Universidade Estadual do Ceará – Centro de Ciências da Saúde
Discentes: Marcus Fábio Tavares de Abreu e Ednardo Ramos de Meneses
Matrículas: 1509204 e 1518343 Docente: Patrícia Marçal da Costa Disciplina: Embriologia As células foliculares, ainda no período intrauterino, sofrem mitoses e geram estratos de células cuboides, que passam a secretar a zona pelúcida, uma camada glicoproteica que cerca o oócito primário e tem a função de facilitar a ligação entre o espermatozoide e induzir a reação acrossômica. O contato do espermatozoide com a zona pelúcida implica na reação zonal, a qual evita a polispermia. Após a fecundação, a zona pelúcida persiste cercando o zigoto e os conseguintes blastômeros até a fase de blastocisto, na qual é degenerada para que ocorra a implantação do blastocisto no endométrio. No entanto, para que possa ocorrer tal implantação, o endométrio deve permanecer em fase lútea. Tal processo é mediado por um hormônio secretado pelo corpo lúteo, a progesterona, que permanece presente durante o restante da gestação. Após vinte semanas gestacionais, essa produção é realizada pela placenta, um órgão materno fetal que, além dessa função hormonal, também é o principal local de passagem dos nutrientes da mãe para o feto, que será melhor definida futuramente no texto. Esse hormônio é responsável por manter o endométrio na fase secretória, pronto para receber o blastocisto. Outrossim, após a fase de clivagem e a implantação, o embrião entra na fase de gastrulação na terceira semana gestacional, período no qual ele começa a sofrer diferenciações do ectoderma, mesoderma e do endoderma nos diferentes tecidos e órgãos que compõem o indivíduo na fase adulta. No processo de gastrulação, o aparecimento da linha primitiva é o primeiro evento, o qual desencadeias diversos outros processos, como o surgimento dos três folhetos. Algumas células mesenquimais, que darão origem ao mesoderma intraembrionário, migram no sentido cranial do disco embrionário ao redor da placa pré-cordal e de cada lado do processo notocordal, se encontrando para gerar o mesoderma cardiogênico na área cardiogênica, onde o primórdio do coração começará a se formar no fim da terceira semana, o que caracteriza o sistema cardiovascular como o primeiro sistema de órgãos a ser funcional. Além disso, a determinação do gênero do feto ocorre no momento da concepção pela análise da composição cromossômica, contudo, seu reconhecimento externo fica evidente apenas na vigésima semana de gravidez, conforme demonstrado no exemplo abordado pelo vídeo. No início, os órgãos sexuais masculino e feminino são indistinguíveis, aparecendo como uma protuberância entre as pernas do feto. Surgem também duas saliências, as quais, no sexo masculino, formarão o escroto. Nesse período, já se inicia igualmente a produção de óvulos pelo ovário. O desenvolvimento subsequente do feto também é marcado pelo aparecimento principalmente de pelugem pelo seu corpo, a lanugem, a qual cujo padrão segue o do tecido conjuntivo subjacente. O verniz caseoso, substância oleosa que protege da exposição ao líquido amniótico e a infecções, também surge nesse período, contribuindo também para a passagem do recém-nascido pelo canal vaginal. O decorrer de mais algumas semanas evidencia a secreção do tensoativo surfactante pelas células dos alvéolos, mantendo-os inflados e auxiliando o processo de respiração por reduzir a tensão superficial nos dutos dos pulmões e evitar que estes entrem em colapso. Tal processo garante uma certa chance de sobrevivência no ambiente exterior caso o nascimento pré-maturo ocorra nessa época. O progresso da evolução morfológica de tecidos e órgãos, principalmente os do tecido nervoso, com o controle térmico do corpo e o advento do reflexo pupilar, são eventos consequentes ao mencionado e de importância capital na constituição fisiológica fetal. No final do processo gestacional, há um aumento de peso considerável, somado ao acentuado comprimento do bebê, o que passa a estimular a liberação de hormônios corticosteroides, sinais químicos do trabalho de parto, pelo feto para induzir a contração da musculatura uterina materna, as quais indicam que o trabalho de parto deve ser iniciado