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Beijei os imóveis beiços de gesso

escorreu uma linha dos seus olhos

o fogo, ainda possesso

dedilhava naquelas mãos

em sua cabeleira: a montanha, o ninho

o zunir dos insetos famintos

zanzando a flor ignóbil, exposta

o cheiro da cópula

do sol sobre as rochas

evaporando os restos de chuva

das coisas miúdas

no titubear do passarinho

trombeteando bobo adentro

nas fendas de teu corpo umedecido desse monumental que as coisas vêm toca

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