SECAGEM E ARMAZENAGEM DE
GRÃOS
1
ÍNDICE
1. Introdução 7
2. Dados do Empreendimento 8
3. Equipe Técnica Responsável 8
4. PA – Projeto ambiental 9
4.1. Caracterização do Empreendimento 9
4.1.1. Histórico do Empreendimento 9
4.1.2. Justificativa 9
4.1.3. Localização do Empreendimento 10
4.1.4. Aspectos Gerais 11
4.1.5. Área destina a Indústria 12
4.1.6. Etapas da Implantação do Empreendimento 12
4.1.6.1. Serviços preliminares 12
4.1.6.2. Limpeza do terreno 13
4.1.6.3. Terraplanagem 13
4.1.6.4. Implantação do Canteiro de Obras 13
4.1.6.5. Mão de Obra 13
4.1.6.6. Efluentes durante o processo de implantação 13
4.1.7. Número total de empregados 13
4.1.8. Jornada de Trabalho 14
4.1.9. Consumo médio de Energia Elétrica 14
4.1.10. Capacidade Nominal da Indústria 14
5. Processo Industrial 14
5.1. Fluxograma do processo produtivo 15
5.1.1. Emissão de Ruídos e vibrações 16
5.1.2. Emissão de Efluentes 16
5.1.3. Fornecimento de água para o empreendimento 16
5.1.4. Equipamentos Usados no processo de produção 17
5.1.5. Matérias primas usadas no processo industrial 19
5.1.5.1. Arroz em grão úmido e com impurezas 19
5.1.5.2. Lenha 20
5.1.6. Layout do Empreendimento 20
5.1.7. Processo de produção de Resíduos sólidos 20
2
5.1.7.1. Pré-Limpezas 20
5.1.7.2. Secadores 21
5.1.7.3. Fornalhas 23
5.1.7.4. Elevadores 24
5.1.8. Balanço de Massas no processo de produção 25
6. Minimização da geração de Efluentes e Resíduos Sólidos 25
7. Caracterização das Emissões 26
7.1. Ruídos 26
7.2. Efluentes líquidos originados na Indústria 29
7.3. Efluentes sanitários originados na Indústria 29
7.4. Efluentes atmosféricos originados na Indústria 31
7.5. Resíduos sólidos originados na Indústria 31
7.5.1. Classificação dos Resíduos Sólidos 31
7.5.2. Coleta e transporte dos Resíduos Sólidos 33
7.5.3. Acondicionamento e armazenamento temporário 33
8. Caracterização das áreas de entorno da Indústria 35
8.1. Localização do Empreendimento 35
8.2. Relacionamento do Empreendimento com vizinhos 35
8.3. Bacia, sub-bacia e corpos d’água abrangentes. 35
8.4. Caracterização do Município 36
8.4.1. Características demográficas 36
8.4.2. Econômicas 37
8.4.3. Educação 37
8.4.4. Saúde e Ensino Básico 38
8.4.5. Abastecimento de água 38
8.4.6. Esgotamento sanitário 39
8.4.7. Coleta, Transporte e disposição R. Sólidos 39
8.4.8. Energia elétrica e média de consumo 39
8.4.9. Infraestrutura de transporte 40
8.4.10. Setor primário 41
9. Identificação dos Imp. Ambientais e propostas mitigadoras 42
9.1. Identificação dos Impactos Ambientais 42
9.1.1. Indicação dos Indicadores dos I. Ambientais 42
9.1.1.1. Critérios para indicadores dos I. Ambientais 43
3
9.1.1.2. Meio Físico 44
9.1.1.3. Meio Biótico 49
9.1.1.4. Meio Antrópico 52
9.2. Proposição de Medidas Mitigadoras 55
9.2.1. Meio Físico 55
9.2.1.1. Ar 55
9.2.2. Meio Biótico 56
9.2.2.1. Água 57
9.2.3. Meio Antrópico 57
10. Cronograma de Execução da Obra 58
4
5
6
1. INTRODUÇÃO
7
2. DADOS DO EMPREENDEDOR
3. TÉCNICO RESPONSÁVEL
8
4. PA – PROJETO AMBIENTAL
4.1.2. Justificativa
Ocorre também que o Estado de Goiás não finalizou todo o projeto
na forma devida até a criação do Estado do Tocantins. Várias atividades
têm sido finalizadas particularmente, e em meio a tantas dificuldades,
inclusive financeiras, em que a própria mudança de Estado de Goiás
para Tocantins trouxe outras dificuldades de natureza legal, de
legislação.
Como a sistematização das áreas de plantio e outras pendências
principalmente estruturais ocorrem ainda aos dias atuais a empresa Ana
Paula Souza Barrios regulamenta por meio deste estudo o intercâmbio
entre o setor produtivo e o órgão ambiental, pois considera uma
9
importante condição para que desenvolvam ferramentas tanto na busca
de soluções adequadas para a solução de problemas ambientais, quanto
na manutenção do desenvolvimento social e econômico sustentável.
O licenciamento ambiental é o procedimento no qual o poder
público, representado por órgãos ambientais, autoriza e acompanha a
implantação e a operação de atividades. É obrigação do empreendedor,
previsto em lei, buscar esta regulamentação junto ao órgão competente.
Todo empreendimento listado na Resolução Normativa CONAMA
237 de 1997 é obrigado a ter licença ambiental com os procedimentos
legais, considerando a localização, instalação, ampliação e a operação
de empreendimentos e atividades de depreciam os recursos ambientais
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob
qualquer forma, possam causar degradação ambiental.
