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Conselho Editorial
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Profª Drª Adriana Demite Stephani – Universidade Federal do Tocantins
Prof. Dr. Álvaro Augusto de Borba Barreto – Universidade Federal de Pelotas
Prof. Dr. Alexandre Jose Schumacher – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso
Prof. Dr. Antonio Carlos Frasson – Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Prof. Dr. Antonio Gasparetto Júnior – Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais
Prof. Dr. Antonio Isidro-Filho – Universidade de Brasília
Prof. Dr. Constantino Ribeiro de Oliveira Junior – Universidade Estadual de Ponta Grossa
Profª Drª Cristina Gaio – Universidade de Lisboa
Prof. Dr. Deyvison de Lima Oliveira – Universidade Federal de Rondônia
Prof. Dr. Edvaldo Antunes de Farias – Universidade Estácio de Sá
Prof. Dr. Eloi Martins Senhora – Universidade Federal de Roraima
Prof. Dr. Fabiano Tadeu Grazioli – Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões
Prof. Dr. Gilmei Fleck – Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Profª Drª Ivone Goulart Lopes – Istituto Internazionele delle Figlie de Maria Ausiliatrice
Prof. Dr. Julio Candido de Meirelles Junior – Universidade Federal Fluminense
Profª Drª Keyla Christina Almeida Portela – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso
Profª Drª Lina Maria Gonçalves – Universidade Federal do Tocantins
Profª Drª Natiéli Piovesan – Instituto Federal do Rio Grande do Norte
Prof. Dr. Marcelo Pereira da Silva – Universidade Federal do Maranhão
Profª Drª Miranilde Oliveira Neves – Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará
Profª Drª Paola Andressa Scortegagna – Universidade Estadual de Ponta Grossa
Profª Drª Rita de Cássia da Silva Oliveira – Universidade Estadual de Ponta Grossa
Profª Drª Sandra Regina Gardacho Pietrobon – Universidade Estadual do Centro-Oeste
Profª Drª Sheila Marta Carregosa Rocha – Universidade do Estado da Bahia
Prof. Dr. Rui Maia Diamantino – Universidade Salvador
Prof. Dr. Urandi João Rodrigues Junior – Universidade Federal do Oeste do Pará
Profª Drª Vanessa Bordin Viera – Universidade Federal de Campina Grande
Prof. Dr. Willian Douglas Guilherme – Universidade Federal do Tocantins
Formato: PDF
Requisitos de sistema: Adobe Acrobat Reader.
Modo de acesso: World Wide Web.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-7247-865-6
DOI 10.22533/at.ed.656192312
Atena Editora
Ponta Grossa – Paraná - Brasil
www.atenaeditora.com.br
contato@atenaeditora.com.br
APRESENTAÇÃO
CAPÍTULO 1................................................................................................................. 1
A CORRENTE VYGOTSKYANA: UMA RESPOSTA À INCLUSÃO ESCOLAR?
Rosmarí Deggerone
Fernanda Ceolin Teló
DOI 10.22533/at.ed.6561923121
CAPÍTULO 2............................................................................................................... 12
A EDUCAÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA: UM PROCESSO DE HUMANIZAÇÃO PELA
APROPRIAÇÃO DA CULTURA
Caroline Andrea Pottker
DOI 10.22533/at.ed.6561923122
CAPÍTULO 3............................................................................................................... 25
A ESCOLA COMO ESPAÇO DE DISCUSSÃO SOBRE A VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR
Raphaela Ferraz Figueiredo
João Diógenes Ferreira dos Santos
DOI 10.22533/at.ed.6561923123
CAPÍTULO 4............................................................................................................... 37
A ESCRITA DO SUJEITO SURDO: REFLEXOS DA ORALIDADE EM “SINAIS”
Angela Lemos de Oliveira
Christianne Benatti Rochebois
DOI 10.22533/at.ed.6561923124
CAPÍTULO 5............................................................................................................... 53
A FAMÍLIA E A ESCOLA: CONECTANDO SABERES NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
Marcele Rickes
Ana Paula de Almeida
Sabrine de Oliveira
DOI 10.22533/at.ed.6561923125
CAPÍTULO 6............................................................................................................... 62
A INSERÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA EDUCAÇÃO: POSSIBILIDADES PARA A EFETIVAÇÃO
DE DIREITOS HUMANOS E A AMPLIAÇÃO DA CIDADANIA
Júlia Aparecida Costa Martins Flores
