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P = (T + Ic + Ip + Eo) + Q + s ± L + U
P - ET - Q ± S = 0
CICLO HIDROLÓGICO – Balanço: água doce vs água salgada
Volume Volume total de água Volume de água doce
(103 km3) (%) (%)
Oceanos 1338000 96,5 -
Lagos:
doces 91,0 0,008 0,26
salgados 85,4 0,006 _
Pântanos 11,5 0,0008 0,03
Rios 2,1 0,0002 0,006
Humidade no solo 16,5 0,0012 0,05
Água subterrânea
doce 10530 0.76 30,1
salgada 12870 0.93 _
Gelo e neve (permafrost) 340,6 0.025 1,0
Calotes polares 24023,5 1.7 68,6
Água na atmosfera 12,9 0,001 0,04
Água biológica 1,1 0.0001 0,003
Total de água 1385985 100
Água doce 35029 2,5 100
CICLO HIDROLÓGICO – Tempo de residência para os reservatórios
Volume Tempo de residência
(103 km3) (%)
Oceanos 1338000 2500 anos
Lagos e pântanos 187,9 17 anos
Rios 2,1 16 dias
Humidade no solo 16,5 1 ano
Água subterrânea 23400 1400 anos
Gelo e neve (permafrost) 340,6 10000 anos
Calotes polares 24023,5 9700 anos
Água na atmosfera 12,9 8 dias
CICLO HIDROLÓGICO – Balanço: água doce vs água salgada
VAPOR DE ÁGUA (ATMOSFERA)
Os processos de superfície (evaporação, precipitação,
Precipitação: Chuva escorrência) ocorrem mais rapidamente do que os
Neve (entrada) processos de sub-superfície (fluxo subterrâneo,
Granizo infiltração, recarga e descarga)
Orvalho
TERRA
Intercepção: Vegetação
Telhados (etc) Horas
EVAPORAÇÃO
Detenção Superficial: Charcos Dias (atmosfera)
Pântanos
Humidade do Solo EVAPORAÇÃO e TRANSPIRAÇÃO
Semanas (rios)
EVAPOTRANSPIRAÇÃO
Meses
Escorrência superficial Mar EVAPORAÇÃO (parte) Anos
Rios
Décadas
Infiltração
Século
Escorrência subterrânea Mar
Emergências EVAPORAÇÃO Milénios (água subterrânea)
(aquíferos, por exemplo) (fontes)
BACIA HIDROGRÁFICA
BACIA HIDROGRÁFICA = SISTEMA
Este sistema pode dividir-se em subsistemas: subsistema da água atmosférica (processos de precipitação, evaporação, interceção, e
transpiração), o subsistema da água superficial (fluxo superficial, escorrência superficial), o subsistema da água subterrânea (fluxo
subterrâneo)
Gregersen e Brooks (1988): unidades físicas topograficamente delineadas, drenadas por um sistema de linhas de água ou seja a
superfície total que é drenada até um certo ponto de uma linha de água ou de um rio
CONAF (1994): sistema ambiental Homem – sociedade – natureza contendo uma área delimitada por uma linha divisória a partir
do qual as águas são drenadas até atingir o mesmo rio
BACIA
Bacia HIDROGRÁFICA
Hidrográfica
Podem existir dois tipos de divisórias, uma topográfica (superficial) e outro (hidro)geológica (freática ou subterrânea). Esta última é, em geral,
determinada pela estrutura geológica dos terrenos sendo muitas vezes influenciado pela topografia.
Resumindo, segundo Garcez bacia hidráulica é um conjunto de área com declividade no sentido de determinada secção transversal de um
curso de água, medidas as áreas em projeção horizontal
BACIA HIDROGRÁFICA
Sistemas Aquíferos
HIDROGEOLOGIA DE PORTUGAL
Vulnerabilidade e Risco de Contaminação dos Sistemas Aquíferos
HIDROGEOLOGIA DE PORTUGAL
Hidroquímica Pontual
HIDROGEOLOGIA DE PORTUGAL
RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS RENOVÁVEIS (HM3/ANO)
Furo de captação
Critério de Alcalinidade vs
Permeabilidade
Existem quantidades importantes de sílica (entre 20 e 100 ppm), resíduo da hidrólise dos silicatos, dando origem à formação
de minerais argilosos.
Só uma percentagem muito reduzida da sílica provém da dissolução do quartzo.
