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1996 11-12 Geografia, Politica e Cidadania “O Estado, como guardiao do desenvolvimento, comega a ver ‘abatada a sua legitimidade, tanto pelo seu caréter regulador no interesse de todos, como pelo seu cardter de referencia de wma comunidade de destino, nacional. No lugar da centralidade do poder que esteve, como vimos, na base da constituigdo dos Estados Territoriais Modernos, se fala cada vez mais de descentralizagdo, de comunidades locais, do lugar. Ao mesmo tempo se fala de Planetarizagdo, Globalizagdo, Mundializagdo, de Capitalismo Mundial Integrado, Tudo esté a indicar que nos ‘encontramos imersos numa enorme tensdo de territorialidades , como ndo existe territorialidade sem processos e sujeitos que {48 institu, forna-se necesséirio que tentemos idemtficar alguns esses vetores instituintes que esto em curso.” Carlos Walter Porto Goncalves Assocugho pos Ge6aRAOS BRASILEIRO 3 g & | GEOGRAFIA, politicave s] 11-12 Geografia, Politica e Cidadania Associagso. qu VRE Geografia, Politica e Cidadania TERRA LIVRE um publicagioemenral da Assocngo dos Gago Brasileiros COsartiges expres a opinio dof) etor(), ao implicand, oecessriament, 2 ‘oneoidinca ds Dieta Ect ou do Editor. itor Responsive: Carlos Auguso de Amorim Cardoso Revist des textos em inglés Miran Guta Taiana Shor Revislo dos originals: Calor Augurto de Amrin Caedoso, Dorie Siyro Main, Wagner Cots Ribeiro, Geylton Rocha, Alsandsine Luz Maria de Fatima Ferrin, ustrasto da capa Ali Kubugava Editorato Eetinica Augusto Gomes Conse Baitoral [Allo Pav, Arovado Unbelino de Oliveira, Arpem Mamigonian, [ai Nack Ab'aber, Bet Soares Pootes Carlos Walter Porto Goss, GilSodero de Toledo, Heine Deer Hevdenana, ovate Gomes, Joe Pereira de Queites Nevo, Jot Boracilo da Ses, Jose Willan Veen, [lian Colina, Macel Fernnder Gonsalves Seabea, Manoel Caria de ‘deed, Maria Lia Escada, Masi Spyer Resende, ton Samos, Neon Rego, Pasquale Pesrone, Ruy Morse, Samsee do Camo Lins, Sil Bray Tomoke Iya Pagan Diretoria Executiva Nacional Presidente: dee Cao de Lina Ses (AGB Pal), ‘Yestredate Marie Neve duis (AGB esl) Scots Alene Sep Eo (AGB Pale) ‘PSs Cass (AGB Foren) 1° Tease: Cro Robe de Obes (AGPSJo ae) {Teaco Sits Rog scan (AGB Campinas CCoonenast de beng Sse Crocs (XGB Ci) ‘as sug de Armor Cudos (AGB Joo Peso ‘Comisd de Api eS Loa: Alene Sue Roch (AGB Si Pu) Aepresetanes CONFEA/CREA. Tit Nebon Gus Pers (AGBSEo Plo) Sup Pato Goa Viana AGI Cars) Galan rropondlnns pole rev pars AGE Noo ued Corde de Plog) { Basa onal esas ‘cep 05097570: So Pal S? “elon (ni) 41078 Tera S TRS YAS > SUMARIO GEOGRAFIA POLITICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL Carlos Walter Porto Gongalves ESPAGO, MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO: Releituras do Temit6rio Arete Moysés Rodrigues DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL: MITO OU REALIDADE? Alexander Sérgio Evaso, Clayton Bittencourt ‘ioe, Marcio Abondanza Vitiello, Silvia Maria Nogueira e Wagner Costa Ribeiro POLITICA URBANA NO BRASIL, ENSAIO DE UM BALANGO E DE PERSPECTIVAS any Davidovich ‘A PRODUGAO DO ESPACO NA FRONTEIRA: A ACUMULACAO PRIMITIVA REVISITADA ‘Sérgio Manoel Martins 0S DILEMAS HISTORICOS DA QUESTA AGRARIA NO BRASIL Ziléa Marcia GricallIokoi TERRATIVRE-AGB + StoPaulo + 11-2 + go. 92ago. 93 Tera Live REFORMA AGRARIA E MODERNIZAGAO NO CAMPO. Bernardo Mangano Fernandes ENSINO DE GEOGRAFIA E A FORMAGAO DO GEOGRAFO-EDUCADOR ‘Genton Odilon Régo da Rocha LICENCIANDOS DE GEOGRAFIA EAS REPRESENTAGOES SOBRE (0 “SER PROFESSOR" 'Nigia Nacib Pontuschka ‘© NOVO PAPEL DA ESCOLA E00 ENSINO DA GEOGRAFIA NA EPOCA DA TERCEIRA REVOLUGAO INDUSTRIAL José William Vesentini INICIAGAO AS CIENCIAS SOCIAIS: OS GRUPOS, OS ESPAGOS, OS TEMPOS ‘Tomoko Iyda Pagnell DO LUGAR AO MUNDO OU 0 MUNDO NO LUGAR? ‘Wagner Costa Ribeiro PROBLEMAS SOCIAIS DA ESCOLA, E A CONTRIBUIGAO DO ENSINO DE GEOGRAFIA Antonio Carlos Pinheeoe Silvia Regina Mascarin Notas A CONTROVERSIA MODERNIDADE x POS-MODERNIDADE ‘Arinando Corréa da Silva CONTEXTOS CIRCUNSTANCIAS: PRINCIPIO ATIVO DAS CATEGORIAS Paulo Roberto de Oliveira Rose APRESENTAGAO No décimo ano de seu aniversivio, a Revista Terra Livre {i &reconbecida como um: importante veicula de divulgagao da (Geografia brasileira. Este fato inconteste qualificaa Tera Livre para seguir em frente com as discussie teméticas sobre a geografia politica, as questesarabiontais, as reflexes sobre os problemas cagrévios eo ensino. ‘Nestesdez anos, uma lista infindével dedificuldades para quem se propée editar o conbecimento no Brasil preencheria wmas boas paginas, mas seria extremamentedesgastante. Porém, como nem 4 Geografia, nem a Terra Livre estio fora das determinacées que regan financiamenta& producao do conbecimento centific, € necessrioiralém desassimulagéesecolocarconcretamente que estas regras- que criam tervtorialidades, esagos,e que ndo séoclaras “ado sendo analisadas em seus reflexos socais por cientisas, profeso- res, denicos eetudantes que nos do as fontes eo ftos que fundamentam estas desigualdades, ito dé vida a esta Terta Livre e& AGB. ‘Terra Livre vem publicando temas da Geografia Brasileira. Contudo, se estes volumes néo apresentas wm inico tema devese ao fato de que com of artigos que chegaram & nossas mos foi possivelreunir ers conjuntos temticos.Deste modo, 0 compromisso editorial assumido por esta Coordenasio se concretiza com base neles com a publicasao de dois volumes da Revista em uma s6. Desta forma acreditamos que we mantém a idéia de uma construgio plural da qual a AGB é norteadora ea Revista Terra Livre 0 veiculo de expresso daqueles que fazem da Geografia 0 seu campo de estudo. Nestes conjuntos tematicos presenter na Terra Livre esté, no primeiro bloco, 05 artigos sobre « Geografia politica, as probl cas ambientaiseterritoriais bem como a discusséo conceitual sabre (9 Desenvolvimento Sustentével por autores reconhecidos rnacionalmente e por jovens pesquisadores. Finalizando este bloco, € sendo passagem pa 0 segundo, um ensato sobrea politica urbana no Brasil ( segundo bloco tematic se destaca por sa contemporaneidade:a andlise das relagéescapitlistas de produsio no campo, em trés artigos que, diferentes em perspectivas € rocedientosanaliicos, de gedrafosehistriadores,revelam a concentragio de terra o tipo de politica agrévia desenvolvida no Estado brasileiro (O terceivblocoreserea ao leit uma gamma de reflexes sobre 0 ensino,a educagao esol, com trababhos que analsai a formasio, as representagdes do “ser profesor”, o papel da escola neste periodo conturbado de revolugio tecnoldgica, além de propostas de borage de conceit e categrias do discurso googréfico na esol. “Artigos de pesquisadores conbecidas da geografa edo ensine Irasileio e de novos autores que dese 4 problematica ‘Procurando inovar, magurames um bloco de notes reflexes nipidas,despetensioss, que colocam temas da moda, temas “antigo, mas que tem a pretensio de levantar suspetas sobre determi: ‘nados asuntos de interesse da comunidade geogrfica em ger. E com esta consttwigdo que a Revista Terra Livre se reveste de fogs para o conbecimentocientific ea representaio social - via AGB - legitima um conbecimento epecifico corso um dios instituines das modifies necessrias&sciedade “Agora sé rata ao leitor adentrar nesta complexidade eleitante que & fazer geogrfico brasileiro. Iver pesguisasrecentes sobre Carlos Augusto de Amorim Cardoso GEOGRAFIA POLITICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL carlos Wattr Porto Gonaives! 1- INTRODUGAO Minh Patria € Mina Lingua ‘© mundo ve passado nos shines 30/40 anos por un importante proceso de eorganizagao soceria cua cmens espacial, geogiica, ¢ pate onsitna, Ese proceso pode ser compari quee porque passou asoeiedade ‘cident no Rensseimento (icule XVI) e durante o Século das Lzes © a onsolidago da Revo Industrial teulos XVII € XIX). As elages entre Sociedade c organizacHo espacial, quase sempre objeto de pouea stengo se fevelan nesses momentos particularmente relevantes, Nesses momentos a Geografia tende a deixar de ser vm substantive € se mostrar como ‘veiddeiramente 08 Sj, verbo, entendid como re-presentagio dh. ag%0 de ‘etos soins. Qualquer sociedad hunava insti una ord de signfcages, de norms, regrase valores, enfin nei ethos qe di sentido a i mesa fassuas priticas Meso Mars, tio como nt des mateialistas modernos, inna ‘quo que difereo pir arqtelo de wna abelha ¢o ovodee inagina.ideatizar, Figura sta obra anes fn. Efi, o process deaproprigio da mature, Ineentea qualqver sociedad, no pode ser entendido, como infelizmente vem sno feito, couno un proceso escsivamente nate, quase sempre decariter fconénico, com se apropringao material fosse destiuidn de semlidos. Toda "propriagio mise, a0 mest fesupe,stnbélica, posto que 9 se apropria qui que ten sentido, O spa, por exemplo, insirmento to caro aos stars 6 una fra de representa da realidad, no aeaidade west fe. como tai se consti nana forma de aproprago sibel, condicio dde-sua apropriagto material, A construc de sentios é, necessitate, process socal no qual ingngem, erm Si mesma re-presentagd, tem it TERRALWREAGE » Sia Pau» pO7E + W112 + ago. N2iago. 89 aa Terativee papel natin de wna dada ord socal através da ingungem que