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Lamarkismo vs Darwinismo

Introdução

O Evolucionismo

O Evolucionismo, também designado por transformismo, ou teoria da evolução, é uma doutrina que
espécies animais e vegetais não são imutáveis, ou seja, admite a evolução orgânica das espécies, ao
tempo.

Embora presente desde a antiguidade (com Anaximandro, Tales de Mileto e até mesmo Aristóteles),
evolução das espécies só se conseguiu impor após o aparecimento da paleontologia e dos trabalhos
Charles Darwin, no século XIX. Ambos afirmavam que as espécies sofrem, ao longo das gerações, um
modificação gradual que leva à formação de novas raças e espécies, assim como a um “aperfeiçoam
espécies já existentes. Depois da sua divulgação, a teoria da evolução das espécies criou uma grand
controvérsia, não só a nível científico, como também a nível ideológico e religioso.

Até ao século XVIII, o mundo ocidental aceitava o criacionismo, sem contestar esta doutrina, de aco
cada espécie teria sido criada por ato divino, ainda que Lineu tenha, na sua classificação das espécie
algo em aberto quanto a uma explicação.

Lamarck é o primeiro evolucionista, ao considerar que seria o meio a modelar e determinar os organ
partir desta ideia que Charles Darwin, depois de uma viagem à costa ocidental da América do Sul, on
diversas observações, estabelece a seleção natural das espécies, pela qual todos os seres vivos são
longa série de transformações, que conduziram primeiro ao aparecimento e depois à diversificação d
Esta teoria de Darwin foi expressa no seu livro A Origem das Espécies por Via de Seleção Natural (18
seguir desenvolvida por outros estudiosos europeus, como Heackel.

O evolucionismo rapidamente se expande para além das ciências da vida a outras áreas do conhecim
universalizando-se e adaptando-se aos seus princípios científicos. Na filosofia, é entendido como lei g
comum a toda a espécie de existência, em geral ou em particular; na antropologia e na sociologia, e
da conceção de que o desenvolvimento das sociedades e das instituições seguiu uma certa orientaçã
etapas vencidas por meio de leis demonstráveis. Atinge também a política e a história. Abre, pois, n
perspetivas e considerações em variadíssimos ramos do saber, mantendo as suas questões tradicion
e aceso debate a nível filosófico. A doutrina científico-filosófica do evolucionismo é hoje aceite pela q
totalidade do mundo científico, principalmente na área da biologia (ainda que haja discrepâncias qua
da evolução). Com a descoberta do gene como unidade da hereditariedade, o evolucionismo ganhou
consistência científica.

No mundo de hoje, o evolucionismo surge como uma doutrina extraordináriamente atual e dotada de
capazes de criar ruturas com o tradicionalismo e as convenções clássicas, conduzindo o Homem a um
reabordagem constante da sua própria evolução biológica. O universo e a vida, em todas as suas ma
a natureza nos seus múltiplos aspetos são cada vez mais entendidos como resultado do desenvolvim
oposição às ideias religiosas da criação inicial. O evolucionismo pressupõe serem mais plausíveis a m
desenvolvimento e a adaptação como mecanismos de explicação do conjunto dos organismos vivos.
têm surgido, porém sem porem em causa os fundamentos do evolucionismo.

Lamarkismo

Biografia

Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, Cavaleiro de Lamarck, nasceu a 1 de agosto de 1744 e morre
dezembro de 1829, foi um naturalista francês que desenvolveu a primeira teoria evolucionista, uma
evolução, agora desacreditada. Lamarck foi o cientista que elaborou as ideias pré-darwinistas sobre

Originário da baixa nobreza, Lamarck interessou-se por história natural e escreveu uma obra de vári
sobre a flora presente em França. Isto levou-o a trabalhar para o Museu de História Natural de Paris
1800, Lamarck era um essencialista que não acreditava na mutação das espécies. Mas graças ao seu
ficou convencido que esta capacidade das espécies, ao longo do tempo, era uma realidade. Após isto
a sua teoria da evolução que ficou conhecida como Lamarckismo, que foi tornada publica em 1809 n
Philosophie Zoologique.

Lamarckismo

O Lamarckismo é uma teoria evolucionista formulada pelo naturalista francês Lamarck para explicar
de evolução dos seres vivos, em que a adaptação destes seres ao meio ambiente surge como o resu
capacidade destes desenvolverem caraterísticas que lhes permitam sobreviver e reproduzir nesse me
ambiente.

Segundo Lamarck, o meio ambiente é o principal agente causador da evolução dos seres vivos, isto
alteração do meio provoca nos seres vivos o aparecimento de características e o desaparecimento de
lhes permitem a adaptação a esse mesmo ambiente.

A teoria de Lamarck não foi aceite em França, mas teve grande impacto em Inglaterra. Apesar disso
foi capaz de convencer a comunidade científica do seu tempo de que a evolução era uma realidade e
bem presente em todos os seres vivos.

O Lamarckismo baseia-se em dois princípios: A Lei do Uso e do Desuso e a Lei da Transmissão dos C
Adquiridos.
Segundo a Lei do Uso e do Desuso os indivíduos perdem as caraterísticas de que não precisam e des
que são mais necessárias, através do desenvolvimento de determinados órgãos e do atrofiamento de
uso contínuo de um órgão faz com que este se desenvolva e seja apto para um funcionamento melh
tornando-o maior e mais robusto, por outro lado o desuso de um órgão faz com que este se atrofie,
passar do tempo perca totalmente sua função no organismo do indivíduo.