Muitas destas rochas estão total ou parcialmente cimentadas por materiais mais ou menos solúveis (carbonato de
cálcio)
A água em contacto com estas formações geológicas tenderá a apresentar uma composição química semelhante à do
cimento solúvel e/ou à da água que se produziria do contacto com as formações geológicas que deram origem aos
clastos.
HIDROGEOLOGIA DE PORTUGAL
Rochas “hidrolisíticas” – são formadas na sua maior parte por partículas derivadas da hidrólise dos minerais de
Rochas sedimentares
outras rochas.
Trata-se fundamentalmente das argilas
Meio poroso estruturado, biologicamente activo, que se desenvolveu na superfície continental do planeta e forma a
PEDOSFERA;
ou
Meio poroso gerado na superfície da Terra devido à meteorização de rochas mediante processos biológicos, geológicos e
hidrológicos;
ou
Camada superior da superfície sólida da Terra, formada pela meteorização das rochas, onde se enraízam as plantas e que
constitui um meio ecológico particular para certos seres vivos.
MATERIAIS GEOLÓGICOS - SOLOS
Hidrogeologia de Portugal
MATERIAIS GEOLÓGICOS - Textura
MATERIAIS GEOLÓGICOS - Infiltração
Grupo A – Solos arenosos profundos; têm alta capacidade de infiltração e geram pequenos
escoamentos;
Grupo B – Solos franco arenosos pouco profundos; têm menor capacidade de infiltração e
geram maiores escoamentos do que o solo A;
Grupo C – Solos franco argilosos; têm menor capacidade de infiltração e geram maiores
escoamentos do que A e B.
Grupo D – Solos argilosos expansivos; têm baixa capacidade de infiltração e geram grandes
escoamentos.
Grupo A
Grupo D
MATERIAIS GEOLÓGICOS - Infiltração
Infiltração: é o processo pelo qual a água penetra no solo e se move para baixo, em direção ao lençol freático, devido:
à ação da gravidade
à tensão capilar (atração entre a água e os minerais).
pressão
𝒅𝒉
𝑽 =𝑲 ×𝑨 ×
𝒅𝒍
V - velocidade de infiltração;
K – condutividade hidráulica (medida através de permeâmetros);
A – área da secção analisada;
H carga piezométrica ou altura piezométrica;
L – distância entre os pontos medidos
MATERIAIS GEOLÓGICOS – Velocidade de infiltração
Condutividade hidráulica do solo saturado (valores em cm/h). Adaptado de Rawls et al., 1993)
INFILTRAÇÃO – Equipamentos de medida
Infiltrómetro de Duplo Anel
Consiste de dois anéis concêntricos, o de menor com 25 cm de diâmetro e o maior com diâmetro de 50 cm. Ambos com 30cm de altura. Os
anéis devem ser instalados no solo com o auxilio de uma marreta. Coloca-se água, ao mesmo tempo nos dois anéis. Após aplicação da água
procede-se a leitura do volume em intervalos geralmente de 10 minutos. A medição prossegue-se até que a variação do nível permaneça
praticamente constante; Recomenda-se que durante os primeiros 5 a 10 minutos, as leituras sejam feitas a intervalos curtos (30 segundos a 1
minuto em solos arenosos, dois a cinco minutos nos argilosos). A partir daí, se for observada uma redução na taxa de infiltração, as leituras
podem passar a ser mais espaçadas
A água é colocada, simultaneamente nos dois cilindros,, medindo-se apenas a quantidade colocada no cilindro interno.
Normalmente as medidas de capacidade de infiltração feitas com infiltrómetros são apresentadas em tabelas e gráficos como os
demonstrados a seguir:
(1) (2) (3) (4) (5)
[3] 𝐴𝑡 [4] ∆𝑡
f = 𝒇𝒄 + 𝒇𝟎 − 𝒇𝒄 × 𝒆− 𝑲 ×𝒕
onde:
f é a capacidade de infiltração no tempo t (mm/h)
f0 é a capacidade de infiltração inicial para t = 0 (mm/h);
fc é a capacidade de infiltração final (mm/h);
k é uma constante para cada curva (h-1) e deve ser obtida
experimentalmente;
t é o tempo médio do intervalo (h). A unidade de t deve ser
compatível com a unidade de k
INFILTRAÇÃO – Equipamentos de medida
Infiltrómetro de Tensão
O melhor método para determinar a permeabilidade e
capilaridade de uma superficie.
Área de medição é pequena (diámetro de 30 cm).
Difícil de usar.
Alto custo (US$1.500).
