Você está na página 1de 26

CONTAS A RECEBER

Professoras Verônica Souto Maior/Christianne Calado


Monitores: Alana Patricia
Pedro Vinicius
José Agrimar
Juliane Pontes
Contas a Receber
São valores a receber decorrentes de:

oVendas a prazo de mercadorias e serviços a


clientes – valores relativos ao objeto principal da
empresa
→ CLIENTES 

o Outras transações – não representam o objeto


principal da empresa, mas são normais e inerentes a
suas atividades

→ OUTROS CRÉDITOS 
Classificação
NBC TG 26 - (R1) – APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
ITEM 66. O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer
qualquer dos seguintes critérios:

(a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou


consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade;

(b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;

(c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do
Balanço; ou

(d) é caixa ou equivalente de caixa (conforme definido na NBC TG 03 –


Demonstração dos Fluxos de Caixa), a menos que sua troca ou uso
para liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo menos
doze meses após a data do balanço.

Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulante.


Classificação
NBC TG 26 - (R1) – APRESENTAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

ITEM 67. Esta Norma utiliza o termo “não circulante” para incluir ativos
tangíveis, intangíveis e ativos financeiros de natureza associada a longo
prazo. Não se proíbe o uso de descrições alternativas desde que seu
sentido seja claro.

ITEM 67A. O ativo não circulante deve ser subdividido em:

realizável a longo prazo,

investimentos,

Imobilizado, e

intangível.
Classificação
Lei das S.A. Art. 179:
I – no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos
realizáveis no curso do exercício subsequente e as
aplicações de recursos em despesas do exercício
seguinte;

II – no ativo realizável a longo prazo: os direitos


realizáveis após o término do exercício seguinte,
assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou
empréstimos a sociedades coligadas ou controladas
(art. 243), diretores, acionistas ou participantes no
lucro da companhia, que não constituírem negócios
usuais na exploração do objeto da companhia.
Classificação

• Lei das S.A., Art. 179:

Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo


operacional da empresa tiver duração maior que o
exercício social, a classificação no circulante ou
longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.
Critério de Avaliação
Lei das S.A., Inciso I, do art. 183:

b) Pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão,


atualizado conforme disposições legais ou contratuais,
ajustado ao valor provável de realização, quando este
for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e
títulos de crédito.

→ Valor líquido de realização 


Clientes
Modelo de Plano de Contas
1.Ativo Circulante
1.1.Caixa e Equivalentes de Caixa
1.2.Clientes
1.2.1.Duplicatas a Receber
1.2.1.1.Clientes
1.2.1.2.Controladas e coligadas – transações
operacionais
1.2.2.Perdas estimadas com créditos de liquidação
duvidosa (credora)
1.2.3.Ajuste a valor presente (credora)
Clientes – Duplicatas a Receber
 Originam-se no curso normal das operações da
empresa pela venda a prazo de mercadorias ou
serviços

 Representadas por faturas ou duplicatas em


aberto na data do Balanço.

 “Representa o valor da contraprestação do


cliente devida em função do cumprimento de uma
obrigação de desempenho da entidade, na qual
ocorre muitas vezes com a entrega do produto ou
serviço ao cliente, passando este a ter o controle
sobre o recurso transferido (Manual, 2018)”.
Clientes – Duplicatas a Receber
 “Conceito de Controle (CPC 47 – Receita de Contrato com o
cliente) é esclarecido como a capacidade do cliente em
determinar o uso e de obter substancialmente a totalidade dos
benefícios restantes provenientes do recurso transferido.
 Fator determinante para reconhecimento da receita e dos
direitos a receber: definição em contrato da condição do
cumprimento das obrigações (não implica necessariamente a
entrega física)( Manual, 2018)”.
 São baixadas pelas:
o cobranças feitas
o mercadorias devolvidas
o descontos financeiros (condicionais)
o abatimentos concedidos
o perdas reconhecidas até a data do Balanço
Desconto Comercial X Desconto
Financeiro
Desconto Incondicional Desconto Condicional

• No ato da venda • Antecipação do pagamento


• Dedução da Receita Bruta, da duplicata
se contabilizada • Despesa Financeira
Clientes – Perdas Estimadas com Créditos de
Liquidação Duvidosa

•Existência de risco ou incerteza quanto à realização
(recebimento) das duplicatas a receber

Reconhecer a PECLD

• Impairment Test (Perda por não Recuperabilidade)


o Informar o valor recuperável do ativo
o Pelo menos ao final do exercício social
o Uma vez constituída a PECLD, pode-se:
- Reverter
- Completar
- Manter
Clientes – Perdas Estimadas com Créditos
de Liquidação Duvidosa
PECLD Fiscal X PECLD Contábil

• Legislação Fiscal
→Não permite a dedutibilidade das perdas estimadas (PECLD) no
cálculo do IRPJ e CSSL (desde 1997)
→Permite apenas a dedutibilidade das perdas efetivas no recebimento
de créditos (art. 340 e 341 do RIR/99)

• Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC)


→ Determina no resultado (com base na competência) o
reconhecimento da perda estimada (despesa), tendo por base a
análise do risco da realização de cada conta a receber

