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ANIMAÇÃO NO DOMICÍLIO E EM

UFCD
3541 INSTITUIÇÕES – PLANIFICAÇÃO
DE ATIVIDADES
Índice

1.Elaboração de um plano de atividades ............................. 2


2.Definição de objetivos .................................................... 22
3.Identificação de recursos humanos, materiais e logísticos27
4.Definição de responsabilidades/tarefas ......................... 33
5.Selecção de critérios de avaliação .................................. 37
Bibliografia ........................................................................ 44

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1.Elaboração de um plano de atividades

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A animação em instituições

Enquadramento institucional:

CENTRO DE CONVÍVIO

Conceito:
Resposta social, desenvolvida em equipamento, de apoio a atividades sócio-recreativas
e culturais, organizadas e dinamizadas com participação ativa das pessoas idosas de
uma comunidade.

Objetivos:
• Prevenir a solidão e o isolamento;
• Incentivar a participação e potenciar a inclusão social;
• Fomentar as relações interpessoais e intergeracionais;
• Contribuir para retardar ou evitar a institucionalização.

Destinatários:
Pessoas residentes numa determinada comunidade, prioritariamente com 65 e mais
anos.

CENTRO DE DIA

Conceito:
Resposta social, desenvolvida em equipamento, que presta um conjunto de serviços
que contribuem para a manutenção das pessoas idosas no seu meio sociofamiliar.

Objetivos:
• Proporcionar serviços adequados à satisfação das necessidades dos utentes;
• Contribuir para a estabilização ou retardamento das consequências nefastas do
envelhecimento;

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• Prestar apoio psicossocial;
• Fomentar relações interpessoais e intergeracionais;
• Favorecer a permanência da pessoa idosa no seu meio habitual de vida;
• Contribuir para retardar ou evitar a institucionalização;
• Contribuir para a prevenção de situações de dependência, promovendo a
autonomia.

Destinatários:
Pessoas que necessitem dos serviços prestados pelo Centro de Dia, prioritariamente
pessoas com 65 e mais anos.

RESIDÊNCIA

Conceito:
Resposta social, desenvolvida em equipamento, constituída por um conjunto de
apartamentos com espaços e/ou serviços de utilização comum, para pessoas idosas, ou
outras, com autonomia total ou parcial.

Objetivos:
• Proporcionar alojamento (temporário ou permanente);
• Garantir à pessoa idosa uma vida confortável e um ambiente calmo e
humanizado;
• Proporcionar serviços adequados à problemática biopsicossocial das pessoas
idosas;
• Contribuir para a estabilização ou retardamento das consequências nefastas do
envelhecimento;
• Criar condições que permitam preservar e incentivar a relação inter-familiar.

Destinatários:
Pessoas de 65 e mais anos ou de idade inferior em condições excecionais, a considerar
caso a caso.

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LAR DE IDOSOS

Conceito:
Resposta social, desenvolvida em equipamento, destinada a alojamento coletivo, de
utilização temporária ou permanente, para pessoas idosas ou outras em situação de
maior risco de perda de independência e/ ou de autonomia.

Objetivos:
• Acolher pessoas idosas, ou outras, cuja situação social, familiar, económica e
/ou de saúde, não lhes permite permanecer no seu meio habitual de vida;
• Assegurar a prestação dos cuidados adequados à satisfação das necessidades,
tendo em vista a manutenção da autonomia e independência;
• Proporcionar alojamento temporário, como forma de apoio à família;
• Criar condições que permitam preservar e incentivar a relação inter-familiar;
• Encaminhar e acompanhar as pessoas idosas para soluções adequadas à sua
situação.

Destinatários:
Pessoas de 65 e mais anos ou de idade inferior em condições excecionais, a considerar
caso a caso.

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Os lares e os centros de dia constituem estruturas destinadas a promover, junto da terceira
idade, um conjunto de atividades e de ações de cariz cultural, recreativo, social, educativo.

Se no plano legislativo (formal) estes objetivos estão definidos e consagrados no


ordenamento jurídico português, a realidade, porém, é bem diferente e está nos antípodas
do quadro normativo.

Os lares e os centros de dia, tal como funcionam, maioritariamente, em Portugal, parecem


interpretar o convencional “merecido descanso” da terceira idade, como se este se reduzisse
a uma situação humana de seres mumificados e acamados.

É uma situação perfeitamente desadaptada das necessidades da terceira idade.

Para inverter esta situação é necessário promover programas de Animação Sociocultural que
respondam, a partir dos domínios:
• Social, não só através de relações interpares, mas, sobretudo, com o meio, porque a
terceira idade não se pode situar à margem da sociedade;
• Cultural, potenciando e estimulando a memória viva dos idosos, e que se pode refletir
em atividades como teatro, dança, criação de cancioneiros, artesanato, histórias de
tradição oral, jogos e partilhas de saberes;
• Educativo, no sentido de estimular a criação e a respetiva participação em
Universidades Seniores, que promovam um sistema de ensino bidimensional, assente
na aprendizagem e no ensino fruto de uma partilha de saberes entre formandos e
formadores.

A Animação Sociocultural para a terceira idade, no contexto dos designados lares, encontra-
se hoje regulamentada por legislação que, todavia, tem carecido de ser universalmente
aplicada.

Os Lares de idosos devem oferecer aos seus utentes atividades de animação sociocultural
recreativa e ocupacional.
O alargamento do conceito de necessidades básicas é um dos aspetos mais importantes da
nova regulamentação.

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Além dos “cuidados adequados”, os lares devem passar a dar uma ênfase especial às
atividades de animação que contribuam para um relacionamento saudável entre os idosos e
para a manutenção das suas capacidades físicas e psíquicas.

Para todos os estabelecimentos, existentes ou a abrir, torna-se obrigatória a existência no


quadro de pessoal, de um animador social. Nos lares devem também ser afixados em lugar
bem visível o plano de atividades de animação sociocultural e recreativa.

Na grande parte dos lares para idosos, a vida destes é bastante pobre em acontecimentos
de vida, neste sentido a função do animador e ou de ajudantes de lar passa pela elaboração
e realização de atividades com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos idosos.

As instituições devem proporcionar aos idosos não só a satisfação das necessidades mais
básicas, como higiene, alimentação e cuidados médicos, mas também as necessidades de
participação, ocupação da sua vida social.

A animação é muitas das vezes considerada como secundária e sem grande validade,
situação que não deveria acontecer pois a animação contribui muito para a qualidade de vida
do idoso.

Exemplos de situações que ocorrem nas instituições de idosos e que podem ser colmatadas
com o desenvolver de atividades de animação:

Conflitos entre idosos


Os conflitos entre utentes e as funcionárias podem surgir por duas razões. Primeiro, pela
falta de acontecimentos de vida nas instituições, ou seja nada que faça diferença entre os
dias. Todos os dias são iguais, guiados por rotinas (pequeno-almoço; sala de estar, almoço,
sala de estar, lanche, sala de estar, ceia, deitar).

Esta rotina faz com que os idosos tenham de criar factos (histórias, criticas…) que muitas
vezes criam conflitos.

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Segundo, o hábito que os idosos têm de se sentar sempre nos mesmos locais, quer na sala,
quer à mesa, faz com que estejam sempre ao lado das mesmas pessoas o que origina
cansaço que pode originar conflitos.

