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Curso de Ciências Contábeis Artigo Original

MODELO DE GESTÃO BASEADO NO BALANCED SCORECARD: ESTUDO DE CASO


NO MINISTÉRIO DA JUSTICA
MODEL-BASED MANAGEMENT IN THE BALANCED SCORECARD: A CASE STUDY ON MINISTRY OF
JUSTICE

1 2
Wendella Maria Cézar da Cruz Corrêa de Oliveira , Ely Brasil Silvério Júnior .
1 Aluna do Curso de Ciências Contábeis
2 Professor do Curso de Ciências Contábeis

Resumo
Nos últimos anos, as organizações públicas têm recebido diversas críticas sobre como regem e definem as suas políticas, recursos e
como divulgam os resultados alcançados. Contudo, alguns órgãos governamentais buscaram incorporar ferramentas que outrora eram
utilizadas apenas pelo setor privado, motivado é claro pela melhoria na sua gestão. O Balanced Scorecard é uma metodologia de
medição e avaliação do desempenho organizacional, incorporado na gestão pública. Apesar disso, há diferenças na forma de atuação
de um ente governamental e um privado, fazendo-se necessárias adaptações para alcançar os objetivos. Para este estudo buscou-se
analisar o impacto do BSC implantado no Ministério da Justiça (MJ). O estudo caracteriza-se pela pesquisa exploratória, porque visou
levantar questões e hipóteses e a pesquisa descritiva, pois se pretendeu descrever os fatos e fenômenos de determinada realidade.
Utilizou-se um estudo de caso no MJ, pois este tipo de estudo além de único ou múltiplo, pode investigar fenômenos e contextos que
não estão claramente definidos. Como coleta de dados, o instrumento utilizado foi uma entrevista semiestruturada, contendo perguntas
abertas para permitir e incentivar o entrevistado a responder livremente sobre o tema. Os resultados obtidos indicaram que há algumas
dificuldades no processo de implantação, pois adaptar um objetivo para os colegiados e alinhá-los ao do MJ é o desafio atualmente.
Após realização do estudo, pode-se observar que o MJ não conseguiu implantar na sua totalidade o BSC e adotou outras metodologias
para acompanhar o planejamento estratégico.
Palavras-Chave: Estratégia; Modelo de Gestão; Balanced Scorecard.

Abstract
In recent years, public organizations have received various criticisms about how to govern and define their policies, resources and how
to disseminate the results. However, some government agencies have sought to incorporate tools that were once used only by the
private sector, of course motivated by improving their management. The Balanced Scorecard is a measurement methodology and
evaluation of organizational performance, embedded in public administration. Nevertheless, there are differences in the performance of
a government entity and a private, by making necessary adjustments to achieve the objectives. For this study we sought to examine the
impact of BSC implanted in the Ministry of Justice (MOJ). The study is characterized by exploratory research, therefore it aimed to raise
questions and hypotheses and descriptive research, and it was intended to describe the facts and given reality of phenomena. We used
a case study in MJ, as this type of study as well as single or multiple, investigate phenomena and contexts that are not clearly defined.
As data collection, the instrument employed was a semi-structured interviews with open questions to enable and encourage the
interviewee to respond freely on the subject. The results indicated that there are some difficulties in the implementation process,
because adapting a goal for collegiate and align them to the MJ is the challenge today. After the study, it can be observed that MJ could
not implement in full the BSC and adopted other methods to monitor strategic planning.
Keywords: Strategy; Management Model; Balanced Scorecard.

Contato: wendella.oliveira@gmail.com

Introdução gestão utilizados pelas organizações e das ten-


dências mundiais.
No ambiente organizacional, fala-se muito
sobre como gerir as empresas de maneira eficien- Nesse cenário inovador, pode-se contar
te e eficaz. Consequentemente os gestores devem com ferramentas e instrumentos para melhorar o
estar preparados para assumirem a responsabili- desempenho das instituições, sejam elas privadas
dade de conduzir de forma adequada e sinérgica, ou públicas. A eficiência na administração pública
buscando trazer sempre motivação, comprometi- é tão necessária, quanto em qualquer instituição
mento, empenho e competência para que os seus privada; considerando o contexto em que se está
colaboradores desempenhem papéis que condu- inserida e os fatores que contribuirão para alcan-
zam a organização para o mercado econômico de çar os objetivos estabelecidos. Pode-se destacar
forma competitiva e sustentável. que uma dessas ferramentas a ser utilizada para
auxiliar na modelagem do alcance dos objetivos
Deve-se levar em consideração que, atual-
propostos é o Modelo de Gestão baseado no Ba-
mente, o Brasil encontra-se inserido no mundo
lanced Scorecard (BSC).
