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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE

Departamento de Engenharia Química – DEQ


Química Industrial
Química Geral Experimental
Antônio Demóstenes de Sobral

Cinética Química

Emanuelle Souza
Girlane Santos
Leonardo Xavier
Mariangela Inácio
Natanny Keller
Nathalia Ventura
Rafael Aldo
Valéria Nascimento

Recife, agosto de 2014


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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE


Departamento de Engenharia Química – DEQ
Química Industrial
Química Geral Experimental
Antônio Demóstenes Sobral

Cinética Química

Relatório desenvolvido para a cadeira de Química Geral Experimental.


Ministrada na UFPE pelo professor Antônio Demóstenes Sobral e,
explanado pelos (as) alunos (as): Emanuelle, Girlane, Leonardo,
Mariangela, Natanny, Nathalia, Rafael e Valéria,
do 3º período do curso de Química Industrial.

Recife, agosto de 2014


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Sumário

1. Introdução.................................................................................................4
2. Objetivos...................................................................................................5
3. Procedimentos experimentais...................................................................5
3.1. Materiais, reagentes e equipamentos............................................5
4. Resultados e discussão............................................................................7
5. Conclusão...............................................................................................10
6. Referências bibliográficas.......................................................................11
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1. Introdução
Cinética química é o ramo da química responsável pelo estudo da
velocidade das reações químicas. Esta velocidade, por sua vez, pode ser
expressa em termos da variação de concentração de um dos reagentes ou um
dos produtos e da variação do tempo por meio da seguinte equação:
Vm = ∆n / ∆T
Para tal estudo, é importante a compreensão dos estágios intermediários e
elementares do processo químico, ou seja, o mecanismo da reação deve ser
levado em consideração. Entende-se por mecanismo de reação a sequência
das etapas que descreve um determinado processo químico.
A cinética também se preocupa em estudar os fatores que influenciam uma
reação química, tais como temperatura, energia de ativação, concentração de
reagentes e catalisadores. Quanto maior a temperatura do sistema no qual a
reação ocorre, maiores serão a quantidade e intensidade das colisões entre as
moléculas, isto é, aumenta a energia cinética das espécies envolvidas, fator
crucial para que as reações ocorram. As moléculas dos reagentes precisam
ainda de uma energia mínima para que possam movimentar-se e colidir. Tal
energia é denominada energia de ativação e, quando atingida, as moléculas
atingem um estado de transição chamado de complexo ativado, na qual as
ligações dos reagentes estão fracas, podendo ser rompidas e novas ligações
formadas. A concentração também influencia uma vez que quanto maior for,
maior a probabilidade de as colisões ocorrerem, acelerando a velocidade da
reação química.
Levando-se em consideração a mudança de coloração de uma solução com
o íon permanganato (MnO4-) de violeta para incolor devido à reação com o
oxalato (C2O42), foi possível fazer o estudo cinético da reação abaixo expressa
à medida que a solução foi descolorida.
5 C2O42-(aq) + 2 MnO4-(aq) + 16 H+(aq) → 10 CO2(g) + 2 Mn2+(aq) + 8 H2O(l)
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2. Objetivos

 Verificar a influência da temperatura sobre a velocidade de uma reação


química.
 Verificar a influência da concentração sobre a velocidade de uma reação
química.
 Verificar a influência de um catalisador sobre a velocidade de uma
reação química.

3. Procedimentos Experimentais

3.1. Materiais e reagentes:

 Água destilada;
 Bastão de vidro (1);
 Béquer de 250 mL (4);
 Chapa de aquecimento;
 Cronômetro;
 Pêra (1);
 Pipetas graduadas;
 Proveta (1);
 Solução de HCl 5M;
 Solução de oxalato de sódio 0,25M;
 Solução de KMnO4 0,04M;

1) INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO

(a) Enumerou-se 4 béqueres de 250 mL, onde encontravam-se limpos e secos.


