a toda a Humanidade,
utilizando nos seus rituais o poder activo da Serpente Nahash (KUNDALINI). Após
terem planejado cuidadosamente a sua acção, aproveitavam todas as
circunstâncias favoráveis criadas pela Alma Sinergética comum (Egrégora) e
utilizavam o poder favorável dos pensamentos e sentimentos humanos, propícios
aos seus intentos. Tal Magia Divina agindo beneficamente sobre todo um povo ou
povos, só é possível quando o Pentalfa é nutrido pela Ciência Iniciática, e esta, por
sua vez, é marcada pela Vontade do mesmo Pentalfa. Nisto, é indispensável que
h a j a Sabath, “Festa de Luz”, a um sábado consagrado ao Filho do Homem
(Celeste), e assim o Filho do Homem seja o Senhor do Sábado – dia saturnino do
Demiurgo.
Esse parlamento espiritual de homens sábios, utopia mas cuja realidade já hoje se
persegue como solução final da Felicidade Humana, deveria ser composto pelos
representantes das várias religiões e filosofias e que estivessem todos unidos,
enfim, sob a alvinitente Bandeira da Paz Universal, ou por outra, sob a Bandeira
Sinárquica de MAITREYA.
Eis também nisso o sinal misterioso repleto de promessas felizes do Arcano XV,
hoje vibrando com maior intensidade nas ocidentais plagas do Mundo e também por
isto carregando com toda a propriedade o título de A GRANDE LUZ, por outra,
ECCE OCCIDENS LUX!
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