Nestes casos, a animação cria acontecimentos de vida, ao alterar a rotina e ao fazer com
que os idosos convivam uns com os outros, causando uma diminuição de conflitos.

Imobilidade
A maioria dos utentes que frequenta serviços de apoio a idosos não aumenta a sua
mobilidade e autonomia.

O facto de terem pessoas que fazem os serviços por eles, estes tendem a tornar-se ociosos
e dependentes.

A animação aliada à motricidade e às artes plásticas faz com que os idosos melhorem ou
mantenham a sua autonomia e capacidade de movimento.

Exemplo de atividades de animação que se pode desenvolver em instituições: jornais de


parede, decoração das instituições, idas ao jardim e/ou café, leitura de livros, revistas ou
jornais e posterior comentário sobre o que se leu, jardinagem, pequenas tarefas como ajudar
na cozinha ou na lavandaria, comemoração dos aniversários e dos dias festivos, ouvir música
ou ver filmes, atividades físicas, cognitivas ou de expressão.

A estrutura residencial deve estimular a participação dos residentes em atividades


organizadas na comunidade e deve também ter iniciativa própria neste campo.

A estrutura residencial pode também fomentar parcerias com a Autarquia ou com qualquer
outra associação da comunidade em que se insere.

É bom que os próprios residentes proponham atividades e colaborem ativamente na sua


organização.

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É de extrema importância conhecer individualmente os gostos e as preferências dos
residentes, é possível que existam pessoas com interesses comuns e que possam partilhar a
mesma atividade.

Esta partilha permite aos residentes um maior apoio e à estrutura uma rentabilização de
recursos (transportes, colaboradores que acompanham os residentes, entre outros).

Há atividades que não podem ter lugar nas instalações da estrutura residencial, mas nada
impede, e pode ser positivo, que se realizem noutros espaços – pavilhões polidesportivos ou
auditórios municipais, por exemplo.

Neste caso, deve haver a preocupação de informar os residentes sobre a hora, o local e os
transportes disponíveis.

Aos residentes com dificuldade de mobilidade, que desejem deslocar-se ao exterior, deve ser
assegurada companhia.

Em todo o caso, deve imperar o princípio de que a participação dos residentes em qualquer
atividade deve ser voluntária.

Devemos motivar, mas não impor: podemos desfrutar de uma atividade que, à partida,
encarámos com relutância, mas não desfrutaremos certamente de algo a que somos levados
a praticar contra a nossa vontade.

Uma boa forma de motivar os residentes a participar é envolvê-los no planeamento e


avaliação das atividades.

A oferta deve ser tão variada quanto possível e deve haver informação afixada sobre as
atividades desenvolvidas, quer pela residência, quer pela comunidade, esclarecendo as
condições de participação.

Sempre que possível, a comunidade deve igualmente ser convidada a participar em


atividades organizadas pela estrutura residencial

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A animação ao domicílio

Enquadramento institucional

SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO

Conceito:
Resposta social, desenvolvida a partir de um equipamento, que consiste na prestação
de cuidados individualizados e personalizados no domicílio a indivíduos e famílias
quando, por motivo de doença, deficiência ou outro impedimento, não possam
assegurar temporária ou permanentemente, a satisfação das necessidades básicas e/ou
as atividades da vida diária.

Objetivos:
• Contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos e famílias;
• Garantir a prestação de cuidados de ordem física e apoio psicossocial aos
indivíduos e famílias, de modo a contribuir para seu equilíbrio e bem-estar;
• Apoiar os indivíduos e famílias na satisfação das necessidades básicas e
atividades da vida diária;
• Criar condições que permitam preservar e incentivar as relações inter-familiares;
• Colaborar e/ou assegurar o acesso à prestação de cuidados de saúde;
• Contribuir para retardar ou evitar a institucionalização;
• Prevenir situações de dependência, promovendo a autonomia.

Destinatários:
Indivíduos e famílias, prioritariamente, pessoas idosas em situação de dependência.

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O conceito de Animação ao domicílio surge associado à necessidade de serem conferidos ao
idoso sinais de afeto e de solidariedade que passam, sobretudo, pelo estabelecimento de
diálogo e da procura em manter e reforçar os laços sociais com o meio que o rodeia.

Associa-se, também, à necessidade de desenvolver a autoestima para que o idoso não perca
a autonomia, levando-o, se possível, à execução das tarefas inerentes à vida quotidiana, a
reinseri-lo no meio social envolvente mediante a manutenção ou o restabelecimento de laços
com a comunidade, através de ações dinâmicas e de partilha de experiências e vivências que
visem a preservação da sua identidade e da sua interação.

Com base nestes princípios norteadores, importa reter que a Animação ao domicílio não se
reduz a um mero acompanhamento de carácter assistencialista muito em voga em Portugal.

A animação ao domicílio, que praticamente não existe, visto que os serviços de apoio ao
domicílio se centram no assistencialismo (alimentação, higiene e tratamento de roupa).

Quando existe um plano de animação, este muitas vezes resume-se a levar os utentes para
a instituição, para ai participarem nas atividades, ou levá-los aos passeios.

É imprescindível criar atividades simples que se podem desenvolve com estes idosos, que
têm um perfil específico caracterizado pela dependência, pelo isolamento, pela ociosidade,
pela desmotivação.

Importa, neste ramo da Animação Sociocultural da terceira idade, ter em atenção um


conjunto de fatores, de que destacamos a mobilidade, o isolamento, a perda da autoestima,
a separação ou a ausência da família, a desmotivação, a resignação, a ociosidade, a
dependência televisiva.

Um programa de Animação Sociocultural ao domicílio deve ter como estratégia fundamental


superar as limitações apresentadas, de maneira a não desqualificar os idosos e relegá-los
para uma condição de cidadania menor.

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Estar sentado a maior parte do dia diante de um televisor, ou simplesmente sentado, é tão
nefasto como permanecer todo o dia deitado.

A imobilidade excessiva prejudica as pessoas idosas ou em situação de dependência,


repercutindo-se na sua saúde física e psíquica e levando a um estreitamento progressivo dos
horizontes e dos interesses.

Pelo contrário, os residentes devem participar em atividades da mais variada natureza. Os


colaboradores da estrutura residencial devem interessar-se por conhecer os seus gostos e
vocações e os hobbies que mantinham antes de ser admitidos.

Planificação das atividades

Conteúdo da planificação:

• O Quê…?
• Objetivos: Para Quê…?
• Local: Onde…?
• Metodologia: Como…?
• Atividades e Tarefas: o que se pretende desenvolver
• Calendarização, Cronograma: dias, horários, duração da atividade
• Destinatários: sala, idades, número de participantes
• Recursos Humanos: quem promove e participa na atividade
• Recursos Materiais e Financeiros
• Avaliação

Elaboração de um plano de atividades


Conceitos gerais

Plano
Um Plano de animação é um conceito mais amplo que traduz a forma como processos e
recursos serão coordenados, articulados e alocados para se atingir determinado objetivo.
Inclui o projeto e o programa de animação.

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Projeto
O projeto de animação consiste num plano detalhado, elaborado com o objetivo de prever e
antecipar imprevistos e de planear e orientar as diversas ações a realizar durante
determinado período de tempo.

