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Gastronomia

Ainda é tradição a culinária, o fogão e forno a lenha, panela de ferro, tacho de cobre, para
fazerem vários quitutes e refeições que proporcionam sabores a comida típica mineira: pão de
queijo Canastra, biscoito de polvilho, broa de fubá, bolos, pamonhas, canjicas, galinhadas,
bolinho de sonho mineiro, feijão-tropeiro, João Deitado, “Carne de lata” (carne suína
conservada no preparo da própria banha animal), paçoca de carnes feita no pilão de madeira.
E os tradicionais doces: em compota, barra, pastoso ou cristalizados. Todas as guloseimas são
passadas de geração para geração.

Cerveja Artesanal Puro Malte, fruto de um sonho de nosso conterrâneo Ney Martins, vem
crescendo e ganhando espaço em lugares sofisticados, produzida em Vargem Bonita-MG. A
cerveja é feita de forma artesanal, com os melhores maltes importados, vem fechar a
produção com chave de ouro homenageando as três espécies nativas e algumas com risco de
extinção do cerrado da na nossa Canastra: a cerveja Carcará, Pato Mergulhão e Tamanduá
Bandeira.

O Queijo Canastra é um produto artesanal, sua fama deve-se a influência da vegetação e clima
local, que auxilia o processo de maturação, que garante o sabor e coloração inconfundível ao
produto, encontrados somente nessa região. Ocorreram várias mudanças no processo de
produção do queijo, levando em consideração, principalmente, técnicas de higiene e
manuseio. Hoje O Queijo Canastra é um Tesouro financeiro e artesanal da região.

CULTURA
1. Tradições Musicais e Cantigas de Roda
Tivemos aqui em Vargem Bonita algumas atrações musicais que animavam as festas da
comunidade da época. Um grupo de grande relevância foram os Gênios do Som, com estilo
mais jovem guarda que embalava as noites e animavam as festas. Através das décadas tiveram
seus integrantes alterados, até o fim da banda.

Após alguns anos a dupla sertaneja João Braz e Vicentinho. Infelizmente a dupla também foi
desfeita, e o Sr. João Braz veio a falecer, mas seu companheiro Sr. Vicentinho continua nos
prestigiando com suas musicas em homenagens a Vargem Bonita. E como esquecer o Rubens
de Oliveira, vulgo “Rubão” onde tinha como sonho ser cantor para ressaltar as belezas da
nossa Vargem Bonita, infelizmente hoje é um dos que faz a alegria no céu.

Atualmente o Rodrigo França que se apresenta solo e às vezes com a participação do Hugo
Borges natural de Belo Horizonte; o Gabriel que montou uma dupla com Heitor natural de São
roque de Minas; a Maria Beatriz que faz shows acústicos e com banda; o Bruno César, que hoje
faz dupla com o Luciano também natural de São Roque de Minas, com banda completa se
apresentam em vários eventos.

Outras tradições musicais foram marchinhas de carnaval compostas por cidadãos locais, para
homenagear a cidade, o Rio São Francisco, amigos e familiares. Foi composto pelo Sr. Hélio
Patrocínio Leite compositor da Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro do Rio de Janeiro,
um enredo em homenagem à Vargem Bonita.
2. Festa do Peão de Vargem Bonita
A Festa do Peão de Vargem Bonita era umas das mais esperadas pela comunidade, pessoas da
região e até mesmo de outros estados, onde foi realizada por 21 anos consecutivos..

3. Dança e Teatro
Não temos mais danças típicas na cidade. A dança e o teatro, apenas em eventos ou
festas culturais e regionais.
4. Grupo Seresta de Vargem Bonita
Seresta de Vargem Bonita são pessoas que se encontram semanalmente desde 2014, para
cantar, dançar e celebrar a amizade. O grupo é aberto a quem quiser participar e fazem
apresentações musicais em escolas, asilos, eventos culturais, empresas privadas e públicas da
cidade e região. A música aqui é fonte de alegria e um convite à saúde.

Causos e Poemas
1. Causos e Lendas

1.1 A Mãe do Ouro é uma lenda muito conhecida e propagada entre os moradores mais
antigos da região, apesar de que foram poucas pessoas que afirmaram já terem visto a
luz, muitos acreditam na lenda. Ela aparece em noites escuras, e segundo relatos tem
formato oval e seu clarão atinge quilômetros de distância e sua aparição dura poucos
minutos. Mas ninguém nunca conseguiu comprovar tal lenda.

1.2 Antigamente os donos das fazendas tinham mania de amarrar os escravos para que
eles não fugissem, mas de nada resolvia. Certo dia o dono de uma fazenda pegou um
cabresto de cavalo e amarrou os pés dos escravos no tronco de um curral e pela
manhã o dono da fazenda percebeu que havia resolvido o seu problema, pois os
escravos não conseguiram fugir. Daí surgiu o tão famoso nome “Cabrestos”.