globalizado e necessita acompanhar o desenvol-
vimento geral das tecnologias, dos modelos de O BSC é um modelo de gestão adotado por
diversas organizações. Divulgado pela primeira
vez em 1990 (Instituto Nolan Norton), o BSC apre- Modelo de Gestão baseado no Balanced
sentou-se como um sistema de alinhamento e de Scorecard
controle estratégico de gestão, baseando-se na
Num ambiente cada vez mais competitivo,
premissa de integração dos processos e indicado-
utilizar-se de diversas estratégias é um diferencial.
res, refletindo-se nos quatros pilares básicos deste
Thompson (2008, p. 37) conceitua que:
modelo de gestão: perspectivas clientes, proces-
sos internos, aprendizagem e crescimento e resul- A estratégia de uma empresa consiste, nos
tados financeiros (KAPLAN; NORTON, 1997). passos competitivos e nas abordagens
administrativas que os gerentes utilizam para o
Tornando-se um instrumento importante de ali- crescimento do negócio, para atrair e satisfazer
nhamento de processos e estratégias, o BSC pro- aos clientes, para competir de modo bem-
move uma geração de comprometimento das pes- sucedido e alcançar os níveis almejados d
soas e uma maior vinculação entre os altos níveis desempenho organizacional (THOMPSON,
2008, p. 37).
hierárquicos com as ações selecionadas pela or-
ganização. Prado (2002) afirma que o BSC se “As estratégias devem ser planejadas a
diferencia dos outros modelos de gestão, porque partir de situações que atendam plenamente ao
agrega os modelos de controle financeiro e não propósito, ao ambiente e à capacitação da
financeiro, propiciando ao administrador, indicado- organização” (COSTA, 2002, p. 44). Para Michel
res de desempenho. Para este autor, o BSC “é (1998, p. 276) “a gestão estratégica uma vez
uma ferramenta útil para dirigir empresas de forma implantada com sucesso e entrando em ‘operação
proativa no curto e longo prazo”. em regime’, deve ser caracterizada como um
processo contínuo, cotidiano”. Tavares (2000, p.
Esse modelo de gestão permite que a
149) já define que “o processo de gestão é uma
organização atue no monitoramento; na
função orgânica básica da administração. É um
estruturação das fases do planejamento
processo mental de estabelecer o que é desejável
estratégico e operacional, na execução e controle
e como será desenvolvido”. É necessário criar um
e na integração dos processos de gestão como
arranjo organizacional com finalidade de
um todo:
coordenação para efetivamente ser uma gestão
[...] medir é importante e [...] O que não é estratégica, e isso deve anteceder todas às
medido não é gerenciado. [...] Se quiserem demais (TAVARES, 2000, p. 48).
sobreviver e prosperar na era da informação,
as empresas devem utilizar sistemas de gestão Sobre administração estratégica, observa-se
e medição de desempenho derivados de suas
estratégias e capacidade (KAPLAN; NORTON,
a definição de Oliveira (2011, p. 6):
1997, p. 21). Administração Estratégica é a administração do
futuro que, de forma estruturada, sistêmica e
O BSC auxilia na análise das equipes de intuitiva, consolida um conjunto de princípios,
trabalho, buscando alinhar as metas normas e funções para alavancar,
organizacionais e as individuais e os empregados harmoniosamente, o processo de planejamento
“alcançam melhores resultados quando são da situação futura desejada da empresa como
um todo e seu posterior controle perante os
capazes de compreender e atuar sobre as fatores ambientais, bem como a organização e
situações de trabalho com base na estratégia” a direção dos recursos empresariais de forma
(REZENDE, 2003, p. 44). otimizada com a realidade ambiental, com a
maximização das relações interpessoais
Neste estudo buscou-se analisar o impacto (OLIVEIRA, 2011, p. 6).
do BSC implantado no Ministério da Justiça (MJ);
Michel (1998, p. 257) declara que “a
identificar os fatores críticos da implantação; as
inexistência de um bom diagnóstico faz com que
adaptações realizadas; e as contribuições e me-
as pessoas trabalhem com base em impressões,
lhorias efetivas no MJ. Por meio de um estudo de
opiniões pessoais, palpites ou em ideias
caso, levantou-se a atuação do modelo de gestão
preconcebidas. Nessas situações, boas
baseada no BSC e sua relevância no Ministério da
ferramentas podem ser usadas para resolver
Justiça. Diante do contexto apresentado, buscou-
problemas errados”. Baseado nisso, observar-se
se responder a seguinte questão: Até que ponto o
que o objetivo do BSC é alinhar o planejamento
modelo de gestão, baseado no Balanced Score-
estratégico com as ações operacionais da
card, serviu como ferramenta de gestão estratégi-
organização, seguindo essa linha, West (2009)
ca para o Ministério da Justiça?
ressalta que o BSC visa “proporcionar significado
A metodologia deste estudo adotou a pes- estratégico para as ações operacionais do dia a
quisa descritiva e exploratória. Foi realizado um dia, e assim para todas as pessoas da
estudo de caso e pesquisa bibliográfica. Para a organização, é o grande diferencial dessa
coleta de dados, foi utilizada a entrevista semies- metodologia”.
