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RELATOS DE SALA DE AULA

Luiz Claudio de Santa Maria, Marcia C. Veiga Amorim, Mônica R. Marques Palermo de Aguiar,
Zilma A. Mendonça Santos, Paula Salgado C.B. Gomes de Castro e Renata G. Balthazar

O petróleo é um assunto em evidência e muitas pessoas sabem da sua importância para a sociedade. Mas, o que
poucos conhecem é a enorme variedade de conceitos que podem ser desenvolvidos, em sala de aula, a partir desse
tema. O artigo descreve um relato de como associar os tópicos de Química Orgânica às informações do petróleo,
além de sugerir atividades experimentais.


petróleo e derivados, refino, ensino de Química

Recebido em 4/4/00, aceito em 20/12/01


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N
ão restam dúvidas quanto à realidade dos alunos, escolhendo As sugestões para o uso desse te-
importância do ensino de Quí- temas que são do seu interesse? ma, descritas neste artigo, foram apli-
mica, uma vez que situações Atualmente, o petróleo é um dos cadas com os alunos da 3a série do
relacionadas com a disciplina estão recursos naturais dos quais a nossa Ensino Médio do Colégio Estadual
presentes no dia-a-dia de todas as sociedade é bastante dependente. Gomes Freire de Andrade, no bairro da
pessoas. A partir de um bom aprendi- Pode-se facilmente comprovar isso Penha, na cidade do Rio de Janeiro
zado de Química, o aluno pode tornar- vendo os inúmeros materiais que são (RJ). As aulas foram ministradas por
se um cidadão com melhores condi- fabricados a partir dessa matéria- alunos de licenciatura em Química do
ções de analisar mais criticamente situ- prima. Além disso, o petróleo é um Instituto de Química da Universidade
ações do cotidiano. Pode, por exem- assunto constantemente discutido na Estadual do Rio de Janeiro - IQ/UERJ -
plo, colaborar em campanhas de pre- televisão e nos jornais devido à sua in- (participantes do Programa de Inicia-
servação do meio ambiente, solicitar fluência na economia, ção à Docência), com
equipamentos de proteção em sua sendo um tema de O petróleo, um dos a supervisão dos pro-
área de trabalho, evitar exposição a fácil abordagem inter- recursos naturais dos quais fessores do IQ/UERJ,
agentes tóxicos etc. Pode, portanto, ser disciplinar. a nossa sociedade é juntamente com o re-
um cidadão capaz de interagir de Neste trabalho, o bastante dependente, é um gente da turma em
forma mais consciente com o mundo. assunto petróleo é uti- assunto constantemente questão.
Infelizmente, os alunos do Ensino lizado como tema in- discutido na televisão e nos A participação dos
Médio não percebem essa importân- centivador na apren- jornais devido à sua alunos durante as au-
cia, talvez porque a Química ensinada dizagem de tópicos influência na economia, las foi muito grande e
nos colégios nem sempre tenha atrati- do programa de Quí- sendo um tema de fácil foi notado que o entu-
vos para eles. Um dos motivos pode mica, como o estudo abordagem interdisciplinar siasmo pelo assunto
ser a metodologia tradicional de ensi- de hidrocarbonetos petróleo continuou
no, baseada em memorização de (principalmente alcanos), propriedades mesmo nas aulas seguintes, nas quais
fórmulas, regras de nomenclatura e físicas das substâncias (ponto de ebu- os alunos ainda faziam perguntas e
classificação de compostos, diminuin- lição e solubilidade) e processo de se- comentavam o tema. Além disso,
do assim o interesse dos alunos. Por paração de misturas líquidas (destila- aumentou muito o interesse dos alunos
que não ensinar Química partindo da ção simples e fracionada). pelos tópicos do programa abordado
durante as aulas com o tema (como,
A seção “Relatos de sala de aula” socializa experiências e construções vivenciadas nas aulas de química ou a elas
por exemplo, compostos do tipo
relacionadas.