A Lei da Transmissão dos Caracteres Adquiridos defende que estas mudanças são transmitidas aos d
isto é, o uso e desuso de alguns órgãos devido à adaptação ao meio ambiente, provocam alterações
do indivíduo, sendo que estas alterações podem ser transmitidas às gerações seguintes, que ao fim
gerações pode originar um novo grupo de seres vivos, num processo que é muito demorado.

Lamarck defendia que, como o ambiente sofria modificações constantes, as suas alterações estrutur
seres que nele viviam a transformarem-se para se adaptarem ao novo meio. Ao longo de muitas ger
acumular de alterações pode levar ao surgimento de novos grupos de seres vivos. Assim, os seres vi
apresentam modificações que dependem do ambiente em que esses seres se desenvolvem. O ambie
a evolução, levando ao aparecimento de caraterísticas que permitem aos indivíduos adaptarem-se à
em que vivem, e por isso causam a evolução das espécies. Portanto, de acordo com Lamarck as nov
aparecem, por evolução, devido a aquisição ou perda de caracteres.

Lamarck defendia a geração espontânea contínua das espécies, isto é, os organismos mais simples e
tornando-se cada vez mais complexos e próximos da perfeição ideal. O facto de esta teoria admitir q
viva teria uma ambição natural de se tornar melhor, cada ser vivo seria impelido para um grau de
desenvolvimento mais elevado.

Acreditava portanto num processo teleológico, com um fim determinado em que os organismos se to
perfeitos à medida que evoluem, sendo a evolução um processo com um sentido sempre positivo, nã
impactos negativos na evolução, como por exemplo o desaparecimento de algumas espécies devido
entre os seres vivos.

Alguns exemplos expostos por Lamarck foram os seguintes:


. A girafa habita locais onde o solo é seco e com pouca vegetação. Obrigada a comer das árvores ma
girafa foi alongando o seu corpo. Esse hábito provocou o seu pescoço alongado.

. As cobras evoluíram a partir de ancestrais que apresentavam pernas curtas. Obrigados, por modific
ambiental, a rastejar e passar através de aberturas estreitas, acabaram por ficar com o corpo alonga
total uso dos seus membros.

Críticas ao Lamarckismo

Algumas críticas à teoria de Lamarck foram:


. O facto de a teoria de Lamarck admitir que os seres vivos teriam uma ambição natural de se tornar
de forma a que cada ser vivo seria impelido para um grau de desenvolvimento mais elevado.

. A Lei do Uso e do Desuso, embora válida para alguns músculos não explicava todas as modificaçõe

. A Lei da Transmissão dos Caracteres Adquiridos não é válida, porque a atrofia ou hipertrofia de um
adquirida durante a vida do ser vivo não é transmitida à descendência.

As teorias e os pensamentos de Lamarck podem ser considerados Transformistas, pois propõem a tr


a evolução dos organismos. As suas ideias também evoluíram ao longo dos seus estudos, e formaram
panorama que muito contribuiu para a biologia moderna, para a forma de pensar dos Homens e para
desenvolvimento da ciência. Lamarck acreditava na evolução numa época em que não existiam muit
conhecimentos para sustentar essa teoria e ficou conhecido por ter sido o primeiro a formular uma t
que defendesse a evolução das espécies, embora com uma argumentação frágil e pouco consistente

Podemos então resumir a teoria de Lamark no seguinte esquema:

Darwinismo
Biografia

Charles Darwin, nascido a 12 de fevereiro de 1809, em Shrewsbury, Shropshire, Inglaterra. Foi um n


inglês e um notável cientista do Séc. XI (neto do médico inglês Erasmus Darwin) que se tornou conh
o autor da teoria da evolução das espécies, através da seleção natural.

Em 1817 diploma-se como estudante medíocre tendo frequentado a escola de Shrewsbury. Abandon
com 16 anos, para estudar Medicina na Universidade de Edinburgh. Porém, o seu pai obrigou-o a de
medicina e a ir estudar para a Universidade de Cambridge, de modo a tornar-se clérigo da Igreja da

Contudo, a vida religiosa não lhe agradou e alguns anos depois Darwin aceitou um convite para tom
naturalista oficial do Almirantado britânico a bordo do Beagle, uma expedição científica. É convidado
ocupar um navio numa missão geográfica ao redor do mundo. Aceita o convite e parte da Inglaterra
dezembro de 1831.

Charles passou cinco anos a navegar pela costa do Pacífico e pela América do sul, atracando em qua
locais por onde passou, inclusive no Brasil. Logo depois, foi chamado para tornar-se geólogo, botânic
zoologista.

Nesta viagem, Darwin reuniu grandes coleções de rochas, plantas e animais (fósseis e vivos), que fo
a Inglaterra, onde ele veio a regressar. A partir das suas anotações, Charles deu início à sua obra "O
Espécies". Pouco tempo depois, nasceu a sua famosa doutrina darwinista da seleção natural, da luta
sobrevivência ou da sobrevivência do mais apto - pedra fundamental do seu livro, que foi publicada
muitas críticas, pois era contrária às opiniões da época.

Apesar dos sucessivos problemas de saúde que se acumularam em Darwin nos últimos vinte e dois a
continuou a trabalhar avidamente. Passou a dedicar-se aos aspetos mais controversos do seu livro q
estavam incompletos:

. Evolução da espécie humana a partir de animais mais primitivos;

. Mecanismo de seleção sexual que poderia explicar caraterísticas de não tão óbvia utilidade além de
decorativa;

. Causas subjacentes ao desenvolvimento da sociedade e das capacidades mentais humanas.

