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Introdução
….Falta escrever…
2. Estado da Arte
Redes de Sensores sem Fio (RSSFs) são uma tecnologia emergente que prometem uma
funcionalidade sem precedentes para monitorizar, instrumentar, e possivelmente
controlar o mundo físico (LOUREIRO, 2008).
Uma rede de sensores sem fios pode ser definida como sendo uma rede de “nós sensores
ou simplesmente sensores”, de baixo consumo energético, distribuídos em locais de
interesse, com conectividade sem fios e ligados a uma rede, permitindo assim analisar o
ambiente em que o equipamento está inserido com pouco ou nenhum impacto físico
nesse ambiente. Os “nós Sensores” devem ser capazes de medir variáveis num
determinado ambiente, por meio de sensores ou transdutores e transmitir os dados
medidos por meio de ondas electromagnéticas para outro ponto da rede. Para o efeito,
um nó sensor deve possuir, pelo menos, um transmissor de rádio, um microcontrolador,
sensores e uma fonte de energia.
Uma rede RSSF possui um nó coordenador (sink node), responsável por receber os
dados dos nós sensores e encaminhar para uma computador ou outro dispositivo capaz
de gerenciar e configurar a RSSF, armazenar ou reencaminhar os dados recebidos,
interpretá-los e se necessário tomar decisões. Na figura 1 podemos ter uma visão geral
da arquitectura e organização de uma RSSF típica:
2.2.1 Introdução
Assim o protocolo IEEE 802.15.4 foi atribuído pelo Institute of Electrical and
Eletronics (IEEE) como padrão para redes de baixa velocidade e baixo consumo de
energia, operando em 3 bandas de frequências: 2,4 Ghz utilizada mundialmente, 868
Mhz muito utilizada na Europa e 900 Mhz com utilização na América. A taxa de
transmissão pode chegar a 250 Kbps no caso da utilização da banda de 2,4 Ghz.
(GISLASON, 2008)
O protocolo IEEE 802.15.4 define duas camadas de baixo nível: Camada: física (PHY
Physical) e MAC ( Medium Access Control ), deixando as camadas superiores livres
para implementação de acordo com a necessidade de utilização. A camada física é a
responsável pela interligação do protocolo com o radio de comunicação, além de
fornecer serviços para a camada MAC, camada essa imediatamente superior, que
controla o acesso a rede. Assim após a especificação do padrão IEEE 802.15.4 em 2006
o padrão Zigbee foi especificado pela Zigbee Alliance, utilizando das camadas físicas e
MAC do padrão IEEE 802.15.4, o padrão Zigbee define ainda 5 camadas de mais alto
nível.
Na figura 3 podemos verificar as diversas topologias de rede que uma rede ZigBee
pode adoptar:
Figura 3 - Topologias de Rede ZigBee.
2.3.1 Introdução
O módulo Xbee, que nesta dissertação será denominado apenas por Xbee, é
basicamente composto por um microcontrolador que contém o firmware com a
implementação do protocolo ZigBee, especificações referentes ao dispositivo e o seu
comportamento, e por um transceptor de rádio que tem a função de enviar e receber os
sinais de rádio.
Cada Xbee possui 2 endereços distintos, o MY (16 bits) e o número de Série ID (64
bits). Analogamente, às redes TCP/IP podemos associar o endereço MY ao endereço IP,
que é atribuído a cada dispositivo toda a vez que o mesmo se conecta à rede, enquanto o
ID é único e invariável de forma que podemos associá-lo ao endereço MAC de uma
placa de rede Ethernet.
Uma rede Xbee contém apenas um Coordenador, que tem como endereço de rede MY o
valor igual a zero, é o dispositivo que coordena a rede. Entretanto pode conter diversos
outros dispositivos Roteadores ou dispositivos Finais na mesma rede.
Além dos dois modelos, a Digi Internacional disponibiliza para cada modelo várias
séries e encapsulamentos diferentes, variando de acordo com o tipo de antena, alcance
do sinal, frequência de operação, etc.
A figura 4 mostra alguns dos modelos da Série 2 produzidos pela Digi Internacional:
Figura 4 - Modelos de Dispositivos Xbee Serie 2 – Fonte: (Faludi, 2008)
Conclui-se que existe uma grande variedade Xbees’s disponíveis no mercado tornando-
se interessante considerar alguns aspectos antes de escolher o modelo a utilizar:
Custo: Como já referido acima, os modelos com antena externa têm valores
mais elevados, assim como os modelos da série Xbee Pro.