os eres Thumanos se costanicam, se ligt, so, cram uy mundo, seu-mund en ‘conmun, Ha una evident elacio entre taguagee comunicago que pbc eur relevoa dimen espacial engin dos processes de organiza socitiria ‘Accrits, por exemplo, enquano meio de connicago, permit aestenso da Tinguagen para além do conta corpo a corpo. Sen ela pratcamentetornavae se impossivel a consirigio des grandes impeios que historia registra, AS fdentidades coltvasimplicam, potato unvespaco tornado proprio pelos seres ‘que as instr, enfin, inpicam un terrt6rio, Se possivelestender para ‘utr sciedides 0 conecio de desenvolvimento, dele retirando 0 su carder tmoderno produtvita, podemos, eno, afirmar que o devir de qualquer ‘sociedad, se desenvolvimento prépia se nseveve muna dem especie de Sigificadas, entre os qaiso modo como clas marcam a terra igorosamente ‘dopoutodevisia etimolozico, se gemgrafam, Pierre Bourdieu afrma que é da ‘ature i talidade social lta permanente para deiniro que a relidade Social, dai o seu carter poissiica, AS marcas, signos, que se aibuem & realidad, nite els 0 Init © a5 fronteras do espaateritro de que se propria, mais que serem conbecdas, devem ser econhecidas por todos como sighifcativas,Proporimporsignifeages implica, portant, eagdes de poder. [No é porto, desta de rao que os mapas tenhat sid durante mito {empo instrmentoe eschsivas das classes dominantes, dos seus exéreitos, inclusive, na fo 6, poo io de que amor da populago ae dominava ‘ecbiigo, Eque or maps, ems! mesmos, so pate do process instivint de tt orden desgniieago, so uma forma de order mundo, Sendoassin 3 sovgrafia, enquante alo de matcar a (rea, de se apropriay material/ bolimenve do espago,€ um saber eminentement ligado ao campo do politico e do processo de cringe do um magma de significagdes (Castriais, 1982). Sustenaas esse trabalho que © concito de dk central ao processa de consinigio do que so convencionou ehamar de ‘Maderniddee quo, som consieri-foadequadamete, nose pode dar conta da Geografi Poi dessa mesina sciedade crise porque passa sociedade onleniparie & coma so podria deixar de ser, una eis de seu agin de igifiengdese.nesse sentido, desse seu conceit insiuinte Eexatamente 0 ‘momento em que ess conciio Vina endo abalado nos ses fundamentos © tnostrando insustensve, que vemos, paradoxalmente, uma tentativa de 5 Fecuperagso através do qualiicaive de Sustentivel adicionado ao de Desenvolvimento, al camo cansigrade com a publicagdo do Relatrio roman, NOSSO FUTURO COMUM (Brundtland, 1991) em 1987 sob os uspiios da Organizago das Nagbes Unidas - ONU. 10 Geograta, Politica e Cidadania (6 proprio fat deo qulifiative de Sustentive apaecer cada ver sais colado ae Desenvolvimento indica mudangas na agenda do debate politico. Sabemos que desde 1972 com a Conferéncia Mundial sobre Meio Ambiente, realizada em Estoclio, a questo ambiental deixou de ser uma questo dos “remintios” hippies ¢ passow a ser efetivamenteinstitucionalizada nos riecanismos governamtentis, sobre através das instiulges supranacionais ‘Una dg recomendagées que sain dessa Conferein fi exatamentea de que {questo ambiental passasea constr das agendas ds eagtes inermacionas (© govero brasileiro, por exemplo, logo apés, em 1973, eiou uma Seorearin Especial de Meio Ambiente para se adapar 8s novasregrase, sobretdo, para ‘se eredencie oblengi de cursos fnancetesinfermcionas. Esa iniciativa do gover lta de eno ves iazerimpertantesimplicagdesanos mais tarde “quando a sociedade civil brasileira passow a demunciar iferacionalmente © {Iscumprimento por parte de nseos governs das comproaissos assinados ‘com relagio questo ambiental do que, avez, o caso da BR 364, financings pelo Banco Mia, lena sido o mais emblematic. Paralelamente ao peparaivos dessa La, Conferucialternacional sobre Meio Ambiente, a preaeupacio com ess faa ganhou wn importante feforgo como, por esemple, oque Ihe empresioto famosa Relaério Meadows, (OS LIMITES DO CRESCIMENTO (Meadows 1978, texto que rapidamente ‘anki o mundo lero para carder finite dos recursos nara eo isos {que os diferentes tpos de poigdescolecavam paraa sobrevivéncia do planeta para a humanidade, Nio &oeago de retousarmios aqui os tntes da anise onda m"Os Limites do Crescimenta que expusemes em outro ugar (Goncalves, 1985), amas sim de regisiar 2 inflesto no debate acerca do desenvolvimento que este dacuvento encerta Por un lad pelo foto de se ‘ecobrir cota chance de ciontiiidade que sabeios se const 0“eritéio de verdade” (Foucault, 1978) por exceléncin da sociedade moderna © ‘ontenporinen, se configurando, por isso, em um discursoautorizado, pode ‘Sei dace sacralizado (Bourdieo, 1992), 0, ainda, em un discrso conpetente {Chai 1982), a0 eontiio dos movitnentos divs contraculturas que. sem via, framas princi levanarem essa questi. Por outro ldo, éa primeira ‘ez que um discs coun as prerogatvas de cienifio avalizado por wma {nsttugiointemacional do porte da ONU afin abertamente que i limites para o ereseimento ‘Aig eno acreditiva-se que ocrescitmenioecontmnico, ese conceit Jimi de desenvolvinento, a tina nites. Iscreve-se assim, no debate ws “questo que se pretend nova que 3 elagio sociedade-natureza no queconcerve fo desenvolvinento posto que, direta © esquerda, acreditava-se que € aracsnt beanie que em rere ngs (gs, espana, anes, sano € perlite Jesmnce lom eran © aeige de Ytar de mvlo, do erp (ego que ests rohaca,erlpazs 12 Geografia, Politica € Cidadania através da sua conversio aos padres de desenvolvimento europeus Diferentemente da idéin bilogica de desenvolvimento que diz respeito 80 ‘netabotismo interno do ser vivo, cup embrialsemente rs em si mesmo as ‘ins fases de efescimentoldesenvalvinento na soa especificidade, na sua dliferenga,oconceitoaneopossocil de desenvolvimento, ido na Moderidade, se pretende niversal. Os denis poves nio-curopeus passrai a ser vistos ‘conioselvageas, quer dizer, da sel, isto da natureza por isso, deviam set Civilizads, para aceder& cultura, eis un dos vetoes em tora do que serio fngendradas as roles ene cassestpovosrepibevEstds. Sendo asst fesenvolvinento implien que algua forga propulsora, portadora da chave ‘modemizadora univers, ecolonalismo 0 imperialism europes, ga com {que outros povos sand slagera ou da barbie (utr terme que os redz campo da natureza, posto que barbara, segundo Lév Strauss, designa.ocanto Gesaticulado das aves, pois era asin que os romanes entediam a fala das ‘nts, ow melhor, dos no-romanes) para civilizag. Tss implica, evidentement, uma determinada forma de se apropriar da ntureza do espago, do tennpo, efi dearibui gars coisas, sejam elas to reno da natreza ov dos homens, Hi uma Geogrlia Politica queemana, ve covnsituine, desses pressuposioe configurada was rlaptes Metropole © Cola, muna relog do tipo Centeo-Pesiferia, na configurago de wn ano ‘qe a partir do Renaicimento no cess de, cada vez ais, orm un mnndo ‘contradorianente wificado “This dine no gankaram os quate cans do mudosem wna ini sirtura material que ansportassem seus poradres. O Mercantlsio, 0 ‘inheir,secncarregou de ser 0 mével material qu as transport iicalmente para todo omunds.Assinsa Cnizo0 inher, cada uncom moves proprias, fas irmanados pel dia de civilize os queso achavam no estado de natureza, Se encatregaran de fazer snares gratis) aera (ge), ogra o planeta Como a Cruze Dini no podiam por si és evence os demas povos dessa superioridade sutoproclamada da cultura européia,o recurso miliar se {omava hecessirie.Bstava, pos, estabelecida a Trade» Crvz. a Espada ©0 Dinero -sob a qual seria erguida a Geogratia Politica do Mundo Moderno a prnirdo Renasciment. ‘A parr da lustragioo,asociade a ela, da Revol Industal. 0 clemento religioso dessa trade fica subsumido na erengt da capacidade {edentora daciéncia ed nica O tempo abstrat, independent da china edo ‘sl, dos dns e das notes e dos diferentes seres vives que povoam a Physs, {expresso mo relbgio, «que pela priniea ver hava sido estabeleido pela Ireja finda na Tdade Média con as Horas Canduicas, para que os iis rezassem a0 test feripo (Munford, 1979 e Gongalves, 1989), sei incorporado pela 13 Terrativie Ciencia Modema eestar presente nas inéquinsa vapor, Contolada a enegi, de inicio o earvao, estvaabertoo camo parauma transformagio da materia Jana vista na Hit da Hmanidade, Garant o acess aos recursos nati, ‘as matrins pins deateesse indus, sea nova trea dos exéritos sew ‘les mesis, pela demanda de nifories e armaments, una frgapropulsora ‘do desevlvimento industrial, Oséeulo XIX, oda Geograia da Pax Britinica ‘ser ao se final prenanciador de guerras pelo controle de malris primas © ‘vergi, fundamentais a0 estilo de desenvolvimento que havin conquistado ‘coragtese mentes dae chamadas sociedades modernas. ‘Se dia de desenvolvimento na biologi, como vimos, é propria a cada ser vivo, portant, snlera, no sentido sécioeconémicocultural, 0 Contr, implicava necesariamente a dimensdo espacial posto que vein de fora, ea externa, a0 ser que vera de ser desenvolvido. F-Ratzel como bom zndlogo dos fins do sécilo XIX que er, se encartegar de fazer essa ponte assmilando 0 Esiado 9 unser vvo, Rate! vai fondamentar-e em Darvin {js teoras se toraan feria dbrigari coo parimetro de cenieidade, pura estabelecer unin nova lei da evolu ade de