truturada, com roteiro pré-determinado para a
Monteiro, Castro e Prochnik (2003, p. 3)
interação entre o pesquisador e o pesquisado.
destacam que “o Balanced Scorecard (BSC) é um
Sistema de Gestão Estratégica que utiliza de mo-
do balanceado, indicadores financeiros e não-
financeiros. Além disso, ele estabelece as relações
de causa e efeito entre esses indicadores e as BSC”. Os autores Almeida e Santini Junior (2011),
descreve em mapas estratégicos”. concordam que a perspectiva financeira precisa
ser alinhada aos aspectos intangíveis que, sem
De acordo com Kaplan e Norton (2000), o
dúvida, impactam os resultados financeiros.
BSC quando desenvolvido numa organização,
permite uma visão clara do futuro e do caminho O BSC conserva a perspectiva financeira,
que deve-se percorrer para alcançar os objetivos visto que as medidas financeiras são valiosas para
traçados. Com esse raciocino e visão dos autores, sintetizar as consequências econômicas,
o BSC é responsável pela diferença nos imediatas de ações consumadas. As medidas
resultados das organizações, que tem utilizado o financeiras de desempenho indicam se a
BSC como ferramenta de gestão estratégica. implementação e execução estão contribuindo
Tratado inicialmente como um sistema de
para a melhoria dos resultados financeiros
medição de desempenho baseado em (KAPLAN; NORTON, 1997, p. 26).
indicadores, o Balanced Scorecard evoluiu e
hoje já é possível afirmar que se trata de uma Já a perspectiva de processos internos,
ferramenta de gestão. Apresenta uma Galas e Forte (2005, p. 94) afirmam que esta
ordenação de conceitos e ideias preexistentes perspectiva “permite aos executivos a identificação
de uma forma lógica, objetiva e inteligente. Sua
dos processos internos que são críticos para a
correta aplicação implica uma série de
vantagens, como a integração de medidas organização e que, por isso, deve-se ter
financeiras e não-financeiras, a comunicação e excelência”. Níven (2003, apud, Galas; Forte,
feedback da estratégia, o vínculo com 2005, p. 94) afirma que a chave para o sucesso do
planejamento e orçamento, maior foco e
BSC “está na seleção e medição daqueles
alinhamento organizacional, entre outros
(NALDER, 1993, p. 74). processos que permitem, em última instância,
atingir a missão da organização”. Já Campos
Para alcançar os objetivos traçados pela (1998) descreve que a excelência do desempenho
organização, o BSC auxilia na construção desses percebida pelos clientes é resultado de processos,
objetivos. West (2009) descreve as seguintes ações e decisões que ocorrem dentro da empresa.
ações iniciais para se alcançar tais objetivos:
Segundo Almeida e Santini Junior (2011):
 Esclarecer e traduzir a visão e a estratégia;
 Comunicar e associar objetivos e medidas A abordagem desta fase demonstrou como a
estratégicas; Perspectiva dos Processos internos, envolvida
 Planejar, estabelecer metas e alinhar pelo BSC, trabalha o foco da cadeia de valor
iniciativas estratégicas; e agregado. Nesta vertente, os processos
 Melhorar o feedback e o aprendizado internos são estudados como um caminho
estratégico (WEST, 2009, p. 21). entre as necessidades demandadas –
expectativas – e a satisfação dos clientes
O BSC é uma ferramenta de gestão que (ALMEIDA; SANTINI JÚNIOR, 2011).
integra tanto os aspectos tangíveis, quanto os Na definição de Prieto et al. (2006, p. 83) no
intangíveis, em suas perspectivas. Segundo que tange a perspectiva cliente “pressupõe
Kaplan e Norton (1997) são 04 (quatro) as definições quanto ao mercado e segmentos nos
perspectivas do BSC, cuja essência é recriar valor quais a organização deseja competir. A
para os acionistas. Na ênfase dos autores Kimura organização deverá traduzir em medidas
e Suen (2003, p. 5) o BSC é importante, porque específicas os fatores importantes para os
por meio dele é possível: clientes”. Para Kaplan e Norton (1997, apud,
Identificar a performance empresarial Almeida; Santini Junior, 2011), “a empresa que
considerando os resultados de rentabilidade e tenta ser tudo para todo mundo normalmente
custos, bem como os indicadores de
atendimento das necessidades dos clientes, de acaba não sendo nada para ninguém”. Para os
eficiência de processos internos e de potencial autores “na perspectiva dos clientes, a missão e a
de aprendizado e crescimento da empresa estratégia devem ser direcionadas a satisfazer e
(KIMURA; SUEN, 2000, p. 5). encantar os clientes”.