Quando a filha de Darwin adoeceu, este deixou de lado as suas experiências para a acompanhar o se
no campo. Ali, ele desenvolve um interesse por orquídeas selvagens. De volta a casa Darwin adoece
cheio de experiências e de plantas trepadeiras, mas mesmo assim, continuou o seu trabalho no livro
que cresceu até ocupar dois volumes, o que o forçou a deixar de lado "A descendência do Homem e
relação ao Sexo".

Em 1872, Darwin publicou seu último grande trabalho, "The Expression of the Emotions in Man and A
era focado na evolução da psicologia humana e sua continuidade como comportamento animal.
Recebeu uma Medalha da Sociedade Real e o Prémio Bressa da Real Academia de Turim. Faleceu co
de Abril de 1882), em Downe, Kent, Inglaterra tendo sido sepultado na Abadia de Westminster, entr
de Isaac Newton e William Herschel.

Em 1859 volta a surgir a ideia de evolução, com outras bases, e desta vez definitivamente. Este evo
defendido e explicado por Darwin (1809-1882) na sua obra “On the Origin of Species”.

A ideia de que as espécies observáveis derivam de outras mais velhas que devido a modificações gra
forma ou função ou, por outras palavras, a ideia que as espécies correntes (existentes) estão todas r
diferentes níveis, foi bastante difícil de aceitar; até porque Darwin inicialmente era criacionista.

A ideia de evolução vai, de facto, contra o senso - durante o espaço de tempo de uma vida humana
conhece uma espécie que tenha dado a origem a outra. Além disso, é uma ideia inconveniente para
ser orgulhoso e confiante, graças ao simbolismo de uma única criação.

Publicações (Em Inglês)

. 1836: A LETTER, Containing Remarks on the Moral State of TAHITI, NEW ZEALAND.

. 1839: Journal and Remarks (The Voyage of the Beagle) Zoology of the Voyage of H.M.S. Beagle: p
entre 1839 e 1843.

. 1842: The Structure and Distribution of Coral Reefs

. 1844: Geological Observations of Volcanic Islands

. 1846: Geological Observations on South America

. 1851: A Monograph of the Sub-class Cirripedia

. 1851: A Monograph on the Fossil Lepadidae; or, Pedunculated Cirripedes of Great Britain

. 1854: A Monograph of the Sub-class Cirripedia, with Figures of all the Species. The Balanidae (or S
Cirripedes); the Verrucidae, etc.

. 1854: A Monograph on the Fossil Balanidæ and Verrucidæ of Great Britain

. 1858: On the Perpetuation of Varieties and Species by Natural Means of Selection

. 1859: On the Origin of Species by Means of Natural Selection.

. 1862: On the various contrivances by which British and foreign orchids are fertilised by insects

. 1868: Variation of Plants and Animals Under Domestication

. 1871: The Descent of Man and Selection in Relation to Sex

. 1872: The Expression of Emotions in Man and Animals

. 1875: Movement and Habits of Climbing Plants

. 1875: Insectivorous Plants

. 1876: The Effects of Cross and Self-Fertilisation in the Vegetable Kingdom


. 1877: The Different Forms of Flowers on Plants of the Same Species

. 1879: "Preface and 'a preliminary notice'" em Erasmus Darwin de Ernst Krause

. 1880: The Power of Movement in Plants

. 1881: The Formation of Vegetable Mould Through the Action of Worms

. 1887: Autobiography of Charles Darwin (editado por seu filho Francis Darwin).

A Viagem do Beagle

Quando o Beagle – um navio de dois mastros e dez canhões comandado pelo capitão Fitz Roy – part
Davenport no dia 27 de Dezembro de 1831, Charles Darwin tinha vinte e dois anos e iniciava a viage
vida. A expedição, entre o científico e o colonial, estava prevista para dois anos.

Darwin odiava o mar, “odiava cada uma das ondas”, como escreveu numa carta, mas tornou-se num
apaixonado e um naturalista atento. O seu diário revela pacientes descrições de geologia e história n
como de pessoas, lugares e acontecimentos, de Cabo Verde aos vulcões das Ilhas Galápagos, das ar
Patagónia aos recifes de coral da Australásia. As investigações feitas ao longo desta viagem deram m
origem a um dos livros mais controversos da época vitoriana, A Origem das Espécies, uma obra fund
pensamento científico contemporâneo, com a sua teoria da evolução através da selecção natural.

Embora a expedição tenha sido originalmente planeada para durar dois anos, ela durou quase cinco
gastou a maior parte do seu tempo a explorar em terra (3 anos e 3 meses em terra; 18 meses no m

A Viagem do Beagle, elaborada a partir dos diários de Darwin, é um vivido e excitante relato das me
viagem e também um detalhado diário científico de campo cobrindo áreas da biologia, geologia, e an
que demonstra o grande poder observacional de Darwin. Este fora escrito num período onde os euro
ocidentais ainda estavam a descobrir e explorar o mundo. Embora Darwin tenha revisitado alguns lu
a expedição, para um melhor entendimento, os capítulos do livro estão ordenados por referências a
invés de uma organização cronológica. Anos mais tarde Darwin viria utilizar várias das ideias que são
livro para o desenvolvimento da Teoria da Evolução.