Thaesa Jesana da Silva Bacellar
DOI 10.22533/at.ed.6561923126
CAPÍTULO 7............................................................................................................... 73
A INSTITUCIONALIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM ALBINISMO NOS SISTEMAS DE EDUCAÇÃO
INFANTIL: REFLEXÕES SOBRE ASPECTOS DA DIVERSIDADE HUMANA
Nivaldo Vieira de Santana
DOI 10.22533/at.ed.6561923127
SUMÁRIO
CAPÍTULO 8............................................................................................................... 86
ALFABETIZAÇÃO PARA AS DIVERSIDADES: UM APONTAMENTO DAS VULNERABILIDADES
DENTRO DA ESCOLA
José Henrique Monteiro da Fonseca
Degmar Francisca dos Anjos
Jessika Karoliny Ostelony da Silva
DOI 10.22533/at.ed.6561923128
CAPÍTULO 9............................................................................................................... 94
AS NOVAS CONFIGURAÇÕES DA ESCOLA E EDUCAÇÃO EM MEIO AS DESIGUALDADES
SOCIAIS
Andreia Moro Chiapinoto
Juciane Severo Corrêa
DOI 10.22533/at.ed.6561923129
SUMÁRIO
CAPÍTULO 15........................................................................................................... 159
REFLEXÕES SOBRE A INVISIBILIDADE DO NEGRO NAS ESCOLAS DO CAMPO
Carlos dos Santos Viana
Marcelino Pinheiro dos Santos
Maura Gleide Lima dos Santos
Jussara Tânia Silva Moreira
Diego Pita Ramos
DOI 10.22533/at.ed.65619231215
ARTE E CULTURA
SUMÁRIO
SAÚDE E EDUCAÇÃO
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1
doi
1 | INTRODUÇÃO
3 | A LINGUAGEM E A APRENDIZAGEM
[...] A palavra está quase sempre pronta quando está pronto o conceito. Por
isto há todos os fundamentos para considerar o significado da palavra não só
como unidade do pensamento e da linguagem, mas também como unidade
da generalização e da comunicação, da comunicação e do pensamento. É
totalmente impossível calcular a importância fundamental desta abordagem da
questão para todos os problemas genéticos do pensamento e da linguagem.
Essa importância se deve, antes de tudo, a que só a admissão de tal abordagem
viabiliza, pela primeira vez, a análise genético-causal do pensamento e da
linguagem. Só começamos a entender a relação efetiva entre o desenvolvimento
social da criança quando aprendemos a ver a unidade entre a comunicação e
generalizações (VYGOTSKY, 2001, p.13).
Aquilo que é de grande interesse para um bebê deixa de interessar uma criança
um pouco maior. A maturação das necessidades é um tópico predominante nessa
discussão, pois é impossível ignorar que a criança satisfaz certas necessidades
no brinquedo. Se não entendemos o caráter especial dessas necessidades, não
podemos entender a singularidade do brinquedo como uma atividade (1998, p.
122).
Assim como fomos capazes de mostrar, no começo, que toda situação imaginária
contém regras de uma forma oculta, também demonstramos o contrário – que
todo o jogo com regras contém, de forma oculta, uma situação imaginária. O
desenvolvimento a partir de jogos em que há uma situação imaginária às claras e
regras ocultas para jogos com regras às claras e uma situação imaginária oculta
5 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
LA TAILLE, Yves. (org) Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo:
Summus, 1992.
VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Pensamento e linguagem. Trad. Jefferson Luiz Camargo. 2ª.ed. São
Paulo:Martins Fontes, 1998.
1 | INTRODUÇÃO
APROPRIAÇÃO DA CULTURA
[...] as aquisições que a criança com atraso profundo consegue sob a influência
de uma educação resulta, a partir do ponto de vista do desenvolvimento, nos
valores fundamentais que a criatura do homem pode adquirir, e sem os quais se
vê forçada a permanecer em um estado semianimal. A educação faz de um idiota
um homem. Com ajuda da educação, a criança profundamente atrasada cumpre
o processo de formação do homem.
[...] uma criança retardada pode ser dotada dos mesmos talentos naturais de
uma criança normal, mas não sabe como utilizá-los racionalmente. Assim, eles
4 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BARROCO, S. M. S.; FACCI, M. G. D. Implicações da Psicologia Histórico-Cultural para a Educação
Especial: aprendizagem que movimenta o desenvolvimento. In: Proposta Curricular para a
Educação Especial Norteadores Teóricos. Sarandi: Prefeitura Municipal de Sarandi, PR, Brasil, p.