(b) No béquer B1 foram adicionados 10 mL de HCl 5M, 5 mL de solução de
oxalato de sódio 0,25M e 4 mL de solução de KMnO 4. Agitou-se a solução
com o auxílio de um bastão de vidro. A partir do instante em que foi
adicionado o KMnO4, começou a contagem de tempo em um cronômetro,
para registrar o tempo de descoramento.
(c) No béquer B2 adicionou-se novamente 10 mL de HCl 5M, 5 mL de solução
de oxalato de sódio 0,25M e 50 mL de água destilada. Com o auxílio de
uma pipeta graduada adicionou-se 4 mL de solução de KMnO4. Agitou-se a
solução com o auxílio de um bastão de vidro, realizando a contagem de
tempo de descoramento da solução com um cronômetro desse quando o
KMnO4 foi adicionado.
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(d) Nos béqueres B3 E B4, repetiu-se as mesmas operações, porém sendo


adicionados 100 e 150 mL de água destilada respectivamente.

2) INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA

(a) Os 4 béqueres usados anteriormente foram lavados para serem utilizados


novamente.
(b) Nos béqueres B1, B2, B3 e B4 foram adicionados 10 mL de HCl 5M, 5 mL
de oxalato de sódio 0,25 M e 10 ML de água destilada.
(c) No béquer B1, adicionou-se à temperatura ambiente, 4 Ml de solução de
KMnO4 0,04M. Com o bastão de vidro agitou-se e, em seguida,
cronometrou-se o tempo de descoramento que ocorreu.
(d) Utilizando uma chapa aquecedora, elevou-se a temperatura do béquer B2
até aproximadamente 35ºC, logo após, repetiu-se os procedimentos do
item anterior, anotando o tempo de descoramento que ocorreu.
(e) O béquer B3 também teve sua temperatura elevada, até
aproximadamente 45°C. Os procedimentos do item (c) também foram
repetidos para este item.
(f) Elevou-se a temperatura do béquer B4 até próximo dos 55°C. Os
procedimentos do item (c) também foram repetidos para este item.

3) INFLUÊNCIA DO CATALISADOR

(a) Nos béqueres B1 e B2 depois de lavados e secos, foram adicionados 50


mL de água destilada, 10 Ml de HCl e 5 mL de solução de oxalato de
sódio.
(b) No béquer B1, adicionou-se 2 gotas de solução de KMnO4 0,04M.
Agitando e cronometrando o tempo de descoramento da solução em
seguida.
(c) No béquer B2, adicionou-se inicialmente 4 mL de solução de KMnO4
0,04M, para que houve-se a formação do catalisador, que é o Mn2+
produto da própria reação.Agitou-se e cronometrou-se o tempo de
descoramento.
(d) Depois foi adicionado ao béquer B2 4mL de solução de KMnO 4 0,04M e
anotou-se o tempo de descoramento que ocorreu.
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4. Resultados e Discussão
De acordo com os valores obtidos durante a realização do experimento foi
possível estabelecer alguns artifícios que auxiliaram no desenvolvimento de
argumentos plausíveis para prática em questão.
5C2O4 2-(aq) + 2MnO4-(aq) + 16H+(aq) >>>10CO2(g) + 2Mn2+ (aq) + 8H2O(l)

4.1. Influência da Concentração

Por meio da equação de diluições (M1V1=M2V2) conseguiu-se averiguar as


concentrações do oxalato para os diferentes critérios instituídos.