Objetivos

O objetivo da expedição era o de completar o levantamento da Patagónia e da Terra do Fogo iniciado


King em 1826, e que decorreu até 1830; fazer um levantamento das costas do Chile, Perú e de algu
Pacífico, bem como efetuar uma cadeia de medidas cronométricas à volta do mundo.
A Viagem

O Beagle não estava pronto para velejar até o início de Novembro, e foi então repetidamente atrasad
fortes do sudoeste, zarpando só a 27 de Dezembro de 1831.

Passaram pela Ilha da Madeira (mas não aportaram nela) indo então para Tenerife, onde foram impe
terra uma vez que poderiam trazer cólera para bordo.

Na manhã seguinte, viram o sol nascer atrás do horizonte irregular da Ilha Gran Canária que ilumino
repentinamente, o Alto de Tenerife, enquanto as partes menos elevadas se encontravam encobertas

Eles fizeram a sua primeira paragem na ilha vulcânica de Santiago no Arquipélago de Cabo Verde, e
Diário de Darwin começa. Enquanto eram feitas leituras precisas para confirmar os dados sobre a lon
à praia e ficou fascinado com sua primeira visão da vegetação tropical, e da geologia do lugar, analis
faixa branca horizontal de conchas do mar a uma altura de 14 metros, dando suporte à tese de Lyell
elevação e queda da crosta terrestre.

Esta banda branca estava assente em rochas vulcânicas antigas, e coberta por uma correnteza de ba

Durante a sua estadia, observou também os hábitos de alguns animais, nomeadamente marinhos:

. Lesmas-do-mar (Aplysias): São animais que medem cerca de 13 centímetros de comprimento; pos
amarelo-sujo e riscas púrpuras. Na parte debaixo destas lesmas, ou nos seus pés, existe uma extens
que servia de ventilador causando um fluxo de água sobre as brânquias dorsais. Alimenta-se de alga
que crescem junto de pedras em águas lodosas e pouco profundas. Estas segundo o que Darwin obs
possuíam pequenas pedras nos seus estomâgos à semelhança das moelas das aves. Quando incomo
lesma-do-mar expelia um fluído de cor púrpura-avermelhada que mancha a água num raio de cerca
centímetros. Para além deste método de defesa, uma substância ácida, dispersa pelo corpo, causa u
picante e aguda ao toque, semelhante àquela produzida pela Caravela Portuguesa (Physalia).

. Polvos: Darwin observou que apesar de comuns nas poças de água estes muito dificilmente são cap
Utilizando os seus longos braços e ventosas, eles conseguem arrastar o seu corpo para o interior de
estreitas; e quando se fixam no interior delas, é necessária uma força bastante grande para os retira
Outras vezes, impulsionam a cauda, com uma enorme rapidez, e movimentam-se de um lado para o
descolorando, ao mesmo tempo, a água com uma tinta castanha escura. Estes animais escondem-se
utilizando uma capacidade extraordinária, semelhante à dos camaleões, de mudar a sua cor. Eles pa
a sua coloração consoante o tipo de solo sobre o qual passavam.

Chegaram à ilha de São Paulo. Esta é formada por um conjunto de rochedos situados a cerca de 870
da costa americana. O ponto mais alto destes rochedos situa-se a cerca de 15 metros acima do níve
pequeno ponto ergue-se abruptamente das profundezas do oceano. A sua constituição mineralógica
em algumas partes a rocha é composta por sílex córneo; noutras partes trata-se de feldspato que in
veios de serpentina.

Os rochedos de São Paulo parecem, à distância, brancos e muito brilhantes. Isto fica a dever-se, em
excrementos de numerosas gaivotas, e também a um revestimento de uma substância dura e polida
tonalidade pérola lustrosa; esta substância encontra-se intimamente ligada à rocha. Esta fina camad
cobre os rochedos é semelhante a estalactites.

Em São Paulo apenas encontraram dois tipos de aves – o atobá e o trinta-réis. O primeiro é uma esp
ganso-patola, e o segundo assemelha-se a uma andorinha-do-mar. Ambos possuem um comportam
estúpido, e estão tão pouco habituados a visitantes que qualquer um podia matá-los com um martel
atobá põe os seus ovos na rocha nua; o trinta-réis constrói um ninho muito simples a partir de algas
lado destes ninhos, encontravam-se pequenos peixes-voadores que tinham sido trazidos pelos mach
fémeas. Contido o mais divertido, na opinião de Darwin, foi ver o grandes caranguejos que habitavam
cavidades das rochas a roubarem os peixes trazidos pelos machos.

Depois de passarem por várias ilhas chegaram à Bahia (Salvador), Brasil. Segundo Darwin:

“A elegância das ervas, a novidade das plantas parasitas, a beleza das flores, o verde brilhante da fo
e acima de tudo, a generalidade da vegetação luxuriante, encheu-me de encanto. A mais paradoxal
sons e silêncio enche as partes mais sombrias da floresta.” – Charles Darwin.

Depois de ter andado a vaguear durante horas, retornou ao lugar de ancoragem; contudo, antes de
deparou-se com uma tempestade tropical. Como tal procurou imediatamente abrigo debaixo de uma
era tão densa que não seria atravessada por chuva inglesa, no entanto, aqui numa questão de minu
pequena torrente de água correu pelo tronco abaixo.

Assim concluiu que aquela paisagem verdejante que se pode encontrar no solo do bosque mais cerra
dever-se, certamente, a esta chuva violenta.