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hidrocarboneto e ponto de ebulição). O petróleo to desse recurso mineral, encontram-
Em duas aulas, os alunos aprende- se associados a água e o gás natural
A utilização do petróleo vem de
ram e discutiram sobre o tema e sobre (metano e etano).
épocas bem remotas. O petróleo era
a relação deste com os tópicos do Nessa parte da discussão, foram
conhecido por diversos nomes, entre
programa. Foram utilizados recursos mostradas (no quadro e em cartazes)
eles: betume, azeite, asfalto, lama,
audiovisuais trazidos pelo professor as estruturas químicas de diferentes
múmia, óleo de rocha.
(como filmes de vídeo substâncias presentes no petróleo. Os
No Egito, esse óleo
e cartazes) e amo- Milênios antes de Cristo, o alunos foram levados a perceber que
teve grande importân-
stras de petróleo e petróleo era transportado, havia uma semelhança entre essas es-
cia na iluminação no-
seus derivados. Além vendido e procurado como truturas e, só então, foi mostrado a eles
turna, na impermeabili-
disso, foram reali- útil e precioso produto que essas estruturas pertenciam ao
zação das moradias,
zadas duas experiên- comercial. No entanto, foi grupo dos alcanos. A seguir, foram dis-
na construção das pi-
cias. Os filmes Do po- apenas no século XIX, nos cutidas a função alcanos, sua estrutura
râmides e até mesmo
ço ao posto, que EUA, que o petróleo teve e nomenclatura.
no embalsamamento
mostra o petróleo seu marco na indústria Essa parte inicial pode ser aprovei-
de múmias. O petróleo
desde a formação e moderna. Isso graças à tada para um trabalho interdisciplinar
era conhecido desde
produção até o refino, iniciativa do americano com os professores de Geografia e/ou
essa época, quando
e O refino, que aborda Edwin L. Drake, que, após História, em tópicos como eras geoló-
aflorava naturalmente
maiores detalhes so- varias tentativas de gicas, tipos de rocha, áreas produtoras
na superfície.
bre a obtenção dos perfuração, encontrou de petróleo e seus conflitos recentes.
Alexandre, O Gran-
derivados do petró- petróleo
de ficou maravilhado Perfuração e produção
leo, auxiliaram o com o fogo que ema-
aprendizado, aumentando a motivação nava de forma inextinguível do petróleo
pelo tema. Esses vídeos podem ser na região de Kirkuk (atual região do
solicitados à Petrobrás (conforme Iraque), onde atualmente há uma
20 descrito nas Referências bibliográ- crescente produção petrolífera.
ficas). As amostras de petróleo e deri- Milênios antes de Cristo, o petróleo
vados foram manuseadas por todos os era transportado, vendido e procurado
alunos, que foram estimulados a como útil e precioso produto comercial.
perceber as diferenças de coloração, No entanto, foi apenas no século XIX,
textura e viscosidade (fluidez). nos EUA, que o petróleo teve seu mar-
A primeira aula foi iniciada com a co na indústria moderna. Isso graças
seguinte questão: “Qual a importância à iniciativa do americano Edwin L.
do petróleo?”. Discutiu-se a importân- Drake, que, após varias tentativas de
cia desse recurso citando alguns dos perfuração, encontrou petróleo.
seus derivados. Ao final da discussão, Durante essa abordagem, foi res-
mostrou-se o óleo bruto aos alunos, saltado em sala de aula que as regiões
explicando a sua composição: fluido onde o petróleo já era utilizado também
viscoso de cor preta (essa coloração estão associadas a atuais áreas de
pode ser esverdeada), o petróleo - ou exploração do produto.
óleo de pedra - é uma mistura com-
plexa de hidrocarbonetos. Foi grande A formação
a curiosidade dos alunos, pois a maio- Ao longo de milhares de anos,
ria nunca viu o petróleo bruto. Em se- restos de animais e vegetais mortos
guida, foram abordadas a origem, a for- depositaram-se no fundo de lagos e
mação e a produção de petróleo, com mares e, lentamente, foram cobertos
a apresentação do filme de vídeo (Do por sedimentos (pó de calcário, areia
poço ao posto). etc). Mais tarde, esses sedimentos se
O tema petróleo se presta ao estí- transformaram em rochas sedimenta-
mulo à pesquisa, dando oportunidade res (calcário e arenito). As altas press-
ao professor de desenvolver com os ão e temperatura exercidas sobre essa
alunos estudos sobre o tema. O resul- matéria orgânica causaram reações Figura 1: Esquema de uma torre de per-
tado da pesquisa pode então ser dis- químicas complexas, formando o pe- furação: 1- bloco de coroamento, 2 - bom-
ba de lama, 3 - motores, 4 - peneira, 5 -
cutido em sala de aula, por meio do tróleo. A idade de uma jazida pode tanque de lama, 6 - mesa rotativa, 7 - válvula
histórico sobre o tema no Brasil, áreas variar de 10 a 400 milhões de anos. de segurança, 8 - tubo de perfuração, 9 -
de produção, conflitos relacionados Dessa forma, o petróleo está localizado tubo de revestimento e 10 - broca de perfu-
com a exploração etc. apenas nas bacias sedimentares. Jun- ração.