un se vivo qualquer, mas {os Estados. Rate sitemaizardargumentos(omados no campo das cucias ‘natura, satan as necesidads da nascent indstria lem pane peo set carer centraliado pelo Esido, eque carecia de un espago vital para ‘seu desenvolvimento, “Apesir de 2o6logo, Rael fica para a Histria como win dos prneipais tebricos da Geografia pelo fto deter frnmutado, com 0 que época = considerava cen, novas formas de apropiago do espago por parte do Estado, E a prineira sisematizagio (dria sobre a relago Tetritrio-Estado ‘que, conforme vereinos aan, vin endo pratinda desde o séeulo XVI ‘O Estado-Nagl dispunla, agora, de una fora geogréGea para explcaro seu desenvolvinento, Una leorin com essa encontra ta Alemanha ui terreno extent il para sun difuso, nos porcortesponder ao expansionist fd indistria alem mas, tombém, pelo fto de se prestar para afirmar 0 scioaliino do Prineiro Reich incitdo com Bismarck, Estbido como partir de meados do século XIX, 0 nacionalismo se recobre do cardter de wina ‘erdadeirsreligito moderna, Com Ratzelo cater politico do espago esti fudeentad nature, por iso, pode er io couo live da sbjetividade dos ones, como prego bons pasitivisme. As guerrassio, portant fenbmenos ‘afr, frto da evolugto nara dos Estados em busca de eu espago vital Jato 6, dae matérinse energiasnecessirias a sew pleno desenvolvimento, O so vital pode ser entendi aqui come aquce espaco necessirio para dade a0 deseavalvimento do Estado Nacional. Essa interpreta avez nos aba na important Brecha para ntendermos a nova 14 Geografia, Politica e Cidadania configuragio do conceito de Desenvolvimento Sustetivel que hoje vem senido posta em debate, conforme veremes mas diate. ‘Si esas fundamen, que comecama ser questionados parti das ‘écadas de 0 e 7, ve nos inspira neste eno sobre Geografia Politica © Desenvolvimento Sustentvel, Pra entareluidar al relago procuraremos, ‘num prineire momento, desonstrar carder eminestemente politic inrente to estudo do espaga, aravés das calegoias de teritrioc comanidade politica € particulamnente no caso da Geografia, sua ininas rlagdes com a insiuigo {0 Estado Nacional, Tl refleo se toma essencial, do nosso pnto de vista, a Imedida que o Estado Teriorial Moder, e 2 Ordem de Wesflia(s6eulo XVI) que consagr os direitos de soberana, nos contribu para insituir a ‘Geografa com saber com esta conti ara insti, Ei sepuia procuarenos dar cotta dos diferentes vetores que pen em seque os fudaniento ds ordtn socetna, para o que a questo anbintal Se constitu num eletento-chive para sua compreenso, Swstentaremasesse capitulo a tese de que se consti nesse momento una fentativa de fstabelecimento de sma nova “combnidade imaginada”, de wna nova ‘omnnidade de destin, no mais fundoda no Estado-Nagioe, sim, no Planeta “Term Dai-a nasser. a questo anbienal constitu num aator de diferentes eres e que subjacente a essa nebulosa se ensain una nova organizaGio ‘Adiante passarenos a analisar as condigges de possibilidade de afirmagio do chamado Desenvolvimento Sustentivel no contexto de feorganizagiosocetrinen curso, A guia no de conclusto, assim de entar ‘qualfiaro debate procuraremos penta alguns aminhos oe avez possamn ‘jar a coupreender os desdobramentos futros dessa ordem socotriae das fas contradigdes par superar esses dis ageosintinament inerligados, ais Sela, justia socal ea lapidagdo dos recursos natrais do planeta, U- GEOGRAFIA E POLITICA NA CONSTITUIGAO DO MUNDO MODERNO am verdaeiro consenso de que vives una crise de valores! paradigias que vo muito além de wna crise econdmica. Aliés, a prépria erecpei de qe rise que vemos vi além de uma crise econdmica em si Inesina, reveladora da erise de paradiginas.haja visi ser e88a percep eonbniea que comandava os esqueras expicativos, sea mama perspectiva liberal, sela uma cert perspectiva mais. ‘Tyga € mporanle desdeslogsa 0 debate em oro do marsamo culos detratores posure somos aorcagene qos ta faem com babe nle ce econo, A 15 Terative Enire os gebrafos David Harvey aos brindou, com o seu excelente ‘A.Condigo Pés-Modeena (Harvey, 1992), con uma fina andlige de coma, a pamirdo Renascinento, comes instiuir wn novo naga de significages de consrugo de senidos, que comandarao chamado Mundo Moderno ¢ CContemporineo. As concepgaes de Espaco ¢ Tempo, de Homem ¢ Natreza «ue, a partir de eno, comegama se ornar hegembnicas so exatamente as que je encontram diiuldades par dar conta do mundo, Dia crise derefertnclas insite, que isttuido parte do problems e wo da sua superagao, ‘No ojo dessa raigto Ocidntal as categoria de Tempe econ ca Histria, fram objeto de acuradasanlises ea categoria de Espo, comela & Geogeafa, tratado como categoria mer. Coube aE. Soja destacar ess lado 4o pensameato cident com na agua erica do historia, sem cai nas armadithasdesst esta radio dedieotomizar Espoqoe Tempo. Tanto assim ‘que a sua critica ao histricismo so resvala par un espcimo, it & para uma yaloricagio do Espace destituido de hstoricdade. Esta, talvez seja a principal contbuigto da sua obra Geografias Péx-Modernas (oj, 1993), ‘Um ds spectes mais instigantes dessa cise a propia eorganizacio a divisto do trabalho cienlifco que, por sia vez se manifesta através das reocupngtes, cad yezmaores, com abordagensintegratvas, iner-trans-mll ‘u-a-dscplinares. E que quando recortamos um objeto deestudo, demarcando lum ferttrio do real, 0 que estamos criando sio as pré-condicses proprio da reaidade, como ze fesemos proprieirios exclsivs daquela faisa de terreno do real, quase sempre sem o dizer. Toda cignca se constitu essa forma, procurando criar una linguagen que, a0 msm tempo que & coustiuida, conforma a comunidade que aera. Esse eg de lingagen, 0 conjumto de concetos e teoriaseriados por um campo especifico de conecimentos, mann wna flag Lens ¢ conradidra com a realidad externa, tanto os outros campos centics propriamente dle, como com os ‘outros campos consittives do teal-social de onde emana e qu, em iltima {nina ocr, Tod comtnidade cientifca cpa un esgo da represen do el, tl como umatebo que ocupa umn delerminado tesitrio eonstoi wna ingtigem propria um sistema prdpro de eriagdo de sentidos que a principio, st inerditado aos esranas, sem cles cietsias de otrs campos ov, mais ind, 208 no-centsas, Esse mode de conccbero ral de insiuircampesteomunidades especificas de conhecimento, caracteristice do mundo Moderno Contemporineo, vem senda abalado nas sas certezas. A diotomiaSujeto- ‘eau de Fanta, «Hanae Arica nessa @ rns manta iglesas ao E Thorgeem Pay sngsran «Ee genom san tone sample de abaagens 16 Geogratia, Politica e Cidadenia ‘Objet, wn dos sens pies. foi pots em suspense ali mesma onde paecin ter tm aneoradouro seguro seg Fisica, onde cad ver mas acre que © sijilo cognasceni. © pesquisidor. interfere no objete e. destaquest. 130 Somente peas idelogias que ponent o pesquisadar poss, Enfim.éomo ‘se estivessemos enim hana ea ode no pdenos fe do wn je sen ‘que esplictemas de qual ponte de vista, de que lugar. cle esti seo analisa, Destiqncios nda que contin de ne comidadecientfca. «emo interior doa de diversas coinnidades especies. a parte de un process ‘deonganiagio socitirin onde define os loyates decid sezmente. 9p fw clases soca Na insti do “gs esgic inkgieias” a canada soeiedde Modena, a comanidode cienfea & ivesida de una ‘lord que com qe aa dos sets membros cones edd ito 6. tea wn poder mstiinte mito maior do que ous als. Estames. pois ito fonge de wn cert ipa de perspectivismo. ie veal as Fs, todos €poatos de vila, como se odo eles ivessem o mesmo poder de institut © real. como se etissenos num espago-tempo isonifico, Como 0 Espaga eo Tempo no sho Varivels exogenas 99 fazer istic goon. dh docorre ques lates mio esto dads a prio mas si constnidovinstiuidos no ere waved diss soca que So anibgm Ins por atnbnigio de sends”. Pierre Bowrdin, cm quent nos apenas nessa tes, € tm esses pensidores bon lipicos do momento que vivens. de tronsgresces dos frit saberanos do conbecimeno, pois mio contribu para a rflesio da Geogr, até neste quando diz que a sociologia & un {spc de“topoloxi socia Eas tormaagto for ‘do LUGAR que eleva nea neon, que ese ugar que oe nade espe ‘a orden sla doe dat sponse ence prope ele stale uu intien Sin URS to ena ceo encores tps sbanonar mod ng do emperor as cls. pot que bre a Ls nO dessie etabaucerse les gel na mecha qe rela ea soo caning, 25 Shaegae ate ron piss pes envedne © preg dad ‘nee pete que oe fags, rave tna care ene, aula que Me Boulet trou de Seo pac comprar sarin ib WN aes svar a Pe Bou i en en ete ajo mya ana ‘SiasteeFetins etaa anyones coro unm sacar de ops 1 repener os evs lowes 0 gard seu sje Se clos ha mova peat 2 7 Terra tivie [As reflestes acim esposts sobre a natreza sécio-histoiea do onecimento se fv nocesiria a media que unt ansse yeogriic-politica fo deve escamolenro proprio sentido politico que a Yornow hstoricamente possvel Chega mesio scr snprecvente que os geograos delve de ado © fatoextrenamente pln de sigaicngies, qual ej. de qua palvea gebgrafo {ena sido ria et 1337. aes como pala Bo casa Eso geogrsfico. fais coma, Territiri ¢ Regi, por escnple. 