INFILTRAÇÃO – Equipamentos de medida
Infiltrómetro de Pressão
Período de retorno Primeira meia hora Segunda meia hora até ao final
2 a 5 anos 25,4 mm/h 12,7 mm/h
10 a 100 anos 12,7 mm/h 12,7 mm/h
Rubem Porto no livro de Drenagem Urbana,1995 recomenda as seguintes estimativas dos parâmetros de Horton e que constam do software
denominado ABC4
Classificação hidrológica do solo segundo Soil Conservation Service (SCS)
Parâmetros da
Tipo A Tipo B Tipo C Tipo D
fórmula de Horton
(mm/h) (mm/h) (mm/h) (mm/h)
fc 250 200 130 80
f0 25 13 7 3
k 2 2 2 2
Segundo (McCuen, 1997) o valor de f0 é de 3 a 5 vezes o valor de ff e cita ainda que os valores de k variam de 1/h até 20/h, enquanto que
(Akan,1993) cita que os valores de k variam de 0,67/h até 49/h sendo que na ausência de dados deve ser usado 4,14/h, conforme sugestão
de (Hubber e Dickinson, 1988). (Akan,1993) recomenda que quando não se tem dados, pode-se estimá-los usando as tabelas.
INFILTRAÇÃO – Fórmula de Horton
Tipo de solo fc (mm/h)
Solo argiloso com areia, silte e argila 0 a 1,27 mm/h
Solo arenoso argiloso 1,27 a 3,81 mm/h
Solo siltoso com areia, silte e húmus 3,81 a 7,62 mm/h
Solo arenoso 7,62 a 11,43 mm/h
80,00
I, f (mm/h)
60,00
40,00
20,00
0,00
7:55 9:07 10:19 11:31 12:43 13:55 15:07
Horário
I (mm/h)
100,00
80,00
f = 𝒇𝒄 + 𝒇𝟎 − 𝒇𝒄 × 𝒆− 𝒌 ×𝒕
I, f (mm/h)
60,00
40,00
20,00
0,00
7:55 9:07 10:19 11:31 12:43 13:55 15:07
Horário
fo, fc e k são parâmetros ligados ao tipo de solo (ver grupos de solo A, B, C e D)
I (mm/h) f (mm/h)
INFILTRAÇÃO – Capacidade de infiltração
P
P infiltração infiltração
infiltração t(h) t(h) t(h)
𝟐𝟓𝟒𝟎𝟎
𝑺 = − 𝟐𝟓𝟒
𝑪𝑵
onde:
S é a retenção potencial do solo (mm) e depende do tipo de solo;
CN é o valor da curva número e é função do grupo de solo, humidade inicial e uso do solo. Este valor depende de 3 fatores:
Tipo de solo (A, B, C ou D);
Uso do solo (agrícola, urbano, etc);
Humidade inicial do solo
o CONDIÇÃO I – solos secos – as chuvas nos últimos 5 dias não ultrapassam 13 mm. 𝟒,𝟐 × 𝑪𝑵(𝑰𝑰)
CN: Condição I 𝑪𝑵 𝑰 =
o CONDIÇÃO II – situação média na época das cheias – as chuvas nos últimos 5 dias 𝟏𝟎 −𝟎,𝟎𝟓𝟖 × 𝑪𝑵(𝑰𝑰)
totalizaram entre 13 e 53 mm.
o CONDIÇÃO III – solo húmido (próximo da saturação) – as chuvas nos últimos 5 dias foram Consultar tabela
superiores a 53 mm e as condições meteorológicas são desfavoráveis para altas taxas de
evaporação.
𝟐𝟑,𝟎 × 𝑪𝑵(𝑰𝑰)
CN: Condição IIII 𝑪𝑵 𝑰𝑰𝑰 =
𝟏𝟎 −𝟎,𝟏𝟑 ×𝑪𝑵(𝑰𝑰)
INFILTRAÇÃO – Método da curva CN
Uso do solo Superfície A B C D Uso do solo Superfície A B C D
Pobres 68 79 86 89
Normais 49 69 79 94
Boas 39 61 74 80
Valores CN (condição II – 13 < P5dias < 53mm):
ÁGUA RETIDA NO SOLO
ÁGUA RETIDA NO SOLO (Zona Não Saturada)
Adesão Coesão
Osmose Adsorção
ÁGUA RETIDA NO SOLO
(b) Por forças capilares (tem interesse hidrológico e agrícola)
Este é o único tipo de água utilizada pelas plantas tendo por isso um grande interesse agronómico
ÁGUA NÃO RETIDA NO SOLO
ÁGUA NÃO RETIDA PELO SOLO (Zona Saturada) Água gravítica ou subterrânea – parte da água que penetra no solo e desce
através dos seus vazios (ação da força da gravidade). Quando esta atinge a zona saturada, satura por sua vez a zona adjacente.