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Na etapa de perfuração, obtém-se
a certeza da presença ou não do pe-
tróleo. A perfuração pode ser feita em
terra ou no mar. Em terra, é feita por
meio de uma sonda de perfuração
(Figura 1). No mar, as etapas de
perfuração são idênticas. A diferença
é que são feitas por meio de platafor-
mas marítimas. A profundidade de um
poço pode variar de 800 a 6.000 me-
tros.
Atualmente, a bacia de Campos é Figura 2: Material empregado na aula sobre petróleo.
responsável por 80% da produção
nacional (730 mil barris de óleo/dia), A partir dessa discussão, foi abor- aquosa está relacionada com o teor de
sendo a mais importante do país. No dado pelo professor o tópico de sepa- álcool na gasolina.
ranking mundial dos países produtores, ração de misturas de líquidos - destila- O ponto de ebulição nos hidrocar-
o Brasil está em 18o (produção de 1 ção. Foi realizada uma destilação sim- bonetos está relacionado com as for-
milhão de barris de óleo/dia). ples com a explicação de cada etapa ças de van der Waals ou London, isto
Devido aos êxitos alcançados, a para que os alunos visualizassem o é, interações atrativas entre elétrons de
maior parte da produção é feita na ba- processo. Nesse ponto da aula, podem uma molécula e núcleos de outra.
cia continental. O Brasil é recordista ser abordados também os conceitos Estas, por sua vez, dependem do nú-
mundial em produção em águas pro- de propriedades físicas, como ponto mero de elétrons dos átomos das
fundas, tendo atingido em 1998 a mar- de ebulição. moléculas ou, em última análise, da
ca de 1.853 metros de lâmina d’água. As propriedades físicas, como pon- massa molecular. Quanto maior é a
Terminada a etapa de produção, o to de ebulição e solubilidade, estão massa molecular, maior é o ponto de
petróleo e o gás natural são transpor- intimamente relacionadas com a estru- ebulição. Nesse momento da aula, no 21
tados por meio de dutos ou navios para tura das substâncias e com as forças qual é citado o tópico ponto de ebuli-
os terminais, onde são armazenados. que atuam entre as moléculas (forças ção, foi apresentada uma tabela, que
Em seguida, o petróleo é transferido intermoleculares). Essas forças podem pode ser encontrada em livros de Quí-
para as refinarias, onde será separado ser: dipolo-dipolo, ligação hidrogênio, mica Orgânica, com os valores de pon-
em frações, pois o óleo bruto pratica- de van der Waals ou to de ebulição e mas-
mente não tem aplicação. London. Para exempli- O processo utilizado para sa molecular de dife-
Na aula seguinte, foi abordado o as- ficar o tópico de forças separar as frações do rentes alcanos. Com
sunto refino do petróleo, com a apre- intermoleculares, fo- petróleo é a destilação esses valores tabela-
sentação do filme O refino em uma pri- ram realizados dois fracionada, que é dos, foi mostrada a
meira etapa e a realização de duas experimentos (Figura executada com a utilização relação entre força in-
experiências descritas a seguir. 2), descritos a seguir. de uma coluna de termolecular e ponto
Teste de solubili- fracionamento. Nas de ebulição. Além dis-
Refino do petróleo dade: testou-se a so- refinarias, essas colunas são so, pôde-se trabalhar
A partir da apresentação do filme, lubilidade do álcool substituídas por enormes novamente o tópico
ficou esclarecido que o refino consiste (composto polar) e do torres, chamadas de torres de nomenclatura de
em separar a complexa mistura de hi- querosene (composto de fracionamento alcanos. O professor
drocarbonetos em frações desejadas, apolar) em água. pode extrapolar essa
processá-las e industrializá-las em Determinação da percentagem de abordagem para as outras funções
produtos comerciáveis. álcool na gasolina: para isso, foram uti- (alquenos e alquinos, por exemplo), à
O processo utilizado para separar lizados uma proveta de 100 mL, bastão medida que elas forem sendo apresen-
as frações do petróleo é a destilação. de vidro, 50 mL de gasolina comum e tadas em outras aulas.
Essa separação envolve a vaporização 50 mL de água. A gasolina e a água Os principais processos de refino
de um líquido por aquecimento, segui- foram vertidas na proveta. Observou- enfocados em sala de aula foram a
da da condensação de seu vapor. se que a fase aquosa formada apre- destilação primária, o primeiro tratamen-
Existem diferentes tipos de destilação: sentou um volume maior que o volume to dado ao petróleo in natura, que ocor-
simples, fracionada etc. No caso do de água adicionado e que o volume re através de uma destilação fracionada,
petróleo, é empregada a destilação fra- de gasolina diminuiu. Isso ocorre por- começando a surgir os primeiros deriva-
cionada, que é executada com a utili- que o álcool é solúvel tanto em água dos. Como resta ainda um resíduo, este
zação de uma coluna de fraciona- quanto em gasolina, mas a sua solubili- passa por um novo tratamento, que é a
mento. Nas refinarias, essas colunas dade em água é maior. Com isso, há o destilação a vácuo, no qual é reduzida a
são substituídas por enormes torres, aumento do volume observado na fase pressão sobre o líquido, baixando-se a
chamadas de torres de fracionamento. aquosa. A variação do volume da fase temperatura de ebulição, evitando assim