Apesar de nesta dissertação a diferença de preço entre os modelos não ser um agravante,
uma vez que o preço final será influenciado maioritariamente pelo valor dos sensores e
não pelo valor dos dispositivos de comunicação, não há a necessidade de utilizar
modelos com mais especificações do que o modelo Xbee Série 2 com antenas do tipo
Chip ou Wire.
Os módulos Xbee podem operar em 2 modos distintos: Modo transparente ou Modo API
(Application Programming Interface)
Figura 5 - Estrutura Geral do Frame API – Fonte: Adaptado de (Manual Xbee Digi)
Nos bytes 4 ao n possui a informação que desejamos que seja enviada, além de um
identificador API e de um identificador específico de mensagem. Estes dois
especificadores servem para determinar o tipo de mensagem que está a ser enviada ou
recebida.
Por último temos um Byte para verificação da integridade da mensagem através de uma
soma de verificação (CheckSum). No caso de o valor do CheckSum estar incorrecto, um
pacote de status é retornado indicando a natureza do erro.
É de se notar que a parte mais importante do modo API é o frame data e, assim sendo,
vamos aprofundar um pouco mais o estudo do mesmo:
A Digi Internacional (2013) especificou 14 tipos de frame que podem ser utilizados no
modo de operação API.
Na tabela 2 podemos observar quais são esses tipos e seus respectivos valores:
Tipos de Frame API Valor
Modem Status 0x8A
AT Command 0x08
AT Command . Queue Parameter Value 0x09
AT Command Response 0x88
Remote Command Request 0x17
Remote Command Response 0x97
ZigBee Transmit Request 0x10
Explicit Addressing ZigBee Command
0x11
Frame
ZigBee Trasmit Status 0x8B
ZigBee Receive Packet (A0=0) 0x90
ZigBee Explicit Rx Indicator (A0=1) 0x91
ZigBee IO Data Sample 0x92
Xbee Sensor Read Indicatoor (A0=0) 0x94
Node Identification Indicator 0x95
Tabela 2 – Tipos API Frame - Fonte: Adaptado de Manual Xbee Digi(2013)
Cada tipo de frame tem uma finalidade específica entretanto 2 tipos distintos podem
relacionar-se entre si, utilizando por exemplo pedidos de resposta e confirmações. Cada tipo de
Frame possui uma estrutura própria de dados, seguidamente fala-se sobre os dois principais
tipos de frame utilizado nesta dissertação:
ZigBee Trasmit Request (0x10) – Frame utilizado para enviar ate 72 Bytes de informação em
broadcast (todos os dispositivos da rede) ou a um dispositivo remoto especifico da rede.
A estrutura completa da frame 0x10, assim como todos os dados necessários para o seu envio
pode ser visto na figura 6.
Figura 6 – Pacote API ZigBee Transmit Request 0x10
Para o envio de dados utilizando o 0x10 temos alguns campos relevantes como:
frame type - que define o tipo do frame e neste caso deve ser 0x10.
Zigbee Receive Packet (0x90) – Frame de recepção de dados que contem o endereço do
transmissor. A estrutura completa do frame 0x90, assim como todos os dados
necessários para o sua recepção pode ser pbservado na figura 7.
Figura 7 – Pacote API Zigbee Receive Packet 0x90
64-bits Source Address - Campo que indica o endereço da fonte que transmitiu o pacote
de dados.
3. Sensores e Actuadores
3.1 Introdução
São dispositivos que traduzem informação “sinais” do domínio físico para o domínio
electrónico, (STALLINGA,2011). Sensores e actuadores são utilizados cotidianamente em tudo
que nos rodeia, seja numa simples luz que acende quando entramos na casa de banho que é
activada automaticamente por um sensor que detecta presença ou num caso mais complexo,
um sensor capaz de medir os batimentos cardíacos de um doente durante uma cirurgia, dando
ao médico a possibilidade de monitorar o estado vital do paciente durante a cirurgia.
Figura 8 – Tradutores entre os domínios físico e electrónico. Adaptado de (STALLINGA,2011).
3.2 Sensores
Dispositivos que interpretam uma grandeza física, medindo e convertendo-a numa informação
que possa ser lida ou interpretada por um observador ou dispositivo electrónico.