Ou seja, um projeto reúne todas as fases e ações subsequentes necessárias para alcançar,
com sucesso, objetivos previamente definidos.

Programa
Programar consiste em prever o futuro desejável e identificar aos meios necessários para o
alcançar.
O programa de animação consiste no conjunto de atividades de animação que a instituição
coloca à disposição dos utentes.
A relação das atividades disponíveis deve ser estruturada por dias e horas.

Estrutura do plano de animação


De um modo geral, o plano de animação deve ser composto por oito partes distintas:
1-Introdução
2-Diagnóstico
3-Objectivos
4-Metodologia
5-Programa de atividades
6-Orçamento
7-Sistema de avaliação

1-Introdução
Apesar de constituir a primeira parte do projeto, dever ser redigida apenas no final do
processo de elaboração do projeto, uma vez que sintetiza o conteúdo do mesmo.

2- Diagnóstico
O animador deve concretizar de que forma os elementos analisados foram tidos em conta na
elaboração do projeto de animação e dos programas de atividades.

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Ou seja, descrever de que forma a informação recolhida na fase da análise influenciou a
estrutura do projeto, os objetivos, a metodologia, as atividades, o processo de divulgação e
promoção, as técnicas de avaliação e a orçamentação.

3- Definição de objetivos
Definição dos objetivos a alcançar com a aplicação prática do projeto em questão.

Os objetivos devem ser claros, pertinentes, concisos, concretos e realistas, uma vez que
constituem os elementos orientadores dos planos de ação. Para cada objetivo devem ser
estabelecidos indicadores quantificáveis.

4- Metodologia
Definição do percurso a seguir, assim como as técnicas e instrumentos através dos quais se
procuram alcançar os objetivos previamente definidos.

5 – Programa de atividades
Esquematização detalhada do programa de atividades a realizar, com indicação do objetivo
inerente a cada uma e o porquê da sua integração no programa.

6- Orçamento
Apresentação dos custos inerentes à aplicação das atividades previstas, em termos de
materiais e recursos necessários.
As atividades podem e devem ser agrupadas no sentido de facilitar a elaboração do
orçamento.
Os valores a apresentar assumem a forma de valores parciais e finais.

7 – Sistema de avaliação
Para além de descrever qual o(s) sistema(s) de avaliação que vai ser usado, o animador deve
comprometer-se a informar a informação dos resultados obtidos, fazendo referência à
periodicidade com que o vai fazer.

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Requisitos da programação

A adequada programação de atividades com grupos é essencial para garantir que se atinjam
os objetivos que devem ser previamente delineados em função do contexto concreto em que
estamos a atuar.

Importa ter presente que a prossecução de objetivos implica não somente uma adequada
programação, isto é, uma correta seleção e ordenação de atividades, mas também, a
definição antecipada e a posterior implementação de uma metodologia.

Ou seja não interessa apenas pensar no que se vai fazer com um grupo, mas também como
se vai trabalhar, como se vão implementar as atividades com esse grupo.

Alguns fatores a ter em conta na programação de atividades

Entre outros, há um conjunto de aspetos que devem estar presentes quando programamos
as atividades a desenvolver com um grupo.

Uma programação de atividades tem de ser flexível.

Em animação de grupos é indispensável encarar a programação com flexibilidade, tanto mais


que raramente existe a obrigatoriedade de cumprir programas antecipadamente
estabelecidos.

É importante prever, ao programar, que uma atividade pode durar o tempo inicialmente
previsto, mas também pode durar muito menos ou muito mais tempo.

Ou seja, pode não existir tempo para realizar tudo o que se programou, ou pode ser
necessário realizar atividades não previamente programadas para que uma sessão de
trabalho não termine cedo demais.

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Importa, também, ter presente que uma atividade que, ao programarmos, parecia adequada
para um determinado grupo, contexto e momento pode, pelos mais variados e imprevistos
fatores, revelar-se inadequada e, por isso mesmo, ter de ser substituída, à última hora.

Uma programação de atividades deve ser uma proposta a negociar com o grupo
com quem se vai trabalhar.

Uma das características mais distintivas do trabalho que se realiza, no âmbito da animação
com grupos, é que, as pessoas, habitualmente, devem poder escolher livremente e participar
ativamente nas atividades.

Os tempos e modos desta negociação do programa de atividades, com os participantes,


variará de acordo com as características do grupo. Se o grupo tiver maturidade e capacidade
de assumir compromissos a longo prazo é possível negociar todo um programa logo no início
do nosso trabalho com ele.

Mas se o grupo tiver pouca maturidade, como por exemplo quando é constituído por crianças
pequenas, a negociação terá de ser constante, atividade a atividade, dia a dia.

Ainda assim, algumas coisas terão de ser negociadas com antecedência, como por exemplo
uma atividade que exija equipamentos ou materiais que tenham de ser garantidos
previamente.

As atividades servem para atingir objetivos ou para satisfazer o grupo.

Mas em qualquer dos casos temos de ser coerentes com o objetivo da nossa atuação. Não
organizaremos atividades competitivas se um dos nossos propósitos for o de melhorar as
atitudes de cooperação entre os membros de um grupo.

A realização das atividades tem de ter em conta o ritmo de desenvolvimento do


grupo.

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Um grupo que não se conhece, ou que acaba de chegar a um sítio novo, não tem a mesma
capacidade de realizar atividades que requerem cooperação do que a de um grupo que já
está instalado num local ou que já funciona há algum tempo.

A programação proposta deve incluir elementos atrativos, inovadores e


espetaculares.

Uma certa dose de originalidade e de espetacularidade na animação de atividades é


importante. Mas sem cair no permanente protagonismo e, ou, espetáculo da parte dos
animadores, que convertem o grupo em mero consumidor, de atuações, concursos e outras
atividades do género.

As atividades devem respeitar o ritmo de vida dos membros do grupo.

O que obriga a não programar, por exemplo, atividades que requeiram esforço físico depois
de comer, ou um longo período de atividades pouco movimentadas.

A programação de atividades deve ter sempre presente a segurança daqueles com


que trabalhamos.

Por outro lado, os animadores, além de proporem uma programação inovadora, atrativa e
espetacular, devem conseguir que o grupo encontre e defina o tipo de atividades que
realmente lhe interessa, e que os membros do grupo façam também as suas propostas.

É importante, também, acostumar o grupo a decidir entre as propostas não apenas pelo lado
atrativo, mas também pela viabilidade.

Os animadores devem ajudar o grupo na preparação e realização de atividades.

As atividades são quase sempre preparadas pelos animadores, mas devemos tentar, com
firmeza e persistência, que o grupo assuma, também, a responsabilidade de preparar e
realizar atividades com o propósito de fomentar a sua autonomia e a coesão.

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Os animadores devem ser elementos potenciadores do desenvolvimento da
criatividade e imaginação dos membros do grupo.

Isto significa que os animadores devem ser criativos. Mas, não significa que devam criar,
muito menos durante as atividades, para que o grupo os imite.

Devem ser originais e imaginativos, mas sobretudo para saberem escolher elementos de
trabalho, transmitir sensações, oferecer elementos motivadores e que ajudem a desenvolver
a imaginação e a criar.