Galas e Forte (2005, p. 92) afirmam que: Ao pensar nas estratégias, a organização
O Balanced Scorecard é uma ferramenta deve buscar intensamente atender as
empresarial que traduz a missão e a estratégia necessidades e desejos dos clientes, gerando
da organização em um conjunto coerente de satisfação e competitividade. Dentro desta
medidas de desempenho, que propicia a
formação de uma estrutura de medição perspectiva, o BSC apresenta medidas essenciais
estratégica e de um sistema de gestão eficiente de resultados com a satisfação, fidelidade,
(GALAS; FORTE, 2005, p. 92). retenção, captação e lucratividade (ALMEIDA;
SANTINI JUNIOR, 2011).
Balanced Scorecard: Perspectivas Arrematando as perspectivas, Galindo
Sobre a perspectiva financeira do BSC, (2005, p. 62) descreve que a perspectiva de
Kaplan e Norton (1997, p. 49) definem que “os aprendizado e crescimento é:
objetivos financeiros servem de foco para os Calcada na prerrogativa da inovação como
objetivos e medidas das outras perspectivas do principal fonte geradora de vantagem competi-
tiva, lança mão de indicadores que refletem o Balanced Scorecard: Utilização na esfera
potencial de inovação (produtos e processos),
Pública
bem como de melhoria contínua da empresa
(indicadores específicos de melhorias para a O BSC pode ser usado em qualquer tipo de
pontualidade na entrega, duração de ciclos, ín-
dices de defeitos e de rendimento dentre ou- organização, seja ela pública, privada ou sem fins
tros) (GALINDO, 2005, p. 62). lucrativos. No desenvolvimento do BSC na esfera
pública, o topo da hierarquia não deve ser a
Para Kaplan e Norton (1997, apud, Almeida; perspectiva financeira, uma vez que os
Santini Junior, 2011), essa perspectiva propícia o indicadores financeiros não demonstram se o ente
arremate final, pois “todas as outras três público está ou não cumprindo sua missão. Kaplan
perspectivas dependerão da capacidade dos e Norton (2000, p. 146-147) afirmam que
colaboradores, dos sistemas de informações e da “considerando que o sucesso financeiro não é o
motivação interna”. Ainda na literatura de Kaplan e principal objetivo da maioria dessas organizações,
Norton (1997) para se obter a capacidade de se é possível reformular a arquitetura para colocar os
alcançar metas superiores, é necessário que haja clientes ou contribuintes no alto da pirâmide”. Para
uma capacidade organizacional para o evitar problemas na definição de quem é o cliente
aprendizado e crescimento. da entidade pública na construção do BSC, Kaplan
Os padrões, que determinam como os e Norton (2000), Níven (2007) e Zago (2006)
processos internos e as respostas aos clientes sugerem que a perspectiva clientes deve ser
deveriam ser realizados, precisam ser feitos
com base na melhoria contínua, embora não
dividida em perspectiva do doador e perspectiva
sirvam como padrões para o desempenho atual do beneficiário da ação pública.
e futuro, exigindo reciclagem dos funcionários
para que suas mentes e capacidades criativas As organizações públicas não partem do
sejam mobilizadas no sentido dos objetivos pressuposto de alcançar o lucro, e sim, busca o
organizacionais (KAPLAN; NORTON, 1997). atendimento ao cidadão. As estratégias devem ser
adotadas para a concretização dos objetivos tra-
Implantação do Balanced Scorecard çados. São invariavelmente diferentes, por seus
resultados terem um cunho social, em sua maioria
Rezende (2003, p. 114) destaca que a e subjetivos. A gestão pública encontra dificulda-
implementação deve ocorrer de forma segura e des para a definição estratégica de suas ações
garantida, pois “a mudança por trás da (ROSA et al., 2012).
implementação do BSC é muito maior do que a
simples opção por um novo sistema de Ghelman e Costa (2006) afirmam que na es-
indicadores”. E segundo Monteiro, Castro e fera pública, o Balanced Scorecard deve prestar
Prochnik (2003, p. 3) “(...) as empresas inovadoras serviços com excelência, priorizando a função
usam o Balanced Scorecard para administrar a social (efetividade); qualidade na prestação de
estratégia em longo prazo, bem como viabilizar os serviço (eficácia) e utilizando-se do menor consu-
processos gerenciais críticos”. mo de recursos possível (eficiência).