2m dos seenlos XV e XVI ‘Sabomos que as paves, coin signs que s¥o,procuram da seatdo isto & tar sighificadose assim, ¢ estemanente relevant que as consideren0s na sx istviihde (Wiignstei, E precisa que reconliagamos quees homens mo se relaconam ene sic coma navera distance, como pretend un cero tipo decmpirsno de Tospimgao poilivsia Como js indiara Karl Yong. home € wi ani slmbélicoc. ness end, sis elgbescnre sic coma aureza so mesiadas pels significadas quecriaeqve-comsndam stas pea. Ni hi, como vines proprio material que x. 0 mesmo tmp, simbaica. posto que sé st propria dono queen send, insstinos. Ea crag de eis consti ‘Se no cere das connad humnas. nos ss ethos especifics, de onde Drovéin as ste dinensies eens, Da podermos taba co sire. georafintexilrioerego. pr seem plawraspiticas ventas ‘no cotesto do Reaseinento sa 0 meso emp. institutes do mana de signcagBce que fe parle da organizaeio soceria que «partir dagusle momouta se pe em cus. ‘Como se pode depreener do expos. Goografia i insti pelos gobs esi porns deena Secicdde. nm contest istnico- toc especific, ao insivir-s enquante ta. O mesio. evidentement. pode sr dito da contigo de outros camposeonnidads cientiics. NAO “averenns com iso dizer qe a eonsiuig de wma determinada comands npa de conheciment. ne tena uma ud sonoma Face ns coigdes de sua criago. que querenos 6 soyelido, x52 inca, qe ne explicitad, entre a cnstiigho| spfconmnnidade csnlifico ea realidad sci que onsite que 20 fo. insti ent saccdade oda sentido is sus riagbes. Nesse ‘senide, podenios afirmar que a sociedade curopéia no Renascimento. se Forgan ness proves de eorgizago soca. dmensioespacial se insereveu no come de sew nena de sgaiicagoes. ‘saber segrifica deseo modo, inside cinstiuinte do chamado ‘nude Moderno ¢ Contemporinco, Mais surpeendene aia €0 fat de nto consierarws que Geagrafia significa, rigorosamente do pono de vista clitologica. grafar a terra, Era disso que se ota na passagem da Made 18 1 Sg Geograta, Politica @ Cidadania Média pa a Made Moderna, no Renascimenta consti nova marcas na {err de consi os limites ds uovas comunidades de des Selinitae os espags. isto de constr terres. “Tudo iso parcen marae no reeontemele, cma crise porque ‘estamos passando, & qe podomes nos dar conta da histriekdade dessus ‘configuragdes scio-yegrifcas.Acreditamas que estamos inersos hoje nani ova enstodeternoralidadeso 2 correla formula de E. Saja. que toda ociedade io insti insti. xo mesmo fp, € mae antes ou depois. td Cconfiguragio geogrifiea,esiamos imersos mun proosssoanilogo aquele do Renascimento, ivise vives, ana lensio do eritrifidades. 0 que nos leva necersiade de desbstancializar,desnaturalizr 0 covecito de teritrio cepereebermos que subjacente eles va erstriatidadeinstiuindo-se. quer ‘izes. ha un proceso de enioitizago, Coa a sociedade da Ide Medi, ‘ome a de hoje, era wa sociedad hiernguizada, assaneenica eterbwoma. 180 hos femate questa de que 06 difereats segmenlos dessa sociale io mip dh mesma forma dessesprocesos insti. ‘Apatvea goat con vines, aparece pla pinta vee gts Feanesae prtuguess em 1537 (Daimill. 1964 e Cuma. 1982) e design. do silo XVI a0 XVIII, aqustes que contrac mapas. As Ves, 0s coment Sto os chatndoegobgrfs do Ret, E ainda Dainvlle quem os informa qe “jntmente com ele, amen ons quelesenhon mapas conse plantas sain chamades gedgrafos. Os engenteinos niliares que bo Chama engenheios ¢ Gebgrafos Onlivrios do Ret (..) gedeira~ ‘ederafoé também a qualified topigrafos cvs que seb a eiregae de Cassis trabathann 1 Cart Ger elo Reino. Terbémngeiera 30 ‘hamades os aerimensirs que cosine asinapas cadesias lo domi thes zona de caga do Be ‘Comoe va Geogafiase acta intimanene ligada a reorganizago scien posts can curs pela Monarqui efi pane daquilo que Ma Weber (ber. 1971) via denoiinar down seginento burocrtio racionalizae que ‘insttinte do Estado Territorial Modem, & ness momento, partir desss tocessidads politeas, que una sri de problemas enicos se presen. ‘A reepresentagio di era, por excimplo, ¢ rexolucionada pelo crear Gust Kramer © que consagrow a Projo Mercator. 0 que por st ‘bina, ag iniplieagdes da Brguesia Mercantil nesse proceso de institvigho Societiria.E também de 1337 a paar Geometei (Cs, 1982) . tab esse periodo a evolugio na Perspoctiva com sua pretense mateo tjetvista de e-prseniar real me subjtivamtene assim se passa a die ‘ono se fia con as nage da Ide Meal, onde wn easel ov un Senor tram re-presentados com (antanhos desproporeionalmente maiores. 19 TervaLivre natematcamente fan. do que a ehoupanas dos sous ser. Todas essis Formas de presenta d epnga fein parte do process de sua aproprin material ia sentido a us nova for de apropriagao do espace a partied perspectiva,rigorosinnte flando, do ponto de vista de seus sujeitos Insttintes saber. da Monarquia eda Burguesia Mere “Tatava-se,sobetido, da detingo ds lites cspacias do poder dd Estado sb 0 conizole dis Moniequias que os cenualizava. O messico o0grifico de fewdos conog. atraves das aiangas (eases) potites ou tis gern. ser roconiguradreconfigwraido 0 wxpa politico da Europa. conti googrifcacolec-se come una condo esssncial para que os Reis, ain de reinarem, governasiem. Era uta das prieiras condigtes de governabiidnle mis condigdes de comunicagdes ¢ transports da época Maquiavel ent © Principe. or princiro grinds pousidar modomno dar cna dessi problemiica, Sua visio pragmaivea do poder chega a ser choca “abrtila qin ona pti ds parimetrosdo sofas politica do culo XVII, como Habs, Locke ow Monlesquic Mio for triqaito esse processo de coustiuigdo dos Estados “Territorisie Modceos. st porque erin nlfactadas, local einai as fontes de poder Su centalizagio no Principe. para wsannos a expresso politic de Manoel on soberano, pauses aexpresso cara a Boi, ‘onsen por nos como @10eco da sober fo} wna yerdadeira obra de engentiea politica qu ganbo facets espeifcas nas dierenles Estes te se desea. sq eusinow tendo um silo liquid earateriato Por wt poder esnializade, fata do que paderianos chamar de unm pacto de flies. par wsitnos ane espressio dos cients sociis rasfcltes. que econeit no Esto o sober so egtinidade pa a omanda 05 seus testinos cesses deve ser ented, também, como indicative do dominio ‘den determinado leniorio de que se apropron. (© estbelecinento de sistemas uifiendos de pesos © medidas incluinocntr esses med, mevia com as ries euluras mais nas dos diferentes povos econnidads qe consis em nities no interne das Tronteiras das diferentes forniagdes estas. A prop Hngua com que se ‘serevian as Horns co iste de psas¢ mods pera quel que as dloniasepssssen er maior poder Raffesin. 10). Nao ora powcas js revolaseamponsss, a8 "equsres. cone os imposose aNagaes qUE © pct entre ascites concn como eto, ponto da pala impos ler Si subjetivancite corpora como nara, Vira formagaes culrais tlesapareceram sob ago uniiendrsexceutada a ptr do Esta sem 0 que 0 Imereanilisiwo nigeria se expandida. Vislo por esse Angulo. n30 fi © ‘olonalisinsnplesmcate que desi diferentes povasc uli peo mnnlo 20 en Cg Geogratia,Potica e Cldadania fora, Na verdadea anulagto das dierengas estavainserita ne propio processo fe formiagdo dos Estados Terrtorials Modernos e 0 colonialisna foi "lmpestente 0 desdobramento dessa form pelos espacasndo-curopeus Ross Lasemburgo Lasenburgo, 1974, cena vez afimou que se se erguntasse aunt eamponts da Ide Média o que era economia, ele dain de ‘mbros sem saber o significado dessa expresso ¢ continuaria a produzit, ‘stibuir, circular conswmire pagar seus ebuls, sto fazer tudo auilo que ‘os economists etd, sem que sovbeste, no ena, que era economia Ela nos diz ainda que 2 economia 9 se constitu come un saber espcifico a partir do momento que os homens, sciaiente, perderam 0 controle da conomia, Quando os homens passarama evar sa produgio ao mercado ©0 ‘ecorhecimento dese sss pretenses comeraramaescapar as determinagbes fe loose de cada un. Cre que mest ena scouteido com o espa. © Renascinenta mare inicio de wna nova forma de organizagio societiria etm ‘qe, conn centralize do poder politico nas Monarquias Centealicada, 0 Drier local eo homens no sen espage de vida cotidiane, os servostcamponeses ‘mm primeio ugar, is, tae, bom nimero de Seahores. nesses casos ‘a questio regional ganha relvinia perdem o poder de determinar a sa trzanizagio especial. E dessa forma qve pademnes melhor pereeber que 0 process de reorganize socicéria que emerge a partir do Renascimento fi, {oneomitantenncnt, un process de reorganizacto espacial em que ogeoprao no, un prtagonisa dessa reorganizagio, como, taba, ele mesiio, parte do processo de reorganizagio socetria enquanto umna comunidad specifica que, nquele context, gana sei, ESTADO TERRITORIAL MODERNO E. ESTADO NACIONAL: a geografia politica do desenvolvimento do mundo contemporaneo Desgrasadanente para pensiro Eso fomnanse oqucerto resultado de unin resolugio espeifien de uma situacao specifica como un modelo ‘desituido de Histoviidado, sto, sem vida, est por tris desse imbrogtio {eérico em que nos encontranos. Maquiave! ji havi nos alertado que a gloria ra politica e zm ctcneneias do aq © igorae no segundo sistemas Demandas Socais> Politics Socnis> Desenvolvimento > Estado, Nos chamados Pise do Teroviro Mundo, pariularinente na América Latina, esquematicanentea frnula seria: Estado > Desenvolvimento Politcas Deseavolvinentistas > Densndas Soca Difusas > Sociedade Civil Resiital mo! 