4.1.3. Localização
10
A altitude média da área é de 230 m, cujo relevo é
caracteristicamente plano, apresentando declividades baixas com
predominância de áreas com declives suaves. O ambiente geológico
dominante é representado por formações mais antigas do Grupo Tocantins,
pertencentes ao Pré-Cambriano, constituídos de filitos intercalados com
quartzitos finos, cloritaxistos. Cloritasericitaxistos, calcofilitos, metagrauvacas,
às vezes conglomeráticos, com leitos de calcário. As precipitações médias
anuais ficam entre 1.500 e 1.600 mm. Há predomínio dos solos
Concrecionários com baixo potencial de erodibilidade.
11
Cabe destacar que, segundo SEPLAN (2003), a área do
empreendimento encontra-se localizada na Região Fitoecológica de
Cerrado.
A classificação climática da região, segundo Köppen
(TREWARTHA & HORN, 1980) apresenta um clima do tipo Awi, tropical
úmido, com todos os meses do ano apresentando temperatura média
acima de 18ºC, caracterizado como Tropical Chuvoso de Savana, com
máximo de precipitação no verão e período seco no inverno, sendo
isotérmico, com diferença entre as temperaturas médias do mês mais
quente e a do mês mais frio menor que 5ºC, confirmando o fato de que é
registrada nesta região uma relativa homogeneidade climato-
meteorológica.
4.1.5. Área do Empreendimento
Matrícula 3.967 –Módulo 3 - 5.881,905 m2
Matrícula 4.106 – Módulo n° 2-Remanescente – 2.234,19 m2
12
4.1.6.2. Limpeza do terreno
O terreno destinado à instalação da indústria estava recoberto
predominantemente por cerrado ralo.
A limpeza da vegetação se deu de forma mecânica, sendo os restos
vegetais acumulados em área apropriada do terreno, próxima aos locais de sua
remoção.
O solo vegetal foi removido com lâmina comum apenas nos locais de
edificações e da rede viária.
4.1.6.3. Terraplanagem
Em princípio houve necessidade de nivelar parte da área da Indústria e
realizar simultaneamente uma elevação da área da mesma.
4.1.6.4. Implantação do canteiro de obras
As instalações do canteiro de obras mesmo que provisórias foram
construídas e mantidas dentro dos padrões sanitários normalizados. Esta área
foi cercada e convenientemente iluminada e sinalizada.
13
4.1.8. Jornada de Trabalho
Tabela 1: O regime de operação e jornada de trabalho da indústria
5. PROCESSO INDUSTRIAL
O produto oriundo dos módulos de produção, em colheita mecânica, é
acompanhado por diversos materiais denominados “impurezas”: palhas, cascas,
grãos pouco desenvolvidos, sementes de ervas daninhas, de outras variedades,
de outras plantas cultivadas, torrões, insetos etc que devem ser removidos antes
do processo de secagem. Além das impurezas chega com umidade entre 23% a
25% que deve ser baixada a 12,0%.
Transportado por caminhões é descarregado em moegas, destas, vias
“elevadores” e “fita transportadora” é levado às máquinas de pré-limpeza para
retirada das impurezas descritas acima.
Das máquinas de pré-limpeza o produto segue o seguinte fluxo: Elevador
-----→ “Silo de espera” --→ Elevador ----→ Secadores (04-um em montagem)-----
--→ Correias Transportadoras -→ Elevadores --→ Silos Armazenagem --→
14
Correias Transportadoras ---→ Elevadores -----→ Silo de Expedição e/ou Caixas
metálicas para ensaques em “Bag” e expedição.
De maneira generalizada, pode-se conceituar o Processo Industrial como
um conjunto de operações visando separação dos grãos pela eliminação das
impurezas que os acompanham, além do excesso de umidade, baixando-a a um
limite seguro (em torno de 12,5%) que preserve no processo de armazenamento
as qualidades tais como foram produzidas em campo.
15
5.1.1. Emissão de Ruídos e vibrações
Tabela 2: Equipamentos geradores de Ruídos e Vibrações
Avaliação Horário de
Descrição Quant Capacidade de ruídos funcionamento
(dB)
Máquina de Pré-
limpeza
1 15 t/h 41 *
Ventilador (Exaustor) 1 25 cv 48 *
Elevador de canecas
industrial
6 30 t/h 41 *
Correias
Transportadoras
2 10 t/h 28 *
*Horário de funcionamento:
➢ De 15 de janeiro a 15 de abril: Das 7:30 às 17:30 h turno único,
com 2h de intervalo.
➢ De 16 de abril a 14 de janeiro: Das 7:30 às 17:30 h; turno único,
com 2h intervalo;
16
Figura 1: poço raso
17
Silo metálico elevado modelo “espera” tipo funil com capacidade para 18 1
toneladas de arroz úmido, ventilação forçada, ventiladores de 5cv cada.
Secadores Marca Pagé, com capacidade de secagem de 1.500 kg / hora, 4
acionamento com exaustores de 25cv.
Fita Transportadora Inferior de Roletes, com capacidade para 60
Toneladas hora de produto seco, com 6,0m de comprimento, com 2
densidade de 0,60 a 0.75 t/m3 acionamento por motoredutor 3,0cv, carro
fixo.
