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Fatoração de expressões algébricas

A fatoração de expressões algébricas tem por objetivo representar a soma


polinomial de números e incógnitas através do produto de termos.

Pode ser que você ainda não saiba como funciona a fatoração de expressões
algébricas ou, simplesmente, a fatoração de polinômios, mas provavelmente já
deve ter feito a fatoração de algum número. Dê uma olhada na fatoração do
número 27:

Exemplo de fatoração numérica do número 27


Observe que, com a fatoração do número 27, ele ficou expresso como o
produto 3 . 3 . 3 = 27. Esse processo acontece de forma bem semelhante com
as expressões algébricas. Quando fatoramos um polinômio, também
pretendemos expressá-lo por meio de uma multiplicação.
Mas por que utilizar a fatoração?
Vejamos um exemplo numérico: qual é o resultado de 1524² – 1523²? Antes
que você comece a resolver, saiba que através da fatoração conhecida como
“diferença de dois quadrados” é possível utilizar apenas uma adição para
chegar à resposta desse cálculo. Veja como:
1524² – 1523² = (1524 + 1523) . (1524 – 1523) = (1524 + 1523) . 1 = 3.047
Bem mais fácil do que resolver as potências, não é mesmo? O objetivo da
fatoração é simplificar os cálculos. Em geral, a fatoração de expressões
algébricas é extremamente útil para simplificar cálculos com polinômios,
isentando-nos de muitos cálculos desnecessários.
Ficou curioso para aprender mais sobre as técnicas de fatoração de expressões
algébricas?

1º caso de fatoração: fator comum


Para fatorar expressões algébricas é necessário observar atentamente qual
caso de fatoração pode ser aplicado.

São sete os casos diferentes utilizados na fatoração de expressões


algébricas. O primeiro caso é a fatoração por meio do termo em comum ou
colocação de termos em evidência.

Para fatorar uma expressão algébrica utilizando esse primeiro caso de


fatoração, todos os monômios da expressão algébrica devem ter pelo menos
algum termo em comum.
A fatoração é feita colocando o termo comum em evidência, veja alguns
exemplos:

?a – ab é uma expressão algébrica, veja como devemos fatorá-la:

É preciso analisar se o 1º caso poderá ser utilizado para a fatoração, então é


necessário analisar todos os seus monômios (termos) para ver se há termos
em comum.

a – ab essa expressão tem dois monômios a e ab


Os dois possuem termos semelhantes: o termo semelhante é a. Então,
colocamos esse termo comum em evidência.

Quando colocamos a em evidência devemos dividir a e ab (os monômios)


por a (termo comum), assim:

a : a = 1, pois todo número (ou letra) dividido por ele mesmo é igual a 1.

ab : a = b, pois a : a = 1, então ficaria 1b que é o mesmo que b.

Portanto, a – ab = a (1 – b)

Termos
em evidência

?a3 – 4a2 é uma expressão algébrica, veja como fatorá-la:

Essa expressão algébrica tem 2 monômios a3 e 4a2. Eles têm o a como termo
semelhante, então podemos colocá-lo em evidência, mas poderá surgir uma
dúvida: devemos colocar o a3 ou a2? Devemos colocar sempre o de menor
expoente, então colocamos a2.

Devemos dividir a3 e 4a2 por a2, assim:

a3 : a2 = a, pois a3 = a .a .a, então a . a . a : a2 é o mesmo que 1a = a.

4a2 : a2 = 4, pois a2 : a2 = 1, então ficaria 4 . 1 que é mesmo que 4.

Portanto, a3 – 4a2 = a2 (a – 4).



Termos
em evidência

?x4 - 2x3 + x2 + x é uma expressão algébrica que tem quatro monômios. Eles
têm termos em comum. Como esses termos têm mesma base, devemos
pegar o de menor expoente, então o termo em comum é x.

O termo em evidência deverá ser dividido pelos monômios x4 , 2x2 , x2 e x,


assim:

x4 : x = x3, pois em bases iguais conservamos a base e diminuímos os


expoentes.

2x3 : x = 2x2, pois em bases iguais conservamos a base e diminuímos os


expoentes.

x2 : x = x, pois em bases iguais conservamos a base e diminuímos os


expoentes.

x : x = 1, pois qualquer número ou letra dividido por ele mesmo é igual a 1.

