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O efeito dos filmes

COMO é que a nova ênfase sobre o sexo e a violência nos filmes influi sobre
as pessoas? Alguns contendem que são mínimos os maus efeitos, que tais filmes
são apenas “diversão”.
Todavia, pergunte a si mesmo: Como é que se tornou a pessoa que é hoje?
Não foi pelo seu ambiente e sua educação? Pelo que tem colocado em sua
mente, em especial por meio de seus olhos e ouvidos, a sua personalidade se tem
formado desde que era criança. E quanto mais ficar exposto a algo, tanto mais
isso se tornará parte do leitor.
Neste respeito, há aquilo que se pode chamar de lei fundamental ou princípio
do comportamento humano. É o seguinte: É AQUILO COM QUE NUTRE SUA
MENTE.
“Lavagem Cerebral”
A técnica de “lavagem cerebral” comunista baseava-se neste princípio. Por
expor constantemente as mentes dos seus prisioneiros ao raciocínio e à disciplina
comunistas, muitos foram induzidos a fazer coisas que não fariam de outra forma.
Grandes números de pessoas transigiram.
A mente é influenciada pelo que assimila. Quanto mais assimilar certos tipos
de informação, tanto mais será influenciada nessa direção. É similar ao seu corpo,
que é influenciado pelo que o leitor come. Se desejar manter saudável o seu
corpo, comeria constantemente lixo?
O que dizer, então, se de contínuo alimentar a mente com lixo mental? Se se
expuser a isso constantemente e meditar nisso, gradualmente se tornará parte de
seu modo de pensar. Permitir-se-á sofrer uma “lavagem cerebral” nessa direção. A
sua personalidade será gradualmente transformada, e não o será para o bem.
Mas, com uma dieta de alimento mental saudável e edificante, a personalidade
pode ser moldada no sentido do que é certo. A Bíblia mostra isto, por dizer:
“Cessai de ser modelados segundo este sistema de coisas, mas sede
transformados por reformardes a vossa mente, a fim de provardes a vós mesmos
a boa, e aceitável, e perfeita vontade de Deus.” (Rom. 12:2) Sim, aquilo com que a
pessoa nutre sua mente é a chave daquilo que tal pessoa se torna.
O Que Deseja?
Alguns, em especial os produtores de filmes, contendem que não há nada de
errado em se ver o sexo e a violência. Com efeito, cada vez mais pessoas,
inclusive clérigos, afirmam agora que a fornicação, o adultério, o
homossexualismo e até mesmo a violência não são sempre ruins.
Mas, será isso o que deseja para si? É isso que deseja para sua esposa ou
seu marido, para seus filhos? Aprovaria se alguém cometesse fornicação com sua
filha? Acha que está certo permitir que sua esposa passe a noite inteira com outro
homem, cometendo adultério? Aprovaria que seu filho se tornasse homossexual?
Convidaria um criminoso para vir à sua casa surrar sua esposa e seus filhos,
talvez os matando?
Provavelmente admitiria que não deseja que nenhuma destas coisas aconteça.
Todavia, ao passo que não deseja que a imoralidade sexual ou a violência sejam
parte de sua vida familiar, lembre-se — É AQUILO COM QUE NUTRE SUA
MENTE! Se permitir que sua mente, e as mentes de seus entes queridos, se
alimentem de tais coisas, não fique surpreso se, com o tempo, começarem a
praticá-las.
Tem Efeito
Toda impressão em sua mente tem um efeito. Num programa do “Columbia
Broadcasting System” intitulado “Edificando o Cérebro”, certo cientista declarou:
“Os efeitos da aprendizagem e da experiência não passam simplesmente sem
deixar vestígio. O cérebro é realmente transformado.”
O Criador do homem, Jeová Deus, sabe muito melhor do que qualquer outra
pessoa o que é bom ou ruim para a mente. Ele nos diz em sua Palavra que nutrir
a mente com uma dieta constante de informações ruins é a base da ação errada.
Afirma a Bíblia: “Cada um é provado por ser provocado e engodado pelo seu
próprio desejo. Então o desejo, tendo-se tornado fértil, dá à luz o pecado.” (Tia.
1:14, 15) E como é que o desejo duma pessoa aumenta? Pelas coisas com que
nutre a mente.
A mente é um tanto parecida a um computador. Os computadores produzem
por serem programados. Obtém-se deles apenas aquilo que se coloca neles.
Assim, também, se programar sua mente com informações erradas, obterá maus
resultados. Bem, então, considera o consumo constante de filmes que incluem a
fornicação, o adultério, o homossexualismo, o lesbianismo, o crime, o ódio, a
violência e a matança uma boa programação para a mente?