Silo Metálico Ventilado, fundo plano marca Pagé, com capacidade para
750 toneladas de produto seco com densidade de 0,60 a 0,75 t/m3, 4
acoplados com aeradores KWCA com capacidade de aeração
de7.000m³/h – incluindo expedição.
Caixa metálica nas dimensões de 2,00m x 2,00m altura, também sobre 1
base metálica para
18
‘
Figura 4: Balança
19
representada principalmente por grãos malformados e/ou quebrados que não
foram eliminados no processo de limpeza. Acompanhará o grão até a indústria
de beneficiamento. Entendida como impureza do próprio produto, permitida em
norma até o limite citado acima.
Então, para cada 100 kg de produto gera 4,5 kg de impurezas, ensacadas
levadas ao depósito, ao lado do galpão das máquinas de pré-limpezas.
5.1.5.2 – Lenha.
Utilizada madeira oriunda de desmatamentos regulares no município de
Formoso do Araguaia, composta de várias espécies do cerrado. Utiliza-se em
média 1,00m³ de lenha de boa qualidade para obtenção de calor para secar 8,00
toneladas de arroz.
5.1.7.2 - Secadores
O processo de secagem visa retirar o excesso de umidade baixando-a ao
nível seguro de armazenamento, entre 12% e 13%. Os exaustores acoplados à
base dos Secadores visam a circulação do ar quente vindo das fornalhas
passando pela massa de grãos, fazendo evaporar a umidade do grão. À medida
que o grão seca há parte dele como “aristas” e outras estruturas externas se
partem em pedaços mínimos formando pó, que por força da ventilação dos
exaustores são expelidos. Parte desse pó, entretanto alcança a atmosfera
espalhando-se conforme a corrente de ar. A quantidade e deslocamento são
21
mínimos em relação ao volume total de impurezas e podem ser minimizados
com ações mitigadoras adiante descritas.
Figura 5: Secador
22
5.1.7.3. Fornalhas
O consumo de Lenha na Unidade de secagem é da ordem de 1,00m³
para 8,00 toneladas de arroz. Disso decorre produção de cinzas, embora não
medida, é adicionada às impurezas (pó dos exaustores) e ao final levados ao
lixão municipal.
Figura 6: Fornalha
23
5.1.7.4. Elevadores
Utilizados no transporte dos grãos entre as diversas operações, e, a partir
da secagem o atrito na movimentação dos grãos provoca quebra de “aristas” e
outras estruturas externas do grão, produzindo particulados mínimos (na forma
de pó) que se acumulam na base dos elevadores, sendo necessária sua retirada
periódica e incorporados às demais impurezas dos exaustores e fornalha, com a
mesma destinação final.
Figura 7: Elevadores
24
5.1.8. Balanço de massa do processo produtivo
25
cinzas tem utilização por chacareiros e horticultores da região. Quirera e grãos
malformados oriundas das peneiras da pré-limpeza são disponibilizados a
terceiros na utilização animal ainda durante o processo industrial não havendo,
portanto, acumulo deste produto.
26
Tabela 3: Parâmetros regulamentados pelo Ministério do Trabalho através da NR15.
28
Ambientais - PPRA, estabelecido pela Norma Regulamentadora NR-9 da
Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho, do Ministério do Trabalho, que
define uma metodologia de ação e garante a preservação da saúde e
integridade dos trabalhadores face aos riscos provocados por ruídos e
vibrações, advindos de processos e equipamentos existentes na |Indústria.
30
praticamente isento dos sólidos causadores da colmatação.
O sumidouro tem paredes revestidas de alvenaria de tijolos e tem
enchimento no fundo de cascalho, pedra britada e coque de pelo menos
0,50 m de espessura.
31
características e a comparação destes constituintes com listagens de
resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é
conhecido.
A identificação dos constituintes a serem avaliados na
caracterização do resíduo deve ser criteriosa e estabelecida de acordo
com as matérias-primas insumos e o processo que lhe deu origem.
Segundo a Norma NBR 10004, os resíduos são classificados em
dois grupos – Perigosos e Não perigosos, sendo ainda este último grupo
subdividido em Não inertes e Inertes:
✓ Resíduos Classe I – Perigosos - que são aqueles que apresentam
periculosidade, inflamabilidade, corrosividade, reatividade,
toxicidade ou patogenicidade, segundo a NBR 10004;
✓ Resíduos Classe II – Não perigosos – Subdividem-se conforme
segue:
✓ Resíduos Classe II A – Não inertes - São aqueles que não se
enquadram nas classificações de resíduos Classe I – Perigosos ou
de resíduos Classe II B – Inertes, nos termos desta Norma. Os
resíduos Classe II A – Não inertes podem ter propriedades, tais
como: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em
água;
✓ Resíduos Classe II B – Inertes - Quaisquer resíduos que, quando
amostrados de forma representativa, segundo a NBR 10007 –
Amostragem de resíduos sólidos, e submetidos a um contato
dinâmico ou estático com água destilada ou deionizada, à
temperatura ambiente, conforme NBR 10006 – Procedimento para
obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos, não tiverem
nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações
superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se
os padrões de aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.
Os resíduos são classificados em função de suas propriedades
físicas, químicas ou infectocontagiosas e com base na identificação de
contaminantes presentes na massa.
32
7.5.2. Coleta e Transporte interno
A empresa adota o sistema de coleta seletiva por meio da
identificação de coletores pelo código de tonalidades para os diferentes
tipos de resíduos gerados, seguindo as cores padrões estabelecidas na
Resolução CONAMA nº 275, de 25 de abril 2001.