Portanto, x4 - 2x3 + x2 + x = x (x3 – 2x2 + x + 1).



Termos
em evidência

? 4r + 12 é uma expressão algébrica, olhando rapidamente podemos pensar


que não existe termo semelhante, o que seria errado, pois o número 12 pode
ser fatorado em dois fatores 12 = 4 . 3. Com essa fatoração percebemos que
há um termo em comum na expressão algébrica, esse é o 4.

Então, pegamos os monômios 4r e 12 e dividimos por 4, ficando assim:

4r : 4 = 1r ou r

12 : 4 = 3

Portanto, 4r + 12 = 4 (r + 3)

Termos
em evidência

? Para fatorarmos a expressão algébrica (x + 1) (x – 3) + 2 (x + 1) devemos


ter um pouco mais de cuidado, pois em primeiro lugar separamos os termos:

(x + 1) (x – 3) + 2 (x + 1) a expressão possui dois termos.


↓ ↓
1º termo 2º termo

O termo semelhante é (x + 1), pois é encontrado tanto no 1º termo, como no


2º.

Então, devemos dividir o 1º termo e o 2º por (x + 1), ficando assim:

[(x + 1) (x – 3)] : (x + 1) = (x – 3)

2 (x + 1) : (x + 1) = 2

Portanto, (x + 1) (x – 3) + 2 (x + 1) = (x + 1) (x – 3 + 2)
(x + 1) (x – 3) + 2 (x + 1) = (x + 1) (x – 1)

Termos
em evidência

Para conferir se as fatorações estão corretas, basta efetuar as fatorações,


veja:

Para verificar se a fatoração 4r + 12 = 4 (r + 3) está correta, basta pegar a


expressão algébrica fatorada 4 (r + 3) e resolvê-la:

Aplicando a propriedade distributiva temos: 4 (r + 3) = 4 . r + 4 . 3 = 4r + 12.


Podemos concluir que a fatoração está correta.

2º caso de fatoração: Agrupamento


Agrupamento é o segundo caso de fatoração, para utilizá-lo devemos ter
conhecimento do primeiro caso, pois para fatorar uma expressão algébrica
utilizando o agrupamento é preciso agrupar os termos semelhantes e colocá-
los em evidência.

Quando aplicamos o caso de fatoração por agrupamento, utilizamos a


fatoração por termos comuns. Veja:

Se observarmos a expressão ab + 3b + 7a + 21 veremos que não são todos


os monômios que têm termos semelhantes, mas podemos unir os que
possuem termos semelhantes.
Assim, temos: ab + 3b + 7a + 21, agora aplicamos o 1º caso de fatoração
(termo comum), colocando em evidência cada elemento comum de cada
agrupamento.

ab + 3b + 7a + 21
↓ ↓
b termo 7 é o termo comum
comum

Então: b (a + 3) + 7 (a + 3)

Mesmo fazendo essa fatoração observamos que ainda podemos fazer mais
uma fatoração, pois os dois termos b (a + 3) e 7 (a + 3) possuem um termo
em comum
(a + 3). Então, aplicamos o processo do fator comum, ficando assim a
fatoração:

b (a + 3) + 7 (a + 3)
(a + 3) (b + 7)

Portanto, a expressão algébrica ab + 3b + 7a + 21 fatorada fica assim: (a + 3)


(b + 7).

3º caso de fatoração: Trinômio do


quadrado perfeito
A terceira maneira de fatorar expressões algébricas é utilizando a regra do
trinômio do quadrado perfeito. Para fatorar uma expressão algébrica utilizando
esse 3º caso, a expressão deverá ser um trinômio e formar um quadrado
perfeito.

Então, para compreender melhor esse tipo de fatoração vamos recapitular o


que é um trinômio e quando um trinômio pode ser um quadrado perfeito.

Trinômio

Para que uma expressão algébrica seja considerada um trinômio, ela deverá
conter exatamente 3 monômios. Veja alguns exemplos de trinômios:

x3 + 2x2 + 2x

- 2x5 + 5y – 5
ac + c – b

É importante ressaltar que nem todos os trinômios são quadrados perfeitos. É


preciso verificar se um trinômio pode ser escrito na forma de um quadrado
perfeito.