Companhias
Se deseja que seus filhos cresçam com decência, será que lhes permitiria
associar-se com conhecidos fornicadores, homossexuais, mentirosos e criminosos
endurecidos? Convidaria tais pessoas a vir à sua casa quais companheiros para
seus filhos?
Quando vê um filme, o leitor e sua família estão, com efeito, associando-se por
cerca de duas horas com os tipos de pessoas apresentadas na tela. E os filmes
visam deliberadamente envolvê-lo emocionalmente com os personagens,
aprofundando as impressões feitas na mente. Os espetáculos de televisão e as
peças teatrais têm fins similares. A respeito de certa peça teatral, um anúncio do
Times de Nova Iorque, de 23 de março de 1969, comentava:
“Desde os tempos clássicos e o teatro erótico da antiga Grécia jamais
se viu uma apresentação tão franca e honesta do amor homossexual
no palco.
“Não se pode deixar de se ficar profunda e pessoalmente envolvido
nas vidas dos personagens representados.”
Deseja o leitor ficar envolvido profundamente, ou que sua esposa, seus filhos
ou suas filhas fiquem profundamente envolvidos com homossexuais, lesbianas,
fornicadores, adúlteros e criminosos? É isso mesmo que faz quando gasta horas
vendo tais pessoas serem representadas em filmes, espetáculos de televisão ou
peças-teatrais.
Também, muitos filmes agora são torcidos para criar simpatia para com o
malfeitor — o adúltero, o homossexual, até mesmo o assassino. E o fato de que a
simpatia da assistência é suscitada demonstra que o filme tem seu efeito sobre a
mente deles. Estão sendo condicionados a desperceber, a tolerar, ou até mesmo
a imitar os próprios erros que Deus condena. Como o Dr. Derek Buchanan avisou
à Associação Médica Britânica: “Água mole em pedra dura tanto bate até que
fura.” E, como a maior autoridade sobre à mente, a Palavra de Deus avisa: “Não
sejais desencaminhados. Más associações estragam hábitos úteis.” — 1 Cor.
15:33.
“Jamais Faria Isso!”
Ainda assim, ao ver algum ato de imoralidade ou violência sexuais na tela,
talvez pense: “Ora, eu jamais faria uma coisa dessas!”
Na verdade, neste momento talvez lhe crie repulsa se alguém lhe sugerir que
roube ao próximo, minta a seus amigos, ou seja infiel à sua esposa. Mas, o que
aconteceria se ficasse em companhia de ladrões, mentirosos e adúlteros por
tempo suficiente para dar ouvidos aos argumentos deles? Com o tempo, talvez
criasse simpatia para com eles.
Talvez lhe repulse pensar em um varão ter relações sexuais com outro varão.
Mas, o que aconteceria se vivesse com homossexuais e desse ouvidos ao
raciocínio deles? Aquilo que de início lhe parecia repulsivo talvez, com o tempo,
não lhe parecesse mais assim. E, considere o seguinte: Como foi que a maioria
dos homossexuais se tornou assim? Por passar tempo pensando nisso e por se
associarem com outros que eram desse jeito.
Talvez ache que seu filho ou sua filha jamais se empenhariam em imoralidade.
Mas, o que aconteceria se lhes permitisse ver filmes junto com adolescentes do
sexo oposto e ver atos repetidos de carícias e de imoralidade? O que é mais
provável que façam depois de tais filmes, em especial se também tiverem acesso
a bebidas alcoólicas, que corta as inibições? Sabe qual é a resposta.
Os filmes atuais bradam: “VAMOS PRATICAR A MALDADE! VAMOS VIOLAR
AS LEIS DE DEUS!” Será esse tipo de influência que deseja sobre si e sobre seus
entes queridos?
Ainda acha que o leitor e seus entes queridos estão além de serem
corrompidos pelas más influências? Então lembre-se de que milhões de cidadãos
alemães decentes e trabalhadores sofreram “lavagem cerebral” por parte da
propaganda nazista a fim de cometerem e apoiarem os crimes mais hediondos
contra a humanidade. Assim, não subestime o efeito que pode ter sobre o leitor e
sua família a propaganda corrupta que jorra dos filmes sobre o sexo e a violência.
Os Jovens São Mais Atingidos
A mente adulta tem mais experiência na vida. Por conseguinte, talvez esteja
mais preparada para resistir a sugestões para a imoralidade ou a violência,
embora, também, seja atingida por fim.
As mentes dos jovens, porém, não dispõem de tal experiência ou resistência. A
mente do jovem é como um avião a jato. Tem grande energia e potencial, mas
precisa ser guiado por mãos experientes. Sem tal direção, a mente jovem é como
um avião a jato que tem uma criança como piloto. A pressão bastante forte do
sexo, da perversão e da violência sobre a mente jovem será demais para ela
suportar. Talvez perca completamente o controle.