Os resíduos são segregados, sendo parte deles com destinação
imediata ainda durante o processo industrial e parte dirigidos a local
único e temporário que deve durar 60 a 90 dias, e daí destino definitivo.
33
Tabela 4: Matriz de classificação e gerenciamento de resíduos sólidos
Descrição do Classificação Ponto de Coleta Coleta
Armazenamento Disposição final
Resíduo ABNT 10.004 origem inicial final
Sacos plásticos Aterro sanitário
Resíduos de Atividades Coleta Caminhão
Classe II na área de coleta municipal
papel e papelão administrativas seletiva Caçamba
seletiva (Lixão)
Sacos plásticos Aterro sanitário
Resíduos Atividades Coleta Caminhão
Classe II na área de coleta municipal
plásticos gerais seletiva Caçamba
seletiva (Lixão)
Resíduos
orgânicos e Sacos plásticos Aterro sanitário
Sacos Caminhão
sanitários, EPIs Classe II Produção na área municipal
plásticos caçamba
não descoberta (Lixão)
contaminados
34
8. CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS DE ENTORNO DO
EMPREENDIMENTO
35
Figura 8: Abrangência municipal da bacia Hidrográfica do rio
Formoso
8.4.2. Economia
A economia do município de Formoso do Araguaia gira em torno
da agricultura (arroz, soja, melancia), haja vista a riqueza de terras
agricultáveis e abundância de recursos hídricos; o Projeto Rio Formoso,
considerado a maior plataforma de lavoura irrigada do mundo em área
contínua, totalizando 27.787 ha de várzea, concentra as atenções ao
município por sua importância econômica estratégica ao nível nacional;
caracteriza-se, ademais, pela irrigação de arroz por inundação em
extensas áreas de várzea, no vale do rio Formoso, que se desenvolve
desde o final da década de setenta, aplicado principalmente à produção
de arroz, mas que em sua entressafra são produzidos soja, feijão, milho
e melancia.
8.4.3. Educação
O município de Formoso do Araguaia conta atualmente com um
total de 30 (trinta) estabelecimentos de ensino, que atendem um total de
5.062 alunos, sendo 3.743 alunos no ensino fundamental, 965 alunos no
ensino médio e 354 alunos na pré-escola. O corpo docente é formado
por 266 educadores, sendo 184 no ensino fundamental, 67 no ensino
médio e 15 na pré-escola.
No tocante ao ensino profissionalizante, cabe ressaltar que em 05
de julho de 1973, a 60 km da cidade de Formoso do Araguaia, foi
inaugurada a Escola-Fazenda Fundação Bradesco Canuanã (Escola Dr.
Dante Pazzanese), referência regional de escola profissionalizante. Esta
instituição ocupa uma área total de 2.549,07ha com 72.343,14m² de
área construída.
A escola oferece ensino gratuito, desde as séries iniciais até o
ensino médio, as crianças e jovens, oriundos da zona rural da região.
Funciona em regime de internato, cujos alunos permanecem na escola
em média doze anos, até a conclusão de Curso Técnico
Profissionalizante. A escola é responsável pela formação da maioria dos
37
profissionais técnicos de nível médio do município, empregados
atualmente no Projeto Rio Formoso e em outras propriedades rurais da
região.
38
8.4.6. Esgotamento Sanitário
39
Figura 10: Estação de rebaixamento e transporte de Energia
Sub-estação
8.4.9. da Companhia
Infraestrutura de energia elétrica do estado do Tocantins, em
de Transportes
Formoso do Araguaia-TO
A região de Formoso do Araguaia possui uma infraestrutura
rodoviária em fase de desenvolvimento. A principal via de acesso à
Rodovia Federal BR-153 (Belém-Brasília) é a TO-280, estrada
pavimentada, em boas condições de tráfego, que possui traçado até a
ponte sobre o rio Formoso. A TO-070, por sua vez, liga Formoso do
Araguaia à cidade de Dueré, e a TO-181, Formoso do Araguaia à cidade
de Sandolândia, representando outras duas vias de ligação e
escoamento. Entretanto, importante registrar que a malha interior
municipal ainda é precária, especialmente em se tratando de região de
importância agrícola estratégica. De qualquer forma, nos últimos quatro
40
anos, vem sendo dada prioridade para rede intra-regional, para
interligação aos vetores rodoviários e fluvial (rios Javaés e Araguaia).
Cabe destaque que Formoso do Araguaia possui uma estrutura
relativamente satisfatória para a aviação doméstica, que atualmente
encontra-se em estado precário de conservação. Na área do Projeto
COOPERJAVA encontra-se em funcionamento, em bom estado de
conservação, pista de pouso e decolagem para aviões civis, agrícolas,
inclusive com registro na ANAC.
➢ Pecuária
Tabela 6: Rebanho bovino do município
Rebanho Quantidade (cab)
Bovino 219.635
Equino 6.104
Bubalino 45
Muar 2.630
Suíno 7.687
Caprino 297
Ovino 1.962
Aves 98.874
Fonte: IBGE, Produção da Pecuária Municipal 2012. Rio de Janeiro: IBGE, 2013.
