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PAULO MATEUS DE SOUZA

ANÁLISE SOBRE AS TECNOLOGIAS DISPONÍVEIS EM


REDES LPWAN

LONDRINA–PR
2018
PAULO MATEUS DE SOUZA

ANÁLISE SOBRE AS TECNOLOGIAS DISPONÍVEIS EM


REDES LPWAN

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao curso de Bacharelado em Ciência da Com-
putação da Universidade Estadual de Lon-
drina para obtenção do título de Bacharel em
Ciência da Computação.

Orientador: Prof. Dr. Elieser B. Manhas Jr.

LONDRINA–PR
2018
Paulo Mateus de Souza
Análise sobre as tecnologias Disponíveis em Redes LPWAN/ Paulo Mateus de
Souza. – Londrina–PR, 2018-
24 p. : il. (algumas color.) ; 30 cm.

Orientador: Prof. Dr. Elieser B. Manhas Jr.

– Universidade Estadual de Londrina, 2018.

1.LPWAN. 2. XX. I. Prof. Dr. Elieser B. Manhas Jr.. II. Universidade Esta-
dual de Londrina. III. Ciência da Computação. IV. Análise sobre as tecnologias
Disponíveis em Redes LPWAN
CDU 02:141:005.7
PAULO MATEUS DE SOUZA

ANÁLISE SOBRE AS TECNOLOGIAS DISPONÍVEIS EM


REDES LPWAN

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao curso de Bacharelado em Ciência da Com-
putação da Universidade Estadual de Lon-
drina para obtenção do título de Bacharel em
Ciência da Computação.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Elieser B. Manhas Jr.


Universidade Estadual de Londrina
Orientador

Prof. Dr. Segundo Membro da Banca


Universidade/Instituição do Segundo
Membro da Banca

Prof. Dr. Terceiro Membro da Banca


Universidade/Instituição do Terceiro
Membro da Banca

Londrina–PR, XX de dezembro de 2018


Este trabalho é dedicado aos meus filhos: Miguel (em memória) e Elise.
AGRADECIMENTOS

Os agradecimentos principais são direcionados à todos que contribuíram para o


desenvolvimento do trabalho. Ao professor orientador Elieser B. Manhas Jr. pela dedicação
e paciência. E todo Departamento de Computação da UEL, onde sempre foi encontrado
o apoio necessário.
Agradecimentos especiais são direcionados à minha família e amigos que me apoi-
aram e incentivaram durante todo tempo dedicado a graduação.
Por último, e mais importante, agradecimentos à Deus que me permitiu chegar até
aqui.
"A persistência é o menor caminho do êxito."
(Charles Chaplin)
SOUZA, P. M.. Análise sobre as tecnologias Disponíveis em Redes LPWAN. 24 p.
Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciência da Computação) – Universidade
Estadual de Londrina, Londrina–PR, 2018.

RESUMO

Este trabalho propõe um aprofundamento sobre as tecnologias LPWAN, apresentando


seus conceitos, aplicações e variações. Objetiva-se um estudo comparativo entre as tecno-
logias disponíveis apresentando resultados de testes e simulações quanto forem possíveis.

Palavras-chave: LPWAN
SOUZA, P. M.. LPWAN. 24 p. Final Project (Bachelor of Science in Computer Science) –
State University of Londrina, Londrina–PR, 2018.

ABSTRACT

Abstract

Keywords: LPWAN
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

2 LPWAN: REDES DE LONGO ALCANCE E BAIXA PO-


TÊNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.1 Histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.2 Estrutura e Funcionamento de uma LPWAN . . . . . . . . . . 14
2.3 Redes Licenciadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.3.1 LTE-M . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.3.2 EC-GSM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.3.3 NB-IoT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.4 Redes Não-Licenciadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.4.1 IEEE 802.11ah . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.4.2 Weightless . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.4.2.1 Weightless-W . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.4.2.2 Weightless-N . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.4.2.3 Weightless-P . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.4.3 Ingenu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.4.4 DASH7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.4.5 Sigfox . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.4.6 LoRa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