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SHUARE, M. La psicología soviética tal como yo la veo. Moscou: Editorial Progresso, 1990.
VYGOTSKY, L. S.; LURIA A. R., Estudos sobre a história do comportamento: Símios homem
primitivo e criança (pp.151-239). Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1996.
1 | INTRODUÇÃO
Para Silva (2009), os direitos sociais, como dimensão dos direitos fundamentais
do homem, são prestações positivas proporcionadas pelo Estado direta ou
indiretamente, visando possibilitar melhores condições de vida aos mais carentes
e necessitados.
Como bem exposto, o Estado tem o dever, firmado na carta magna, de proteger
e criar programas para promoção e assistência integral à criança e ao adolescente,
conforme esclarece seu parágrafo 1º:
Não há como negar que o ECA é um instrumento que trouxe um avanço político
e jurídico assegurando às crianças e aos adolescentes a posição de sujeitos de
direitos e construindo uma nova concepção destes seres, antes objetificados por
suas famílias e pelo poder público.
No entanto, ainda há um grande retrocesso e o que se vê é o descaso do poder
público na tratativa dos direitos e na criação de políticas públicas para assegurar as
condições de uma vida plena e digna para as crianças.
O Estado não cumpre de forma eficiente e eficaz no atendimento dos Direitos
da população infanto-juvenil, como determinam os marcos legais, Constituição de
1988 e ECA, em especial, das crianças pobres, oriundas de famílias de classes
menos favorecidas. Como bem esclarecido acima, os marcos jurídicos são avanços,
mas eles não trazem a efetividade dos direitos, estes devem ser postos em prática,
assim, é necessário que o Estado haja no cumprimento daquilo que é exposto no
VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR
A escola, na sua criação, foi vista como ambiente de ensino mais técnico,
passando lições básicas, sem estabelecer diálogos entre mestres e alunos e
demonstrar afetividade, assim, era um espaço reservado para aprender, mas como
bem esclareceu Fernandes (2008, p.123), “a função educativa da escola, no meio
social brasileiro e, em particular e escola primaria, não se restringe à instrução
propriamente dita. Ela é muito ampla, pois, por causa de condições e de fatores
especiais, quando a escola não consegue transmitir certos conhecimentos”.
É importante frisar que a educação no Brasil, diz respeito também a intervenção
do Estado com objetivos políticos, sendo que ao Estado, “impunha-se naturalmente
a necessidade de educar as massas, egressas da antiga ordem escravocrata e
senhorial sem nenhum preparo para que pudessem participar da ordem social
legalmente igualitária (FERNANDES, 2008, p.124).
Freitas (2016) aduz que “no final do século XX a infância tornou-se uma
questão candente para o Estado e para as políticas públicas não governamentais,
para o planejamento econômico e sanitário”.
Assim sendo, mostrou-se o total despreparo em atender efetivamente a
necessidade de educar aos menos favorecidos, tornando a escola um espaço
privilegiado para apenas algumas pessoas, frequentado de acordo com a classe
social da família da criança. As crianças das classes dominantes eram enviadas
para os colégios internos, geralmente instituições particulares, enviadas para
os internatos por suas famílias para que tivessem uma educação melhor e não
desenvolverem hábitos da rua.
Nos dizeres de Rago (2014), era um meio de deixar as crianças e,
consequentemente toda a família, no interior da habitação e impedir que se
organizassem atividades fora da intimidade doméstica.
4 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ARANÃO, A. Estado Democrático de Direito, criminalidade e violência: o desrespeito aos direitos
fundamentais e o papel da educação. Lex – jurisprudência do STF, São Paulo, vol. 351, p.5-23,
2007.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro
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______. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente
e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 16 jul.
1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art266>. Acesso em: 28
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COSTA, R. P. Gilberto Freyre e a infância no Brasil patriarcal, USP, ano VI, 2015.
CHAUÍ, M. Ética e violência. Revista Teoria e Debate. São Paulo, n. 39, out./dez. 1988
FREYRE, G. Casa-Grande & Senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia
patriarcal. Apresentação de Fernando Henrique Cardoso – 48ª ed. rev – São Paulo: Global, 2003.