Outro aspeto que o surpreendeu foi a escravatura. A visão da escravidão foi considerada ofensiva po
retrucar isso a FitzRoy quando ele disse que a mesma era justificável, fez com que FitzRoy perdesse
baniu da expedição. Os oficiais do barco apelidaram o capitão de "hot coffe" (café quente) devido ao
temperamento. Sendo que após algumas horas ele pediu desculpas a Darwin e pediu para que ele pe
na expedição.

Dois meses depois, o navio chegou ao Rio de Janeiro, então capital do império. No Rio, Darwin foi co
conhecer uma fazenda de café no norte fluminense. Antes da viagem, criticou no seu diário a demor
autoridades brasileiras em lhe conceder os documentos necessários para viajar com cavalos. "Mas a
ver matas selvagens cheias de belos pássaros, macacos, preguiças e jacarés", ele escreveu, "faz um
até mesmo lamber a poeira das botas de um brasileiro." A excursão durou quinze dias. No caminho,
só conseguiu se alimentar de galinha e farinha de mandioca, este último ingrediente, segundo Darwi
importante alimento na subsistência do brasileiro".

Na regresso ao Rio de Janeiro, Darwin deixou o Beagle e hospedou-se em Botafogo. Andou pela Flor
foi ao Jardim Botânico e ao Pão de Açúcar e recolheu centenas de plantas e insetos. Fez anotações s
de educação" dos brasileiros e a forma como a justiça era feita no país. "Se um crime, não importa q
seja, é cometido por um homem rico, ele estará logo em liberdade. Todos podem ser subornados", e
observações mais contundentes de Darwin sobre o Brasil dizem respeito à manutenção da escravidã
violenta como os escravos eram tratados. Certo dia, inadvertidamente, foi protagonista de um episó
Um escravo conduzia a balsa na qual ele fazia uma travessia de rio. Ao tentar comunicar com ele pa
instruções, Darwin começou a gesticular e a falar alto. A certa altura, sem querer, esbarrou a mão n
negro. Este imediatamente baixou as mãos e a cabeça, colocando-se na posição que estava habituad
para ser punido fisicamente. "Que eu jamais visite de novo uma nação escravocrata", anotou ele ao
brasileira.

Desembarcou no arquipélago dos Galápagos, a 1000 quilómetros da costa do Equador. Este arquipél
constituído por catorze ilhas, cada uma com caraterísticas próprias, tal como o clima, temperatura e
sua estadia neste arquipélago durou apenas cinco semanas, visitando apenas quatro ilhas (São Crist
Floreana, Isabela e Santiago).

Darwin imediatamente reparou nas caraterísticas geológicas das ilhas. O seu solo era negro o que o
que este arquipélago tinha origem vulcânica. Ele conversou com os locais, identificou diferentes espé
animais e fez anotações, sendo estas apenas utilizadas uns anos mais tarde quando Darwin se aperc
tinha entre mãos.

Em relação à flora, Darwin pôde verificar que as áreas mais baixas das ilhas eram pobres em vegeta
que as zonas superiores húmidas possuíam uma bela e variada flora.

A visita de Darwin às Galápagos foi muito importante devido, maioritariamente, aos tentilhões e às t
gigantes. Foi principalmente devido às caraterísticas destas espécies, entre outras, que Darwin se ba
criar a sua teoria, “Teoria da Evolução das Espécies”.

Darwin percebeu que o bico dos pássaros era adaptado para funções específicas, como a quebra de s
Alguns tentilhões possuíam bicos curtos e duros pois consumiam sementes de extrema dureza, e ass
esta adaptação do bico já se podiam alimentar, já que no local onde se encontravam havia apenas e
sementes. A partir daqui, percebeu que as estruturas análogas evoluem para se adaptar ao meio am

Através dos habitantes dos Galápagos, Darwin descobriu que as tartarugas gigantes eram diferentes
Embora na época, não tenha dado muita atenção a esse facto, mais tarde, ao pesquisar, viu as suas
sobre as tartarugas e exemplares que levou para a Inglaterra, o que serviu de base para a percepçã
diferenciação das espécies.

Durante a sua viagem pelos Galápagos, Darwin também analisou o solo, guardou plantas, insetos e
o meio ambiente daquele arquipélago é único, por causa da formação geológica em si e pelo isolame
do continente. No seu diário sobre a viagem do Beagle escreveu: “A história natural dessas ilhas é ce
curiosa, e merece atenção. A maioria das produções orgânicas são criações nativas, não encontradas
outro lugar.”

Foi nos Galápagos que Darwin percebeu que são os longos períodos de seleção natural, os responsáv
diversidade das espécies ao nosso redor, que sempre tiveram que lutar pela sobrevivência, criando a
famosa frase: “Não são os mais fortes que sobrevivem, mas sim os que têm maior capacidade de ad

Já naquele tempo, Darwin reparou em problemas que atingiam o arquipélago, como por exemplo a d
meio ambiente, a erosão e a introdução de outras espécies. Tudo isto levou com que Darwin ficasse
com o futuro das caraterísticas únicas, quer na flora quer na fauna, que encontrou no arquipélago do

A Teoria da Evolução das Espécies

Darwinismo é o termo usado para designar vários processos relacionados com as ideias, nomeadame
relacionadas com a evolução e a seleção natural.

Esta teoria evolucionista, proposta por Charles Darwin no seu livro A Origem das Espécies, em 1859,
as espécies existentes evoluíram a partir de formas ancestrais, mais simples, por um processo de se
que originou a grande variabilidade que se verifica nos dias de hoje.