Kaplan e Norton (1997) afirmam que na


implantação do BSC poderá haver incoerência Mapas Estratégicos
entre a formulação e a implantação das
estratégias devido algumas barreiras criadas pelos Para Rosa et al. (2014),
sistemas gerenciais tradicionais. Tais barreiras, O Mapa Estratégico permite a descrição
depois de identificadas, podem ser superadas com consistente da tática pré-estabelecida,
a integração do BSC com o sistema de gestão facilitando a definição e a gestão dos objetivos
e indicadores. Representa, portanto, a
estratégica. Epstein e Manzoni (1998), já afirmam imprescindível ligação entre a elaboração e a
que a implantação do Balanced Scorecard é um concretização da estratégia.
processo difícil, pois significa introduzir uma
Através do Mapa Estratégico é possível
mudança na organização e mudanças afetam a
adotar uma estratégia para toda a organização e
disponibilidade de informações relacionadas com
o desempenho organizacional, representando uma apresentar de modo claro e objetivo, processos
ameaça ao processo. Silva (2007) descreve que o internos críticos, criando valores para clientes e
acionistas, além dos ativos intangíveis
modelo de implantação do BSC desenvolvido por
indispensáveis para respaldá-los (COSTA, 2006).
Kaplan e Norton partiu de experiências de outras
empresas e listam os seguintes processos Para Person (2010, apud, Rosa et al., 2014,
sistemáticos: a) transformar missão e estratégia p. 6-7), há quatro motivos para criar um Mapa
em objetivos e metas claros; b) envolvimento da Estratégico baseado nas perspectivas do BSC.
alta administração no processo; e c) procurar o Sendo eles: a) “versões anteriores do Balanced
consenso entre a equipe. Scorecard tinham pouca aplicabilidade, tendo em
vista que os indicadores costumavam ser escolhi-
dos dentre os que já eram utilizados – muitas ve-
zes formulados sem vinculação com a missão da
organização”; b) “nem todos os gestores e colabo-
radores conhecem de modo efetivo, a estratégia (2003, p. 51, apud, Santos; Noronha, 2005, p. 56)
de sua organização”; c) “sem o conhecimento ressalta que:
prévio da estratégia, não há feedback sobre o que A metodologia engloba todos os passos
deu ou não deu certo”; e d) “com a divisão dos realizados para construção do trabalho
objetivos em iniciativas e projetos, fica mais fácil científico, que vai desde a escolha do
compreender o embasamento por trás da estraté- procedimento para obtenção de dados,
perpassa a identificação do(s) método(s),
gia”. Rosa et al. (2012) ainda observa que o Mapa técnica(s), materiais, instrumentos de pesquisa
estratégico realiza a comunicação da estratégia e definição de amostra/universo, até a
para todos da organização, alinhando os esforços categorização e análise dos dados coletados
e refinando as ações desenvolvidas. E ainda por (OLIVEIRA, 2003, apud, SANTOS; NORONHA,
2005, p. 56).
meio dos mapas, consegue-se gerir por dados e
não por instinto, facilitando a identificação e moni-
toramento dos objetivos estratégicos e das ações Neste estudo, a metodologia quanto aos
que agregam ou não valor à missão corporativa objetivos utilizou-se da pesquisa exploratória e
(ROSA et al., 2014). descritiva. Exploratória, pois este estudo tem por
objetivo proporcionar uma maior familiaridade com
O desenhar do mapa estratégico é apenas o o problema proposto e a descritiva, porque o
passo inicial para utilização como ferramenta para objetivo primordial é a descrição das
acompanhar o cumprimento da estratégia. Não características de determinada população (DIEHL;
sendo absorvido esse mapa pelos funcionários em TATIM, 2004). No que tange os procedimentos, a
seu dia a dia, então ele não tornar-se-á o para- pesquisa é bibliográfica, pois buscou-se realizar
digma para suas ações e acabarão por se desvin- pesquisas com referenciais teóricos analisados e
cular da estratégia. Os mapas estratégicos devem publicados, segundo descreve Fonseca (2002) e
contar o caminho a se percorrer cumprindo a es- uma pesquisa de estudo de caso. Pois, de acordo
tratégia definida e deve explicitar as hipóteses que com o Yin (2010) o estudo iniciou-se com uma
os gestores levantaram sobre os relacionamentos revisão da literatura e pesquisa documental,
de causa e efeito entre as ações e a estratégia buscando propor de maneira cuidadosa uma
(COSTA, 2006). Essas vinculações de causa e pesquisa dos objetivos propostos pelo estudo.
efeito definem a trilha que o construtor do BSC Quanto à abordagem, adotou-se a pesquisa
percorrerá para alcançar a estratégia (NÍVEN, qualitativa, devido esta pesquisa não se preocupar
2007). com representatividade numérica e permitir uma
Para Kaplan e Norton (2000, p. 81), maior compreensão de um grupo social ou
organização (SILVEIRA; CÓRDOVA, 2009). Como
O mapa estratégico do balanced scorecard instrumento de coleta de dados, a entrevista foi
explicita a hipótese de estratégia. Cada
indicador do balanced scorecard se converte utilizada seguindo o raciocínio de Severino (2007,
em parte integrante de uma cadeia lógica de p. 124) a entrevista é uma:
causa e efeito que conecta os resultados
almejados da estratégia com os vetores que
Técnica de coleta de informações sobre um de-
induzirão a essas consequências. O mapa
terminado assunto, diretamente solicitadas aos
estratégico descreve o processo de
sujeitos pesquisados. Trata-se, portanto, de
transformação de ativos intangíveis em
uma interação entre o pesquisador e pesquisa-
resultados tangíveis para os clientes e, por
do. Muito utilizada nas pesquisas da área das
conseguinte, em resultados financeiros. Essa
Ciências Humanas. O pesquisador visa apre-
ferramenta fornece aos executivos um
ender o que os sujeitos pensam, sabem, repre-
referencial para a descrição e gerenciamento
sentam, fazem e argumentam (SEVERINO,
da estratégia na economia do conhecimento
2007, p. 124).