3 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

4 ANÁLISE COMPARATIVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

5 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
11

1 INTRODUÇÃO

LPWANs (Low Power Wide Area Network) são um tipo de rede sem fio com
foco em aplicações de baixo consumo de energia e que operem em uma área extensa .
São alternativas utilizadas para a comunicação entre usuários e objetos com capacidade
de sensoriamento, processamento e comunicação, a chamada Internet das Coisas (IoT -
Internet of Things). Geralmente a conectividade dos dispositivos na IoT são supridas por
outras tecnologias, como redes mesh ou GSM, impactando a eficiência no consumo de
energia e encarecendo os dispositivos necessários para gerenciamento da rede e dos dados
[1, 2].
A comunicação entre dispositivos IoT é, tipicamente, feita pelo meio sem fio e
se enquadra em duas categorias: as tecnologias que utilizam faixas não licenciadas do
espectro de frequências, como WiFi, e as que utilizam faixas licenciadas, ou seja, obtidas
por meio de concessões como as bandas da telefonia celular.
Este projeto visa o planejamento de uma pesquisa exploratória-descritiva sobre as
tecnologias LPWANs disponíveis tanto licenciadas quanto não licenciadas, a fim de realizar
uma análise comparativa em características como alcance, consumo de energia, custos,
taxas de dados, aplicações, entre outras. O intento é apresentar resultados quantitativos
sobre as tecnologias corroborando as análises que emerjam dos estudos bibliográficos.
O objetivo principal do trabalho é apresentar uma análise comparativa das tec-
nologias LPWANs disponíveis licenciadas e não licenciadas. Desta forma, contextualiza a
necessidade de LPWANs, apresenta as aplicações que utilizam ou podem utilizar LPWAN
e elenca as tecnologias disponíveis classificadas em licenciadas e não-licenciadas. O pro-
pósito de análise se desenvolve através de comparações baseadas em testes e simulações
realizadas ou documentadas em outros trabalhos.
12

2 LPWAN: REDES DE LONGO ALCANCE E BAIXA PO-


TÊNCIA

LPWAN é um termo geral para um conjunto de tecnologias que permitam comu-


nicações entre dispositivos em áreas amplas mas com menor custo e melhor consumo de
energia.[3]
LPWANs denotam um tipo de rede sem fio com foco em aplicações de baixo
consumo de energia e que operem em uma área extensa trazendo alternativas para a co-
municação entre usuários e objetos com capacidade de sensoriamento, processamento e
comunicação, a chamada Internet das Coisas (IoT - Internet of Things). Geralmente a co-
nectividade dos dispositivos na IoT são supridas por outras tecnologias, como redes mesh
ou GSM, impactando a eficiência no consumo de energia e encarecendo os dispositivos
necessários para gerenciamento da rede e dos dados [1, 2].
As LPWANs adequam-se às necessidades de aplicações de IoT porque estas preci-
sam transmitir pequenas quantidades de dados em longos intervalos de tempo. [4]. Esse
tipo de rede é caracterizada por: dispositivos de baixo custo, baixa taxa de dados, pouca
quantidade de dados trocados e vida útil longa das baterias dos dispositivos. [5]
As LPWANs representam uma nova tendência na evolução das tecnologias de
comunicação sem fio. Ao contrário da banda larga tradicional, esses sistemas não se con-
centram em alcançar altas taxas de dados por dispositivo. Em vez disso, as principais
métricas de desempenho definidas para esses sistemas são eficiência energética, escalabi-
lidade e cobertura. [6]
A maioria das redes deste tipo exploram bandas de frequência não licenciadas de
sub-GHz e são definidas por links de rádio de longo alcance e topologias em estrela, onde
os dispositivos finais são conectados diretamente a um nó único coletor, chamado gateway,
que fornece a conexão com protocolos IP. [7, 3]
As LPWANs são consideradas candidatas excepcionais para aplicativos de IoT,
uma vez que fornecem diferentes compensações em comparação com as tecnologias tradi-
cionais. [3]
Para o Ecossistema Industrial de IoT, a tecnologia LPWAN torna-se um dos prin-
cipais blocos de construção, sendo uma alternativa às redes celular 2G / 3G / 4G, onde
a comunicação de longo alcance em velocidade muito baixa acarreta na necessidade de
sensores alimentados por bateria espalhados pela fábrica. [8]
Ao suscitar um novo paradigma de comunicação, as LPWANs emanam a fim de
complementar as tecnologias wifi e celular que compreendem bem as necessidades de IoT
em curto alcance. [9]
13