O Darwinismo assenta num fundamento principal, a seleção natural, que funciona como o mecanism
que dirige a evolução das espécies. Segundo Darwin, só os mais aptos sobrevivem, transmitindo as
caraterísticas mais favoráveis à descendência. Para que se dê essa seleção natural, é necessário que
variabilidade intra-específica sendo este o segundo princípio segundo o qual assenta o darwinismo. S
Darwin, as espécies possuem nas suas populações indivíduos com variações naturais, variações essa
resultam da seleção natural defendida por Darwin, uma vez que os indivíduos com as caraterísticas m
favoráveis têm uma taxa de sobrevivência superior aos outros.

Acumulando estas pequenas variações, de geração em geração, a longo prazo, originar-se-ão novas

Os princípios básicos da teoria de Darwin podem ser resumidos da seguinte forma:

- Dentro da mesma espécie, os indivíduos apresentam variações, não sendo iguais entre si variabilid
específica (na época, a genética ainda não tinha sido estudada, sendo por isso impossível que Darwi
estas modificações a questões a nível do património genético dos indivíduos).

. Embora todos os indivíduos possuam uma grande capacidade de reprodução, apenas alguns descen
chegam a idade adulta (devido à seleção natural).

. O número de indivíduos de uma espécie é mantido mais ou menos constante ao longo das geraçõe
essa mesma seleção natural, pois embora cada indivíduo possa originar mais que um descendente, n
chegam à idade adulta).

. Há uma grande “luta” pela sobrevivência, entre os descendentes, pois embora nasçam muitos indiv
alguns atingem a maturidade

. Nessa “luta” pela sobrevivência, os indivíduos com as características mais favoráveis têm uma maio
sobrevivência, quando comparados aos indivíduos com as caraterísticas menos favoráveis (seleção n

. Os indivíduos com as caraterísticas mais favoráveis têm maior tendência a deixar descendência, ou
se uma reprodução diferencial que, com o tempo, leva a que as caraterísticas vantajosas perdurem.
Deste modo, ao longo das gerações, a seleção natural dos indivíduos vai levar a uma melhor adapta
mesmos ao meio.

Publicação e Reação à Teoria

Darwin expõe a sua teoria na forma de um livro, embora o faça em grande esforço, visto estar doen
denominada "Sobre a origem das espécies por meio de selecção natural" e, quando foi colocado à ve
novembro de 1859, esgotou o stock de 1250 cópias rapidamente. Naquela época, o termo "evolucion
implicava criação sem intervenção divina e, por isso, Darwin evitou usar as palavras "evolução" ou "
Contudo, o livro termina com a afirmação: "um número incontável das mais belas e maravilhosas for
evoluíram e estão evoluindo". É curioso de notar uma particularidade na obra de Darwin - só é breve
mencionada a ideia de que os seres humanos também evoluíram da mesma forma que os outros org

O livro de Darwin iniciou uma controvérsia pública que ele acompanhou atentamente, obtendo recor
críticas, artigos, sátiras e caricaturas. Os críticos de Darwin foram perspicazes e rapidamente desenv
ideias implícitas na teoria de Darwin, chegando a uma questão "e se os homens forem descendentes
macacos?"

Esta nova teoria ia contra tudo a que a igreja defendia sendo por isso imediatamente recusada, já qu
a existência de Deus como criador do Homem.

Entretanto, foram publicados artigos favoráveis, entre eles, uma publicação no The Times escrita por
incluía críticas a Richard Owen, um expoente do meio científico que Huxley tentava desacreditar. Ow
inicialmente neutro, contudo, escreveu algum tempo depois um artigo a desacreditar a obra de Darw

O corpo científico da Igreja da Inglaterra, incluindo os antigos tutores de Darwin em Cambridge, Sed
Henslow, reagiram contra o livro, embora ele tenha sido bem recebido por uma nova geração de jov
naturalistas.

O confronto mais famoso ocorreu num encontro da Associação Britânica para o Avanço da Ciência em
professor John William Draper fez uma longa apresentação sobre Darwin e progresso social e, então,
Wilberforce, o bispo de Oxford, atacou as ideias de Darwin.

O próprio Darwin não defendia suas ideias em público, embora ele lesse avidamente tudo sobre o de
encontrava-se frequentemente doente e apenas fazia comentários através de cartas e correspondên

O seu círculo central de amigos cientistas – Huxley, Hooker, Charles Lyell e Asa Gray – colocou ativa
trabalho em discussão nos palcos científicos e públicos, defendendo-o de muitos críticos e ajudando-
respeito que lhe valeu a medalha Copley da Royal Society em 1864. A teoria de Darwin também foi u
base para vários movimentos da época e tornou-se parte da cultura popular.

O livro foi traduzido para muitos idiomas e teve numerosas reimpressões. Tornou-se um texto cientí
tanto para aos novos e curiosos cidadãos da classe média quanto para os trabalhadores e foi aclama
mais controverso e discutido livro científico de todos os tempos.

Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução

O descobrimento da Genética viria a destacar as falhas na teoria de Darwin e a Teoria da Herditaried


surge como uma teoria explicativa de tudo o que Darwin não havia conseguido explicar.

Começa então no início da década de 40, do século XX, a formar-se uma nova teoria: a teoria sintét
Evolução, fundamentada pelos conhecimentos de todos os ramos da Biologia, incluindo, mais tarde,
Molecular, que começava nessa mesma altura a dar os seus primeiros passos.