41
➢ Mineração
As atividades de mineração que representavam a base do
desenvolvimento regional, quando do processo de ocupação territorial,
atualmente apresentam importância pouco significativa, restringindo-se à
exploração do calcário para o uso na agricultura moderna e de larga
escala. No município de Formoso do Araguaia existe uma usina de
calcário dolomítico (Mineração Rio Formoso LTDA.) que tem
possibilitado níveis elevados de produtividade do arroz, soja, melancia e
milho cultivados na safra e entressafra no Projeto Rio Formoso.
43
influência é restrita à área de influência direta; regional (R), se sua
área é a mesma que se tem em estudo como área de influência
indireta, e estratégica (E), se sua influência ultrapassa os limites
da área de influência indireta do empreendimento;
✓ Temporalidade (IM, ML): determina a ocorrência do efeito no
tempo,
qualificando-o como imediato (IM), quando ocorre imediatamente
após a ação e médio ou longo prazo (ML), quando transcorrido um
tempo após a
execução da ação, registra-se seu efeito;
✓ Reversibilidade (RE, IR): os impactos são reversíveis, quando
cessam a
partir da interrupção da ação geradora, ou irreversíveis, quando
mesmo interrompida a ação há sua continuidade.
✓ Solo
O solo representa o indicador ambiental do meio físico, onde foi
prognosticado impactos ambientais decorrentes das obras de construção
da infraestrutura da usina, enumerando-os: (1) perda de solo fértil; (2)
exposição do solo a processos erosivos; (3) disposição inadequada de
44
resíduos sólidos sobre o solo.
Na preparação do terreno do futuro empreendimento será feita a
remoção mecânica da cobertura vegetal que consiste em áreas de
pastagem e a terraplenagem. Entre estas etapas e a impermeabilização
da área, o solo ficará exposto e mais suscetível à erosão. Caso estas
atividades sejam desenvolvidas no período chuvoso, isso poderá
contribuir para o aumento de carreamento de sedimentos para os corpos
hídricos. O solo superficial será removido e empilhado para posterior
reaproveitamento paisagístico do empreendimento. Como a área de
instalação da usina possui solos sedimentares e composição arenosa,
prevê-se o aparecimento de erosões ocasionadas pela ação de fortes
chuvas.
A erosão, em função do relevo e das características do solo, deve
ocorrer de três maneiras:
✓ Erosão Laminar
Causada pelo escoamento em lençol superficial difuso das águas das
chuvas, que retira a camada superficial do solo de maneira quase
homogênea, lateralmente ou em pequenos filetes (DAEE, 1989), ou
ainda interrill erosion segundo Foster et al. (1985). A erosão laminar é
dificilmente perceptível, porém evidenciada por tonalidades mais claras
dos solos, observa-se o abaixamento da cota do terreno.
✓ Erosão Linear
Corresponde às formas de erosão causadas por escoamento
superficial concentrado ou rill erosion segundo Foster et al. (1985), que
comanda o desprendimento das partículas do solo e o transporte das
partículas desprendidas, segundo as condições hidráulicas desse
escoamento. Pode haver também a ação combinada entre o
escoamento superficial concentrado e o escoamento subsuperficial
(OLIVEIRA, 1994).
✓ Sulcos
São, em geral, de profundidade e largura inferiores a cinquenta
45
centímetros, sendo que suas bordas possuem pequena ruptura na
superfície do terreno (DAEE, 1989). Bigarella & Mazuchowski (1985),
definem que a erosão em sulcos sucede a laminar, podendo igualmente
originar-se de precipitações muito intensas. FAO (1967) declara não
existir nenhum limite definido que assinale o final da erosão laminar e o
começo da erosão em sulcos. Estes ocorrem mais associados a trilhas
de gado e em locais de solo exposto devido à movimentação de terra.
A erosão dos solos e carreamento dos sedimentos foram
consideradas um impacto cuja natureza é negativa, embora de
pequena significância, da ordem indireta, apresentando efeito
temporário e reversível e de escala local.
Em se tratando da operação durante o processo de beneficiamento
da semente, há uma grande preocupação quanto à disposição final dos
resíduos sólidos, ou seja, embalagens vazias.
Neste contexto, cabe salientar que a disposição adequada dos
resíduos sólidos não se restringe apenas às sacarias, mas também
àqueles gerados com a implantação/operação do canteiro de obras,
ação significativamente geradora de resíduos sólidos orgânicos e
inorgânicos.
✓ Água
O local do empreendimento é desprovido de redes de esgotos
sanitários. É prática comum o uso de tanques sépticos e poços de
absorção para a destinação final dos esgotos gerados nos escritórios e
refeitório.
46
Tabela 7: Matriz de interação ambiental – Meio físico
MEIO
MATRIZ DE INTERAÇÃO AMBIENTAL
FÍSICO
Indicadore
interações
Comercializaç
permanente e
Ensacamento
Classificação
Armazenage
Contratação
Recepção e
Usinagem e
Pré-limpeza
Total de
temporária
de mão de
m e Pós-
limpeza
s
obra
ão
AÇOES REALIZADAS
ambientai
s
IMPACTOS AMBIENTAIS
POTENCIAIS
Aumento do nível de ruídos 9
e vibrações
Alteração na qualidade do
Ar ar pelo aumento da
emissão de gases, poeiras 9
e material particulado em
suspensão.
Perda de solo fértil 6
Solo
Exposição do solo a 6
processos erosivos
Contaminação das águas
Água subterrâneas por despejo 5
inadequado de efluente
sanitário
NÚMERO DE INTERAÇÕES POR AÇÃO
0 5 5 5 5 0 35
REALIZADA
47
Tabela 8. Matriz de avaliação de Impactos Ambientais.