2.1 Histórico

A comunicação sem fio entre máquinas e objetos já é denominada quarta revolução


industrial, com uma estimativa de mais de vinte bilhões de dispositivos conectados até
2020. [10]
Esses objetos, também chamados de ’coisas’, são acoplados com sensores e atua-
dores de modo que possam ser identificados e integrados em redes de comunicação. As
coisas associam informações tanto estaticamente quanto dinamicamente. É neste contexto
que emerge o desenvolvimento da IoT que permite integrar esses objetos com dispositivos
online que já estão em desenvolvimento ou até mesmo em uso. [11]
Do ponto de vista da taxa de transmissão, os serviços de comunicação da IoT
podem ser classificados de maneira generalizada em duas categorias [12]: serviços de alta
taxa de dados e serviços de baixa taxa de dados. De acordo com as estatísticas da ATECH
em 2017, os serviços com baixa taxa de dados representam mais de 67% do total de serviços
IoT, o que indica que as tecnologias de WAN com baixa taxa de dados são realmente
desejáveis [13].
Do ponto de vista da distância de transmissão, as tecnologias de comunicação IoT
podem ser categorizadas em tecnologias de comunicação de curta distância e tecnologias
de longo alcance[13].
As tecnologias que tradicionalmente prevalecem neste mercado IoT são as redes
sem fio de curto alcance como ZigBee, Bluetooth, Z-Wave, WLANs e as redes celular
como GSM e LTE.[3]
Mas diferentes aplicações requerem considerações específicas e os cenários que
exigem desempenho de longo alcance e baixa largura de banda não são contemplados por
essas tecnologias mais difundidas. [11]
Neste contexto surge uma nova gama de protocolos e tecnologias que visam com-
plementar a rede celular e sem fio de curto alcance a fim de suprir as necessidades diversas
que requerem as aplicações IoT. As chamadas de Redes de Grande Alcance e Baixa Potên-
cia (Low-Power Wide Area Networks - LPWANs) ofertam um conjunto único de recursos
para cobertura de grandes áreas com pouca energia e para comunicações com baixa taxa
de dados, propondo assim uma redução de custos operacionais em relação as tecnologias
em uso. [3]
Apesar do termo LPWAN ser recente, redes de longo alcance e baixa taxa de dados
já eram necessárias para operar sensores que monitoravam aplicações em locais de difícil
acesso ou perigosos como em áreas militares, industriais, vias de alto tráfego, florestas e
oceanos. Rede de Sensores Sem Fio (RSSF) são desenvolvidas há vários anos e já surgiam
propostas semelhantes ao que hoje denominamos LPWAN.
14

Os projetos de RSSF que são desenvolvidos há algumas décadas já traziam preo-


cupações com escalabilidade, custos de produção, topologia de rede e baixo consumo de
energia. Foram desenvolvidas pilhas de protocolos que pudessem satisfazer as caracterís-
ticas muito próximas do que hoje denominados LPWAN. Pode-se inclusive perceber a
utilização de frequências de rede semelhantes e até as mesmas faixas não licenciadas que
hoje operam redes LPWAN como as por volta de 900 MHz. [14]
Um exemplo é a rede ALARM-NET, do ínicio dos anos 2000, que realizava mo-
nitoramento residencial integrando sensores ambientais e fisiológicos em uma arquitetura
escalável e heterogênea. A rede incluía sensores de movimento, poeira, infravermelho,
temperatura, luz, além de pulsação e oxigenação do sangue que transmitiam informa-
ções através de um processador de consultas que passavam por módulos de segurança até
serem disponibilizados através de um aplicativo Java que também era responsável pelo
gerenciamento de energia, privacidade, consultas e conexões de clientes. [15]
Ao incorporar elementos de rede IP, a rede ALARM-NET já era passível de apli-
cação para IoT de longo alcance mesmo quando ainda não existiam as denominações e
escopos em se desenvolvem as tecnologias do tipo atualmente.
Apesar de até o começo de 2013 nem mesmo existir o termo LPWAN [11], entre
2009 e 2010 foram desenvolvidas as tecnologias Sigfox e LoRa. Ambas iniciaram na França,
mas a tecnologia LoRa foi comprada pela Semtech (EUA) e foi continuada por uma
organização criada especificamente para isso composta por mais de 200 empresas, a LoRa
Alliance. [16]

