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Índice
Introdução.......................................................................................... 3
Capítulo 1 – “ Revolução dos cravos”.................................................4
25 de abril de 1974 ...................................................................4
Causas da revolução de abril.....................................................4
O dia da revolução dos cravos ..................................................6
O simbolismos do cravo ............................................................
Consequências da revolução dos cravos ..................................
O 25 de abril hoje .....................................................................
Conclusão
Bibliografia
Introdução
25 de abril de 1974
O dia 25 de abril de 1974 também ficou conhecido como Dia da Liberdade ou ainda como
Revolução dos Cravos.
Foi um moviment levado a cabo por um grupo de militares, a maioria capitães, que
tinham participado na Guerra Colonial, denominado MFA (Movimento das Forças
Armadas) que pôs termo num só dia, ao regime político ditatorial que vigorava em
Portugal desde 1926 e na altra dirigido por Marcelo Caetano.
Este regime do Estado Novo era considerado uma ditadura e possuía uma polícia
política, a PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado), que antes se denominava
PVDE (Polícia de Vigilância e Defesa do Estado), mais tarde originou a DGS (Direção Geral
de Segurança) cuja principal função era a repressão de qualquer forma de oposição ao
Estado Novo de Oliveira Salazar. (fig. 1)
Fig.1 – Símbolo da PIDE e da DGS
Esta força policial política foi responsável por alguns crimes sangrentos, como o
assassinato do militante do Partido Comunista Português (PCP), José Dias Coelho e do
General Humberto Delgado, entre outros. (Fig.2 e 3)
A PIDE dispunha de vários métodos para alcançar os seus objetivos destacam-se: a vasta
rede de informadores por todo o país e a interceção de correspondência e telefonemas.
Milhares de opositores foram enviados para prisões ( Caxias, Peniche, Tarrafal...), muitas
vezes sem julgamento, onde era sujeitos aos mais variados maus tratos e torturas. A
PIDE instalou um clima de horror, onde até era proibido pronunciar a palavra
“liberdade”.
Com a entrada de Marcelo Caetano a PIDE passou a chamar-se Direção Geral de
Segurança – DGS.
Portugal mantinha uma política de força baseada também na manutenção das colónias
do “Ultramar” (Angola, Moçambique e Guiné) e por este facto a partir dos anos 60 foi
obrigado a defendê-las militarmente contra os grupos que lutavam pela sua
independência ( Guerra do Ultramar). (Fig.4)
O movimento golpista preparou com o maior detalhe o Golpe de Estado planeado para
o dia 25 de abril de 1974.
Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder.
Tu viste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci.
E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor
Que aprendi.
De novo vieste em flor
Te desfolhei...
E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós.
E ao som desta música foi dada a ordem de partida para a saída dos militares dos
quartéis.
O segundo sinal foi transmitido pela Rádio Renascença, às 00h20m do dia 25 de abril
com a canção de José Afonso : “Grândola Vila Morena”
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena
Era esta a segunda senha. Confirmava o bom andamento das operações e despoletava
o avanço das forças organizadas pelo Movimento das Forças Armadas.
Depois disso, em várias zonas do país foram desenvolvidas e simultâneo várias ações,
tais como:
- O Terreiro do Paço em Lisboa foi ocupado pela Escola Prática de cavalaria vinda
de Santarém; ( Fig. 6)
Fig. 6
Esta revolução foi considerada pacífica, no entanto durante este dia morreram quatro
manifestantes que foram baleados por elementos da polícia política.
Simbolismo do cravo
Fig.9
Diz-se que uma mulher chamada Celeste Martins Caeiro, florista, contratada para levar
cravos para um hotel, foi abordada por um soldado que lhe pediu um cigarro. Ela terá
respondido: “Eu não fumo. O que tenho são cravos. Se quiser...tome... um cravo oferece-
se a qualquer pessoa”.
Fig.10