Também devemos considerar atividades aquelas que são realizadas nos


momentos em que não há atividades programadas.

Há que tirar da cabeça a ideia de que as atividades são unicamente o que está escrito no
papel, o programado.

Os jogos que surgem espontaneamente nos tempos livres, ou os momentos de leitura e de


conversa, devem, também, ser considerados atividades.

Seleção de atividades

A Animação de idosos deve ser principalmente estimulativa dentro de um quadro técnico


alargado e interdisciplinar que lhe permita agir, a partir dos seguintes postulados gerais:

• Conceito de pessoa: a pessoa é um ser com capacidades, habilidades e aptidões,


é possuidora de uma história pessoal, de um projeto de vida que a torna singular e
única. A Animação permite, entre outras possibilidades de intervenção, conhecer os
traços característicos da personalidade, os seus significados, as suas capacidades, as
suas habilidades;
• Conceito de meio: o espaço em que a pessoa vive, em que prossegue atividades
com que se autorrealiza. A Animação tem como finalidade fazer uso desse meio, isto
é, incentivar a pessoa, utilizando os recursos já existentes para intervir;

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• A participação: a partir da Animação deve-se promover uma participação
voluntária, ativa, que valorize, sempre que possível, as propostas e decisões da
pessoa idosa;
• A Animação Sociocultural: centra os seus objetivos no desenvolvimento de
capacidades de relacionamento das pessoas com o seu meio, potenciando os
processos de interação com outros, na busca da superação de problemas e na
tentativa de se vencer o desânimo, estimulando o que há de positivo na vida.

A Organização, ao estruturar e planificar anualmente o conjunto de atividades ocupacionais


e de desenvolvimento pessoal para os utentes, deve ter em atenção os seguintes
princípios/regras:

• Respeitar as diferenças religiosas, étnicas e culturais, entre outras, dos clientes.


• Promover a autonomia e a qualidade de vida.
• Fomentar a ativação e estimulação dos clientes.
• Respeitar o cliente quanto à sua individualidade, capacidades, potencialidades,
hábitos, interesses e expectativas.
• Promover a participação ativa dos clientes e/ou pessoa significativa nas diversas fases
de planificação das atividades.
• Promover a comunicação, convivência e ocupação do tempo livre dos clientes.

O Plano poderá conter um conjunto diversificado de atividades do tipo: lúdico-recreativo,


cultural, social, intelectual/formativo, desportivo, espiritual/ religioso, quotidiano, festivo (por
exemplo, Natal, Carnaval, Páscoa, aniversários, entre outras).

Pode ainda incluir a organização de exposição de arte feita pelos clientes, concursos de
culinária, competições desportivas, atividades inter-geracionais e ateliês de informática.

Para a globalidade de cada atividade-tipo são definidos, pelo menos, os seguintes itens:
objetivo(s), indicador(es) e calendarização.

Os produtos podem ser muito variados, exemplificando alguns, por atividade-tipo:

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• Lúdico-recreativo – participar em coros ou grupos musicais; fazer objetos em
cerâmica, crochet.
• Cultural – ir ao cinema, ao teatro, a concertos, museus, exposições.
• Social – participar em passeios coletivos ou em atividades desenvolvidas por outras
organizações.
• Intelectual/ formativo – participar em conferências, seminários, canto, leitura,
ateliês de informática.
• Espiritual/ religioso – ir à missa, rezar, Reiki, Tai Chi.
• Quotidiano – cuidar de plantas, cuidar de animal de estimação, fazer arranjos de
costura.
• Desportivo – fazer ginástica de manutenção, natação, hidroginástica, Yoga.

De acordo com as normas de qualidade aplicáveis aos lares de idosos, o conjunto de


atividades lúdicas destina-se a manter as capacidades funcionais e cognitivas dos idosos,
estimuladas pela atividade física, mental e de expressão artística ou artesanal,
nomeadamente, entretenimento e animação (festas, feiras, passeios), das quais se
organizam registos, tais como álbuns de fotografias, vídeos, filmes e outros.

Para a execução destas atividades, o Lar pode recorrer ao apoio de organizações exteriores
e em particular à família (família direta, amigos, vizinhos, colegas e voluntários).

E para a elaboração do seu plano de atividades, com periodicidade mínima de um ano, deve
considerar os seguintes itens: objetivo, população a que se destina, atividades, duração,
local, data, hora e responsável.

É da máxima importância para o Lar e para os utentes que sejam privilegiadas as relações
com o exterior, quer através da saída dos idosos, quer através da sua abertura à comunidade.

Algumas situações a considerar:

• Estabelecer acordos/parcerias com organizações da comunidade, públicas ou


privadas, que permitam a participação dos utentes em atividades várias de acordo
com as suas preferências;

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• Promover o acompanhamento dos idosos sempre que pretendam sair e não tenham
capacidade de o fazer sozinhos, através de funcionários ou de voluntários da
comunidade, devidamente enquadrados na equipa técnica;
• Proporcionar a abertura do Lar a grupos da comunidade que queiram conviver com
os idosos, nomeadamente, crianças e jovens, de forma a permitir a troca de
experiências;
• Promover relações de vizinhança, nomeadamente, com outros idosos que ainda se
mantêm nas suas casas;
• Disponibilizar espaços à comunidade para exposições de pintura, fotografia,
artesanato ou outras atividades compatíveis com as quotidianas;
• Proporcionar mudanças de ambiente aos seus utentes, nomeadamente, através da
organização de passeios, colónias de férias, intercâmbio com outros lares de outras
regiões.

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2.Definição de objetivos

Objetivos da animação de idosos

A animação de idosos representa um conjunto de passos com vista a facilitar o acesso a uma
vida mais ativa e mais criadora, à melhoria das relações de comunicação com os outros, para
uma melhor participação na vida da comunidade de que se faz parte, desenvolvendo a
personalidade do indivíduo e a sua autonomia.

Uma boa animação destinada aos idosos deve dar resposta a diversos objetivos,
nomeadamente:

• Promover a inovação e novas descobertas;


• Valorizar a formação ao longo da vida;
• Proporcionar uma vida mais harmoniosa, atrativa e dinâmica com a participação e o
envolvimento do idoso;

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• Incrementar a ocupação adequada do tempo livre para evitar que o tempo de ócio
seja alienante, passivo e despersonalizador;
• Rentabilizar os serviços e recursos para melhorar a qualidade de vida do idoso;
• Valorizar as suas capacidades, competências, saberes e cultura do idoso, aumentando
a sua autoestima e autoconfiança.

Neste âmbito, a finalidade última da Animação é conferir dignidade à pessoa, devolver-lhe a


capacidade e sentido relacional e meios para que possa participar, decidir, optar.

Objetivos da animação em lares e centros de dia

A animação em Lares e Centros de Dia visa desenvolver uma série de atividades e ações de
carácter cultural, recreativo, social e educativo.

Pretende-se com estas ações que o idoso interaja com o meio, fazendo-o sentir-se parte
integrante da sociedade, que o idosos partilhe as suas memórias e que a partir delas potencie
atividades como o teatro, a dança, o artesanato, as histórias, os jogos e a partilha de saberes
e competências, assentes num sistema de ensino como as Universidades Seniores.

