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Processo nº 0000646-76.2018.8.17.2670
das sócias da empresa devedora e ficado com o dinheiro para si, mas
não traz aos autos qualquer prova dessa absurda afirmação. Caso o
embargado tivesse negociado em seu nome veículo pertencente a
outra pessoa, necessitaria da autorização desta e, seguramente,
haveria registros da formalização dessa transferência, em poder da
sócia da embargante, além de meras “fotos” sem qualquer força
probante.
Assim sendo, levando em conta que a
aquisição do veículo pela sócia da embargante foi anterior à emissão
do cheque, sendo claro que não serviu para pagamento da dívida em
cobrança, considerando ainda que não foram apresentadas pela
embargante quaisquer provas com aptidão de demonstrar ter o
embargado efetivamente gozado exclusivamente do veículo e dos
valores com a sua revenda, é de se concluir ser totalmente
impertinente cogitar-se acerca das condições desse negócio para
julgamento desta causa, devendo ser totalmente desconsiderado tal
ponto da defesa.
Consequentemente, a ouvida de “testemunha”
requerida pela parte embargante é medida desnecessária, não
havendo razão para designação de audiência instrutória com esse
fim, até mesmo porque o fato discutido – dação em pagamento de
veículo para pagamento da dívida – não se prova mediante ouvida de
testemunha, já que se trata de negociação que deve restar
formalizada por documentos não apresentados pela embargante no
momento oportuno (como aditivos contratuais, comprovantes de
transferências de ativos, propostas de revenda, registros no Detran
em nome do embargado, etc.).
IV – DA CONCLUSÃO
Termos em que,
Aguarda deferimento.