1.4 Havia também na região da Prata, Sr. Jerônimo Amargoso, que era assim chamado por
receitar remédios amargos aos que procuravam. Mas que muitos relatam que eram curados.
2. Poemas
O Nosso Velho Chico

Ao ver as águas do rio Nossos velhos Vargeanos

Empoçando a todo instante Nossos novos visitantes

Vive aqui em calafrio

Com saudades dos diamantes Cavando o Velho Chico

Toda hora e todo instante

Nossos velhos Vargeanos O seu barranco ali de lado

Nossos novos visitantes Deixando tudo estragado

Andando rio a cima A procura de diamante

Ou virando rio a baixo

A procura de um riacho Nossos velhos Vargeanos

Ou de um diamante Nossos novos visitantes

Nossos velhos Vargeanos A procura de riqueza

Nossos novos visitantes Acabando com a beleza

Desta grande natureza

Tentando encontrar uma saída Que já é muito importante

Para mudar a sua vida Aqui o nosso Velho Chico

Desde o tempo de menino Que não dá mais os diamantes

Pra sair do desatino

Para nós que somos os Vargeanos

Nem para os nossos visitantes

Adeus, meu Velho Chico,

E adeus nossos diamantes!

De: Afonso Cesário de Souza 20\05\2009

Sonhando em ser, o mais recente poeta, do pedaço vargeano.

Livro: COM CARINHO A VOCE, OH! PREZADA NATUREZA; Vargem Bonita, terra dos diamantes,
cidade dos sonhos. Pura realidade. Março\2014.
Artesanato, Esculturas e Pinturas
Após o fechamento do garimpo a população teve que se adaptar a outras formas de renda,
com a chegada do turismo surgiram vários artesãos locais, confeccionando variedades de
artes: como esculturas madeira, pinturas, bordados, reciclagem, trabalhos feitos de bambu,
pedras matéria prima de fácil acesso na região, etc., ...

1. Esculturas:

As esculturas que temos são os orelhões em formatos de animais da fauna regional, as pedras
com sinalização e mensagens aos moradores e visitantes; as imagens de santos: do Padroeiro
São Francisco de Assis que fica na entrada da cidade, de Nossa Senhora Imaculada Conceição
da Virgem Maria que fica à frente da igreja matriz, o busto do ex-prefeito Sr. Ubirajara Lima na
praça 1°de Janeiro.

Folclore Religioso
As festas regionais religiosas são bastante apreciadas por populares e turistas. A festa dos
Santos Reis, ou Folia de Reis é uma das mais tradicionais da região, além de expressar toda a fé
a religiosidade dos moradores, tem como objetivo de reviver os antigos costumes e
homenagear os Três Magos que através da estrela do oriente foram ao encontro para adorar o
menino Jesus. Os foliões peregrinam pela cidade, povoados e fazendas levando a bandeira,
com músicas e trajes próprios da festa, que acontece mais comumente entre 01 até dia 06 de
janeiro onde é depositada no altar da igreja para ser contemplada pelos fiéis. O dinheiro
arrecado com leilões e doações dos féis é destinado obras assistenciais. Encerrando as
comemorações com baile.

Como já relatei a cultura foi trazida pelo “Sr. Zé Baiano” e que perpetuou a cultura folclórica e
religiosa em Vargem Bonita. Ele passou a tradição a alguns moradores da cidade como por
exemplo: o “Sr. Jacy”, o “Sr. Antônio Galo” e o “Sr. Celio Goulart” q foram alguns dos capitães
da companhia durante anos. O atual Capitão da folia de Vargem Bonita é Danilo Soares
residente da cidade de Piumhi, mas possui raízes familiares aqui.

Há também a festa de São Francisco de Assis, com missas, novenas, bingos e leilões com
arrecadação para manutenção da igreja. Onde no dia 04 de outubro, há uma queima de fogos
e alvorada durante a madrugada para homenagear o Padroeiro São Francisco de Assis. A noite
missa e procissão com a imagem do Santo pelas ruas da cidade, encerrando as festividades.

1. Religioso:

O Terço dos Homens de Vargem Bonita, fundado em meados de 2013 e seguem


perpetuando sua fé e religiosidade até hoje em seus encontros semanais às terças-feiras.

Outro ato religioso de grande importância da região é a Casa da Fraternidade São


Francisco de Assis, que atua segundo a Doutrina Espírita kardecista, doutrina qual prega o
altruísmo, o amor e a vida após a morte, baseados na ciência, filosofia e religião.
Sendo assim, tivemos a fundação da primeira Casa Espírita, no ano de 1.995 em residência
particular, quando um grupo de pessoas fizeram as primeiras reuniões. Mais tarde, foi feita a
mudança para o atual local, e passou a ser “Casa da Fraternidade São Francisco de Assis”, que
recentemente passou por mais ampliações, devido ao aumento de pessoas de várias regiões
do país, que vêm em busca de curas, tratamento espiritual, aplicando passes, estudos sobre a
doutrina espírita. Atualmente a Casa realiza o atendimento de 600 pessoas aos sábados à
partir das 12h00min até a última pessoa ser atendida. É uma instituição filantrópica e não é
vinculada a nenhuma outra instituição religiosa. A Casa se mantém através de doações feitas
por visitantes e colaboradores que frequentam e trabalham voluntariamente seguindo as
regras que são passadas pela espiritualidade. O atendimento da Casa é totalmente gratuito, a
caridade sendo como ponto fundamental do espiritismo: “Fora da Caridade Não há Salvação”,
acabou trazendo uma visão positiva sobre essa fé aproximada da razão, tornando assim um
turismo religioso impulsionando os comércios da Cidade.

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