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agentes políticos a chamar a velha direita – DEM, PSDB, PMDB – e seus inigualáveis
personagens – FHC, Maia, Alckmin, Huck, Armínio etc. – de centro. Claro! Com a
emergência da extrema-direita fascista, a direita limpinha e cheirosa dá curso a
uma saída à francesa dessa terminologia.
O centro político sempre foi posição mezzo indefinida, mezzo vaga, mas funciona
como um nem-nem palatável por todos. O centro poderia ser algo como o ponto morto
do câmbio. Não faz o carro andar, mas basta empurrar que ele vai na direção que o
freguês desejar.
A esquerda brasileira que merece esse nome é mínima em termos eleitorais. Em uma
situação defensiva, o mais correto é buscar alianças ao centro para enfrentar a
barbárie. Aliança, contudo, não é adesão. Aliança é arranjo político repleto de
tensões e disputas a cada momento e em cada movimento tático. Não é a aliança em si
que pode levar à sublimação de fronteiras programáticas. É a política concreta –
para abusar do lugar comum – adotada em cada situação concreta.