Quadrado perfeito

Veja a demonstração do que é um quadrado perfeito:

Um número é um exemplo de quadrado perfeito, basta que esse número seja


o resultado de outro número elevado ao quadrado, por exemplo: 36 é um
quadrado perfeito, pois 62 = 36.
Agora, para aplicar isso em uma expressão algébrica, observe o quadrado
(todos os lados iguais) abaixo com lados x + y. O valor desse lado é uma
expressão algébrica.

Para calcularmos a área desse quadrado podemos seguir duas formas


diferentes:

1º forma: A fórmula para o cálculo da área do quadrado é A = Lado2, então


como o lado nesse quadrado é x + y, basta elevá-lo ao quadrado.

A1 = (x + y) . (x + y) que é o mesmo que A1 = (x + y)2, então podemos dizer


que:

O resultado dessa área A1 = (x + y)2 é um quadrado perfeito.

2º forma: Esse quadrado foi dividido em quatro retângulos, onde cada um tem
a sua própria área, então a soma de todas essas áreas é a área total do
quadrado maior, ficando assim:
A2 = x2 + xy + xy + y2, como xy e xy são semelhantes podemos somá-los

A2 = x2 +2xy + y2

O resultado da área A2 = x2 +2xy + y2 é um trinômio.

As duas áreas encontradas representam a área do mesmo quadrado, então:

A1 = A2
(x + y) = x +2xy + y2
2 2

Então, o trinômio x2 +2xy + y2 tem como quadrado perfeito (x + y)2.

Quando tivermos uma expressão algébrica e ela for um trinômio do quadrado


perfeito, a sua forma fatorada é representada em forma de quadrado perfeito,
veja:

O trinômio x2 +2xy + y2 fatorado fica (x + y)2.

Como já foi dito, nem todos os trinômios são quadrados perfeitos, por isso é
preciso que saibamos identificar se um trinômio é quadrado perfeito ou não.
Veja como é feita essa identificação:

Quando um trinômio é quadrado perfeito

O quadrado perfeito (x + y)2 é composto por dois fatores (x e y). A resolução


dele é um trinômio x2 +2xy + y2. O primeiro monômio é o quadrado do primeiro
termo; o segundo monômio é duas vezes o primeiro termo vezes o segundo; e
o terceiro monômio é o quadrado do segundo termo.

Esse trinômio do quadrado perfeito é considerado uma forma geral seguida


para qualquer quadrado perfeito.

Portanto, para que um trinômio seja quadrado perfeito ele tem que seguir
esse modelo. Fazendo um resumo podemos dizer que:

Para que um trinômio seja quadrado perfeito ele deve ter algumas
características:

• Dois termos (monômios) do trinômio devem ser quadrados.


• Um termo (monômio) do trinômio deve ser o dobro das raízes quadradas dos
dois outros termos.

Veja alguns exemplos:

Veja se o trinômio 9a2 – 12ab + 4b2 é um quadrado perfeito. Para isso, siga as
regras que foram citadas.

Dois membros do trinômio 9a2 – 12ab + 4b2 têm raízes quadradas e o dobro
delas é o termo do meio, então o trinômio é quadrado perfeito.

Então, a forma fatorada do trinômio 9a2 – 12ab + 4b2 é (3a – 2b)2, pois é a
soma das raízes ao quadrado.

Exemplo:

Dado o trinômio 4x2 – 8xy + y2, devemos tirar as raízes dos termos 4x2 e y2, as
raízes serão respectivamente 2x e y. O dobro dessas raízes deve ser 2 . 2x . y
= 4xy, que é diferente do termo 8xy, então esse trinômio não poderá ser
fatorado utilizando o quadrado perfeito.

4º caso de fatoração: Trinômio do tipo x²


+ Sx + P
O quarto caso de fatoração, assim como o terceiro, é a fatoração de uma
expressão algébrica em forma de trinômio.
A diferença dos dois é que nesse quarto caso o trinômio não tem que formar
um quadrado perfeito e sim somar o produto dos dois últimos termos, por isso
que é chamado de trinômio do tipo x2 + Sx + P, onde S é soma e P é produto.

Veja os exemplos:
Dada a expressão algébrica y2 – 5y + 6, sabemos que é um trinômio, mas os
seus dois membros das extremidades não estão elevados ao quadrado, assim
descarta a possibilidade de ser quadrado perfeito.