KALOUSTIAN, M. S. (Org.). Família brasileira, a base de tudo. 4. ed. São Paulo: Cortez, Brasília:
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PERALTA, E. Abordagens Teóricas ao estudo da memória social: Uma Resenha Crítica. Arquivos
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portuguesa, 2007.
RAGO, M. Do Cabaré ao Lar: A Utopia da cidade disciplinar e a Resistência anarquista, Brasil 1890-
1930. 4º ed, São Paulo: Paz e Terra, 2014.
SAFIOTTI, H. I. B. Gênero, Violência e Patriarcado. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2002
(Coleção Brasil Urgente).
SILVA, J. A. Curso de Direito Constitucional Positivo. 13. ed. São Paulo: Malheiros, 2009.
Eu vou festa dia das Brixas meu roupa Vampiro tem caixão Eu dentro abre Eu morto mentira assusto
menina.
Eu comer bolo, coca, pipoca, coxinha embora casa.
Fonte: GUARINELLO, Ana Cristina. O papel do outro na escrita de sujeitos surdos. São
Paulo: Plexus, 2007.
4 | CAMINHOS DA PESQUISA
Tabela 1. Fonte: Autora; Tabela baseada nos estudos apresentado por Guarinello (2007).
Tabela 2. Fonte: Autora; Tabela baseada nos estudos apresentado por Guarinello (2007).
Tabela 3. Fonte: Autora; Tabela baseada nos estudos apresentado por Guarinello (2007).
5 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 12 ed. São Paulo: Ática, 2002.
DECHANDT, Sônia Brochado. A apropriação da escrita por crianças surdas. In: QUADROS,
Ronice M.(org.) Estudos surdos I. Petrópolis, RJ: Arara azul, 2006. p. 284-322.
FRANCHETTO, Bruna; LEITE, Yonne. Origens da linguagem. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
GUARINELLO, Ana Cristina. O papel do outro na escrita de sujeitos surdos. São Paulo: Plexus,
2007.
PEIXOTO, Renata Castelo. Algumas considerações sobre a interface entre a língua brasileira
de sinais (libras) e a língua portuguesa na construção inicial da escrita pela criança surda.
Cadernos Cedes, São Paulo, v. 26, n. 69, maio/ago. 2006. p. 205-229.
PERLIN, Gladis T. T. Identidades surdas. In.: SKILIAR, Carlos (org). A surdez: um olhar sobre as
diferenças. 6. ed. Porto Alegre: Mediações, 2013. p. 51-73.
PEREIRA, Maria Cristina da Cunha (org.). Libras: conhecimento além dos sinais. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2011.
QUADROS, Ronice Muller de. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1997.
QUADROS, Ronice Muller de; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de sinais brasileira: estudos
linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004.
SALLES, Heloisa Maria Moreira Lima et al. Ensino de língua portuguesa para surdos: caminhos
para a prática pedagógica. Brasília: MEC/SEESP, 2004. v. 1.
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Linguística Geral. São Paulo: Cultrix, 1969.
SILVA, Marília da Piedade Marinho. A construção de sentidos na escrita do aluno surdo. 2 ed. São
VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Pensamento e linguagem. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
2 | FAMÍLIA E A ESCOLA
Antigamente a instrução dos filhos era dever exclusivo da família. Aos poucos
a vida foi modificando e o conjunto dos conhecimentos a serem adquiridos por uma
pessoa também se estendeu indefinidamente. O resultado disto é que a escola
tomou, aos poucos, o encargo de preparar para a vida as crianças e os adolescentes.
Se a importância da escola é tão grande na educação dos filhos, convém aos
pais cercar -se de toda atenção não somente na escolha da escola, mas ainda nas
relações estabelecidas entre a família, a direção e os professores. É de grande
responsabilidade a escolha de uma escola para os filhos, é preciso não esquecer que
na escola a criança passará muitos anos de sua vida. Se for escolhido uma escola
com má organização, com professores de frequência irregular, os pais se arriscarão
a prejudicar não somente a instrução de seu filho mas também o seu equilíbrio
emocional. O mesmo acontecerá se o ambiente da escola for de excessivo rigor e
gerará angústias. A boa orientação de uma escola se conhece pela existência de
A escola é uma instituição educativa: esforça-se por colocar em ação os meios mais
eficazes para alcançar as finalidades educativas perseguidas pela sociedade.