Adicionada no LALUR (fins tributário)


Clientes – Perdas Estimadas com Créditos de
Liquidação Duvidosa
•Determinação da perda estimada é influenciada por
fatores como:
•Análise individual de cada cliente;
•Experiência anterior com relação a perdas de créditos;
•Condições de venda – existência de garantias.
•Exemplo: Mês de junho/X4
Manual,
Não A A A A A Total 2018
vencidas vencer vencer vencer vencer vencer
01-30 31-60 61-90 91-180 + 180
Dupl a 45.000 50.000 40.000 30.000 30.000 5.000 200.000
receber
% perda 2% 5% 10% 20% 50% 100%
estimada
PECLD 900 2.500 4.000 6.000 15.000 5.000 33.400
Clientes – Perdas Estimadas com Créditos
de Liquidação Duvidosa

• 1)Reconhecimento da Despesa com PECLD


D- Despesa Vendas – Despesa com PECLD
C- PECLD (redutora do ativo) - $ 33.400

Supondo que o Modelo de mensuração do mês de julho/x4,


após o estudo foi de $ 30.000. Como seria a
contabilização?
Clientes – Perdas Estimadas com Créditos
de Liquidação Duvidosa

2)Reversão da Despesa de PECLD


▪D – PECLD ( redutora do ativo)
▪C – Despesa Vendas - Receita de Reversão da PECLD - $ 3.400

Modelo de mensuração do mês de agosto/x4: $ 35.000

3) Complemento do saldo de PECLD


D- Despesa Vendas – Despesa com PECLD
C- PECLD (redutora do ativo) - $ 5.000
Clientes – Perdas Estimadas com Créditos
de Liquidação Duvidosa

No período seguinte, o cliente B que devia $ 10.000 (mês de


agosto/x4) foi considerado incobrável (recuperação judicial).

4) Reconhecimento da perda com incobráveis


D– PECLD (redutora do ativo)
C – Dupl receber – Clientes - $ 10.000
Clientes – Perdas Estimadas com Créditos
de Liquidação Duvidosa

O cliente B após ter sido considerado incobrável


pagou a duplicata no valor de $ 10.000

5) Reconhecimento de receita extraordinária


D–Bancos
C – Receita de reversão da perda - $ 10.000
Clientes – Perdas Estimadas com Créditos
de Liquidação Duvidosa

O cliente B após ter sido considerado incobrável


pagou a duplicata no valor de $ 10.000 (dentro do
mesmo período)
D–Bancos
C –PECLD (redutora do ativo) - $ 10.000
Clientes – Perdas Estimadas com Créditos
de Liquidação Duvidosa

• No caso, de recebimento de um título que já havia


sido baixado como perda em exercício anterior, a
única diferença é que o crédito será numa conta de
resultado:
• D–Bancos
C –Reversão da Perda - $ 10.000
Clientes – Ajuste a Valor Presente (AVP)
Lei das S.A., Art. 183:

VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações


de longo prazo serão ajustados a valor presente,
sendo os demais ajustados quando houver efeito
relevante.

juros embutidos a serem reconhecidos pro rata


temporis – Princípio da Competência

Tem por objetivo “trazer a valor de hoje” as


transações realizadas a valor futuro (juros embutidos)
Clientes – Ajuste a Valor Presente (AVP)
Exemplo:
• A Empresa ABC S/A está anunciando seus produtos
na mídia em até 6 vezes. A sua mercadoria está sendo
vendida nas seguintes condições:
• A)À vista $ 5.000,00; ou
• B) a prazo: 6 x de $ 1.000,00.
• Supondo que a empresa resolveu comprar a prazo.

• Contabilização da venda a prazo:


D – Clientes
C – Receita Bruta de Vendas - $ 6.000
▪ Contabilização do ajuste a valor presente
D – Ajuste a valor presente (retificação da receita bruta)
C – Ajuste a valor presente (clientes) - $ 1.000
Clientes – Ajuste a Valor Presente (AVP)
• No Balanço:

Clientes 6.000
Ajuste a valor presente (1.000)
5.000
• Na DR:
Receita Bruta de Vendas 6.000
(-) Deduções da Receita
(-) Ajuste a Valor Presente (1.000)
Receita Líquida 5.000
(-) Custo da Mercadoria
.
.
.
Clientes – Ajuste a Valor Presente (AVP)
Exemplo:
• A Empresa ABC S/A recebeu a primeira parcela no
valor de $ 1.000.

• Contabilização do recebimento:
D – Banco
C – Clientes - $ 1.000

▪ Reconhecimento da receita financeira

D – Ajuste a valor presente (clientes)


C – Receita Financeira – Juros - $ 166,67
Clientes – Ajuste a Valor Presente (AVP)
• No Balanço:

Clientes 5.000,00
Ajuste a valor presente (833,33)
4.166,67

Na DR:
Receita Bruta de Vendas
.
.
.
Despesas Operacionais
Vendas
Administrativas
Lucro Operacional
Receitas Financeiras 166,67
Despesas Financeiras
Lucro antes do IR e CS

Você também pode gostar