SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
1
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
1.1 CURVATURAS
1.1.1 Curvatura longitudinal
A planicidade de um material laminado é função das tensões residuais introduzidas
durante o processo de laminação. Conforme figuras abaixo, as tensões de tração
máximas ocorrem junto à superfície do material e as tensões de compressão máximas
ocorrem no plano de simetria horizontal. Se por qualquer razão as tensões de
compressão estiverem fora do plano de simetria, o material tende a se deformar,
formando uma curvatura longitudinal
2
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
3
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
1.1.3 Twist
O twist se origina a partir do desalinhamento dos cilindros de trabalho, tanto entre
si como em relação à rolos tensores montados na entrada e saída do laminador. Nestas
condições surgem esforços residuais de diferentes magnitudes nas duas superfícies da
fita, atuando numa direção intermediária entre as direções longitudinal e transversal.
4
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
3. ONDULADOS
Quando se lamina um produto plano, mesmo considerando que o material de
entrada no laminador tenha um perfil ideal (levemente convexo) e ausência de tensões
internas, existem condições capazes de fazer com que a redução de espessura não
seja uniforme ao longo de toda a seção transversal. Isto significa que o perfil que entra
e o perfil que sai do laminador sejam dissimilares, fazendo com que as porções de
material ao longo da largura não possuam a mesma espessura e consequentemente o
mesmo comprimento final. Dessa forma algumas partes do perfil são tracionadas e
outras comprimidas, originando tensões que, se suficientemente elevadas, provocarão
flambagem localizada por deformação elástica ou plástica, com a conseqüente
formação de ondulados ao longo do comprimento do material. A formação de
ondulados depende não sómente das tensões residuais, mas também das dimensões
do material. Quanto menor a espessura e maior a largura, maior será a tendência de
formação de ondulados.
5
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
ONDULADO CENTRAL
6
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
ONDULADO BI-LATERAL
7
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
ONDULADO LOCALIZADO
8
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
ONDULADO UNILATERAL
9
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
10
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
5. MEDIÇÃO DO ONDULADO
11
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
12
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
θ
A C
e R
N N
B D
ε
13
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
A linha neutra da fita é dada pelo arco N-N e coincide com a linha relativa à metade
da espessura, a qual não sofre modificação no comprimento devido à curvatura sobre o
rolo.
O arco A-C corresponde às fibras internas da fita, estando sujeitas à compressão
durante o processo de curvamento sobre o rolo.
O arco B-D corresponde às fibras externas da fita, estão sujeitas à tensão de tração
durante o dobramento da fita.
L + ∆L = (R + e / 2) . θ ⇒ L + ∆L = R. θ + e. θ / 2 (equação 3)
R . θ + ∆L = R. θ + e. θ / 2 (equação 4)
∆L = R. θ + e. θ / 2 - R . θ ⇒ ∆L = e. θ / 2 . (equação 5)
14
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
15
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
EXEMPLO 1
Fita de aço SAE 1010, espessura 0,60 mm, tensão de escoamento 1800 Kgf /
cm², defletida sobre rolo diâmetro 200 mm.
Para espessura de fita igual à 0,60 mm, o valor de Y pode variar entre zero até o
valor máximo igual à espessura dividida por dois, ou seja, 0,30 mm. O valor da
curvatura R é igual ao raio do rolo mais metade da espessura, ou seja 100,3 mm.
Pode-se então determinar o valor das tensões na seção transversal da fita
conforme tabela abaixo:
0,086
16
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
EXEMPLO 2
Fita de aço SAE 1010, espessura 0,60 mm, tensão de escoamento 1800 Kgf / cm²,
defletida sobre rolo diâmetro 100 mm.
Para espessura de fita igual à 0,60 mm, o valor de Y pode variar entre zero até o
valor máximo igual à espessura dividida por dois, ou seja, 0,30 mm. O valor da
curvatura R é igual ao raio do rolo mais metade da espessura, ou seja 50,3 mm.
Pode-se então determinar o valor das tensões na seção transversal da fita conforme
tabela abaixo:
0,043
17
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
EXEMPLO 3
Fita de aço ASTM A 36, espessura 0,60 mm, tensão de escoamento 2530 Kgf /
cm², defletida sobre rolo diâmetro 200 mm.
Para espessura de fita igual à 0,60 mm, o valor de Y pode variar entre zero até o
valor máximo igual à espessura dividida por dois, ou seja, 0,30 mm. O valor da
curvatura R é igual ao raio do rolo mais metade da espessura, ou seja 100,3 mm.
Pode-se então determinar o valor das tensões na seção transversal da fita
conforme tabela abaixo:
0,121
18
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
EXEMPLO 4
Fita de aço ASTM A 36, espessura 0,60 mm, tensão de escoamento 2530 Kgf /
cm², defletida sobre rolo diâmetro 100 mm.
Para espessura de fita igual à 0,60 mm, o valor de Y pode variar entre zero até o
valor máximo igual à espessura dividida por dois, ou seja, 0,30 mm. O valor da
curvatura R é igual ao raio do rolo mais metade da espessura, ou seja 50,3 mm.