2.2 Estrutura e Funcionamento de uma LPWAN

[...]
// Apresentar o funcionamento geral de LPWAN, comparando com modelos de
camadas de rede e especificando quais tipos de protocolos se aplicam a este tipo de rede.
[...]
Do ponto de vista do licenciamento do espectro de frequências, as tecnologias
LPWAN podem ser classificadas em duas categorias, tecnologias que funcionam em es-
pectro não licenciado e tecnologias que funcionam no espectro licenciado. [13]

2.3 Redes Licenciadas

As empresas de internet móvel possuem grande interesse comercial em desenvolver


novos padrões para conectividade da LPWAN a fim de expandir seu mercado. Uma par-
ceria entre empresas na área de telecomunicações chamado 3GPP (3rd Generation Part-
nership Project) possui grupos de especificações técnicas sendo que um deles, o RAN -
15

Radio Access Network, está desenvolvendo padrões para as próximas etapas para LPWANs
em bandas licenciadas.[17]
As bandas licenciadas são caras para as operadoras, na ordem de centenas de mi-
lhares de euros por largura de banda quilohertz (kHz) por país. Além disso, os dispositivos
de IoT baseados em LTE deverão seguir abordagem 4G utilizando chip (cartão SIM como
dos celulares) o que encarece o custo do dispositivo. [17]
Ainda há o aspecto de que ao trazer parte da complexidade da arquitetura de
hardware e software do 4G-LTE, ao fornecer serviços de LPWAN como extensão do 4G-
LTE, as operadoras oferecem inerentemente mais complexidade, custo e potência do que
os dispositivos conectados a uma rede operada em bandas não licenciadas.[17]
A cobertura geográfica das redes 4G também são geralmente mais limitadas a
áreas urbanas densas, podendo excluir zonas rurais o que exclui suas possíveis aplicações
em agricultura inteligente ou controle ambiental. Entretanto, o crescimento do uso do es-
pectro não-licenciado aumentou os questionamentos sobre confiabilidade. Ou seja, não há
garantia de disponibilidade de serviço ou ciclos de serviço e regulamentos de comunicação.
[18]
Assim, um dos aspectos positivos das redes licenciadas é a melhor qualidade de
serviço (QoS) através de um sistema de segurança comprovado e uma garantia da latência
máxima. [17]

2.3.1 LTE-M

Long Term Evolution (LTE) se refere a um padrão de rede celular, também conhe-
cida como 4G (referente à 4a geração). O padrão LTE possui funcionamento semelhante
às redes Wi-Fi, mas com maior alcance e compatibilidade com a tecnologia GSM.
Para operar com características de uma LPWAN foram incluídas restrições na
versão LTE-M que reduzem custo e consumo de energia. A redução da taxa de pico,
simplificação do hardware e operação em banda estreita foram as mudanças realizadas
enquanto manteve-se o design original a fim de manter a estrutura de transmissão.[18]
O propósito é que os dispositivos IoT se conectem diretamente à rede LTE sem
um gateway. O canal LTE é composto pelo espectro de 230 kHz do Bloco de Recursos
Físicos (PRB). O LTE-M opera em uma portadora de 1,4 MHz e ocupa seis PRBs em
LTE. Para informações de controle, os dispositivos de IoT sempre ouvirão os seis PRBs e
ao enviarem dados serão alocados um número de PRBs. [19]
As versões 12 e 13 dos protocolos LTE definiram uma nova categoria de disposi-
tivos de baixa complexidade que operam com banda reduzida, bateria de longa duração,
potência de transmissão reduzida. Assim os protocolos do tipo LTE começam a poder ser
utilizados em redes de longo alcance para IoT. [20]
16

2.3.2 EC-GSM

Embora exista uma empolgação palpável sobre os próximos padrões de TI baseados


em LTE, 60% dos dispositivos existentes para aplicativos M2M ou IoT são baseados em
GPRS ou EGPRS (que são os serviços de dados para usuários GSM). Nesse contexto que
se desenvolve o padrão ExtendedCoverage GSM para IoT (EC-GSM-IoT). A extensão de
cobertura engloba até 15 km e visa complementar os dispositivos existentes baseados em
PAN/WLAN (Personal Area Network/Wireless Local Area Network) a fim de fornecer
suporte sem fio paras as aplicações de IoT. [21]
O EC-GSM-IoT é projetado como um aprimoramento do GSM e reutiliza o atual
design do GSM sempre que possível, apenas fazendo alterações necessárias para aumentar
os requisitos relacionados à LPWAN, ou seja, alta capacidade, longo alcance e baixa
energia. A reutilização do design GSM significa que as atualizações para redes GSM podem
ser fornecidas com uma atualização de software e o suporte para novos dispositivos podem
ser alcançados em implantações GSM já existentes. [22]