Objetivos da animação ao domicílio

A Animação no Domicílio é aplicada pelos agentes e auxiliares da instituição que prestam


Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) a idosos. Visa sobretudo manter e reforçar os laços
sociais do idoso com o meio que o rodeia, através do diálogo, dando carinho e solidariedade,
reforçando a sua autoestima.

Essa autoestima permitirá, que o idoso não perca a sua autonomia.

O idoso deve ser levado a executar tarefas da sua vida quotidiana (caso o seu estado de
saúde o permita), deve ser reinserido no meio social envolvente através da troca e partilha
de experiências e vivências.

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No entanto, a Animação no Domicílio não pode ser reduzida apenas a um serviço de
acompanhamento ou assistência.

A ASC não pode ser reduzida a um serviço suplementar aos já existentes de Apoio ao
Domicílio.

Falar de animação para idosos dependentes em domicílio significa interrogarmo-nos sobre o


sentido da vida de quem está confinado à sua casa, é questionarmo-nos sobre os
pensamentos dos idosos, quando os intervenientes/animadores deixam o domicílio e o idoso
se encontra perante ele mesmo.

A ASC ao Domicílio deve tentar superar uma série de limitações, como a mobilidade, o
isolamento, a perda de autoestima, a separação ou a ausência da família, a desmotivação, a
resignação, a ociosidade e a dependência televisiva, de modo a não diminuir os idosos e a
não considerá-los cidadãos menores.

Critérios para a definição de objetivos

A definição de objetivos de um projeto é a forma mais eficaz de promover planos de ação


adequados, específicos e orientados para a resolução de problemas.

Um bom exercício poderá ser o “braimstorming” de ideias, após o qual se fará uma seleção,
bem como uma associação se for caso disso, aperfeiçoando os conceitos que estão por detrás
das boas ideias e focalizá-las diretamente nas condições da zona de intervenção.

Estabelecer posteriormente um sumário conciso por cada uma das ações selecionadas e
registá-lo é um passo importante para a seleção das melhores (e mais adequadas) ações.

De um modo geral, o trabalho de planificação peca por excesso de objetivos, por vezes
irrealistas, ou por objetivos demasiado vagos e de difícil operacionalização e avaliação, para
além disto, muitos dos objetivos pressupõem ideias isoladamente, sem terem em conta a
integração das ações.

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Cada uma das ações anteriormente descritas deverá ser subdividida em tarefas que possam
ser atribuídas a alguém ou a algum grupo para sua execução.

O tempo necessário para a sua realização deverá também ser registado, bem como a
definição de intervenientes deve definir as funções específicas a desempenhar e as
competências necessárias.

A clareza e especificidade dos objetivos, a identificação de tarefas e a sua pertinente


atribuição a pessoas ou grupos facilitam a eficácia do processo e a verificação dos resultados.

A definição de objetivos de um projeto é a forma mais eficaz de promover planos de ação


adequados, específicos e orientados para a resolução de problemas.

Numa primeira fase é fundamental listar a as condições da situação atual, como referido na
identificação dos problemas. Posteriormente discute-se e define-se as “condições desejáveis”
(após reflexão sobre as condições, os recursos e os apoios da comunidade) e estabelece-se
um cronograma para atingir os resultados.

A definição dos objetivos da atividade pretendem dar um carácter mensurável à evolução


das metas definidas, determinando padrões de desempenho e procurando avaliar o atingido
durante a atividade.
Assim, os Objetivos devem ser:
• Específicos,
• Mensuráveis, apresentando a possibilidade de quantificação dos mesmo
• Aprováveis, permitindo que os responsáveis assumam o aprovado
• Viáveis,
• Temporalizados.

É importante salientar, em primeira análise, que devemos formular dois tipos fundamentais
de objetivos, distintos embora interdependentes:
• O objetivo geral;
• Os objetivos específicos.

25
O Objetivo Geral (OG) do projeto diz respeito à grande mudança que se pretende atingir,
deve responder à questão: para que é que vamos fazer o projeto, o que pretendemos atingir
a longo prazo? O OG reflete a prioridade do projeto, define o seu propósito e razão de existir.

A lógica de construção de objetivos que apresentamos segue o princípio do desdobramento.


Assim, os OG são apresentados como um guarda-chuva para os Objetivos Específicos (OE).

Na sua formulação, para além da grande mudança proposta, o OG deve indicar o grupo-alvo
a quem se dirige o projeto e área geográfica de intervenção.

Não é necessário a este nível indicar datas, ou tipos de atividades a desenvolver.

Se não dispomos objetivamente de dados anteriores ao início projeto, recolhidos de forma


idêntica ou comparável à recolha que faremos aquando da nossa avaliação, torna-se
arriscado propor um aumento que não temos condições de comprovar.

26
3.Identificação de recursos humanos, materiais e logísticos

Ao elaborar um plano de atividades, tem de ter a indicação de quantidade e qualidade dos


recursos necessários (recursos humanos, serviços, equipa, verbas, bens…), envolvidos em
cada atividade, bem como a duração de cada atividade (cronograma).

Recursos humanos

Os recursos humanos são imprescindíveis na realização de atividades de animação.

São pessoas adequadas e formadas para realizar as tarefas previstas. Isto prevê que se tem
de especificar o número de pessoal, as funções a realizar, indicando quem é o responsável
de quê e como está distribuído o trabalho.

27
De acordo com cada tipologia de Instituição deverá haver uma equipa multidisciplinar
adequada e específica para a tipologia de Utentes da Instituição.

Equipa De animação

Técnico Profissional de Animação Sociocultural

O exercício da atividade de Técnico Profissional de Animação Sociocultural compreende um


conjunto de funções, superiormente enquadradas, visando a intervenção junto de uma
comunidade ou grupo tendo por instrumento técnicas de Animação Sociocultural e por objeto
o desenvolvimento global e a integração pela via da atividade social e cultural dessa
comunidade ou grupo.

O Técnico Profissional de Animação Sociocultural, deverá por isso Ter formação adequada
que lhe deverá ser conferida pela formação académica apropriada e pelas diversas ações de
formação contínua que deve possuir.

Técnico de Animação Sociocultural

O exercício da atividade de Técnico de Animação Sociocultural compreende um conjunto de


funções podendo estas ser superiormente enquadradas ou da responsabilidade direta do
Técnico de Animação Sociocultural, visando a intervenção numa comunidade ou grupo
através do desenvolvimento de programas e projetos de Animação Sociocultural, recorrendo
para isso a técnicas e instrumentos adequados.

Pela sua formação o Técnico de Animação Sociocultural possui técnicas de observação e


diagnóstico da realidade em que intervém por forma a definir mais adequadamente os
programas e os projetos a desenvolver.

Este técnico é capaz de coordenar programas e projetos de Animação, articulando o trabalho


de forma ativa e integrada com as diversas áreas de intervenção e os diferentes agentes.

28
Técnico Superior de Animação Sociocultural
O exercício da atividade de Técnico Superior de Animação Sociocultural compreende um
conjunto de funções na definição de Planos e Programas de intervenção no domínio
Sociocultural.