'N Scan de sctenta visa conhooer os limites do erescimento do rodeo camo, pols tericos da Escola da Reglagto, de Ferdisno, 20 que ncrescentamos, de Keynesian, Rebert Castel chama a esse modelo de Sociedade Salarial. Aqui gostariamas apenas de indicar que o aodelo ‘Keyanesiano-Fodisa 0 Sociedade Solara, por inplicar a apropriaglo por pare do Estado de wna fragt cada ver mais signifcativa do excedent social, ‘© gotre stan asain lr oie fino A Capt de Gaoplten de aed Wan Vessnta Agi oso» etna ireando mar que, mais ioe 28 ‘Geografia, Politica © Cidadania «dss soca, pra fins de polities ibis. deri de inavestatra fede seguridad soca ih como condigo de eisténeia ant anmeno de provinvidade ascendente. Na medida que esse aumento de produtividade oniegasse a estan. dininwindo massa de mis alia social, assn. “apeidae de ponpnnga e dos investinentos. 2 rgide do puto de regago ‘ii esigirnta rade do pape do Esa. paticuannente ds politicas piiblics de cari sci 0 qe. por si Yer cono vines. implica rn) io tipoderelagdescom asecedde civil econ es ovine ns socais iro pact de epulago fords Acyesiano, Esa abet. pos ‘camino para 0 questionsment do papel do Estado Nacional e, como cx partir dele quctoda wna orden internacional havi sido gest. dessa prop fenmcional ‘Com isso as formas de apropringo do espago, as teritoraiddes ss 0 Fong dew peas process de consirgio de Weutiades db os do qv. lhe 0 Estade-Nagio ena sido o produto mis sesbad tan en rise Os lites do cresinenta esa pis.demareados eto Indic que a pelo esotanento ds eecursos mus Mas sso oque Verentos seguir Il- DO DESENVOLVIMENTO AO, DESENVOLVIMENTO SUSTENTA VEL Bir tve mn sto Que stave certo dia Nin comuresso mundial Diseatinkecomoma Ingimentova em favor dems ras Marv empenti, masesfirgo moscomioe, meds vai Fat de plex indo, de enera Demons de mil manera Cone que nn poieresela me bat peta pujanerecominien Hascate nc winca da tecnologia ignesenteestasicase grins Demnsrando eimai Oe antes deste Wabahonio me param sang ns 12066 deste fermen. ‘cetunmos ids deep ede « anngnas toages reonhece ‘Sine ideas frags“ tndent de gue ca aa Je hero, mapas ‘rs pn gna ccna en ems eae 29 Terrativee Beltosda teora Prineipeiment do laser do deseans0 a ampliagae do espogo eultiral. da poesio Disse por fin par tio presentes (Que wim pi 0 pra frente Setrabaor tc da Exava corto de que tudo que on aia Represertava a verlade pra todo mundo que ourra Foi quando nm veh levantonse dacolira Esai assoviando ama tise medio ‘Que parecia wm prio hachiono {im frevo pernamucrno, uo chor da Pisin Eno sala das av hoc sericam Todos ox othas me obharam, adoro homens sairom {im por une por uneven po ana por Piguet a neque saldo vaste Derupente sem fi Reparei que esi nn Ae desprte ssa © tonto Me evantet «fide pronto Pro calgula vero eeu azul Eas opersriowe escolaneeque passive Dvn eid gritavam vero into lo Ning ier ino Ning Viva o india do Xing ‘Um Sono", Giben@ Gi Ill-1. Do Desenvolvimento, Viaos como o Progress-Dessuvolvimento pasos consti mh 4os piles do chansdo Mundo Modero, tabi. como o Estado Nacional Se lomoua sua form geogrifice politica pr escencia, Vejamos agora {que de mini scl, como esse desenvolvimento se ergata scion ‘espacialmente cm meio a esse magia de siguientes. ‘A dein de que havin valores niversalmente vais para tod 3 Inunanidade. com cere. consi para conformar o que se chameu de Modemidade. A superaio daslinitagtes locas de que ne havin obstie0s 30 Geografa, Politica e Cidadania natura arn homenn est subjacents ese projeto. que comeca a ganar contornos nas defnides com a Revolugo Industrial. os sécules XV XIX. ‘A passagem dt Idade Média para a Idade Modern & m histori, tombe, dy passagemt de wns socedide Baseoda explora da fre, para ‘mem que a técnica, paramo, una das expresses da ring humana, Fa ‘sa prepria hist. Todo ode por ‘Quesniy outros. cos chamades economists classics Adan Suith, {eK. Mars. por exemple se dew em torno de ql ero fndaiento do var. hilurezae agricul. ps os primeizes. co taba cm indir. para = ‘ines interesante observe que taba, ates do Renascimente, er ‘um categoria menor. desquaifeada Nao¢ dil vermesaqu wn heranga do platonismo. para quem s® as dias ram perfitas © © mundo do faze. sua {poe o das eserav9s, um mando onde nto seera live, Livre cram aqueles que estavam fora do munde do trabalho, Estamos pois, na Modemnidade. diane de ‘us profi rvolugao esprit onde a clegoria table comoga a ganar ontonos positivos de ibertagie do hamen, ‘Anda das Mist o Senor vivian edo trabalho, a sn «da Renda, quotes pag plas Servos. co Onn, cra cava pola Nobrez. ‘Conte, misma er Bargusia un pap! fundamental na noua de valores ‘pois, marginalizada no contexte da Ide Média, dependia do suas poprias inicitivas mundanas para © afirmar. Negar 0 écie. Nec + Oriun. era @ Findsanenio de quem vvia de Negdcis, Desc forma otra, © no 065i, sera como calegor posiliva na Medernidade, Nao fc vers aque exo estrada couslidag das rls capitalabalho que, nas eds hos scenlas XVI e XIX. iia se constr nos fndamcnts dis relagbes socais moderns, Ao mcsino tempo 0 sentide da produ de riqczas se desloca dt tera, deum mo de producto inv linitado, parao dino, um sinbalo € portano, pisticosmalevel, novel imiado, Por exenpl. na Idade Meats 4 igra do Senor preva do Iabao do Serva e era enlceourada sob 9 Forma decastles.igrcjas suntasascabras dean, uaquilo que o5 economists mais tad chamariam consume inproduiv,j.queoexcodonte, a Fed, ‘elon procseo prodtive vismde a reprodigie ampliada, a acme Sendo assim, a esploragto do wabalhadore da naureza encom limites. Ness contesto. fost fei popmlacional de Maltin faz seat. st {que producto do alimentos, por exeinplo, ne conseguia acompanhar 0 tris ateasidos: as relgiosidades como o passido0feminisino como sexisino ‘le. Seth enirr no mito die dierencevisdes e pitcasinseritas nesses ‘movimenos. que sabennos no so univeess,o que observamosé uma tentativa ‘de negg, de desqualfcagi. ds identidades clea. No entano. 0 que fica em aberto & que (ertMorialidade estara emergindo a partir dessa rag que resiabeece. ta como wo libealiso cisic.o ind ‘como nad pir. 0 inavidualism come valor prem. E possvelidentiicarmos no ambentatisno wn rforgo dessa lendéucia go taginar uns nova lerioraidade planetiia, 90 pensar manidade a partir da categoria biologics de especie. especie humans no ir ale da diotomin Navureza-Culnea ou Natura ¢ Histéria ow ainda. a ‘opesigdo Cigncias Natrais¢ Cigncias Hnmanas, com que © mundo ocidental ‘vomsepensindo aléagu fal dees:unbiealisasrlembrremt aos centsuas Sociais que o omen nos di aturera a instr Sens valores steed ulus, moos eine da espousildade de incorporaren suas dimensses3 ‘complexidade do insite valores. norms. egras.E dinnt disso que estanos tratando quando refletinos sobre as relagbes ent a yeogrtia politica © 0 sdesenvolvimeato, Ha mais coisas oar do que simples tomada deconsciucia 5 io ressimasaorogave de manus de lve inden a ri sciae ‘dnl por pte cen cles de mdoztaio do mace rei crap eve te popu dojana LEE na cn de earn em Qu ae amava os LIRERDACE ina Giga LEE Va Desbotade © sonco a oedare ongrsame, pra Be sknaas gieas 66 Geografia, Politica ¢ Cidadania de que habits 0 mesa planeta, de que somos membros de una mesma spec, Na terreno nia do aqui ¢ do agora. onde 0 futuro se ieee wo presente so irios e canada os ntresses cm dspula¢consdexitos & ond para sibermos quem soos verdadeiros parceros ness igen "endeios a chegar he mesinasconclsbes de Christian opal ud diz quand moral ecole, ela formula obrienges universal estore novespriintiznes: 0 cnfioo met iygagjo edo “tobal village” que eo plemeto. fos pasor para seenncsplen 0 amor do men pais. Dai wna ean sempre poset entre porlvuses ecologies interes netomat ences pels EM, notodamente wos periodas deers, me descobranent ce Persingsna Earypa pré-gorbacheviona ou ta Guerre de Coto sa redefinigao dls excofos tee, portant, a rednzir Jegitonidane lo Est Nacho enn fale fornntago de problemas fe oluges, Ela const 0 destocament eo poner econinica para as Inliincionais onda vet ma tcependentes de sax bases tetris ‘rigiats: Eko auto deslocrnnont le competinesa de gest ants eserauas nos Eso ar cides sapraacionals; as Zana de Lire Comerciae suas insti, O emagyeesoento do Estado Nagi & de Jato considera geralneine pels ecolosino con ww objet solr: ‘Bomesn jet, oereno ea ago coltiva destoeoose fren lemericm no ei de temas reads por Plena opnia wraps ot Imovimentos de eldaddes a 10 "partner" davies, mas qe parecia Claramente denice: mun “Yeeno-esrtar™ potene, wniicanle es Inveresses de huroeracios publica, grandes grapes: faces or profsinaicle clenco, Mas discnrs, nto legit, diners geral {611 eunctelneta do feritri ds retsindeage come de instiuges Iypresentativas x nfreciom a ina tmada de ago eoetve. Tid 0 Ie com aria ds sistemas de reenlagd estat as elagies de fara Tendendo, dora. lasenvorse dirctamne com frgas iets ‘un quad saridico certo . lem cissn, ma dos principas formas da eacionalizago ‘pani ficasora tia sl defini das eloetas sora qe. ao fg de Seen AN, te nseriran, pou po, nas egslagbes ejurspradencias Tas rete -ansquatscomespndian, bem ennai, devere- pin se nstaurer quae ea Estade-Nag, pos eles implemvam a ering tie nstancis responsive por sua