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AULA 5 Tudo parece movido à energia elétrica! A iluminação das cidades, das casas,
dos ambientes de trabalho, lazer; os aparelhos elétricos que utilizamos no
dia a dia de maneira quase que automática. Só percebemos sua importância,
quando acontece um apagão ou uma falha de transmissão parcial. Dá para
imaginar o mundo sem energia elétrica?
A eletricidade se tornou a principal fonte de luz, calor e força utilizada no mundo moderno. Ativi-
dades simples como assistir à televisão ou navegar na internet são possíveis porque a energia elétrica
chega até a sua casa. Fábricas, supermercados, shoppings e uma infinidade de outros lugares precisam
dela para funcionar. Essa é a parte do consumo que vivemos no dia a dia, como um passe de mágica!
Grande parte dos avanços tecnológicos que alcançamos se deve à energia elétrica. Obtida a partir
de todos os outros tipos de energia, a eletricidade é transportada e chega aos consumidores no mundo
inteiro por meio de sistemas elétricos complexos, compostos de quatro etapas: geração, transmissão,
distribuição e consumo.
O primeiro passo para produzir energia elétrica é obter a força necessária para girar as turbinas das
usinas de eletricidade. Gigantescos sistemas de hélices, elas movem geradores que transformam a ener-
gia mecânica (movimento) em energia elétrica. Essa força pode ser obtida de diversas fontes de energia
primária. No caso do Brasil, a energia elétrica vem, em primeiro lugar, de usinas hidrelétricas; depois, de
termelétricas; e, por último, de usinas nucleares.
As usinas de energia elétrica são, geralmente, construídas longe dos centros consumidores (ci-
dades e indústrias) e é por isso que a eletricidade produzida pelos geradores tem de viajar por longas
distâncias, em um complexo sistema de transmissão. Ao sair dos geradores, a eletricidade começa a ser
transportada através de cabos aéreos, revestidos por camadas isolantes e fixados em grandes torres de
metal, constituindo uma rede de transmissão. No caminho, a eletricidade passa por diversas subestações
de distribuição, onde aparelhos transformadores aumentam ou diminuem sua voltagem, alterando o que
chamamos de tensão elétrica. Várias agências ficam responsáveis pela medição do consumo de energia!
polo condutor
+
A
pilha
B
-
polo
EA EB
VA = VB =
ΔQ ΔQ
Geradores. São dispositivos que
transformam qualquer tipo de energia em
energia elétrica. São também responsá-
veis por fornecê-la e mantê-la. Os gera- Diferença de potencial - ddp
dores podem ser de corrente contínua, O gerador mantém entre seus polos uma
como as pilhas e baterias, ou de corrente diferença de potencial, que chamamos de
alternada, que é a energia fornecida pe- ddp, ou tensão elétrica, representada por U,
las empresas de eletricidade. e definida como:
U = VA - VB onde VA > VB
Exemplo da pilha
Para que possamos ter uma cor- • polo de maior potencial é representa-
rente elétrica circulando em um condu- do como polo positivo.
tor, precisaremos fornecer energia às • polo de menor potencial é representa-
cargas elétricas. Desta maneira é ne- do como polo negativo.