O Técnico Superior de Animação e Gestão Sociocultural domina as técnicas de análise da


realidade definindo estratégias para a sua intervenção através dos recursos possíveis.
Coordena equipas de Técnicos de Animação Sociocultural e/ou Técnico Profissionais de
Animação Sociocultural ou outros.

Staff do estabelecimento
As atividades de animação devem prever a intervenção dos profissionais de outros
departamentos para além dos animadores.

Recursos materiais e logísticos


Equipamentos, infraestrutura física, instrumentos, etc., necessários para levar a cabo um
plano de atividades.

Está bastante difundida a ideia preconcebida que a animação exige a utilização de materiais
equipamentos e recursos em grande quantidade e de elevado custo.

Na verdade o volume e o custo do material apresentam-se sempre diretamente proporcionais


à ambição e à dimensão que se quer dar aos programas de animação.

Recursos materiais – instalações

Espaço físico
As Instituições devem situar-se em meios físicos adequados, salubres e bem arejados, de
fácil acessibilidade, que possuam infraestruturas viárias, de abastecimento de água, de
saneamento, de recolha de lixo, de energia elétrica e telecomunicações.

29
Preferencialmente deverão possuir uma zona não construída para atividades lúdicas ao ar
livre.

O animador deve pensar em soluções e horários alternativos de utilização.

O animador deve, ainda, identificar espaços para a realização de espetáculos, para realização
de atividades, culturais, lúdicas e de interior.

Equipamentos
As instalações deverão estar adaptadas às diferentes valências e necessidades dos Utente e
Profissionais.

Eis alguns exemplos:

Gabinetes Consultório/Sala de Salas de Formação/ Refeitório/Cozinha/


Multidisciplinares Tratamento Reuniões Copa

Receção Biblioteca/Ludoteca/ Rouparia/Lavandaria Farmácia/Armazém/


Bebeteca Arquivos

Salas de Instalações Sanitárias Instalações de Saídas de


Convívio/atividades/ oxigénio, ar Emergência/Portas
Lazer respirável e vácuo Corta-Fogo
Quartos/ Enfermarias Vestiários Local para prática Esterilização
religiosa (capela,
etc.)
Salas de Ginásio/Piscina Cabeleireiro Elevadores
Sujos/Despejos

Parque Infantil Morgue Transportes Jardins

30
Recursos Materiais

Material adequado e diversificado de acordo com as diferentes valências e áreas de trabalho.

Eis alguns exemplos:

Cama/Berço/Cadeira/Cadeirão/Maca Mesas/Secretárias

Material Lúdico e Didático (livros, Ajudas Técnicas aos Cuidados (canadianas,


computadores, TV, rádio, etc.) elevadores de doentes, cadeiras de rodas,
barras de proteção, etc.)
Material de Consumo Clínico (aparelhos, Material de Reabilitação (barras paralelas,
frigorífico, seringas, agulhas, medicação, etc.) espaldar, etc.)
Material/Equipamento de Cozinha/Refeitório Equipamento de Esterilização (auto-claves,
(máquinas, louça, etc.) etc.)
Material/Equipamento de Carro/Carrinha/Ambulância
Lavandaria/Rouparia (máquinas, roupa, etc.)
Material de Cuidados ao Bebé (fraldas, Material de Cuidados ao Idoso (aparadeiras,
toalhetes, etc.) urinóis, fraldas, esponjas, etc.)
Material de Apoio ao Domicílio (sacos do Equipamento/Material de Higienização
domicílio) (aspiradores, produtos, etc.)

Material de Deteção/Combate a Incêndio Meios de Comunicação (telefones, Internet,


(extintores, mantas, etc.) T.V., etc.)

Climatização Vestuário Adequado

E.P.I. (equipamentos de proteção Individual) Documentação/Impressos

31
O Orçamento

Muitas vezes as análises e a reflexão sobre custos e benefícios poderão infletir políticas de
ação e melhorar a organização de recursos financeiros.

Com frequência a única maneira de convencer autoridades, organismos financeiros ou


mesmo as populações é mostrar que é “melhor, embora caro” e “mais barato a longo prazo”.

Aos custos dos bens, serviços e ações tradicionais deverão acrescentar-se indicadores como
sejam o desgaste dos equipamentos, gastos de deslocação, formação da equipa,
autofinanciamento, tempos de adaptação das pessoas ao processo, etc.

O orçamento é legitimado pelos serviços que o projeto presta à comunidade e pela grandeza
dos problemas que ajuda a resolver.

Os custos/benefício e os custos/eficácia são fundamentais para a exequibilidade e


continuidade do projeto.

Elaboração de um Orçamento

1. Da lista de tarefas, identificar e listar todos os itens de custos;


2. Para cada um deles, calcular um custo (utilizando “padrões de unidade de custo”);
3. Depois de todos os itens orçamentados, conclui-se o orçamento global, assinalando
os itens que podem ser cobertos por recursos existentes;
4. Definir itens principais e sintetizar o orçamento pelas rubricas principais.

32
4.Definição de responsabilidades/tarefas

Há uma série de dificuldades que um animador se depara, dificuldades essas ligadas à


Instituição em si, aos funcionários, ao grupo de idosos e ao próprio animador:

Dificuldades Ligadas à Instituição

• Situação geográfica: o distanciamento dificulta as saídas e atividades no exterior,


levando ao sedentarismo e isolamento.
• Funcionamento da Instituição: um regulamento interno rígido leva a que a vida dos
idosos seja muito regulada e programada, dificultando o trabalho do animador.

33
• Direção da Instituição: pode condicionar o trabalho do animador quando liberta
poucos recursos económicos e “obriga” à realização de um plano de atividades global
e não ligado à especificidade de cada cliente.
• A “Imobilidade”: isto é, a incapacidade das pessoas modificarem as regras já
estabelecidas, pondo-as em causa. Há uma habituação à rotina.
• Os meios da Instituição: meios materiais e financeiros importantes à realização das
atividades. A maioria das instituições argumenta que a animação não justifica o
dinheiro que se gasta.

Dificuldades ligadas aos Funcionários

• A seleção dos funcionários. É importante escolher funcionários que gostem e mostrem


capacidade para trabalhar com idosos. Devem todos ter formação específica na área.
• O pessoal estático: isto é, os funcionários não devem limitar-se a uma única função,
devem estar aptos a interagir em todas as circunstâncias e situações.
• Funcionários céticos: desvalorizam as capacidades do idoso, mostrando pouca
abertura e confiança nas aptidões dos idosos.
• Funcionários “sem missão”: são aqueles que não demonstram qualquer respeito ou
afeto pelo idoso, não acreditando nas suas capacidades.

Dificuldades relacionadas com os idosos

• Cada vez mais velhos. O seu tempo de permanência é mais curto.


• Cada vez mais incapacitados. Isto condiciona muito as atividades, que têm de ser
adaptadas às dificuldades sentidas pelo idoso.
• Cada vez mais cansados. Como têm uma vida sedentária, cansam-se com facilidade
e por vezes usam o cansaço como desculpa para não participarem nas atividades.
• Resistentes à mudança, por comodismo ou por mentalidade.
• Resistentes à participação em grandes grupos, por falta de confiança nas suas
capacidades. Têm medo e vergonha de falhar.
• Isolados e introspetivos. Têm uma atitude negativa, excluindo-se do grupo e
perdendo vontade de viver.