Pode-se então determinar o valor das tensões na seção transversal da fita
conforme tabela abaixo:
0,0606
0,60
19
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
ε = ( e ) / ( 2 .R ) (equação 6)
σ=E.ε (equação 8)
σe = E . ε ⇒ ε = σe / E
σe / E = ( e ) / ( 2 .R ) (equação 7)
O raio de curvatura R pode ser admitido como igual ao raio do rolo endireitador (na
realidade é igual ao raio do rolo mais metade da espessura da fita), em função da
pequena diferença de valores, de modo que 2 . R pode ser igualado ao diâmetro do rolo
endireitador. Rearranjando a equação e fazendo 2 . R = D, temos:
D = e . E / σe (equação 9)
20
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
EXEMPLO 5
Por outro lado, a equação 10 demonstra que o diâmetro máximo do rolo endireitador
depende também da tensão de escoamento do material processado. Se considerarmos
o mesmo material com tensão de escoamento igual 2530 Kgf / cm², o diâmetro máximo
a ser considerado é dado por:
Tendo em vista que não é incomum que sejam processadas fitas com tensão de
escoamento até valores da ordem de 6000 Kgf / cm², o diâmetro do rolo seria definido
por:
21
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
30 25 0,25 – 0,60
40 35 0,30 – 1,00
50 45 0,40 – 1,50
65 60 0,60 – 2,50
80 75 0,80 – 3,00
100 90 1,00 – 4,00
130 120 2,00 – 8,00
160 150 3,00 – 12,00
200 180 4,00 – 16,00
250 230 6,00 – 25,00
300 280 8,00 – 30,00
400 370 10,00 – 40,00
22
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
23
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
OBS: Os exemplos abaixo são dados para endireitadeiras com cinco conjuntos de
rolos de apoio inferiores reguláveis. Um menor ou maior numero de conjuntos permite
que se obtenha uma curvatura dos rolos endireitadores com menor ou maior grau de
precisão, sendo desejável um maior numero de conjuntos para processamento de fitas
de pequena espessura.
- A referencia “zero” para os rolos endireitadores significa a correta
sobreposição longitudinal dos rolos endireitadores para obtenção de uma boa qualidade
de aplainamento (conforme figura acima) e depende da espessura do material de
entrada.
- A referencia “zero” para os rolos de apoio significa que os mesmos estão
pressionados levemente sobre os rolos endireitadores, sem no entanto provocar flexão
nos mesmos.
24
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
25
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
7. ENDIREITADEIRA EXISTENTE
26
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
Momento elástico:
Melast = Welast . σs
Melast = 47,88 . 2530 ⇒ Melast = 121136 Kgfcm
Momento elástico:
Mplast = Wplast . σs
Mplast = 71,82 . 2530 ⇒ Mplast = 181704 Kgfcm
27
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
Mtortot = ∑P . e
Mtortot = 534673 . 0,0497 ⇒ Mtortot = 26573 Kgfcm
Matot = ∑P . f
Matot = 534673 . 0,08 ⇒ Matot = 42774 Kgfcm
Mmtot = ∑P . 4 .µ
Mmtot = 534673 . 4 .0,015 ⇒ Mmtot = 32080 Kgfcm
28
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
29
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
30
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
Momento elástico:
Melast = Welast . σs
Melast = 47,88 . 4220 ⇒ Melast = 202054 Kgfcm
Momento elástico:
Mplast = Wplast . σs
Mplast = 71,82 . 4220 ⇒ Mplast = 303080 Kgfcm
31
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
Mtortot = ∑P . e
Mtortot = 891821 . 0,0826 ⇒ Mtortot = 73664 Kgfcm
Matot = ∑P . f
Matot = 891821 . 0,08 ⇒ Matot = 71345 Kgfcm
32
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
que é o componente do sistema que apresenta um valor bastante significativo para esta
variável. Os demais componentes girantes (rolos endireitadores, engrenagens
acoplamento, etc...) possuem influencia muito pequena em função de seus diâmetros
relativamente reduzidos.
33
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
34
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
35
S
SSSC
C
A
Asssseessssoorriiaa
FOLHA 1
CLIENTE: Momentos de dobramento Welast.= 47,88 cm³
EQUIPAMENTO: Melast. = 242338 Kgfcm
Splast. = 71,83 cm³
Material: Mplast. = 363506 Kgfcm
Espessura máxima 13 mm
Largura (mm): 1700 Kgf / cm² FORÇAS DE ENDIR. P1 = 50.139 Kgf
Resistencia à tração Kgf / cm² P2 = 150.416 Kgf
Limite escoamento 5061 Kgf/cm² P3 = 183.842 Kgf
Nº rolos endir, 9 P4 = 150.416 Kgf
Diametro dos rolos 140 mm P5 = 133.703 Kgf
Distancia entre rolos 145 mm P6 = 133.703 Kgf
Diâmetro mancal 80 mm P7 = 133.703 Kgf
P8 = 100.278 Kgf
Velocidade de oper. 13 m / min P9 = 33.426 Kgf
Rotação do rolo 29,57 rpm
36