tem grande importância hidrológica (recursos hídricos subterrâneos). Circula em profundidade (gradientes piezométricos)
Vg – Volume de ar
Pg – Peso de ar
V Va – Volume de água
Vs – Volume de sólidos
P Pa – Peso de água
Ps – peso de sólidos
Volume de Vazios = Vg + Vw
FASES NO SOLO
Volume do elemento solo V = Vs + Va + Vg
Peso total do elemento solo P = Ps + Pa + Pg
Peso específico das partículas sólidas s = Ps / Vs
Peso específico da água w = Pa / Va
Peso específico total total = P / V
Peso específico do solo seco d = Ps / V
Peso específico do solo submerso ’ = total / a
Densidade aparente – relação entre o peso de uma amostra de solo seco e o peso de igual volume
de água
FASES NO SOLO – Relações entre volumes
Porosidade total: é a relação entre o volume total de vazios e o volume total de amostra e exprime-se normalmente em percentagem
(mt)
𝐕𝐚
𝐦𝐭𝐨𝐭𝐚𝐥 = 𝐕 × 𝟏𝟎𝟎 %
𝐭𝐨𝐭𝐚𝐥
Porosidade eficaz (ou cedência específica): é a relação entre o volume de poros interligados que possibilitam a circulação da água
e o volume total da amostra e exprime-se normalmente em percentagem (me). Também pode ser designada por porosidade efetiva.
𝐕𝐫𝐞𝐭𝐢𝐝𝐨
𝐦𝐞𝐟𝐢𝐜𝐚𝐳 = × 𝟏𝟎𝟎 %
𝐕𝐭𝐨𝐭𝐚𝐥
A água que saiu encontra-se nos vazios interligados e com certa dimensão (esta água é a que se
1m
pode aproveitar por captações de água subterrânea)
ÁGUA RETIDA NO SOLO
A porosidade total é igual a soma do valor da porosidade eficaz e do valor correspondente à capacidade de
retenção específica.
FASES NO SOLO REURSOS
– RelaçõesHÍDRICOS
entre pesos
– RELAÇÃO DE PESOS
Densidade aparente: relação entre o peso de uma amostra de solo seco e o peso de igual volume de água.
Grau ou Teor de Humidade: é a percentagem em peso de água que um solo tem antes de seco em relação como peso da amostra
seca a 105 ºC durante 24 horas.
Humidade equivalente: grau de humidade de uma amostra depois de submetida durante 40 minutos a uma força centrífuga de
10 atmosferas. (É praticamente igual à capacidade de campo pelo que substitui a sua determinação)
1m
A vantagem de ter a altura de água utilizável pelas plantas em mm é a de termos as mesmas unidades para todas as parcelas do
ciclo
VOLUME PESO
Balanço de água no solo pelo método de Thornthwaite-Matter para a estação meteorológica de Coimbra/Bencanta, referente ao período de 1971-2000, para uma
capacidade de água utilizável de: a) 20 mm, b) 50 mm, c) 100 mm, d) 200 mm. (R: capacidade de água utilizável de: a) 20 mm, b) 50 mm, c) 100 mm, d) 200 mm.
(R: Precipitação total (mm); ETP: Evapotranspiração potencial ajustada (mm/mês); ETR: Evapotranspiração real (mm); D: Défice de água (mm); S: Excesso de água (mm)
BALANÇO HÍDRICO – clima desértico vs clima equatorial
BALANÇO HÍDRICO – clima temperado seco vs húmido
BALANÇO HÍDRICO – Volume de água que se infiltra
Hm3 OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET
ENTRADAS 1 1,2 0,8 0,8 0,7 0,9 0,9 1,0 1,2 1,3 0,6 0,5 0,7
SAÍDAS 2 1,4 0,9 0,9 0,8 1,1 0,9 0,9 1,0 1,0 0,4 0,4 0,7
mm
EXCEDENTES 15,3 17,0 21,1 16,2 14,4 - - - - - - -
INFILTRAÇÃO 11,3
1 m2 15,3 litros
50 x 106 m2 x litros x = 0,765 Hm3
Infiltram-se 0,765 Hm3 – 0,2 Hm3 = 0,565 Hm3
OU em mm será:
0,565 Hm3 50 x 106 m2
x litros 1 m2 x = 11,3 mm