34
• Comportamentos tipo. A agressividade, a introspeção e a “casmurrice”, são
comportamentos frequentes nestes idosos, devido à solidão, inação e monotonia que
sentem.
• Falta de à vontade no grupo. A disparidade de idades, interesses e percursos de vida
dificulta a união e a recetividade no grupo.

Dificuldades relacionadas com o animador

• O tipo de atitude, competência, personalidade e assiduidade do animador condiciona


as atividades.
• O animador pode ter poucos conhecimentos ou formação. Pode revelar-se
inadequado com aquele grupo etário (a nível cultural, físico e psíquico).
• Pode não ser criativo nas atividades propostas.
• A falta de amabilidade do animador pode ferir a suscetibilidade do grupo e provocar
sentimentos hostis.
• O animador pode estar de “passagem”, isto é, permanecer por pouco tempo e por
isso não se empenha ou integra com facilidade no projeto.
• O animador pode não ter adquirido conhecimentos suficientes para executar com
eficácia e profissionalismo as atividades.

Daí que, no trabalho com idosos temos de ter em conta várias condicionantes,
nomeadamente:
• Sentimentos e reações diversas às propostas, desde entusiasmo, indiferença e
desprezo.
• Um grupo de idosos muito heterogéneo nos gostos, capacidades, saberes e
recetividade às atividades.
• O trabalho com idosos institucionalizados é muito diferente do de idosos que vivem
em casa.
• O idoso e a idosa têm gostos e expectativas diferentes.
• O idoso, quando não se sente bem na sua identidade, é muito ligado aos seus bens,
ao seu espaço e lugar.

35
Eis alguns conselhos que ajudarão à animação

• Perguntar aos idosos o que gostam e o que querem fazer.


• Não desistir de trabalhar com eles mas ao mesmo tempo não insistir demasiado.
• Tentar realizar atividades no mesmo horário e no mesmo dia.
• Muitos jogos para crianças e jovens podem ser adaptados aos idosos.
• Seja paciente e alegre.
• Que a atividade seja do interesse do idoso, para contar com a sua atenção.
• Seja sociável e seja adequado à idade com a qual está a trabalhar.
• Trace metas exequíveis em recursos e tempo.
• Desenvolva a iniciativa pessoal e de grupo.
• Envolva todo o grupo no projeto.
• Desenvolva as atividades num local adequado, livre de distrações, com boa
iluminação, acústica e ventilação, assentos suficientes e espaço para a aplicação das
técnicas.

Algumas das vantagens do Trabalho em Equipa:

• Uma Equipa pode fazer trabalhos que uma pessoa sozinha não pode;
• Uma Equipa utiliza as capacidades de todos os seus Membros para chegar às
melhores respostas;
• Cada decisão envolve todos os Membros – eles participam no Processo - estarão, por
isso, mais empenhados na implementação das soluções;
• O Trabalho em Equipa torna as Pessoas responsáveis pela melhoria da Organização;
• O Trabalho em Equipa é divertido.

A dimensão de uma Equipa é um fator que afeta, de forma crítica, as suas probabilidades de
êxito.
É necessário cuidado e discrição na seleção de um grupo representativo, que não deixe de
fora bons valores individuais.

As Equipas começam a perder coesão e eficácia, a partir de um máximo de 10 a 12 Membros.


O tamanho ideal é, normalmente, entre 5 e 8 Membros.

36
5.Selecção de critérios de avaliação

Avaliação pode ser entendida como o processo pelo qual os objetivos pré-estabelecidos se
realizam.

Através da recolha de informação, procede-se a um juízo de valor, normalmente, com o


intuito de tomar uma decisão.

A prática da avaliação é algo que está presente no nosso quotidiano, no entanto, a avaliação
tem um campo científico que lhe é próprio; em que ela tem como objetivo fundamental a
avaliação do desempenho dos indivíduos perante um determinado contexto ou situação.

Existem várias modalidades de avaliação e várias formas de avaliar.

A avaliação obedece a três funções essenciais: a função de orientação, de regulamentação


e certificação das aprendizagens.

37
A avaliação deve portanto, centrar-se no produto de todas as atividades que foram propostas.
Deve ser guiada por critérios, que são contextualizados por indicadores que têm como
finalidade assegurar que os critérios estão a ser respeitados.

Referencial de avaliação

Esta metodologia tem implícita a elaboração de um quadro orientador, que serve de


referência – o referencial de avaliação.

Neste sentido, e tal como refere Alves (2004), esta metodologia de avaliação valoriza o
processo em detrimento do produto.

Desta forma, perante o objeto a avaliar, ou seja, a situação e operação da avaliação, é


construído um referencial com os elementos a avaliar, referentes e suas origens, critérios e
indicadores.

Objeto da Avaliação

O objeto de avaliação é o alvo sobre o qual a avaliação incide [as instituições, as políticas
educativas, os professores, os programas, a aprendizagem e a própria avaliação (meta-
avaliação)].

Um referencial é a combinação dos referentes utilizados para explicar um fenómeno, uma


situação ou um resultado.

Referente

O referente é o princípio exterior ao qual qualquer coisa pode ser relacionada (norma, modelo
em relação ao qual um juízo de valor é formulado).

É Aquilo em relação ao qual um juízo de valor é emitido, é o elemento exterior a que qualquer
coisa pode ser reportada, referida.

38
Critério

O critério é o padrão de valor que fundamenta o julgamento e, eventualmente, a decisão;


está na interface entre, por um lado, uma visão do mundo e por outro lado, os índices e os
indicadores que são mais operatórios.

A sua função principal é a de discriminar.

O critério é entendido como uma dimensão do objetivo que o avaliador resolveu privilegiar,
o que justifica a referência escolhida é o objeto visado, a qualidade procurada, o valor
privilegiado.

Critérios de avaliação:

• Eficácia – perceber em que medida os objetivos foram atingidos e as ações/


atividades foram realizadas;
• Eficiência – relacionada com a avaliação do rendimento técnico da ação, resultados
obtidos relativamente aos recursos utilizados;
• Adequabilidade – avalia em que medida a ação/ atividade foi adequada face ao
contexto e à situação na qual se pretendia intervir;
• Equidade – destina-se a avaliar em que medida existiu igualdade de oportunidades
de participação de todos os intervenientes na ação/ atividade;
• Impacto – utilizado numa perspetiva de médio ou longo prazo, destina-se a avaliar
em que medida a ação/atividade contribuiu para a melhoria da situação, numa
perspetiva de mudança.

Indicador

O indicador é o elemento observável que constitui o sinal, o vestígio da presença de um


fenómeno e que permite a medida do nível deste fenómeno, remete, pelo menos
implicitamente, para critérios.

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Os indicadores vão permitir construir um conjunto de dados para tornar legível cada categoria
de critérios.

Os indicadores deverão fazer sobressair a informação, permitindo efetuar concretamente a


comparação induzida pelo critério.

Instrumentalização

E por fim, a instrumentalização corresponde aos itens e aos instrumentos que são elaborados
mediante a funcionalidade do objeto a avaliar.

A instrumentalização decorre deste processo que varia em função do objeto a avaliar.

Os indicadores de monitorização e avaliação são definidos aquando da elaboração da


planificação de atividades.