Então, o único caso de fatoração que podemos utilizar para fatorar essa
expressão algébrica é x2 + Sx + P. Dada a expressão y2 – 5y + 6, observe se
ela está em ordem decrescente de seus expoentes (do maior para o menor),
se estiver basta achar dois números que somados resultem em -5 e que o
produto deles resulte em 6.

Vamos fazer as tentativas para que o produto resulte em 6:


2.3=6

(- 2) . (- 3) = 6

6 . 1= 6

- 6 . (- 1) = 6

Devemos, dentre essas possibilidades, achar uma que a soma dos números
dê -5. Concluímos que -2 + (-3) = -5, portanto a forma fatorada desse trinômio
será:

(y – 2) (y – 3).

Dada a expressão m2 + 7m – 8, devemos achar dois números que somados


resulte 7 e o produto deles seja -8. Verificamos as possibilidades do produto
resultar em - 8:
-1.8=-8

1 . (-8) = - 8

4 . (- 2) = - 8

-4.2=-8

Devemos, dentre essas possibilidades, achar uma que a soma dos números
dê 7. Concluímos que -1 + 8 = 7, portanto a forma fatorada desse trinômio
será:

(m – 1) (m + 8).
Dado a expressão x2 + 4x – 12, devemos achar dois números que somados
resulte em 4 e o produto do mesmo seja – 12. Verifiquemos as possibilidades
de o produto resultar em -12:

1 .(-12) = -12

-1 . 12 = -12

6 . (-2) = -12

- 6 . 2 = -12

Devemos, dentre essas possibilidades, achar uma que a soma dos números
dê 4. Concluímos que 6 +(- 2) = 4, portanto a forma fatorada desse trinômio
será:
(x + 6) (x – 2)

5º caso de fatoração: Diferença de dois


quadrados
O quinto caso de fatoração é mais uma forma de fatorar expressões
algébricas. Esse caso de fatoração só pode ser utilizado em expressões
algébricas que possuem dois monômios e os mesmos devem estar elevados
ao quadrado (elevados à quinta potência).

Chegamos à conclusão que a diferença de dois quadrados pode ser utilizada,


quando:

-Tivermos uma expressão algébrica com dois monômios (sejam binômios).


- Os dois monômios forem quadrados.
- A operação entre eles for de subtração.

Veja alguns exemplos de expressões algébricas que seguem esse modelo:

• a2 - 16

• 1 – a2
3

• 4x2 – b2
Como fazer essa fatoração

Dada a expressão algébrica 9x2 – 81, veja os passos que devemos tomar para
chegarmos à forma fatorada utilizando o 5º caso de fatoração.

A forma fatorada será (3x – 9) (3x + 9).

Veja alguns exemplos:

Exemplo 1:
A expressão algébrica x2 – 4 é uma expressão com dois monômios e as
raízes quadradas são respectivamente x e 2, então a sua forma fatorada é (x
– 2) (x + 2).

Exemplo 2:
Dada a expressão algébrica 16x2 – 25, a raiz dos termos 16x2 e 25 é
respectivamente 4x e 5. Então, a forma fatorada é (4x – 5) (4x + 5).

Exemplo 3:
Dada a expressão algébrica 36x2 – 81y2, a raiz dos termos 36x2 e 81y2 é
respectivamente 6x e 9y. Então, a forma fatorada é (6x – 9y) (6x + 9y).
6ºcaso de fatoração: Soma de dois cubos

O sexto caso de fatoração é a fatoração de uma expressão algébrica


composta por dois monômios (seja um binômio) e entre eles há a operação de
adição, esses dois monômios são elevados ao cubo (elevados à terceira
potência).

Veja a demonstração de como foi encontrado esse caso de fatoração:

Dado dois números quaisquer x e y, se somarmos os dois obteremos x + y, se


montarmos uma expressão algébrica com os dois números teremos x2 - xy +
y2, agora devemos multiplicar as duas expressões encontradas.

(x + y) (x2 - xy + y2) utilize a propriedade distributiva;

x3 - x2y + xy2 + x2y –xy2 + y3 una os termos semelhantes;

x3 + y3 é uma expressão algébrica de dois termos onde os dois estão elevados


ao cubo e somados.

Assim, podemos concluir que x3 + y3 é uma forma geral da soma de dois


cubos onde
x e y poderão assumir qualquer valor real.