(KAPLAN; NORTON, 2000, p. 81).

O roteiro da entrevista foi pré-definido, pois


Materiais e Métodos conforme o autor Gerhardt et al. (2009, p. 72)
retrata “o pesquisador organiza um conjunto de
Ander-Egg (1978, p. 28, apud, Marconi; questões (roteiro) sobre o tema que está sendo
Lakatos, 2003, p. 155) descreve que a pesquisa é estudado, mas permite, e às vezes até incentiva,
como “um procedimento reflexivo sistemático, que o entrevistado fale livremente sobre assuntos
controlado e crítico, que permite descobrir novos que vão surgindo como desdobramentos do tema
fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer principal”.
campo do conhecimento”. E de acordo com
Marconi e Lakatos (2007), são seis passos para o
desenvolvimento de um projeto de pesquisa: a) Discussão e Resultados
seleção do tópico ou problema; b) definição e
diferenciação do problema; c) levantamento de
hipóteses de trabalho; d) coleta, sistematização e BREVE HISTÓRICO DO MINISTÉRIO DA
classificação dos dados; e) análise e interpretação JUSTIÇA
dos dados; e f) relatório do resultado da pesquisa. “Em 03 de julho de 1822, o Príncipe
Complementando os autores, Oliveira Regente D. Pedro, em decreto referendado por
José Bonifácio de Andrada e Silva, criava a Diretrizes Orçamentárias (LDO), Lei de
Orçamento Anual (LOA) e Lei de
Secretaria de Estado de Negócios da Justiça, com Responsabilidade Fiscal (LRF) norteiam a
nomeação do Ministro Caetano Pinto, dando início aplicação dos recursos públicos arrecadados
à longa história do Ministério da Justiça” (BRASIL, em determinado período, organizada através
2014). O MJ tem por missão “garantir e promover do Orçamento Público (ROSA et al., 2012, p.
6).
a cidadania, a justiça e a segurança pública, por
meio de uma ação conjunta entre o Estado e a Também em 2009, na Secretária Executiva,
sociedade” (BRASIL, 2014). No Anexo 1, conforme retratado pelo gestor, criou-se o
apresentamos a Estrutura Geral do Ministério da programa “Um passo a frente”, que objetivava dar
Justiça. ênfase no ambiente interno e preparar “o caminho”
para implantação dos projetos estratégicos da
Secretaria. Em 2011, o Coordenador da
IMPLANTAÇÃO DO BSC NO MINISTÉRIO DA Coordenação-Geral de Planejamento Setorial
JUSTIÇA (CGPLAN) entendeu que seria a hora de rever os
procedimentos e percebeu a necessidade de
Na entrevista realizada com o Gestor atual
expandir para as unidades vinculadas ao MJ. O
da Divisão de Planejamento e Monitoramento,
entrevistado ratifica que o primeiro plano
foram retratados alguns aspectos até então
estratégico implantado em 2009 na Secretária
desconhecidos sobre a implantação do BSC no
Executiva foi para atender as demandas internas e
Ministério da Justiça. O gestor informou que a
em 2011 se expandiu para as unidades de
primeira implantação do BSC voltada para o MJ foi
negócios do MJ.
direcionada para a Secretaria Executiva, ou seja,
apenas uma parte do MJ. O entrevistado não O gestor, ao ser questionado sobre o motivo
participou da implantação inicial, pois assumiu o do BSC ser o modelo de gestão escolhido,
cargo de gestor há pouco mais de um ano. Em retratou a cerca de um estudo realizado e mesmo
2009, a Secretaria Executiva, no comando do Sr. com a diferença dos métodos, afirma que os
Paulo Barreto, iniciou efetivamente o processo de resultados podem ser encontrados de qualquer
implantação do Planejamento Estratégico, no forma. Considerando que o BSC buscar organizar
entanto não era uma ferramenta e nem um método a instituição para alcançar os resultados, essa foi
definido. Tal projeto fora implantado somente na outra característica que motivou o órgão na
Secretária Executiva e não nos demais órgãos e escolha do modelo de gestão.
unidades ligados ao Ministério da Justiça.