Assim como qualquer instrumento de medição, um sensor tem características importantes que
devem ser levadas em consideração na hora da escolha do sensor mais indicado para uma dada
aplicação. Algumas dessas características são:
Desvio (offset) - é definido como o erro que existira a saída quando a mesma deveria
ser zero, ou ainda a diferença entre o valor de saída real e o valor especificado.
Os sensores analógicos são assim chamados pois baseiam-se em sinais analógicos. Sinais
analógicos são aqueles que, mesmo limitados entre dois valores de tensão, podem assumir
infinitos valores intermediários. (PATSKO,2006). Ou seja teoricamente, para cada mínima
variação da característica física a entrada do sensor, haverá uma variação correspondente em
tensão na saída do sensor. Por exemplo o LM35, um dispositivo cujo a tensão no seu terminal
de saída varia 10mV para cada variação de 1ºC no dispositivo, de forma que podemos observar
que se submetermos o dispositivo a uma variação de temperatura cada vez mais intensa o
valor da tensão nos terminais de saída do dispositivo irá aumentar gradativamente como pode
ser observado na recta a. Do gráfico da figura 15.
Figura 15 – Gráfico que relaciona Voltagem vs. Temperatura dos sensores a.LM35, b.LM35, c.
LM37. Fonte: Datasheet Analog Device.
Um sensor digital tem em sua saída um valor discreto, ou seja só assume valores que o
determina como ligado ou desligado, ou ainda Alto (High) ou baixo (Low). Onde em logica
binária (base do funcionamento dos sistemas digitais),assumem valores “0” ou “1” para
determinar se o mesmo esta ligado ou desligado.
Como por exemplo uma chave digital, quando a mesma esta ligada a um circuito e é
pressionada assume um valor High determinando que o circuito esta ligado, no momento de
deixa de ser pressionada assume um valor Low, determinando que o circuito esta desligado.
No cotidiano a maioria dos sensores são do tipo analógico, pois a maioria dos parâmetros
físicos a ser medidos também o são. Seja a luminosidade de uma dada fonte de luz, a
temperatura de uma fonte de calor, a velocidade de um objecto são parâmetros que podem
assumir infinitos valores entre o valor de máximo e mínimo determinado.
Sensores de Temperatura
Figura 18 – Gráfico da relação Resistência vs. Temperatura de termístores PTC e NTC. Fonte:
Retirado de (Patsko,2006).
Circuito Integrado LM35 - Assim como os termístores utiliza da boa sensibilidade dos
materiais semicondutores a variação da temperatura, para efeito de termometria. A
vantagem desses circuitos em relação ao termístores é que em um único
encapsulamento contem todos os componentes necessários para verificação da
temperatura.
Um simples exemplo dessa aplicação é um díodo de junção np, onde a relação tensão-
corrente depende da temperatura de forma exponencial, essa relação pode ser
calculada a partir da equação de “Ebers-Moll”:
O sinal resultante é sujeito a menos interferências e ruido como no caso dos sensores
analógicos, podem ser ligados directamente a circuitos digitais, necessita de apenas 1
fio para utilização do sensor, possibilidade de utilizar vários sensores em apenas 1
único fio, umas vez que os dados fornecidos pelo sensor é digital e cada sensor tem um
endereço próprio, vários sensores podem comunicar com um circuito digital no mesmo
fio pelo protocolo One-Wire. A única desvantagem desse tipo de sensor é que não é
possível utilizar por um circuito analógico.
A partir da equação anterior podemos observar que devido ao sinal negativo, quanto maior o
valor do pH menor será a concentração de iões.
O sensor de pH mede a diferença de potencial eléctrico entre uma solução conhecida e a que
pretende ser medida. Este sistema consiste em duas meias células, meia célula de referência
com um eléctrodo de referência que fornece uma tensão estável, constante e conhecida, e
outra meia célula cuja tensão varia proporcionalmente a actividade de iões de hidrogénio na
solução. Na figura 21 podemos observar como funciona o processo de medição do pH pela
diferença do potencial eléctrico.
5. Wikipedia “IEEE”
6. http://www.gta.ufrj.br/grad/10_1/zigbee/index.html
Vê: http://www.escs.ipl.pt/pdfs/servicos/biblioteca/normas_portuguesas_de_REF.pdf
Explica bem e rápido como fazer a bibliografia :)
http://www.escs.ipl.pt/pdfs/servicos/biblioteca/normas_portuguesas_de_REF.pdf