Tabela 01: Dados experimentais para Influência da Concentração

Nº do Volume em Volume em Volume em Concentração de Tempo de


Béquer mL de HCl 5 mL de mL de C2O42 – Descoramento
M
Oxalato 0,25 KMnO4 (mol/L) (s)
M 0,04 M

B1
10 mL 5 mL 4 mL 0,25 M
32,37 s

B2 5mL + 50 mL
10 mL de H2O 4 mL 0,02 M 104 s
destilada

B3 5 mL + 100
10 mL mL de H2O 4 mL 0,01 M 180 s
destilada

B4 5 mL+ 150 mL
10 mL de H2O 4 mL 0,008 M 240 s
destilada

Tendo em vista os dados da concentração do oxalato e do tempo de


descoramento plotou-se um gráfico relacionando esses valores, a fim de se
verificar a influência da molaridade do composto no desenvolvimento reacional,
com isso observou-se que com a diminuição da quantidade molar do oxalato
por meio da diluição com água destilada o intervalo temporal aumentava
gradualmente e assim a velocidade da reação decrescia.
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Relação entre a Concentração e o


tempo de descoramento
0.3
Concentração (mol/L)
0.25 0.25
0.2
0.15
0.1
0.05
0.02 0.01 0.008
0
0 50 100 150 200 250 300
Tempo (s)

Figura 01: Concentração X Tempo

4.2. Influência da Temperatura

Tabela 02: Dados experimentais para a Influência da Temperatura


Nº do Volume Volume Volume Volume Temperatura Tempo de
Béquer em mL de em mL de em mL em mL Descoramento
(oC)
HCl 5 M de Água de
Oxalato
destilada
0,25 M KMnO4
0,04 M

B1 10 mL 5 mL 10 mL 4 mL 26 oC

42,02 s

B2 10 mL 5mL 10 mL 4 mL 35 oC 22,68 s

B3 10 mL 5 mL 10 mL 4 mL 45 oC 10,28 s

B4 10 mL 5 mL 10 mL 4 mL 55 oC 9s

A partir dos dados dispostos na tabela 02 e do gráfico da figura 02 pôde-se


constatar que à medida que a temperatura aumentava o tempo de
descoramento ia se reduzindo paulatinamente.
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Temperatura x Tempo
60
55
50
Temperatura (oC) 45
40
35
30
26
20

10

0
0 10 20 30 40 50
Tempo (s)

Figura 02: Relação entre a Temperatura e o Tempo.

4.3. Influência do Catalisador

Tabela 03: Dados experimentais para a Influência do Catalisador


Nº do Volume em Volume Volume Volume em mL Tempo de
Béquer mL de HCl 5 em mL de em mL de descoramento
M de Água
Oxalato KMnO4 0,04 M
destilada
0,25 M

B1 10 mL 5 mL 50 mL 2 gotas 3s

B2 10 mL 5mL 50 mL 4 mL + 4 mL 47,44s /26 s

A partir da tabela acima, podemos notar que com a presença do catalisador


(Mn2+) houve a diminuição da energia de ativação da reação em questão,
consequentemente, ele acelerou a reação havendo a formação do produto em
um período de tempo menor, no entanto não teve um aumento de rendimento.
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5. Conclusão

Em virtude do que foi apresentado, depreende-se que a velocidade de uma


reação pode ser fortemente influenciada por fatores agregados ao sistema,
neste experimento foi verificado que o comportamento da reação entre o íon
permanganato e o oxalato foi modificado ao aumentar a concentração do meio,
ao variar a temperatura do processo e ao adicionar um catalisador. Das três
metodologias a que apresentou resultado mais acentuado foi a influência da
concentração, pois o aumento da quantidade de reagentes levará a um maior
tempo para que este seja consumido na reação, e consequentemente a
velocidade tende a se reduzir.
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6. Referências Bibliográficas

 Apostila de Química Geral Experimental, do curso de Química Industrial


(2011.1), cedida pelo docente que leciona a cadeira em questão, porém
originalmente elaborada pelas profas. Andréa Bandeira e Márcia
Nascimento do Dep. de Antibióticos da UFPE e adaptada pelo corpo
docente do DEQ - UFPE.
 Disponível em <
http://www.rumoaoita.com/site/attachments/443_Cin%C3%A9tica%20Qu
%C3%ADmica.pdf> acessado no dia 04/08/2014.

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