ett psc ager ios dni soci. dese omen, on eect da madan de fecala em quest, em por conseqaéncta dexpualificar as tsttigdes 67 ne § |... Terative esalois nacionais como responsivets por seu “resptio™ 0 alee de Ingerdneiamasnegiciox mero das nes, on nome do nkresesperion da lumanidade, orna-se wi deveretiennnt fda, A odniniiagao ‘Busch soube iar dso as conseqincios. sia manera na lla contra. Inco de dregas no Panam ou contra “ladrto de Baga, poluidor além de tudo. Ko entanto, as mois estindveis das organizagdes nao _governamentaisndoespdem dx mesos eos para inp dieita do ‘meio ambiente. Greenpeace perder wn homen, asessinndo por agentes dlo governo frances qne gozam hoje de uma aposentadoria. trangia, Compreendé-se as esperangas qu avdeensorelo mee ambiente podem coloear em insidcins eins, judichirias ou pelteas internacional das ‘quaisexperan que digaw odio e elem por sn aplcagae que est, aga, em debave& 0 eapacilod do eeologiamy consirur as mstrumentas dle sue eolocagan em pritica, ox direitos Lequivetentes fncionnis do que ernm as barocraciase dlls sola naclonas para o paradigna antigo. Desse pont devise, wn Schumacher ‘suas cooperatvaspertencen ao imo séeno NIN, emguanto 0 Clube de Roma se contenta em chamésTo dtomoda ce consencia ela unanidad Se 0 eeologisno no chee a prodhir oniras rexpostas, € somente -estouragao da ibendade do merendo qe tert sie fale feitinea (Topatox. 1992), Haviamos saientado no curso deste eastio que a categoria de soberaia eve historcanee a dupa dimen, andamental na conligirgo as territrialidades que or esto em rise: de um fad como fone linia de poder que fi sendo deslaca do Est para Sociedade Civil & medida que as sociedades se denvocratizavan decutro, a saboraniadiziarespit, bet 20s limites terior, geogriticns, do exericio desse poder. O que est ent jogo na aparsacia nos divs que core & a diensio geogrifico-eriorial. ‘que est subjacente & uma reorganizagio das fontes de poder que, na {errtoriaidadeplanetiia ques ens, ten connproiagnisiae mais Visiveis 0 pital inaneir, as grandes corporagtesransiacionas eo narcotic. onto os ambievaisas lagaram a metifora de que vivemos num ‘mesma nave talvezcoubesse lnbrar que as ands navies ptrolets,nestno ‘quando ta seus eascos perfurades,nio afundi exalamente porgue 330 compartinentadesintermamee eque tes perite chegara sv aun porto Caso no tivessem esses compatinenes, todo o se dleavazaria€ 0 mavia afundaria. Quem sabe © planeta tvesse um $6 comsando politic, wna so lerritorialidade, mo msitiplas come os estes Estados Nags de oe cle {itera afundado ? ies, portano, a sugesibo de que o Estado Nacional pode ainda vir a cumprir um papel importante na sobrvivéncin do planeta © a 68 Geogralia, Politica e Cidadania Inonanidade, espeitadas asderengas incorporandoa justi social como wn lor fudamental dn especie humana Referéncias Bibliograficas Abramovay. Ricardo (1992) “Paradigas do Capitalisno Ay Questo. Si Paulo Ed. Hoc. Allegre, Mary Helena (1987) “Resorvas Extativistas: Ua Proposts de Desenvolvimento da Floresta AmazSniea", EA. Curitiba ‘Anderson. Anthony et aii (1994) "O Destine da Floresta: Reservas Extrivsis © Desvolvinento Susentivel nn Amazin Relame- Damar, Riode ane, Anderson Pietro (1978)"Linhagens do Estado Absoluis". Ed Afrontamenta, Porte Peni (1995) in“O PésNeoliberalismo”. SaderE, (og). Rio de “nei And, Hanna (1982) A Condi Humana Aristeles (1974)"Aristleles" Cologo Os Pensidoes, Vo. Ste Paulo, ‘Abit Culurl Barros. Glnedes Rego (1981) Presenga do Capit Rego Barros 0 Alto Tui (1912-1918) Senado Federal, Brasilia Becker, Bortha (1992) "A Goografia c 0 Resgate dx Geopolitics Brasileira de Geograla, Ano 30, Tomo 2. FIBGE, - ‘Maz css liss ngligenciam, avez até por falta de comprecn doze que seu abot de aise 0 espaco, no sb gcoeeu como também sept ‘to. anise espacial deforma mais profinda, Pos, a mesto tempo em que ‘on a Geogaia Fisica da Geogratia Humana, diffeultando a andlise da globa- ‘corre trac ezonemieamente desig corre nbn 0 inerefubio eco Esc € um desafio para nés gedpratos, se pretendemos realizar specs npotanice que exrapoan 3s ais séci-econdmicas, pois a de (rojleituras do terri, (rojagmpand Has nasss anilies © que a natureza pendéncia condnnica wo ¢ anifesa apenas na subvaloracio do trabalho Tide da natuneza eda sociedde, | fictmente desigal. © termo intercimbio eclogicamente desigualexpressa io separ. E parassaé preciso debuer-paracompreendr -qutisosmétodos | fos paises dependestes (ou subdeseavelvides) ms lanibém 0 intercimbig de alises corretos para a sociodade par natura, Esta questo ¢ fda desigual em relagio prods mio renoviveis ou s6 entamente renowiveis tent pois a natrez em eis isievguimias,asocedade fem normasde | ‘compretiides os elementos ferilizanes de solo incerporadas em exports ‘organizagto soietirias Ser corto ilizar © mesine metodo de andes (bes aricalas es pradios smportades de esesso valor ecoligico. Alguns Para as doa res de couecimento? Ou trata da superagdo do paradignia xemplos,esteaids de Joa M. Ali, iia do significado do proceso de ‘ds ciéncia moderna para consi a eiéncia © a Sociedade do fturo com a inerciabio queesirapola a queso da explora diferencial do trabalho e da Integragto socal c espacial? nso quea glebalidade dan deteriora dos tenuos dere: urea emncontmsidocom a ausénclt Tsun ex por exempo. fr hstoria de ta exporinctin ve gas, ve amas ‘de compreensio desia mesma glebalidade, Tone snalisado a glbalidade minerals y mete, pero también fa del goon avina de pescado co Sco-econdmnica, tana poos stores dnominadas de euerda como de dite, Pern. EP gum ero conoetdo como feraltamte deste ante de fs In ‘nas anf em sido medio da produ de mereadoras i fen. mies ee pros metas o servidunbne creda ex ‘As anilise conics ttn en © 2 natureza, quando aparece. coresponde a exemple, a divisio do m ‘nostra que poo menos enquantocategorias analiticasecompar ud interdependéncia mundial Inaion exerementas te pitas para envianlo a Enrype, 2s Pitme gue dade. Por fem alguns ans eg af dio milion de onetadas.” (Aliet,1994: 39), ‘Sobre petra ess relia camo cust enrgética ca pobreza do nih inportado, asin se espresso mesme aur: scio-ccondinico &tido come loalidade. Esta elassfcagoindicava tanto a “For exemple. la cgricitura canes mexicana es dese ef punt ce sloblidade - 0 parimetro era 0 mesmo para todas as rexides do mundo ~ vista dela eflcacinenergeicn vale conservactn de a bieversdade det como a fragmentagio, digas pela earicersias de cada pais. A nalueeza, © nats superna fe es Est Unidas. Sin embargo, Mio export Ineio fsico, nests esindos,apaecia ora como bsticulo (paises topicais) © peinile e gaz barat a ox Exo Undo, que vaelvem a Alico, un ‘or como Tote de queza (pases venperades a ser apropeado pe home pteconvertilo em mee lscanyposcde Ket, wm mals de importa (Ou, também come cousta de varias anilises, os paises tropes, por seein de un gran cist energetic vee debi interes genetico™ (dem, Hoge), "eave qu gues aos erharrames del, sorts ue no segue um pat3o “Einars enone sposzve oars specos, Derseactere chvade ies aco Unreal epeline Lin temp suo ee tafe de cons Que aes dow econ st ‘Gein sundeconstca, co ns eras ds Copano: ‘epraduzem amano, enquorias tables hogs aerate rlunarerte ‘rater Joan ce torses:rerdrb seangeamnte elspa demons (dade omer, 1 Coste onesies screen (Ae 1 190261001), 82 83 Terra Live Un outro aspecto do inercimbio ecologicamentedesigual¢expl: citndo nn transferee de restos dos pases indusrializados para os paises pobres. Residuos em geal txics "Ene 1986 ¥ 1988, 3.176.000 onelodas de basura fueron em os pases indsirilizeds hacia 15 pases del Tercer Mund” (Naw o, ‘Outros exemplos podem ser acrescenads, porém penso que ques to fundamental é que compreens dess process permite verificartanloa ‘quest da deterioraco ds condicdes ambicntis con a peda da biodversi- dade edo intercimbio de cnerpin, staves das oes inernacionss, qe preci- sam ser aprofundadas para que a anise espicialsja mais complesae emt sabe compet, Se cousderarmas que oimercimbio ques estabelecew entre os pa ses do centro do sistema ea periferia,caracteriza-se como imeredmblo eco lcamente desigua, sri necesirio repensat a problemstica da dvida externa ‘io apenas como Ms de capita (que ai vie do sul para 0 nore ¢ no do norte para o sal), sms tan pelos recursos natura que foram carreades do sul para o norte. Assim, importincia de releituras do teritcio tora-so ‘ais complexase fundamentis para a Goografiae para os edgrafo, ‘Um outro elemento a ser consderado, 0 momento av, sabre @| intercimbio econdmcocecologicamente design, se rdiz noe debs ens pressbs para votago de Lei de Patents. Tras da incomporago de wna nova dimensie do “mercado” que circular na forma de registo das descoher- {as centifeas, no immpartndo se potencalidade da nitureza (descobeia ciewifica?) este lealizada ou ado no teriérionagio dos organisms de pesquisa, ‘Assim, nio mais apenas a circulaeto de mercadorias ou do papel de propriedades das terra rai ¢ bane e dos nia edificadas. was tambéi 0 eonhecimentociztfieg da natreza~ para possivel uso fluro = circulando como mercadors. A propriedade do conhecimento pia além das fionteras dos Estados-Nacoes. Tatnse dena nova feta de aproprigio dos stores dominantes das nages