Transmite às crianças modelos explicitados e estilizados de comportamento, isto
é, modelos mais puros, mais esquematizados, do que aqueles que a criança
adquire através de contato social direto. Ensina as crianças a se controlar, isto é,
dominar seus impulsos sexuais e agressivos e facilita a sublimação incultando-
lhes certos ideais. Explica-lhes, direta ou indiretamente, o que é a sociedade,
como ela funciona e quais são os deveres dos cidadãos. Em suma, a escola visa
a uma transmissão mais eficaz dos modelos e das normas de comportamento.
(CHARLOT, 1983, p.19).
Quando as notas são altas e tudo vai bem, ninguém pensa em discutir a
relação. Se o boletim e o comportamento deixam a desejar, começa o jogo de
empurra. Professores culpam a família “desestruturada”, que não impõe limites nem
se interessa pela educação. Os pais por sua vez, acusam a escola de negligente,
quando não tacham o próprio filho de incapaz. Nessa briga nada saudável, a única
vítima é o educando.
Escola e família têm os mesmos objetivos: fazer a criança se desenvolver em
todos os aspectos e ter sucesso na aprendizagem. As instituições que conseguem
transformar os pais ou responsáveis em parceiros diminuem os índices de evasão
e de violência e melhoram o rendimento das turmas de forma significativa.
Atualmente, a família tem passado para a escola a responsabilidade de instruir
e educar seus filhos e espera que professores transmitam valores morais, princípios
éticos e padrões de comportamento, desde boas maneiras e até hábitos de higiene
pessoal. Justificam alegando que trabalham cada vez mais, não dispondo de tempo
para cuidar dos filhos. Além disso, acreditam que educar em sentido amplo é função
da escola. E, contraditoriamente, as famílias, sobretudo as desprivilegiadas, não
valorizam a escola e o estudo, que antigamente era visto como meio de ascensão
social.
A escola, por sua vez, afirma que o êxito do processo educacional depende,
e muito, da atuação e participação da família, que deve estar atenta a todos os
aspectos do desenvolvimento do educando. Reclama bastante da responsabilidade
pela formação ampla dos alunos que os pais transferiram para ela, e alega que isto
a desviou da função precípua de transmitir os conteúdos curriculares, sobretudo
de natureza cognitiva. Com isso, em vez de ter as famílias como aliadas, acaba
afastando-as ainda mais do ambiente escolar.
Há que se considerar, ainda, os casos de separação do casal, em que as
REFERENCIAS
ALMEIDA, Claudia Mara de; SOARES, Kátia Cristina Dambiski. Pedagogo Escolar – as funções
supervisora e orientadora. 1.ed. Ibpex, Curitiba, 2010.
CAMPOS, Dinah Matins de Souza. Psicologia da Aprendizagem. 22.ed. Petrópolis: Vozes, 1987.
CURY, Augusto Jorge. Pais brilhantes, Professores fascinantes. 11.ed. Rio de Janeiro: Sextante,
2003.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à pratica educativa. 23.ed. Rio
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FONSECA, Vitória. Dificuldades de Aprendizagem. 29.ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
GROSSI, Esther Pillar. Didática da Alfabetização. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
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Saraiva, 2002.
SAVIANI, Demerval. Pedagogia Histórico Crítica: Primeiras aproximações. Campinas, Ed. Autores
Associados, 2000.
1 | INTRODUÇÃO
ESPAÇOS EDUCACIONAIS
4 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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Paulo: Cortez, 2011.
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BRASIL. Emenda Constitucional nº 59, de 11 de Novembro de 2009. Brasília, DF: Senado Federal,
2009.
CASALI, Alípio. Ética como fundamento crítico da educação humanizadora. Santa Maria: Biblos,
2015.
CFESS. Código de Ética Profissional do Assistente Social. Brasília: Conselho Federal de Serviço
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COUTINHO, Carlos Nelson. Intervenções: o marxismo na batalha das idéias. São Paulo: Cortez,
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FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.
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Disponível em < http://www.dudh.org.br/declaracao/ >. Acesso em: 21 fev. 2019.
SALES, Mione Apolinario, et al. Política Social, Família e Juventude – uma questão de direitos.
São Paulo: Cortez, 2010.
STEPHANOU, Maria; BASTOS, Maria Helena Camara. História e memórias da educação no Brasil.
– v.1. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2004.
1 | INTRODUÇÃO