O gestor do processo define, com a equipa, os indicadores de monitorização e avaliação,


assim como os instrumentos metodológicos específicos, tais como:
• Entrevistas/questionários de satisfação dos clientes e outros participantes;
• Pareceres técnicos em domínios específicos;
• Registos.

O objetivo da avaliação é medir a eficiência e a eficácia do Plano, quer ao nível do cliente,


quer ao nível da Organização.

Por conseguinte, a avaliação deverá permitir medir:


• O grau de execução dos objetivos previstos para cada cliente.
• O grau de execução dos objetivos definidos por atividade de desenvolvimento
pessoal.
• O grau de adequação dos objetivos de cada atividade de desenvolvimento pessoal e
produtos ao diagnóstico síntese, nomeadamente no que se refere às necessidades,
expectativas e interesses do(s) cliente(s).

40
• A satisfação do cliente e/ou pessoa(s) significativa(s) face às atividades tipo
realizadas.
• A adequação dos recursos utilizados e o custo envolvido na realização do Plano.
• O impacto dos serviços na melhoria da autonomia e qualidade de vida do cliente.

A Organização deve elaborar registos para evidenciar os resultados da monitorização e


avaliação do plano, sendo que estes devem fazer parte integrante do respetivo dossiê,
constituído para o efeito.

O resultado da avaliação e revisão anual do PADP deverá ser do conhecimento de todos os


intervenientes.
Para a revisão do Plano devem ser considerados, entre outros, os seguintes elementos:
• Resultados da monitorização trimestral.
• Resultados obtidos no relatório de avaliação do plano.
• Resultados da avaliação dos Planos Individuais dos clientes.
• Informação proveniente da avaliação da satisfação dos clientes e/ou pessoas
significativas e colaboradores (p.e., resultados dos questionários de avaliação de
satisfação, resultados das reuniões com o cliente/pessoas significativas).
Exemplo de grelha de Planificação das atividades:

Atividades Fases/ Responsáveis Objetivos Recursos Custos Calendariz Monitorizaç


Tarefas: /Equipa Técnica Específicos/ Necessários ação ão
Resultados
Esperados

Designação 1.

2.

3.

1.

41
Exemplo de planificação anual de atividades:

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Festa de a)
passagem de
ano
Festas de Dia 30 Dia 28 Dia 30 Dia 30 Dia 30 Dia 30 Dia 30 Dia 30 Dia 30 Dia 30 Dia 30 Dia
aniversário 30

Dia do neto b)
Festas de c)
Carnaval
Páscoa d)
Semana da De 21
Primavera a 27
Praia De 15
a 30
Intercâmbio e) e) e)
cultural
Verão cultural f) f) f)
S. João/ g)
Marchas
Jogos de praia h)
entre
instituições
Quinzena do i) i)
idoso
Desfolhada j)
Magusto k)
Natal i)
Dança 5ª 5ª 5ª 5ª 5ª 5ª 5ª 5ª 5ª 5ª 5ª 5ª

Ginástica 3ª 3ª 3ª 3ª 3ª 3ª 3ª 3ª 3ª 3ª 3ª 3ª

Música 4ª/ 6ª 4ª/ 6ª 4ª/ 6ª 4ª/ 6ª 4ª/ 6ª 4ª/ 6ª 4ª/ 6ª 4ª/ 6ª 4ª/ 6ª 4ª/ 6ª 4ª/ 6ª 4ª/

42
Trabalhos 2ª – 2ª – 2ª – 4ª 2ª – 2ª – 2ª – 2ª – 2ª – 4ª 2ª – 2ª – 2ª – 2ª –
manuais 4ª – 4ª – – 6ª 4ª – 4ª – 4ª – 4ª – – 6ª 4ª – 4ª – 4ª – 4ª –
6ª 6ª 6ª 6ª 6ª 6ª 6ª 6ª 6ª 6ª

Informática 2ª – 2ª – 2ª – 5ª 2ª – 2ª – 2ª – 2ª – 2ª – 5ª 2ª – 2ª – 2ª – 2ª –
5ª 5ª 5ª 5ª 5ª 5ª 5ª 5ª 5ª 5ª

Alfabetização 2ª – 2ª – 2ª – 4ª 2ª – 2ª – 2ª – 2ª – 2ª – 4ª 2ª – 2ª – 2ª – 2ª –
4ª – 4ª – – 6ª 4ª – 4ª – 4ª – 4ª – – 6ª 4ª – 4ª – 4ª – 4ª –
6ª 6ª 6ª 6ª 6ª 6ª 6ª 6ª 6ª 6ª

Jogos 3ª – 3ª – 3ª – 4ª 3ª – 3ª – 3ª – 3ª – 3ª – 4ª 3ª – 3ª – 3ª – 3ª –
4ª – 4ª – – 5- 4ª – 5- 4ª – 5- 4ª – 5- 4ª – – 5- 4ª – 4ª – 5- 4ª – 4ª –
5- 5- 5- 5- 5- 5-

Religião 3ª 3ª 3ª 3ª 3ª 3ª 3ª 3ª 3ª 3ª 3ª 3ª

Teatro 2ª – 2ª – 2ª – 4ª 2ª – 2ª – 2ª – 2ª – 2ª – 4ª 2ª – 2ª – 2ª – 2ª –
4ª – 4ª – – 6ª 4ª – 4ª – 4ª – 4ª – – 6ª 4ª – 4ª – 4ª – 4ª –
6ª 6ª 6ª 6ª 6ª 6ª 6ª 6ª 6ª 6ª

Legenda:

A) Jantar convívio com os utentes, familiares e funcionárias.


B) Intercâmbio dos Idosos com a sua família, realização de um lanche convívio com atuação do grupo
de música e teatro da Instituição.
C) Baile/desfile de Máscaras.
D) Visita do Compasso à Instituição; Almoço de Páscoa
E) Intercâmbio com outras Instituições, realização de convites a outras instituições, grupos de música,
teatro para visitarem esta Instituição.
F) Diversas atividades (passeios, convívios.) ao longo dos 3 meses de Verão.
G) Jantar de S. João com idosos e suas famílias. Ensaio e apresentação de uma Marcha de S. João
H) Jogos de Praia entre as diferentes Instituições do Concelho
I) Passeios, convívios/encontros com outras Instituições.
J) Desfolhada na Instituição
K) Magusto - Festa de Magusto / Lanche Convivo na Instituição.
L) Natal - Jantar/ Convívio com idosos, familiares e funcionários.

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Bibliografia

AA VV., Manual de boas práticas: guia para o acolhimento residencial de pessoas mais velhas,
Instituto da Segurança Social, 2005

AA VV., Plano Avô para Lares de Idosos, Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social/
Instituto Português da Qualidade, 2001

AA VV., Recursos para a animação de grupos, Anigrupos, 2007

AA VV., Respostas sociais: nomenclaturas/ conceitos, Ministério do trabalho e da segurança


social, 2006

JACOB, Luís, Manual de animação de idosos, Cadernos Socialgest, nº 4, 2007

REQUEJO OSORIO, Agustin, “Animação sociocultural na terceira idade”, in TRILLA, Jaume,


Animação sociocultural: Teorias, programas e âmbitos, Instituto

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