tcnologicamentedesenvolvidas sobre as nagBes perifricas? “Tratase, na verdade, do mercado para tur camuado pela retd- rica da cienfieidade, da etériea de" guard” o conhecimmentocientficn para ‘o "bem comum,visando as geragbesfutras.E quem pode “zeit” por ete onlecimento ? Os pases do cen do sista, em especial oe Estados Unidos, ‘se oonsideram 0s melhores guardies para o futuro, Trala-se da plbalizagio do mercado tual e futuro, Trata-se do monopalizagso do conhecimenta da natureza independente de onde se localiza - no espago - esta caracteristicn dn 84 Geagrafia, Police e Cidadania vide = do tempo - ecossstimica de sua frag. ( doctentoclaborado pels paises latino anericanos pra a CNU: [MAD - Rio 92 - "Nossa propria Agenda sobre Meio Ambiente e Desenvolvi- eno” esplicita que no le, em relagto a prblemtica ambiental, neshuma ragio peifrca, que demonsra que a globalidade da naureza comesa a set Compendia, Aponta que o norte tm usa divia eologia como sul. pois © ‘restimenta o desenvolvimento do norte acorreu com base na exporacio predatrin do Tereiro Mund, © que indica que ampli-seo conhecimento bre as formas sciais de aproprigio da natueza ‘Seri ssn a problesitien ambiental que (e)clocar ca evidn- cia 4 nocessidade de compreender 0 espago- ilo como fetch ~ mas como ontradigges da produ social do espgo. Recoloca, pois ampli as formas plas qunis as niles. das cléncas da Sociedade das cfucias da natureza, Icorperam. questo do meio anbientee a formas de apropriaio da natreza 'Nproblenlica ambiental tz (on, e€ preciso desvendar partir desta ponta de teberg, que @ deri do desenvolvinent, mesmo o que & ‘had de desenvolvimento sstenive, écompreendido cono conta pro- deo de novas mereadoras. © que €fandamentamenteproblensiico, ara ge alingir wma meta (ado desenvolvimento) 0 modeto de de- _seavolvimento est desiruindo as ones de “recursos” de riquezas. E odese- ‘olvinento cienific tecnolgico que parocia tudo reslver, como fempo, enn Drovocade uaa altergfo(e mits vezes a desiruigo) en escalas de tempo © de espago nunca antes pensadas. A retdrica do desenvolvimento susentivel ‘no pod npr de compreender as formas tas de explora scio-espacial "As coadigdes esto inpressis wo espge dest modo de produto, ‘ve produ ao eso inp iercadoras eerie desejveise vendiveis © teenitrios indeseiveis ‘Asmercadorias vendiveis edesjveis so pat inter rio do desenwolvicnto¢ dos ideas simbolicos de todos sci Inipolar deste Final de scl, passando pelos objeto territios como pelas ‘elas que so veiculadas no mundo colorido das imagens de TV. [As mercadoriase teritrios indesojveis ¢ vendivels so muitas © varias, Ullizooermoincesejvel no sentido de que no feramplaneadas Come meeadorias, site embora com o tempo -€ com o desenvolvimento ~ “Taain dog ened cane epjeeionsspagen com eleae dered incon quesrbscamele Conoespsea ers ecole nan apes oesoro Plo So etc oie, nen ts Stressors sce, afi pte de rae nes reser ps’ resus apr soltaream epic nse ine ein amo me, sosenan > pce soa Bh, ‘5 85 Terra Livre acabem tomnando-se mercadoris (como os fillossot-pouige, mecanisnas Anisridos ee.) Sto mercadorias que “deteriora” determinados teritérios Tornando-s indesejveis pare riquezac pa o poder. Vio desde as que se deslacam no terra alimentos deteriorados, atoméveispouidores -co10 gules fixdos no leer ~ casas pobres ou sub-habitgt0 ei preivia on austneia desi, fend como consequénca spots ¢ lvoe aber "fo, eontaminagio Ndrica side precria, Eses“ambientes” sto tides como desvios da meta de desenvolvimento sei que se questione o prépri conceto 4e desenvolvinento, 'A descabert de que hi wma questo ambiental que provém das formas poas quis a socedade se elaciona com a natureza, tae Su boo, ‘como afirma Eda Tassia, a crise politi da rato "UL crise amibentol&,portonto, uma rise poi do rai, que nB0 en ‘conirasanisiengdes denn do exuema de represeagdesciemifiasexs- ees para reconhecimento da naareza seta! do mundo, que fl Mist» ren, teoniea ecivilzatoriamente profile. O ‘eckdente est dente do deme -0 universo, o mundo, isto representvel em sua iin isn tia, mudon de sienficngto. Tomouese conteto de ambiente” (Tass 1992). ‘A descoberta de que & uma crise politica da ro requer dos ger rns ui repensne das qucttes cepacia = dis melioras espa, pas © ‘dedrio do desenvolvimento est em rise, Una crise que € paradigmtica. E ‘qe como toda crze em zcase opotunidades, Rise de quedo posmanega ome antes ¢ aportiade dealterae as Formas palas quis as erses eco (Oportunidde tmp no momento aia, pois como diz Amufear Herrera éa primeira vez na histria da humanidade que esta possi o conhecinento hecessirio para resolver dos os problems materiisigades& base material ddavida. Mas osriscos também paren nnito grandes, No debate aval parece predominar 0 pensamento nelibera,artwindo a0 mercado a possbilidade ‘ reslver ods os males da hunanidade, incisive a problnsica abit "Nas premissas e objets, embora nao explicitadamente, do “de> -senvolvimentoSstentvel” expresso pela Comisso Mundial sobre Meio An bent © Desenvolvimento” Nosso Futuro Comum, ben como nos Tratades assinados na CNUMAD - Rio 2 presente o mercado como o responsivel pelo desenvalvimento, © mercado capitalists, como apentamos nese trabalho, sti umbilicalmente ligado ao intercimbio econdniica © ecolgicamente ‘esigual, portant, como considerar que este mesmo mercado resolver os problems das geraptes presentese das geragdes fara? "Mas, em que pes predominio do pensamento neoliberal s dete ‘montos da ONU referents eso (ou) assinados referendades pelos Es- 86 Geografia, Politica e Cidadania ados-Nogies,o que implica em eeonecinente d poder do Estado para re- [Euamentar a apropriveto © a producso do espago. Qual é hoje, o papel” “Tango. a" respneablidae” do Estado-Nacio para, se no resolver, miniizar a prablemética anbienal? Padero os Estados do chamado Terceiro Mundo deinar para 0 mercado reslucio de problemas crados no imbito do mesmo reado? Dentco deste comesto¢ necessrio proceder (elituras do teriti= ‘io, onde a natureza no aparega come algo isolado da sociedade, mas pelo Contr. flan apropriada eanformada pela sociedad. Esta apropria- ‘io diz espit varias formas de propriedide terioriais,sejam ela indivi- ‘sou estas, Na plobaidede, no espgn das naBes podennos exemplifica ‘coma Anat dvd ete pases, assim como os ares os mares teriorais pertencem” aos diferentes pases, © que Hos colocaclaramente que, pelo me ‘osm problemitica ambiental, 9 Extdo-Nrgao ao pede abrir mito das neces sing rogulagdes e regulamentagdes das nornas de uso do eritéio ‘De fornia gral, a questo ambiontalcoloca a necessidade de rele ura do tetra, onde & preciso considera ecomprecnder a complexidade da proprigio, da produgle do cosmo, da distribuigao, a complexidade ecos- sistfinica que se estabelecem ao longo do tersitrio, das organicaes societi- ine con nage “Tralee no da socializagao da natureza ov da natralizago dt saciedade mas da busca de compreensio das interrelaes das especiiidades, poisa compreensi ser tingid no coma soma das partes, nas com aanise ‘oncreta da realdade, coma suprazao do aus paradgina ceniicosecnolé- fico em construe de novos paradignaseienifico, pois i ordem espacial da exstenca hxonana proven da produ do(socat do cexpago, da construc de Geografins Homans que referee configuran foserno mano, Sinlarment, a ordem feiporl se comertiza na cons luge da istiria, sinultaneamente cercadoe cerceadora, mana datica rolutva que tem constiuideo cere onologic do pensamento marxsta Ini mats de 100 ones. Para completar a trade existencal necesaria, @ ferns do sero mute pade ser vste como algo que gira ent Torna consttigto da sociedade, produto e mprdago ds rela (es das instinges ¢ das prticns socials. O mexdo como esse nex ‘nloligico do espg-tempo-se &concetunimenteespecificadoe weeebe tom sentido particular aa explicagi das eventos ¢ocorréncas coneretos Confonte grado de odes as foriassociissejam elas erica ow ora. "Eo fomece wm tema inspired oreves do qual se pode excminaro nte= raga one Histri, a Geogrofiae a mesderaidade” (Soja, 1993: 35). Penso que 0 nexo-ontelégico espago-ser-tempo constitut @ a7 Terra Livre (reydescoberta do espaco- uma nora relago da Sociedade com a naureza ea possbilidade de consiigio da meforaespag-temporl para 8 consirugio fda Geografia, una necessriae Fundamental releitra do eeigrio em que se compreenda e efina a ago dos diferentes agenes predntores €consunidores deste testi, ‘A sociedade moder é sociedad do descarive, que antontoa-e ‘em grandes lines, ea 0 indastial, sea © domestic, sea © hospital, ea 0 '6sieo, onde impera 0 mau cher e grandes posibildades de comtaminagio pendéucia ccondnicae devastagio do anbiene Neste sentido. a gerago de condiges para a formagio intelectval, pan quiliicaglo no trabalho e para a construe da cidadania &necessria ara bom esne das pessnase para a preseragio do ambiente. Este 6 onto iid importante dese conccito. A partir desssreleréncins, as decides Sabo ilizago de dserm para osinteresses da con A goragto de tecnologia & um proceso coletiv ca sun dito so & possvel por sncio das rlagdes sects, Neste sentido, a coaperigo & ana ‘ondigoinpotante para oavango dese proceso, Para fomenara organiza de cooperativasagrcols. 