Numa primeira instância, a evolução baseia-se na capacidade dos seres vivos de produzirem variabil
manifestada através da recombinação génica, das mutações e de outros tipos de acontecimentos ale
Darwin desconhecia as causas da variabilidade genética, que diz respeito à variação hereditária dent
populações de organismos, isto é, à amplitude da variação genética que pode ocorrer numa determin
De uma forma geral, a origem da variabilidade é aleatória e independente da vontade do indivíduo e
que o rodeia. Além disso, a variabilidade genética é hereditária (as mutações genéticas, desde que n
a morte do indivíduo e ocorram nas células reprodutoras, contribuem para a evolução)

Um segundo aspeto importante é que o sujeito da evolução é a população portadora de todo um con
genes. A seleção natural atua determinando a direção da evolução, ao aumentar a frequência de cer
combinações de genes da população, que se mostram mais eficazes em determinadas condições e q
a sua expansão.

Seleção Natural

A seleção natural atua sobre as populações naturais de formas diferentes e a sua função, embora re
uma melhor adaptação das espécies ao meio, não se pode reduzir a um programa adaptativo com so
todos os casos. De igual modo, não pode ser considerada como uma força que atua sempre na mesm
seguindo modelos previamente determinados.

A seleção estabilizadora ou normalizadora tende a eliminar os indivíduos extremos e impede a acum


genes mutantes que diminuam a eficácia biológica dos seus portadores. É particularmente eficaz qua
mesmos genes mutantes são dominantes e, por isso, manifestam-se no fenótipo.

Um exemplo muito comum deste caso é a Síndrome de Down, caraterizada por um cromossoma adic
21. Os portadores desta mutação têm eficácia biológica praticamente nula, já que raramente se repr

Este tipo de seleção comporta-se como uma força conservadora.

Seleção Estabilizada

A evolução depende em grande parte, como foi dito previamente, das mutações genéticas. Logicame
parte delas, produzidas ao acaso, levam ao aparecimento de características que dificilmente podem
consideradas vantajosas para o indivíduo num ambiente considerado normal.

A seleção estabilizadora ou normalizadora tende a eliminar os indivíduos extremos e impede a acum


genes mutantes que diminuam a eficácia biológica dos seus portadores. É particularmente eficaz qua
mesmos genes mutantes são dominantes e, por isso, manifestam-se no fenótipo.
Um exemplo muito comum deste caso é a Síndrome de Down, caraterizada por um cromossoma adic
21. Os portadores desta mutação têm eficácia biológica praticamente nula, já que raramente se repr

Este tipo de seleção comporta-se como uma força conservadora.

Seleção Direcional

Nem sempre o ambiente em que vive uma determinada população permanece constante. Muito pelo
muitos casos operam-se mudanças em algumas variáveis que influenciam decisivamente o comporta
indivíduos.

A seleção direcional carateriza-se por favorecer um fenótipo extremo, aumentando assim a sua eficá
relativamente aos restantes. Este facto permite a substituição gradual de um alelo por outro. Os gen
são aqueles que vêem aumentada a sua capacidade de adaptação às novas condições.

Este tipo de seleção foi a que históricamente utilizaram os criadores de animais domésticos e foi a em
aperfeiçoamento das espécies vegetais. O procedimento usado tinha como base favorecer, durante m
gerações, a reprodução dos exemplares que apresentavam as caraterísticas que se queriam obter e
extremamente eficaz, mesmo quando usada desconhecendo-se os princípios mais básicos da evoluçã
espécies.

Seleção Disruptiva
A seleção disruptiva também pode ser chamada de diversificada e atua favorecendo os fenótipos ext
dada população pode estar submetida a ambientes diversos de maneira que os fenótipos opostos po
se e serem aproveitados de uma forma diferente. Em muitos casos, os dois tipos extremos de uma p
mais eficazes biologicamente do que as formas intermédias. Não obstante o cruzamento de indivíduo
diferentes nichos ecológicos, mantêm-se as frequências dos alelos responsáveis.

Os Limites da Adaptação e a Seleção Natural

É frequente alguns autores tentarem explicar toda a evolução em termos adaptativos, reduzindo-a a
utilização simplista da seleção natural e aplicável a todas as circunstâncias. Por exemplo, quando se
algumas características não respondem diretamente à ação da seleção natural, mas são produzidas c
consequência de outras remodelações que poderiam ter valor adaptativo. Através da simples derivaç
produziram-se, a partir de um número reduzido de indivíduos (populações fundadoras), populações c
caraterísticas próprias às quais não se poderia atribuir um valor adaptativo preciso. Os dados da biol
sugerem que uma boa parte das mudanças nas proteínas obedecem a uma fixação casual das mutaç
muitos casos, em espécies próximas, dá-se uma resposta adaptativa com variantes.

Finalmente, a evolução e adaptação surgem condicionadas pelas estruturas prévias, e o desenvolvim


em especial nas fases iniciais, é produzido por blocos, o que coloca certas limitações à atuação da se

Provas da Evolução

A Evolução das Espécies é uma realidade e, embora a forma como se processa possa ainda não esta
pleno, não há dúvida de que existe e que é real. A natureza viva apresenta-se como um conjunto de
animais e plantas distribuídas por mares e continentes. Quando o homem quis estudar esta grande v
seres vivos tendeu sempre a agrupá-los, tomando como critério a semelhança entre as formas exter
ou o facto de partilharem determinadas características especiais. Contudo, não se admitia que algun
fossem semelhantes por terem tido um ancestral comum, ou seja, que algumas espécies tivessem d
outras, que tivessem evoluído.