LEGENDA
+ POSITIVO D - DIRETO P – PEQUENA L - LOCAL IM – IMEDIATO RE - REVERSÍVEL
ML – MÉDIO OU LONGO
- NEGATIVO I - INDIRETO M – MÉDIA R - REGIONAL IR - IRREVERSÍVEL
PRAZO
G - GRANDE E - ESTRATÉGICO
48
9.1.1.3. Meio Biótico
✓ Flora
Cabe ressaltar que o processo de Construção da usina de
beneficiamento de sementes não implica em supressão de vegetação
nativa, mas tão somente garantir o aproveitamento eficiente de área
convertida anteriormente em pastagem.
✓ Fauna
Com relação à fauna foram identificados os seguintes impactos: (1)
perturbação da fauna silvestre durante a implantação e operação do
empreendimento, (2) afugentamento de animais silvestres, devido à
movimentação de máquinas e veículos, (3) pressão sobre a fauna
silvestre. Nas proximidades existem outras agroindústrias que já operam
a vários anos.
A estruturação do canteiro de obras, associada ao fluxo de máquinas
e pessoas, gera ações que concorrem para o reviramento do solo,
escavações e movimentação de terras. Mesmo associada a uma área
bastante reduzida, a implantação e operação de canteiro de obras
revestem-se de importância, na medida em que existem inúmeros
animais de médio e pequeno porte que podem sofrer interferências,
principalmente animais rasteiros e fossoriais, como as serpentes, tatus,
muitos invertebrados e répteis.
Diante deste cenário, o impacto sobre da fauna é de natureza
negativa; de pequena significância para as atividades de transporte de
pessoal e cargas e durante o funcionamento da usina, porém deve ser
atribuída a significância média nas atividades de terraplanagem e obras
civis, considerando o contingente envolvido e o ruído emitido por
máquinas e equipamentos; cíclico; local; imediato; reversível.
49
Tabela 9. Matriz de Interação Ambiental.
Total de interações
Contratação de
Comercialização
Armazenagem
e Pós-limpeza
permanente e
Ensacamento
Classificação
mão de obra
Recepção e
Usinagem e
Pré-limpeza
temporária
Indicadores AÇOES REALIZADAS
ambientais
IMPACTOS AMBIENTAIS
POTENCIAIS
Perturbação da fauna
silvestre durante a
10
implantação e operação do
empreendimento
Afugentamento de animais
Fauna
silvestres, devido à
10
movimentação de máquinas
e veículos.
Pressão sobre a fauna
10
silvestre
NÚMERO DE INTERAÇÕES POR AÇÃO
3 3 3 3 3 0 3 3 3 3 3 30
REALIZADA
50
Tabela 10. Matriz de Avaliação de Impactos Ambientais
LEGENDA
+ POSITIVO D - DIRETO P – PEQUENA L - LOCAL IM – IMEDIATO RE - REVERSÍVEL
ML – MÉDIO OU LONGO
- NEGATIVO I - INDIRETO M – MÉDIA R - REGIONAL IR - IRREVERSÍVEL
PRAZO
G - GRANDE E - ESTRATÉGICO
51
9.1.1.4. Meio Antrópico
✓ Emprego
A divulgação inicial da implantação do empreendimento gera
diferentes percepções na população, especialmente nas comunidades
residentes na Área de Influência Direta do Empreendimento, criando-se
expectativas de como poderá afetar as vidas dos habitantes locais.
Estas expectativas estão, no geral, relacionadas aos impactos
ambientais que poderão decorrer do empreendimento e os seus reflexos
sobre a população individual e coletiva. Além da expectativa de melhoria
de qualidade de vida devido à melhora na geração de emprego e renda.
Os impactos ambientais gerados com a implantação do
empreendimento são extremamente positivos ao município de Formoso
do Araguaia, quais sejam: (1) o incremento da oferta de empregos
diretos e indiretos nas zonas rural e urbana e (2) o crescimento no
número de vagas temporárias. Ambos os impactos são considerados
positivos por estarem relacionados com a geração de empregos,
possibilitando, consequentemente, o aumento da renda familiar e a
melhoria da qualidade de vida da população envolvida diretamente, mas
também daquelas indiretamente beneficiadas.
✓ Atividades econômicas
Desde sua implantação o Projeto Rio Formoso exerceu grande
influência no crescimento econômico do município de Formoso do
Araguaia, pois por meio de seu desenvolvimento, outros setores da
economia, como a indústria, o comércio e a prestação de serviços, foram
aquecidos pela alta movimentação de capital oriunda do projeto. Desta
forma, considerando a implantação desta usina como um potencializador
do projeto agrícola, é esperado um aquecimento significativo nos outros
setores econômicos.
Observando esses aspectos pode-se verificar a existência de dois
impactos ambientais gerados pela construção desta usina nas atividades
econômicas do município, são eles: (1) o aquecimento nas vendas do
comércio local; (2) incremento de atividades econômicas associadas ao
empreendimento.
52
Tabela 11. Meio Antrópico. Matriz de Interação Ambiental.