0 Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Tera « MST eriow 0 Sistema Cooperatvsta das Asscnados -SCA. O objetivo ge dessa inciaiva € o desenvolvimento de Cooperativas de Produgio © de CComescializagio nos assentamenios, para a eriag de cenras de cooperaivas oruidadefeeratva ecm nel nzciona a consttuigia da Confederagao dais CCooperalvas de Reforma Ageia do Brasil CONCRAB, ste projets eucanin ein desenvavinento, Na sua ajotérin 0 SSCA precisa ernr uma arteulago entre as experincias desenvelvidas nos assentantenis ests propia. Assn, dever comtemplae a panicipagio dos assenadas que deseavolven a produto de forms individ dos geupos coetvos as assoriagbes. das conperativas ete, Nesta droge oSCA define as soguines abjetivos especiios: [= objotivesecondsnicos. no sentido de conti para solugto dos proble- maseconduicos dis fiiiasasseniads,desenvahnde a coopergo agsicoln ‘orienta ering decnipreas renines vahilvando progress econsmico do assentamento por meio do aumento da produvidade eda dernizagio da produ: 2 = Objetivossocinis,propon Forms allrnalivas de organiza da peo ‘90 agropecuiria em proveito do bem estar dh comunidad, deseuvolver ccnologiassocialnentcapropriads reaidade dos asentaments, para pro ‘varquea fora agri ¢ vel, también, no sentido econdnico,aumentar © poder de negociagio com as instiuigdes governamentais¢ contribu para a ‘Ver Wedaree 1A & Weaeios [A 1085 Gas, R, 1967 167 Terra ive constr da cian ‘Sen divida que w geragin de ecnologias socialnonteapropriadas essencia para viabilizar um proesta desta mont, Em prise agar é preciso deseavolver um processo de frmaco intelectual dos taialhadores para que possam wilizar © ciar novas Weealogias. Neste sentido, umn experiencia Finpartante 6 do Deparamentode Esulos Raa - DER. lecslizado em Braga RS. Esta escola forma professors para tabular uas escola ds assentamenos de dversos Estados do Pais. Os profesores si. 1 sua iri. assentados © ‘raain também na alfaetizagto de jovens ead. Parna formacio nica nico de Capacitago e Pesquisa da Reforms Ageia = TERRA, 10 1 de Verondpolis-RS, Nest Iai etn ios deassentados que realizam ‘sous estglos om diversos asontanentos om todo o Pas, Da mesma forma, © to reebe estates de diferentes ponies do Brasil. Onra experiéncia importante o Cento de TecnalogiasAllrativas Populares -CETAP lcalizdo tno miicipo de Pntio-RS, esponsive pet formaga de pesquisadores que ‘= ocupam daditsio ds ecaoogias socialimentcapropriadas, para a prodio gro ¢ pec, ib nos assentamentos, Para fone politica dos assentados sista Escola Naciowl, gclizada no municipio de Cagador-SC. [Nes escola so formas sven liderangas do MST. que aban em pro ‘da ts poa tse od na pela vetorn ira, Enmisoraa aul eura dy organizagio para deseuvavimento das assentamentos esta concent Sil do Pas, em oneasrogiges vo se descnvelvendo tenativas pars a criaglo de infa-esraura. Tedavi. esas _esperignclas so algunas das mais importantes qe vém aconteceado em diver- ‘508 Estados brasileira, Alin do rabaho de diversas niversidades estas © Federais em parceria com os assentamentes on czntais dz cooperatvas ‘© MST. ainda, am publica diteronts peraicns para subsidia os leabhos ns assntancitos. So divers ins coins orcas par Forma plitica. pa formagio tenia, pr educagaoe para organo Social eccondmica. Ess puiblenes const izados nasescolas de primeira scpund abet ‘Glo de joven © dlls, livros de cone tdrio-mctadeice ¢ mais ‘que ans na forma polia dos ase, Esse nial 6 ‘dopa iderangas no nvesintento da organiza interna ds assenanentos ‘Alem desis esratas eslabeleidas nos illinas oto anos, outas| !ivdades importantes S008 cso. labora elizados nos p= Dros assentamentos. Nests hia prtcipagio da comunidade a partir das suas Formas de organizagiocxadas para tas ins. Sst 1985, a 168 Geograta, Palitica e Cidadania Os assentamentos ligados ao MST possuem suas formas de ‘onuanizagia. que Sempre estrada cn coordenagbes. niles e seores CContando con esta esratira so elizada diferentes atvidedes, promovidas ‘coin 0 objetivo de encontrar solugdes para alguns dos problemas das conics. ‘0s cuss soos mis divers: de conto Iéeico agricola ou de conto edvcacional ete. oferecidos pela proprio MST on pols Screatias de ‘Agrculioron Educa, por universiades on organizagies nao govemanentais -ONG's. As ofcina pedagigicas so realizadas em dverss asentamentos ara casita de professors de cordeuadores de eicaio. Essatividade €proposta polo Stor de Eve do MST stem duzagto de una semana. Os ‘sas de cca ofereidas aos professores si referents as dscplinas © asséries das escola tabaliadas. Alin dessa fvidade os coordenadores c 0s professors realizan outs alvidades com a comunidad para discussto do Plano global da escola. Eon algunins ofieinas pedagogicas participam das Seortaias de Edveagto do Estado ¢ do Municipio, bem 5 pedagigicas 0 Seto de Educaglo do MST & 1 cologdes Cademos de Edueago, Bolen ds responsive pela publica Eaicagio ene ours clegdes de livros paradics, O Sear de Educagio oss epresenigio nos assentamentos, por meie dos seus coordenadores, emt ‘itis Estados 6 todasas regis braierasereaiza senesralanenteencontros ‘naconais para defini sta politica de atuagio com relagio as escolas de sesenanetios ede acanpmentos ‘0 Selor de Prodi ealiza os taborlériosongizacionas. Estes ‘io “workshops” em que diferenes eusos prions de Fonnagao tenica 0 ‘fers coo bjtivo de ransfornagio dt realidad eal. Coforme Coreia (1995: 24)."0 laboraloro umn mtd deenpacilagio que enquatoprocesso ‘de trasivissio de couiceinent, visa clevaraconscicia ingen cern da ‘oletividde no nvel di consign organiza ‘$i dh ealidade em que viven (Os laboralrios so amb espagas de ergo de tecnolog priadas, Nesles 0s participates aprende ‘evprestados os insumos necessirio para organizagio do faboratéio.Desta forma, procwran combina as insumas de diversas ares produtvos. Os cursos so vols pra os ileresses, nooesidadese objetivos da eomunidade € da ‘ide ofetante do aboratéro. Nese sentido so oercidos diferentes cursos, ‘como por exemplo: dalilografi, conabilidade, administragio ee. Estes conecimentos slo importantes para a eragio de formas de organizagio 169 Terativee assocativas 09 coopers. Nese sentido. considerando as condiges © {calidad loeis. ocorei inveainenos naconsieugode agroidisiri, como porexemplo: ibrica de farina de mrandiocs. dibs domi fami para ‘manipulagda de medicaments simples ci Ainda, em alguns ensos, a ‘construgo de sings de rostianteno de et, brcs de que ete 0s laboratéris também contribuem para a difusio © para a ‘conical no assntamentoc deste com ovtas eis, 180 praposconaa sada do isolamento da conunidade. que ade passr a reecberinformagées sobre a realade de Estado, do Pais ed nuindo, Outa preacupagin con a qualidade ‘Shciosambiontal,considerind desde aside dos metros das fuilins ae a preserva do espe da comnidd cd regio onde se oa ‘Unt dos abjlivs da laborsério & a eriago de wa form de ‘organizagao cooperat. Estas expericncias tm sido difindida em varios Estados ¢ 05 resultados sio 0s mais diverss. que vo desde 0 sucesso da ‘organizagio de cooperativas te reeus da comunidade emda os modelos ropostos pelos Iccncos. ind asin. 6 una eperigncia importante para a Imoderizogio dos assentamentes Para a realizagto desses trabalhos:oficinas ¢ lnboratéros. 0s corn sri de considers. ilo mis ioquictagdes que sods, sabre © {nlendimentoc tatamcato do higae no csi de geogatin “ates de ais nd € nocessrio coiguro gar. Iicialene. © Ingar fi definid como limite quecircunda o corpo, Esa concstuagio enon a Aristtces, que a apreseniou haba init sion, Uma lorie desta compreenso de gar va ecorrera panir das asserts de Descartes. O soo Feanetsintreduz. nos Prisepis asin, que. len de delimit 0 6p, © " Potssor do Geporarie de Gent ds Unieriade de Sf Pato ‘TERRALWAEAGD + Sto Paulos p 257240 + nF » ago. 82/ago. 99 Terativee ugar tem de ser define em rela posi de lees corps. Esta ili promisss que empreganes parh definit @ lugar szogrificn, De nossa pate. enendenins 0 high geogifica coma o plo dt Felago ent sere. so ele define polo sexes que esto reacionando- alenagio & ust componente intenssco do sistema captalista de prodagao. A escola, ene ois instiuigaes, nsee-seenquanto wna unidade ‘essen, Oslo nesta concepo, una parte ‘onde so depositadasinfomagtes que diiculn o seu ato-conhecimento 'A especalzagio ¢ a fragmentagdo existentes ma sociedide © na Terrative citncia, estimuladas pela crescent necessidade dy acta do capital le ‘varumoindividoa econhecer apenaso espa cicundanie con uma paccla ddesuaexisténcia, semestabeecerinter-tegdes com odo, A especial e a feaginentago gla. tort ohne exo 90s trabalho, esrih 0 Seu espa¢0 (Santo, 1984). A escola, pra alo, ¢ wn fragnent, wa pega se conevio com a reildnde. Tomar conscgncia desi queso, implica em demtifica. ne interior da estrutur socal, a ctegorasda eld. qe poder _xplicaras reais condigtes maerais de existéncia dos alunos na sew couiian. ‘A medida em que a sociodade alval passa por un processo de inensificagao das esruturas sSio-econiens epiaistas, ees conte subvetsio da cigncia e alienage, inertere nis rlagdes dos homens con homens. das hamens cams ois, ei, dos homenseonosevespaga ant 1984: i). 1st signifiea eompreende oespaco vive como pono de pati €

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