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Figura 3: Torres de fracionamento em uma destilaria de petróleo e esquema do fracionamento do petróleo em uma torre, com os diferentes
produtos obtidos (foto de Geraldo Falcão -gentileza Petrobrás).

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a decomposição de parte de seus em botijões e utilizado como gás de utilização industrial, mas é largamente
componentes. Após esse tratamento, o cozinha. utilizado como combustível de turbinas
petróleo passa por mais uma etapa de • Gasolina - é um dos produtos de de avião a jato, tendo ainda aplicações
separação, o craqueamento catalítico; maior importância do petróleo, sendo como solvente. Tem como caracterís-
porém, esse processo foi menos utiliza- um líquido inflamável e volátil. Consiste tica produzir queima isenta de odor e
do em sala de aula, já que envolve rea- de uma mistura de isômeros de hidro- fumaça.
ções mais complexas, com quebra de carbonetos de C5 a C9, obtida primeira- • Óleo diesel - é um combustível em-
ligação de cadeias longas em presen- mente por destilação e por outros pro- pregado em motores diesel. É um lí-
ça de catalisador. cessos nas refinarias. Hoje em dia, com quido mais viscoso que a gasolina, pos-
Com a apresentação de amostras a finalidade de baratear e aumentar a suindo fluorescência azul. Sua carac-
dos derivados de petróleo, muito usa- octanagem da gasolina, são adicio- terística primordial é a viscosidade,
dos no dia-a-dia, como gasolina, óleo nados outros produtos não derivados de considerando que, através dessa
diesel e querosene, petróleo à gasolina, co- propriedade, é garantida a lubrificação.
entre outros, foi pos- O petróleo e seus mo, por exemplo, o É comum a presença de compostos de
sível explorar a impor- derivados, bastante metanol e o etanol. enxofre no óleo diesel, cuja combustão
tância do petróleo na presentes no cotidiano do Uma curiosidade que dá origem a óxido e ácidos corrosivos e
vida moderna. Deve- aluno, constituem-se em foi enfocada em sala de nocivos aos seres vivos, que geram a
se enfatizar que o eficiente ferramenta de aula foi a introdução da chuva ácida. O despertar da consciência
petróleo é uma mistu- ensino, possibilitando o gasolina na aviação, de preservação do meio ambiente está
ra de hidrocarbone- aprendizado de tópicos do tendo início junto com o induzindo os refinadores a instalar
tos que apresentam programa de Química e 14 Bis, avião inventado processos de hidrodessulfuração para
diferentes massas também a formação de um por Santos Dumont, no reduzir o teor de enxofre.
moleculares e, conse- cidadão mais consciente qual se utilizava um • Parafinas - são um produto co-
qüentemente, dife- motor de carro. mercial versátil, de aplicação industrial
rentes pontos de ebulição. Os princi- • Querosene - o querosene é uma bastante ampla, como, por exemplo:
pais derivados costumam ser apresen- fração intermediária entre a gasolina e impermeabilizante de papéis, gomas
tados como frações diversificadas, o óleo diesel. Esse derivado é obtido de mascar, explosivos, lápis, revesti-
sendo mostradas na Figura 3. da destilação fracionada do petróleo mentos internos de barris, revestimen-
• Gás liqüefeito de petróleo (GLP) - in natura, com ponto de ebulição va- tos de pneus e mangueiras, entre ou-
consiste de uma fração composta por riando de 150 °C a 300 °C. O quero- tras. Uma curiosidade, que aumenta o
propano e butano, sendo armazenado sene não é mais o principal produto de interesse dos alunos é a informação de