MEIO
ANTRÓPICO MATRIZ DE INTERAÇÃO AMBIENTAL
Total de interações
Contratação de
Armazenagem
e Pós-limpeza
permanente e
Ensacamento
Classificação
mão de obra
Recepção e
Usinagem e
Pré-limpeza
temporária
Comerciali
zação
Indicadores AÇOES REALIZADAS
ambientais
IMPACTOS AMBIENTAIS
POTENCIAIS
Incremento da oferta de
empregos diretos e
8
indiretos
Emprego
nas zonas rural e urbana
Crescimento no número
8
de vagas temporárias
Aquecimento nas vendas
8
do setor de comércio
Atividades
Incremento de atividades
econômicas econômicas associadas 7
ao empreendimento
NÚMERO DE INTERAÇÕES POR AÇÃO
3 4 0 0 0 0 4 4 4 4 4 4 31
REALIZADA
53
Tabela 12. Meio Antrópico. Matriz de Avaliação de Impactos Ambientais.
MEIO ANTRÓPICO MATRIZ DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS
Natureza Ordem Magnitude Amplitude Temporalidade Reversibilidade
Identificação do Impacto ambiental
+ - D I P M G L R E IM ML RE IR
Incremento da oferta de empregos diretos e
indiretos nas zonas rural e urbana
Crescimento no número de vagas temporárias
54
9.2. PROPOSIÇÃO DAS MEDIDAS MITIGADORAS
55
empreendimento; proteção das cargas transportadas em caminhões,
que possam sofrer ação eólica, através do recobrimento das carrocerias
com lonas, durante a atividade de transporte das matérias-primas (terra
e areia) e a utilização de locais com menor interferência em relação à
ação dos ventos onde serão estocadas as matérias-primas, evitando
assim o arraste eólico.
O veículo desregulado aumenta consideravelmente o consumo de
combustível e, consequentemente, a emissão dos poluentes (gases e
material particulado). Para o controle dessas emissões deverá ser
adotada a medida de controle de manter os veículos regulados, com
suas manutenções em dia de acordo com os manuais dos fabricantes.
56
9.2.2.1. Água
57
reaproveitada, destacando-se:
✓ Priorizar a contratação de mão de obra local.
58
11.2.2. Esgoto Sanitário
O efluente gerado será do tipo águas servidas e esgotos sanitários,
resultante da utilização das pias e vasos sanitários, com destinação para fossa
séptica, previamente dimensionada conforme segue abaixo:
Dimensionamento da Fossa séptica
Vu = 1000 +N (C x T+K x LF)
Onde:
V = volume útil em litros;
N = Número de pessoas;
C = Contribuição de despejos, em litros / pessoa x dia (tabelado);
T = Contribuição de despejos, em litro/pessoa x dia (tabelado);
K = Taxa de acumulação de lodo digerido em dias, equivalente ao tempo
de acumulação de lodo fresco (tabelado)
Lf = contribuição de lodo fresco, em litros/pessoa x dia (tabelado)
Assim temos:
Vu = 1000+4 (70x1+0,30x57)
Vu = 1.348,4litros
Vu = 1,3484m3
Dimensionamento do sumidouro
Adotou-se para o cálculo da área útil do sumidouro a seguinte equação
ABNT NBR 7227/93:
A = V/Ci, onde:
A = Área de infiltração necessária
V = Volume de contribuição diária de esgotos = 4 pessoas x 70
litros/pessoa x dia = 280 litros
59
Ci = Coeficiente de infiltração
Daí:
A = 280 l/dia /77,4 L x m2 /dia A = 3,61 m2
60
Profundo: > 150 cm
Permeabilidade
Muita rápida, porosidade >31% 25
Rápida, porosidade de 26 a 30 %. 20
Moderada, porosidade de 21 a 25%. 15
20
Lenta, porosidade de 16 a 20% 10
Muito lenta, porosidade < 15% 5
Declividade
Acidentado: > 45%. 25
Ondulado: 21 a 44%. 20 5
Suave ondulado: 11 a 20% 15
Plano suave: de 6 a 10%. 10
Plano: < 5% 5
Textura
Arenosa: + de 75% de areia. 25
Limosa: +de 65% de limo ou silte 20 25
Média: 15 a 35% de argila. 15
Argilosa: 35 a 60% de argila. 10
Muita argilosa: + de 60% de argila. 5
Caracterização da Erosão
Forma de Erosão Risco de Erosão % %
Muito fraca 0 a 20
Ligeira 21 a 40
Moderada 41 a 60 55%
Forte 61 a 80
Muito forte 81 a 100
De acordo com as análises dos cálculos acima, optou-se então por deixar que
as águas pluviais ganhassem o curso normal original sem intercepções que
pudessem interferir no deslocamento ao corpo hídrico receptor, quer por
infiltração ou escoamento superficial.
61
Áreas de captação como a dos Silos Metálicos, com piso em concreto, a
distribuição obedece à mesma conduta, de lançamento na área de entorno.
62
áreas urbanas, onde se concentram maiores contingentes de pessoas, onde se
desenvolvem predominantemente atividades de transformação dos produtos
que vêm da área rural e onde se efetiva o consumo.
Composto de uma diversidade de materiais e substâncias, o lixo é
resultado de atividades rotineiras de consumo e incorpora tudo aquilo que se
junta, não tem utilidade e é jogado fora.
Os resíduos sólidos gerados nos banheiros serão constituídos por papel
higiênico e papel toalha e lâmpadas usadas, que serão acondicionados
temporariamente na central de armazenagem e destinados corretamente. O
papel higiênico e papel toalha deverão ser destinados para aterro sanitário
licenciado, no caso Lixão enquanto que as lâmpadas deverão ser destinadas
para empresa de reciclagem credenciada.