A forma fatorada de x3 + y3 será (x + y) (x2 - xy + y2).

Veja alguns exemplos:

Exemplo1:
27x3 + 1000 é a soma de dois cubos.

Podemos escrever essa expressão da seguinte forma:

(3x)3 + 103, assim: x = 3x e y = 10


Agora, basta usarmos a forma geral e fazermos as substituições.

(x + y) (x2 - xy + y2)
(3x + 10) ((3x)2 – 3x . 10 + 102)
(3x + 10) (9x2 – 30x + 100)

Portanto, a fatoração de 27x3 + 1000 será (3x + 10) (9x2 – 30x + 100).
Exemplo 2:
x3 + 1 é a soma de dois cubos.
Podemos escrever essa expressão da seguinte forma:

(x)3 + 13 assim: x = x e y = 1
Agora, basta usarmos a forma gral e fazermos as substituições.

(x + y) (x2 - xy + y2)

(x + 1) ((x)2 –x .1 + 12)

(x – 1) (x2 –x + 1)

Exemplo 3:
8x3 + y3 é a soma de dois cubos.
Podemos escrever essa expressão da seguinte forma:

(2x)3 + y3 assim: x = 2x e y = y
Agora, basta usarmos a forma gral e fazermos as substituições.

(x + y) (x2 - xy + y2)

(2x + y) ((2x)2 – 2xy + y2)

(2x + y) (4x2 – 2xy + y2)

7º caso de fatoração: diferença de dois


cubos
O sétimo caso de fatoração é semelhante ao 6º caso, a diferença é na
operação entre os dois monômios que aqui nesse caso é uma subtração
(diferença).

Observe a demonstração abaixo:

Dado dois números quaisquer x e y. Se subtrairmos ficará: x – y, se


montarmos uma expressão algébrica com os dois números obteremos: x2 + xy
+ y2, assim, devemos multiplicar as duas expressões encontradas.
(x - y) (x2 + xy + y2) é necessário utilizar a propriedade distributiva;

x3 + x2y + xy2 - x2y –xy2 - y3 unir os termos semelhantes;

x3 - y3 é uma expressão algébrica de dois termos, os dois estão elevados ao


cubo e subtraídos.

Assim, podemos concluir que x3 - y3 é uma forma geral da soma de dois cubos
onde
x e y podem assumir qualquer valor real.

A forma fatorada de x3 - y3 será (x - y) (x2 + xy + y2).

Com o conhecimento de todos os casos de fatoração, quando for preciso


fatorar alguma expressão algébrica devemos sempre observar em qual dos
casos ela se enquadra, veja os exemplos de como fazer esse
reconhecimento.

Exemplo:
Se tivermos que fatorar a seguinte expressão algébrica 27x3 – y3 devemos
observar que ela tem dois termos. Lembrando dos casos de fatoração, o único
caso que fatora dois termos é a diferença de dois quadrados, soma de dois
cubos e a diferença de dois cubos.

No exemplo acima os dois termos estão ao cubo e entre eles há uma


subtração, então devemos utilizar o 7º caso de fatoração (diferença de dois
cubos), para fatorarmos devemos escrever a expressão algébrica 27x3 – y3 da
seguinte forma:
(x - y) (x2 + xy + y2). Ao tirar as raízes cúbicas dos dois termos, temos: 27x3 –
y3.

A raiz cúbica de 27x3 é 3x e a raiz cúbica de y3 é y. Agora, basta substituir


valores, no lugar de x colocaremos 2x e no lugar de y colocaremos 3 na forma
fatorada
(x - y) (x2 + xy + y2) , ficando assim:

(3x – y) ((3x)2 + 3x . y + y2)

(3x – y) (9x2 + 3xy + y2)

Então, (2x – 3) (4x2 + 6x + 9) é a forma fatorada da expressão algébrica 8x3 –


27.
Exemplo 2
Para resolvemos a fatoração utilizando a diferença de dois cubos devemos
seguir os mesmos passos do exemplo anterior. Fatorando a expressão
algébrica r3 – 64 temos: As raízes cúbicas de r3 é r e de 64 é 4, substituindo
teremos no lugar de x o r e no lugar de y o 4.

(r – 4) (r2 + 4r + 16) é a forma fatorada de r3 – 64.

Publicado por: Danielle de Miranda

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