Cabe ressaltar que o processo de
O gestor informou que para a realização implantação é um desafio a ser vencido, e alguns
deste trabalho, contratou-se uma empresa de procedimentos de gestão devem auxiliar a
consultoria especializada no método do Balanced Administração Pública. Com os resultados que o
Scorecard revestido para o serviço público. serviço público deseja alcançar, houve-se então o
Conforme informações coletadas, o MJ interesse de implantar o BSC, Arretche (2001)
necessitava de uma agenda estratégica. Até hoje afirma que existem três critérios de avaliação de
é utilizada pelo ministério para congregar todas as políticas públicas: eficiência, eficácia e efetividade.
ações do órgão. Existem diversos negócios dentro
do ministério e que cada uma por sua vez, Machado (2002), ainda afirma que os
possuem suas linhas de ações. O gestor afirma administradores do setor público precisam de
que o ministério entende que: diversas informações gerenciais para atender com
eficiência, eficácia e efetividade as políticas
“Uma agenda que congrega todo mundo e a públicas. Observado isso, numa visão sistêmica as
partir desta agenda, os órgãos específicos, as
unidades descentralizadas, as autarquias,
organizações possuem a definição que a
fundações, a autarquia, a fundação, fazem o efetividade visa satisfazer às necessidades e o
planejamento estratégico vinculado a agenda, papel institucional da mesma; a eficácia mede o
ao planejamento estratégico que o ministério atendimento aos requisitos; e a eficiência tem o
definiu” (ENTREVISTADO, 2014).
foco na produção com otimização de recursos
A parte diretiva do ministério utiliza-se da (MALMEGRIM; MICHAUD, 2003).
agenda estratégica para dar um norte estratégico
Sobre as mudanças que um modelo de
para um longo prazo, visto que acompanha-se a
gestão deste porte, como o BSC, poderia alterar e
legislação do Brasil que utiliza-se do Plano
impactar em diversas áreas, o gestor nos
Plurianual (PPA). Afirmando tal procedimento
respondeu que houve sim mudanças, porém, a
realizado pelo MJ, Rosa et al. (2012) nos elucida
dificuldade de implantação se dá por ser um
com o seguinte texto:
grande colegiado ligado ao MJ e que cada um
O processo de elaboração do planejamento quer ser visto nas ações estratégicas. E no
orçamentário dos entes do Poder Público é entendimento do entrevistado, o que deveria ser
regido por mecanismos que visam
proporcionar, aos gestores e a sociedade, o considerado na construção das estratégias e de
controle, a transparência e a responsabilização um BSC mais robusto, sendo maior, porém, com
sobre os recursos administrados. Estes objetivos mais enxutos, seria considerar as quatro
mecanismos - Plano Plurianual (PPA), Lei de
grandes vertentes do MJ: “segurança pública, Kaplan e Norton (1997) recomendam que haja a
cidadania e justiça, projetos de combate às drogas limitação da quantidade de indicadores
e atenção a política indígena”. Outra dificuldade objetivando viabilizar o processo de
apresentada pelo gestor é a comunicação interna. monitoramento e controle, porém, no MJ essa
No processo de implantação do BSC em 2009 na limitação de indicadores não foi possível.
Secretaria Executiva teve-se melhor resultado,
A falta de acompanhamento não é por culpa
uma vez que era apenas na secretaria e os
das pessoas, afirma o entrevistado, pois os
gestores andavam pelos corredores comprando a
administradores ficam “muito no apagar de
ideia do modelo de gestão. Já na expansão para
incêndios” e não se tem muito que planejar, pois
todo o MJ em 2011, encontrou-se barreiras para a
as demandas continuam surgindo à sociedade
efetivação da implantação da metodologia.
cobra resultados e não há como parar para
Outra situação apresentada pelo gestor desenvolver planos e ações. O gestor ainda afirma
para a falha na implantação é o fato de o MJ não que o BSC veio para auxiliar e mostrar que é
ter realizado concurso público por mais de 20 anos possível planejar e trabalhar com perspectivas que
e não há planos de carreira, planos voltados para se completam para que se vejam resultados
a gestão de pessoas, e por consequência, não posteriores.
havia pessoas dispostas a enfrentar as mudanças
O gestor apresenta que formulação e
advindas desta implantação. Por fim, o gestor
formatação dos indicadores para os serviços
retrata que a história depõe contra, pois é
públicos é algo extremamente complicado e difícil,
necessário tempo de maturação para que as
pois medir o serviço público existe diversos viés e
coisas aconteçam e não houve essa espera e
as variáveis não são constantes, uma vez que o
investimento necessário.
produto do MJ é promover sensações de
A implantação do BSC de 2011 de fato não segurança. É importante ressaltar que o gestor
ocorreu, uma vez que, houve-se alterações no informou que foram constituídos e estabelecidos
ministério. Tais alterações ocorrem nas políticas alguns desses indicadores, porém, não foram
internas, no quadro de pessoal e na a alta realizadas as mensurações e acompanhamentos
administração. Consequentemente, os objetivos por não terem conseguido realizar uma política de
da implantação do BSC mudaram. Segundo o monitoramento e avaliação.