O estudo dos fósseis e o desenvolvimento dos seres vivos e da sua distribuição demográfica, bem co
aplicação de técnicas que permitem conhecer ao pormenor as suas moléculas, forneceram um conju
que levam a pensar que a evolução é um fenómeno sem o qual não podemos compreender o mundo
rodeia.

Provas Paleontológicas
As provas paleontológicas têm como base o estudo dos fósseis. Neste registo, pode observar-se um
diversidade de espécies e da complexidade estrutural dos organismos. Assim, estas provas proporcio
da evolução no tempo: esclarecem a velocidade da evolução, dão informações sobre o aparecimento
sobrevivência de grupos e espécies e sobre a frequência e condições que originaram a sua extinção,
Além disso, fornecem dados de excecional importância para o conhecimento da sua evolução espacia
informação sobre as regiões de origem das espécies e o seu processo de expansão.

Provas Morfológicas

As semelhanças e as diferenças entre os seres vivos vão-se acumulando ao longo das gerações de ta
quanto mais recente for o antepassado comum dos seres vivos, menores serão as suas diferenças.

A anatomia comparada entre os diversos grupos analisou, sobretudo, as homologias entre os órgãos
diferentes. Os órgãos homólogos caraterizam-se por terem uma estrutura básica comum, mas com u
função diferentes. Os órgãos análogos, por seu lado, aparecem quando espécies ancestrais diferente
habitats semelhantes, adquirem adaptações semelhantes. Existem ainda os órgãos vestigiais, que sã
pouco desenvolvidas num determinado grupo de seres vivos, sem significado fisiológico ou função ap
Contudo, outros seres vivos, apresentam essas mesmas estruturas desenvolvidas e funcionais.

Um exemplo de órgãos homólogos, serão, por exemplo, as extremidades dos anfíbios, répteis, aves
Todos eles apresentam o mesmo modelo organizativo (úmero, rádio, ossos carpianos, metacarpos e
correspondem aos dos peixes primitivos que os originaram. A partir de um mesmo esquema, cada g
uma série de alterações para se adaptar às condições definidas pelo meio. Quando aos órgãos análo
referir por exemplo as asas dos insetos e as das aves que, embora estruturalmente não apresentem
desempenham a mesma função. Órgãos vestigiais são, por exemplo, o caso do apêndice no ser hum
ossos de membros nas cobras.

Provas Embriológicas

Em muitos casos, a descoberta de homologias entre indivíduos adultos é mais difícil que nos embriõe
comprovado que os estádios sucessivos pelos quais passam os embriões durante a sua formação est
relacionados com as suas formas ancestrais. Os embriões de vertebrados são muito semelhantes nas
primeiras fases de desenvolvimento, sendo muito difícil distingui-los, pois apresentam as mesmas es
etapas posteriores, produzem-se variações que obedecem às particularidades dos distintos grupos q
compõem. Quanto mais etapas de desenvolvimento os embriões tiverem em comum, ou seja, quant
forem aparentados, durante os estádios de desenvolvimento embrionário, mais aparentados são os s
dessas espécies.

Provas Biogeográficas

Uma das experiências mais próximas da observação da natureza afirma que tanto as plantas como o
distribuem no espaço de uma forma determinada, em grande parte devido às condições climatéricas
caraterísticas ambientais. Desta forma, uma série de barreiras biológicas, como sejam a presença de
competidoras, ou barreiras físicas, como as cordilheiras, as grandes massas de água ou os desertos,
espécies dentro de limites mais ou menos definidos.

Deste modo, as espécies tendem a ser mais semelhantes quanto maior a proximidade física e, por o
quanto mais isoladas, maiores as diferenças entre si, mesmo que as condições ambientais sejam sem

Provas da Biologia Molecular

Durante os últimos anos, foi notório um grande desenvolvimento das técnicas que permitem conhece
e o comportamento das moléculas de DNA e das proteínas, e comparar as de espécies diferentes.

Um instrumento de grande interesse, no que diz respeito a estas técnicas, é a hibridação de DNA. Um
separadas das cadeias duplas de DNA de duas espécies, tenta-se combinar as uma das cadeias de u
com a complementar da outra espécie. Esta nova combinação será tanto mais estável quanto mais a
forem as espécies.

Por último, constituem também um importante testemunho da evolução, os dados fornecidos pelo es
reação imunológica. A intensidade e o tipo de resposta a um determinado tipo de soro é tanto mais p
quanto maior foi o grau de relação existente entre as espécies.

Conclusão
As ideias Fixistas foram, já há algum tempo, abandonadas para dar lugar a uma conceção Evolucioni
crescente influência. A Evolução é um facto sustentado por diversos argumentos, entre eles, paleont
embriológicos, da biologia molecular e morfológicos. Contudo, a forma como esta Evolução se proces
alvo de várias teorias ao longo dos anos. Por nós, foram desenvolvidas duas das mais importantes, o
e o Darwinismo, ambas deixadas de lado atualmente.

Contudo, embora ambas tenham desempenhado um papel importante para o conhecimento da evolu
vivos, o Darwinismo foi fundamental pois a teoria aceite para a Evolução nos dias de hoje (o Neodar
assenta nos pilares criados por Charles Darwin, há mais de cem anos.

A verdade é que é o ser humano se questiona, e sempre questionou sobre o princípio último de toda
sobre a origem da vida, o passado do homem, assim como de todos os seres vivos com os quais par
planeta. As teorias desenvolvidas para explicar a Evolução são o início para que possamos fazer essa
descobertas acerca deste mundo do qual pouco ou nada sabemos.

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