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CONTRAPONTO DE PRIMEIRA ESPÉCIE

Contraponto de primeira espécie (nota contra nota) consiste numa linha melódica que se contrapõe ao
cantus firmus, podendo estar abaixo ou acima deste.

Para sua composição devem ser observados os seguintes critérios:

1. O primeiro e o último intervalo devem ser uníssono ou oitava.

2. Se o cantus firmus estiver na voz inferior, o primeiro intervalo pode ser de quinta justa.

2. Uníssono deve ser usado apenas no início e no fim do contraponto e em movimento contrário.

3. A última nota do contraponto deve ser atingida por movimento contrário à nota do cantus firmus, e por
grau conjunto ascendente ou descendente.
5. As duas vozes devem formar exclusivamente consonâncias perfeitas e imperfeitas. O intervalo de quarta
não é permitido.

6. Deve ser empregado o maior número de consonâncias imperfeitas, porém não empregar mais de três
vezes consecutivas a mesma consonância imperfeita.

8. Evitar quintas e oitavas ocultas e quintas e oitavas paralelas.

9. A repetição da mesma nota pode ser usada apenas uma vez e só ocorre na primeira espécie.

10. Evitar saltos melódicos na mesma direção.


11. Depois de salto, sempre que possível, usar grau conjunto em movimento contrário. O uso de
outro salto só é permitido se ocorrer em movimento contrário

12. Os pontos culminantes das vozes não devem coincidir.

13. Na cadência final o sétimo grau deve ser alcançado por grau conjunto, na forma ascendente, e
elevado em todos os modos, exceto no frígio. Na forma descendente pode ser precedido por salto.

14. Recomenda-se colocar o número do intervalo harmônico entre as vozes para se ter consciência
do emprego correto das consonâncias.

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Referências:

Carvalho, A. R. (2006). Contraponto modal. Porto Alegre, Brasil: Evagraf.


Fux, J.J. (1965). Gradus ad Parnassum (trad. A. Mann). New York, USA: W. W. Norton.
Koellreutter, H.J. (1996). Contraponto modal do século XVI. Brasília, Brasil: Musimed.

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