Demais dependências da administração são constituídos por material de
escritório em geral, como papel-papelão, plásticos, canetas, pilhas/cartuchos
de tinta, além de lâmpadas usadas, papel toalha e papel higiênico, resíduos de
varrição, resíduos de alimentos e resíduos ambulatoriais gerados (primeiros
socorros feitos na área técnica de segurança). Os resíduos de escritório em
geral, como papéis, plásticos e canetas e o papel toalha deverão ser
destinados preferencialmente para reciclagem ou dispostos em aterro sanitário
licenciado. Resíduos de pilhas e cartuchos de tintas devem ser encaminhados
para respectivo fornecedor ou empresa credenciada para efetuar a reciclagem
apropriada de componentes. As lâmpadas usadas deverão ser destinadas para
empresa de reciclagem autorizada. O papel higiênico e os resíduos de varrição
deverão ser destinados para aterro sanitário.
63
Quirera, folhas, grãos malformados são armazenados e distribuídos também
chacareiros e outros interessados da região, ainda durante o processo
industrial, utilizados na alimentação animal etc.
Entendemos que a partir dessa conduta a Indústria possui, dentro de suas
possibilidades, gestão de resíduos, demonstrando ainda que de forma tímida,
interesse para com o meio ambiente.
Entretanto, recomendamos a edificação ou implantação de cômodo alinhado
ao fluxo do exaustor de forma a captar o “precipitado” do efluente atmosférico
juntado aos demais resíduos sólidos como cinzas etc, para enclausuramento
temporário até a destinação final.
64
- Se usar um extintor ou descarrega-lo acidentalmente, avise de imediato ao
setor de
manutenção competente.
✓ Objetivo
O objetivo central do Plano de Gestão Ambiental é dotar o
empreendimento de mecanismos eficientes que garantam a execução de todas
as ações planejadas para controlar, minimizar, monitorar e compensar os
impactos socioambientais gerados, de forma a manter um elevado padrão de
qualidade ambiental no empreendimento.
Dentre os objetivos específicos do plano destacam-se:
• Criar procedimentos e instrumentos técnico-gerenciais para garantir a
implementação dos demais planos de controle; e
✓ Ações Previstas
65
criação de circunstâncias operacionais para a implantação e o
acompanhamento de todos os planos de controle previstos para o
empreendimento.
É de fundamental importância que, para sua execução, o empreendedor
possua uma equipe técnica habilitada que ficará responsável por supervisionar,
acompanhar e fiscalizar a operação do empreendimento, bem como dos seus
dos planos de controle.
Para que o gerenciamento ambiental do empreendimento tenha sucesso na
sua totalidade, deverão ser seguidas as medidas descritas abaixo:
• Priorizar a contratação de mão-de-obra da região;
66
✓ Emissões de Relatórios
O Plano de Gestão Ambiental é o responsável por reunir todas as
informações dos demais planos, consolidando estas em relatórios. Esses
deverão ser encaminhados ao NATURATINS semestralmente.
✓ Justificativa
A garantia da saúde do trabalhador, além da obrigatoriedade por
estarem presentes nas leis trabalhistas e constitucional, também é fundamental
para o empreendimento, pois reflete diretamente na sua produção.
✓ Objetivo
O Plano de Controle da Saúde Humana busca minimizar os riscos dos
funcionários a contaminação por resíduos gerados na área do empreendimento
e de problemas de saúde decorrentes de suas atividades.
✓ Ações Previstas
As ações previstas para o controle da saúde dos trabalhadores são:
• Na admissão de funcionários deverá ser realizado exame admissional
previsto na legislação trabalhista, cadastro do histórico de enfermidades
e de imunizações. Caso as imunizações estejam desatualizadas, deverá
ser providenciado a complementação de cobertura vacinal;
67
higiene (sanitária) e limpeza pessoal, bem como a prevenção e o
resgate de acidentados com animais peçonhentos;
✓ Requisitos legais
Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978 – Aprova as Normas
Regulamentadoras – NR’s – do capítulo V do título II, da Consolidação das Leis
do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho.
NR 05: CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes;
NR 06: EPI – Equipamento de Proteção Individual;
NR 07: PCMSO – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional;
68
✓ Medidas de controle
- DDS (Diálogo de Direto de Segurança / Semanal);
- Entrega de EPI´s (conforme atividade);
- Placas de sinalização;
- EPI´s (Mensal);
- Treinamentos (quando necessário).
✓ Emissão de Relatórios
Os relatórios deverão ser elaborados semestralmente descrevendo as
ações contidas no Plano de Controle de Saúde Humana. O relatório será
entregue ao NATURATINS junto com o Plano de Gestão Ambiental.
69
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004:
Resíduos Sólidos – Classificação, 2004.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10007:
Amostragem de resíduos sólidos, 2004.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12235:
Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos, 1992
BERTONI, J.; Lombardi Neto F. Conservação do solo. São Paulo: Ícone, 1990.
335p.
70
BERTONI, J.; E LOMBARDI NETO, F. (1993). Conservação do Solo. 3ª edição,
Ícone Editora, São Paulo.
71
Mestrado em Engenharia Agrícola – Engenharia de Sistemas Agroindustriais,
Universidade Estadual do Oeste do Paraná –UNIOESTE.
13. ANEXOS
1. Layout do empreendimento.
..................................................................
Francismar Rodrigues Gama
Engº Agrônomo
CREA-TO:9093-4/D
72