cessário o uso de um aparelho chama- A unidade de potencial (e tensão) no Sl é
do gerador. Na prática há diversos tipos o Volt, correspondendo a:
de geradores, como por exemplo: as
pilhas de lanterna. Nos geradores, ou- 1J
tros tipos de energia são transformadas 1 Volt = 1 Volt = 1 Joule/1 Coulomb
1C
em energia elétrica. Nas pilhas de lan-
terna, a energia química é transforma-
da em energia elétrica. Chamamos de Como já estudado, o trabalho da força
polos de um gerador os seus terminais. elétrica é dado por:
Quando um condutor é ligado aos po-
los de um gerador, há, em cada uma de T = ΔQ . (VA - VB)
suas extremidades, uma relação entre a
como potência é:
P = ΔQ
Δt
o que resulta,
P=U.i
Potência
Potência
elétrica (P)
não
elétrica
Gerador
(PG) Potência
dissipada
Itaipu, localizada no rio Paraná, foi
construída entre 1975 e 1982, pelos gover-
A potência não elétrica de um gerador é nos do Brasil e do Paraguai, é a nossa maior
a energia não elétrica que ele transforma por geradora de eletricidade, e também do mun-
unidade de tempo. Ela é proporcional à inten- do. A Itaipu Binacional, operadora da usi-
sidade de corrente i. na, é a líder mundial em produção de ener-
gia limpa e renovável, tendo produzido mais
PG= E . i de 2,4 bilhões de MWh desde o início de sua
operação. Só para comparar: a Hidrelétrica
Onde E é uma constante, denominada de das Três Gargantas, na China, produziu cer-
força eletromotriz do gerador (fem) e é uma ca- ca de 800 milhões de MWh desde o início de
racterística do mesmo, medida em volts. sua operação (2006), com uma potência ins-
talada 60% maior do que a de Itaipu (22.500
MW contra 14.000 MW). Em termos de re-
Fontes de energia elétrica corde anual de produção de energia, a usina
Fontes renováveis, como a força das de Itaipu ocupa o primeiro lugar ao superar
águas, dos ventos ou a energia do sol e re- seu próprio recorde que era de 98,6 milhões
cursos fósseis, estão entre os combustíveis de megawatts-hora. Em 2016, a usina de
usados para a geração da energia elétrica. Itaipu Binacional realizou um feito histórico
Por meio de turbinas e geradores, podemos ao produzir, em um único ano calendário,
transformar outras formas de energia, como a mais de 100 milhões de MWh de energia
mecânica e a química, em eletricidade. limpa e renovável. No total, em 2016, foram
produzidos 103.098.366 MWh de energia.
Tipos de fontes energéticas
• Solar
• Hidráulica São sistemas de geração de energia
A queda d’água movimenta as turbi- construídos de modo a transformar ener-
nas que estão ligadas a geradores, possi- gia luminosa em energia elétrica, como por
Física 3 - Aula 5 45 Instituto Universal Brasileiro
exemplo, as placas solares feitas de um com-
posto de silício que converte a energia lumi- estarão no topo dos prédios e comple-
nosa do sol em energia elétrica. mentarão os painéis solares. Atualmen-
te, já existem esses modelos em cidades
brasileiras, onde o vento é constante,
como por exemplo, em Fortaleza, capi-
tal do Ceará.
• Química
A produção de eletricidade a partir da São geradores construídos de forma
energia solar vem crescendo nos últimos capaz de converter energia potencial quí-
anos e o uso mais generalizado é para a mica em energia elétrica (contínua ape-
obtenção de energia térmica. Esta utiliza- nas). Este tipo de gerador é muito encon-
ção atende vários setores, que vão desde a trado, como baterias e pilhas.
indústria (secagem de grãos na agricultura)
até o residencial, para aquecimento da água.
Outra tendência é o uso da energia solar para
a obtenção conjunta de calor e eletricidade.
• Eólica
É a energia cinética contida nas massas
de ar em movimento (vento). Seu aproveita-
mento ocorre por meio da conversão da ener-
gia cinética de translação em energia cinética
de rotação, com o emprego de turbinas eóli-
cas (aerogeradores) para a geração de ele-
O que distingue pilhas de baterias?
tricidade, ou de cataventos e moinhos, para
trabalhos mecânicos como bombeamento de
É comum usarmos os termos pilhas
água.No Brasil, as regiões com maior poten-
e baterias sem fazermos distinção des-
cial eólico são: Nordeste, Sudeste e Sul.
ses dois objetos, mas o que exatamen-
te os difere? A pilha é um sistema com
dois eletrodos e a bateria é um conjunto
de pilhas ligadas em série.
PR E’ (*)
ƞ= = E’ . i =
Receptores P U.i U
Então, P = i . U (I) U2
P = R . i2 e P=
R
Estudo da potência
Unidade de potência
dissipada num resistor
A unidade de potência no SI é o watt (W).
► Primeira expressão da potência (lei
de Joule) 1J
1W=
Acabamos de achar a expressão da po- 1s
tência: P = i . U.