entrevistado, estabeleceram no MJ políticas de
projetos prioritários e políticas transversais,
interferindo no governo como um todo e na ESTRATÉGIAS ATUAIS DO MINISTÉRIO DA
administração das outras ações. JUSTIÇA
De acordo com Kaplan e Norton (1997), Como já dito anteriormente, o MJ utiliza-se
após o período de implementação do BSC é da Agenda Estratégica, vinculada ao Mapa
necessário ter uma equipe interna voltada, estratégico em consonância ao PPA. Buscar-se-á
especificamente, para a transição entre os implantar futuramente o BSC, reformulado, porém,
períodos de implementação e de gestão do BSC. não houve publicação do documento para
Porém, no MJ não houve essa transição por não divulgação externa, tal informação advém
se ter implantado todas as fases do BSC, não informalmente da entrevista realizada com o
fazendo-se necessário tal equipe. O gestor afirma gestor da Divisão de Planejamento e
que possui-se um histórico documental das ações Monitoramento. Nos Anexos 2 a 5, pode-se
de tentativas de implantação, contudo, as pessoas observar a estrutura formulada dos Mapas
que participaram dos dois processos (2009 e Estratégicos do Ministério da Justiça atualmente.
2011) já não se encontram mais trabalhando no Os mapas buscou traduzir por meio das
órgão ou na equipe. perspectivas, os objetivos que o MJ deseja
alcançar na eficiência, eficácia e efetividade.
Contribuindo sempre com o melhoramento das
INDICADORES atividades do órgão.
No MJ, conforme relato do entrevistado,
desde a implantação em 2009 ou na
Conclusão:
reestruturação do BSC em 2011, nunca foi
possível definir indicadores para mensurar os reais Na gestão pública o planejamento
impactos da implantação. Rosa et al. (2014, p. 14) estratégico é essencial, dado que pode-se evitar
descreve que “a seleção dos indicadores desperdícios e buscar a excelência e efetividade
compreende à sua associação a cada um dos nos serviços prestados à sociedade. Claro que é
objetivos definidos anteriormente, buscando captar necessária a adequação das diretrizes
e comunicar a intencionalidade do objetivo a que estratégicas e gerenciais para auxiliar na
se refere”. Como não havia indicadores definidos, coordenação, compreensão e identificação das
não houve a identificação dos resultados e da atividades administrativas, buscando sempre
tendência que medem cada objetivo estratégico. proporcionar o cumprimento dos princípios
constitucionais da Administração Pública. contribuirá com o desenvolvimento da missão do
órgão, na melhoria dos serviços por ele prestado.
O estudo mostrou que o MJ formulou o
Modelo de Gestão Estratégica, baseado no
Balanced Scorecard, mas não o implantou. Agradecimentos:
Portanto, pode-se voltar à questão primordial:
Ao meu único Deus que me sustentou em todos os
formulação versus implantação, onde percebeu-se
momentos de provações na minha caminhada
que haviam muitas barreiras para a implantação
rumo ao crescimento pessoal, profissional e
dessa metodologia acontecer e ainda pode-se
espiritual. À minha querida filha Nicole que é
afirmar que não houve uma cultura de gestão
minha razão de lutar todos os dias. À minha
estratégica no quadro gerencial. Se essa postura
família que sempre acreditaram meu sucesso. Ao
não for revista, a implantação não irá evoluir e
ICESP/PROMOVE por toda credibilidade e aos
tenderá ao fracasso, pois tais fatores interferem
seus funcionários dos Campus. Ao orientador
diretamente na gestão. O sucesso da implantação
deste trabalho, o Professor Ely Brasil, que me
do BSC depende principalmente do
ensinou com louvor nesta caminhada. Aos mestres
comprometimento das pessoas envolvidas no
e multiplicadores de conhecimentos, meus
processo. Por meio deste artigo, pode-se perceber
avaliadores de banca, professor José Aísio e
que o Mapa Estratégico baseado nas perspectivas
professora Maria Celeste. Aos meus amigos pela
do BSC é uma ferramenta que contribuiu para a
dedicação, carinho, paciência e principalmente
gestão do orçamento governamental. Destaca-se
pelo amor, pois sem ele, esse trabalho não
que por tratar-se de um modelo de gestão, a
poderia ser realizado.
utilização do mesmo na Administração pública que

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Anexo 1 - Estrutura Geral do Ministério da Justiça
Anexo 2 – Mapas Estratégicos: Secretaria Executiva do Ministério da Justiça
Anexo 3 – Mapas Estratégicos: Secretaria Nacional de Justiça
Anexo 4 – Mapas Estratégicos: SENAD
Anexo 5 – Mapas Estratégicos: Departamento Penitenciário Nacional

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