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que “eles comem petróleo”, por exem- bastante presentes no cotidiano do uerj.br), formada em Engenharia Química pela UERJ,
plo, no chocolate brasileiro, já que a aluno. Dessa forma, esse tema foi uma mestre e doutora em Ciência e Tecnologia de Polí-
meros pela UFRJ, é docente do Instituto de Química
parafina é misturada ao chocolate para eficiente ferramenta de ensino, pos- da UERJ. Mônica R. Marques Palermo de Aguiar
dar mais consistência, impedindo que sibilitando o aprendizado de tópicos do (mmarques@uerj.br), bacharel e licenciada em Quí-
este derreta. programa de Química e também a mica, mestre e doutora em Química Orgânica pela
• Asfalto -sólido de cor escura, que formação de um cidadão mais cons- UFRJ, é docente do Instituto de Química da UERJ.
Zilma A. Mendonça Santos, licenciada em Química pela
apresenta massa molecular média ciente. UFRJ, aluna da pós-graduação lato sensu em Ensino
elevada, é obtido do resíduo das de Ciências da Universidade Federal Fluminense
destilações do petróleo. Grande parte Luiz Claudio de Santa Maria (lcsm@uerj.br), formado (UFF), é professora do Colégio Estadual Gomes Freire
em Engenharia Química pela Universidade do Estado de Andrade, no Rio de Janeiro. Paula Salgado C. B.
do asfalto é produzida para a pavimen- do Rio de Janeiro (UERJ), doutor em Ciência e Gomes de Castro é aluna do curso de licenciatura em
tação e o asfalto oxidado é utilizado Tecnologia de Polímeros pela Universidade Federal do Química da UERJ. Renata G. Balthazar é aluna do cur-
como revestimento impermeabilizante. Rio de Janeiro (UFRJ), é docente do Instituto de so de licenciatura em Química da UERJ e bolsista do
O petróleo e seus derivados estão Química da UERJ. Marcia C. Veiga Amorim (amorim@ programa de iniciação à docência (SR-1/UERJ).

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color. de Janeiro: Expressão e Cultura, 1993. Scipione, 1997.

Abstract: Petroleum: a Theme for the Teaching of Chemistry – Petroleum is a prominent subject and many people are aware of its importance for society, but what few know is the vast variety of concepts
that may be pursued in the classroom from this theme. This paper describes an account on how to associate topics of organic chemistry to informations on petroleum, besides suggesting experimental
activities.
Keywords: petroleum and derivatives, refinement, chemistry teaching

Nota

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