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Etapas de produção de cápsulas.

● O que são:
As cápsulas são fórmulas farmacêuticas sólidas no qual o princípio ativo e os excipientes estão
em um invólucro que pode possuir diferentes​ tamanhos e materiais. Comumente são formadas
de gelatina, mas também são encontrados amido, celulose, polissacarídeos, etc. São utilizadas
para doses pré estabelecidas. É forma farmacêutica de maior frequência a ser preparada.

Vantagens e desvantagem:

O uso da cápsula apresenta diversas vantagens para o paciente: é de fácil transporte, de fácil
administração oral, o seu revestimento protege o princípio ativo, evitando assim, qualquer
contaminação, o sabor desagradável consegue ser mascarado, pode ser identificado pela
distinção de cores e tamanhos, possui melhor tolerância gástrica.

Entretanto, possui maior custo de produção, é complicado conseguir uma quantidade exata de
peso para todas as cápsulas, se tem dificuldade de armazenamento, já que é sensível ao calor,
e principalmente a umidade, além da limitação na formulação de sua composição.

Tipos de cápsulas:

A cápsula conforme a sua composição pode ser rígida ou mole.

A cápsula rígida é formada por dois invólucros​, com duas seções cilíndricas pré fabricadas,
com extremidades​ arredondadas que se encaixam. Geralmente são feitas de gelatina. Durante
a manipulação desse tipo de cápsula, o corpo e a tampa são separados e este é preenchido
com o fármaco em pó.

Na preparação desse tipo de cápsula, se faz necessário saber o volume do princípio ativo que
será ocupado no invólucro. Muitas vezes o princípio ativo prescrito não preenche o invólucro,
tendo este que ser complementado com algum produto inerte e que não altere a função do
princípio ativo.

O seu processo de manipulação em manipulação em farmácia envolve os seguintes


procedimentos: pesagem, moagem do pó, mistura, enchimento das cápsulas, limpeza externa,
acondicionamento e rotulagem.

A cápsula mole, já é constituída por um invólucro de gelatina, cuja massa se inclui substâncias
emolientes como a glicerina, o propilenoglicol, o sortibol etc.

São constituídas por um invólucro de vários formatos, mais maleável que a rígida, e seu
conteúdo é preenchido por líquido ou alguma substância pastosa, e de natureza oleosa para
que o invólucro seja dissolvido. Também pode ser preenchida com pós com outros semi sólidos
ou sólidos secos.

Sua preparação se dar através do processo de imersão, comportando quatro fases: preparação
da massa da gelatina, preparação dos invólucros e enchimento do receptáculo.

Controle de qualidade:

O monitoramento do processo exige que as fórmulas farmacêuticas capsuladas façam, por


exemplo, ensaio de peso médio, calculando também o desvio padrão e o coeficiente de
variação. Que se faça análise de teor de pelo menos um diluído preparado trimestralmente. Na
Farmacopéia é possível encontrar testes específicos para diversos medicamentos em cápsula:
Amoxicilina Tri-Hidratada, Ampicilina, Cefaclor, Celadroxilia, Fluconazol, Ritonavir, etc.

Teste de estabilidade:
A cápsula por utilizar poucos adjuvantes, apresenta poucos problemas de formulação, o que
proporciona boa disponibilidade do princípio ativo em relação a outras fórmulas farmacêuticas
sólidas- tem melhor tolerância gástrica, por exemplo. Entretanto, deve se observar se a
liberação do conteúdo ocorre por dissolução ou rompimento do invólucro, se o veículo miscível
com água se dispersa rapidamente nos fluidos gastrintestinais, a natureza do veículo (se é
hidrofílica ou lipofílica, e sendo lipofílica, se é um óleo digerível ou não), adição de um
tensoativo e como agente molhante ou emulsionante/suspensor. Para que o fármaco possa de
fato ser utilizado, deve se observar dois tipos de incompatibilidade: as que resultam da ação
dos constituintes sobre o invólucro gelatinoso e as que se deve a ação dos constituintes entre
si. Tudo deve ser equilibrado.

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