Quando dois irmãos, de dez e doze anos, aterrorizaram uma cidade de
Oklahoma, EUA, fazendo disparos a esmo, matando e ferindo pessoas,
perguntou-se-lhes por que o fizeram. Disseram à polícia que foram motivados por
estórias de crimes nos filmes e na televisão. Outro rapaz que espancara uma
moça disse que obteve a idéia depois de ver a mesma coisa na tela. Um
rapazinho de doze anos escreveu a um gerente de banco ordenando-lhe a
entregar-lhe NCr$ 22.500,00 “ou morrerá”. Tirou a idéia de um filme de crime,
declarando: “Vi como as pessoas conseguiram dinheiro por escreverem a
gerentes de banco dizendo que alguém morreria se não lhes pagassem. Achei
que também conseguiria fazer isso.”
Multiplique tais exemplos por milhares e poderá ver a razão pela qual o diretor
do FBI, J. Edgar Hoover avisou a respeito da “perigosa tendência” nos filmes e na
televisão, tendência que disse glorifica o crime e a violência.
Similarmente, um editorial do Citizen-Journal de Columbus, Ohio, EUA,
comentou que tais padrões decrescentes “destroem a influência paternal com um
golpe tão forte como o jab de sete centímetros que Joe Louis tornou famoso”.
Observou que se ensina aos filhos “pela repetição, repetição e mais repetição a
esperar a violência e a procurá-la”. O editorial acrescentava: “E lembre-se,
também, da baixeza que se lhes ensina que fazem. Nada é mais perigoso do que
pretender que seus próprios filhos permanecerão isentos.”
Os analistas relatam que a criança mediana nos EUA gasta de 500 a 1000
horas por ano vendo televisão! Adicione-se a isto as muitas horas gastas por ano
vendo filmes. Juntas, representam mais tempo do que gastam em qualquer outra
atividade, exceto o dormir! Com muito menos tempo gasto cada ano, aprendem
matemática, línguas, ciência e outras artes. O que, então, acha que faz a estas
mentes jovens esta quantidade muito maior de tempo gasta em se submeterem a
uma “lavagem cerebral” pelos filmes e pela TV?
Não é preciso adivinhar. O psiquiatra infantil, Dr. Arthur R. Timme, avisou que
tal condicionamento mental tem “efeito muito deletério sobre a mente das crianças
em desenvolvimento . . . desenvolvem-se com senso completamente deturpado do
que é certo e errado no comportamento humano”.
Como prova disto, experiências cuidadosas revelam que as crianças expostas
a violência em filmes eram duas vezes mais violentas do que as crianças que não
viram tais filmes. A respeito de tais experiências, o 1969 Year Book of the World
Book Encyclopedia, declara:
“Em contraste com a crença até então popular de que a violência
filmada pode influir adversamente apenas sobre crianças inclinadas
para um comportamento violento, crescente número de cientistas
insistem agora que isso talvez tenha impacto muito mais prejudicial
...
“Numa série de testes, Bandura [Albert Bandura, psicólogo da
Universidade de Stanford] e seus colegas expuseram crianças dum
jardim de infância a filmes breves que mostravam adultos cometendo
violentos abusos, de modos incomuns, contra bonecas infladas do
tamanho da vida real. Quando se observou mais tarde estes meninos
e meninas em brincadeiras, a maioria tendia a imitar com precisão o
comportamento estranho dos adultos.”
Quer jovens, quer idosos, não podemos fugir da verdade quanto a os filmes
hodiernos destacarem o sexo e a violência, bem como os espetáculos similares da
televisão e do teatro. Exercem, deveras, um efeito profundamente negativo nas
mentes das pessoas. Noticiou o Times de Los Angeles, de 16 de fevereiro de
1969:
“Os Estados Unidos vivem nos ‘dias de Sodoma e Gomorra, nos dias
de maior declínio da civilização em toda a história’, segundo o
presidente duma faculdade do sul. . . .
“‘A liberdade concedida para se fazer e exibir modernos filmes’, disse
o Dr. Sutherland, ‘é uma das influências mais prejudiciais na vida
moderna’.”
E o que se dá nos Estados Unidos também se dá com as outras nações do mundo
atual.
Mas, por que tudo isto acontece? Por que os filmes atingiram tal estado
degradado que chegam a contribuir grandemente para transformar a sociedade
numa moderna Sodoma e Gomorra? Por que existe tal avalancha de filmes que
sublinham coisas que se chocam diretamente com as leis de Deus? Por que há tal
degradação do que é de boa moral, decente e reto?
Tudo isto não é mero acaso! Foi feito deliberadamente! Tem que ver com a
verdadeira razão da “avalancha” de sexo e violência nos filmes hodiernos.
Examinemos agora essa razão.

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