Para um resistor de resistência elétrica Além do watt, usa-se com frequência as
R, pela primeira Lei de Ohm, foi visto que: unidades:
R=U i de onde obtemos o valor da dife- 1 kW (1 quilowatt) = 1.000 W
rença de potencial: U = R . i. 1 MW (1 megawatt) = 1.000.000 W =
Substituindo na expressão da potência, 1000 kW
temos: P = i . R . i ou: 1 cv (1 cavalo-vapor) = 735 W
1 HP (1 horse-power) = 746 W
P = R . i2
Exemplos:
1. Qual é a resistência do fio de co-
isto é, a potência dissipada num resistor é bre que, sob a diferença de potencial de
o produto da resistência elétrica do resistor 220 V, é atravessado por uma corrente de
pelo quadrado da intensidade de corrente 5 A de intensidade?
que o percorre. U = 220 V
Dados
i=5A
► Segunda expressão da potência
(lei de Joule) Resolução:
Da primeira Lei de Ohm podemos obter Aplicando R = U , temos: R = 220
i 5
a intensidae de corrente, isto é, Portanto:
U R = 44 Ω
i= (II)
R
R= ρ ℓ
S
Fatores determinantes da
resistência elétrica ρ = ρ0 (1 + α Δ Θ)
Eletrodinâmica:
2. Calcule a resistência de um fio Geradores & Resistores
de cobre de 10 m de comprimento de
diâmetro igual a 8 mm, sabendo-se que Geradores
ρ cobre = 1,75 . 10-8 Ω . m
São dispositivos que transformam
a) ( ) 8,43 mΩ qualquer tipo de energia em energia elé-
b) ( ) 6,84 mΩ trica. São também responsáveis por for-
c) ( ) 4,43 mΩ necê-la e mantê-la. Os geradores podem
d) ( x ) 3,48 mΩ ser de corrente contínua, como as pilhas
Resolução: e baterias, ou de corrente alternada, que
é a energia fornecida pelas empresas de
ℓ = 10 m eletricidade.
Dados D = 8 mm
ρcobre = 1,75 . 10-8 Ω . m Rendimento de Gerador
Pedido: R = ?
O rendimento elétrico de um gerador
Inicialmente, calculamos a área S é dado pela relação entre a potência elé-
da seção transversal do fio. trica útil fornecida ao circuito externo e sua
S potência elétrica total gerada:
S = π . r2
Resistores a) ( ) 4,702%
b) ( ) 5,909%
São elementos de circuito elétrico c) ( ) 3,206%
que apresentam resistência à passagem d) ( ) 7,291%
de corrente elétrica e têm como função a
conversão de energia elétrica em ener- 4. Qual é o trabalho realizado quando a
gia térmica, processo esse denominado diferença de potencial aplicada em um condu-
de efeito joule. tor é 110 V, sendo a corrente 2,2 A, durante 7
segundos?
Resistividade
a) ( ) 1.694 J
Resistividade elétrica. É uma pro- b) ( ) 1.225 J
priedade que define o quanto um material c) ( ) 1.973 J
opõe-se à passagem de corrente elétrica, d) ( ) 2.100 J
de forma que: quanto maior for a resisti-
vidade elétrica de um material, mais difí- 5. Qual é a potência consumida por uma
cil será a passagem da corrente elétrica, lâmpada elétrica que funciona com diferença
e quanto menor a resistividade, mais ele de potencial de 110 V e intensidade de corren-
permitirá a passagem da corrente elétrica. te de 0,80 A?
a) ( ) 95 watts
b) ( ) 47 watts
c) ( ) 68 watts
d) ( ) 88 watts
T = q . (VA - VB)
e sendo q = i . t, temos:
1. c) (x) 196,9 mA
Comentário. Sabemos que P = U . i T = i . t . (VA - VB)
T = 2,2 . 7 . 110
25 = 127 . i i = 25
127 T = 1.694 J
i = 196,9 mA
5. d) (x) 88 watts
Comentário.
2. d) (x) 106,3 . 1021 elétrons
Comentário. Sabemos que i = Q Dados i = 0,80 A
Δt
U = 110 v
Q Aplicando: P=U.i
0,1969 =
24 . 60 . 60(24h = 24 . 60 . 60s) P = 110 . 0,80
a potência consumida é:
Q = 17,01 . 103 C
P = 88 watts
Dividindo-se este valor pelo módulo
de carga do elétron, teremos o número de 6. b) (x) 52,80 watts
elétrons: Comentário.
17,1 . 103 C
ƞ= R = 330 Ω
1,6 . 10-19 C Dados
i = 0,4 A
ƞ = 106,3 . 1021 elétrons
Aplicando: P = R . i2 (Lei de Joule)
3. b) (x) 5,909 % temos: P = 330 . (0,4)2
Comentário. O cálculo do rendimento é P = 330 . 0,16
dado por: P = 52,80 watts