2.3.3 NB-IoT

Também desenvolvido pelo grupo 3GPP, o NB-IoT é uma padronização para


LPWANs que visa uma nova interface aérea projetada especificamente para aplicações
em massa de IoT de baixa potência explorando o espectro GSM. Iniciado em setembro
de 2015, o NB-IoT opera em largura de banda de 180 kHz. [23]
O LTE-M e o EC-GSM, também desenvolvidos pelo mesmo grupo, são progressos
de tecnologias já existentes e em uso em outras finalidades. Ou seja, carregam caracte-
rísticas intrínsecas de suas origens que acarretam em limitações em termos de largura
de banda e frequências que trazem dúvidas sobre suas aplicações em aplicações IoT em
quantidades massivas. O espectro escasso de LTE é um exemplo dessas limitações que
levaram o grupo a desenvolver em paralelo outra tecnologia do tipo LPWAN.[18]

2.4 Redes Não-Licenciadas

No caminho das LPWANs não-licenciadas, a escolha da frequência de banda é uma


questão importante. Uma opção atraente é em 2,4 GHz que traz regulações que são apli-
cáveis em sua maioria ao nível mundial para implantação e permite maior compatibilidade
com objetos pequenos por conta da antena e aparato físico necessário. [17]
A principal desvantagem desta faixa de frequência está na propagação que é menos
eficiente para penetrar no interior de edifícios. O modelo de Hata - que estima a perda
de sinal em função da faixa de frequência e da distância - mostra uma diferença típica de
15 dB na atenuação entre 868 MHz e 2,4 GHz a 1 km de distância. As frequências mais
altas são as que possuem perda mais alta ao transpor superfícies.
17

Na extremidade inferior do espectro, em torno dos 169 MHz, apesar de trazer me-
nos perdas necessitam antenas bem maiores e portanto mais caras. A escolha de frequência
então deve trabalhar no equilíbrio entre custo e praticidade para montar a rede e o nível
de perda de sinal já que uma das características essenciais de uma LPWAN é o alto al-
cance de sinal. A faixa em 433 MHz traz um bom equilíbrio entre as variáveis, mas já é
utilizada em diversas aplicações, por exemplo as automotivas, e é vista como "cheia".[17]
Na Europa, a escolha de faixa mais aceita e considerada melhor é entre 863 e 870
MHz [24] que possui potência limitada a 25 mW ou 14 dBm e um ciclo de trabalho de
0.1%.

2.4.1 IEEE 802.11ah

O padrão IEEE 802.15.4 se adequa para várias aplicações IoT, porém não satifaz
as necessidades de redes com grande número de dispositivos ou que necessitam cobrir
grandes áreas. Assim, surge um padrão mais recente que preenche as lacunas para estes
tipos de redes, o IEEE 802.11ah. [25]
IEEE 802.11 ah é um novo design que opera em bandas sub-gigahertz (900 MHz).
Este design destina-se a suportar baixo consumo de energia e maior alcance e operação
escalável. [26]
As camadas PHY e MAC do padrão IEEE 802.11ah foram desenvolvidas para
suportar as aplicações em rede de larga escala, cobrindo os aspectos que possam melhorar
o desempenho dessas redes. A camada PHY é baseada na camada PHY do padrão IEEE
802.11ac, com taxas e bandas sendo um décimo das projetadas para o padrão IEEE
802.11ac. [27]

2.4.2 Weightless

O Grupo de Interesses Especiais Weightless propôs três padrões abertos para


LPWANs. Cada padrão possui especificidades em características gerais, alcance e con-
sumo. Todos os três funcionam nas bandas sub-GHz e podem operar tanto no espectro
licenciado quanto não-licenciado. [3]

2.4.2.1 Weightless-W

O padrão original Weightless-W é um sistema em topologia estrela que opera no


espectro dos espaços brancos de TV e suporta vários esquemas de modulação, tamanhos
de pacotes e fatores de espalhamento podendo alcançar taxa de comunicação bidirecional
entre 1 kbps e 10 Mbps com baixa sobrecarga.
A comunicação entre a estação base e os dispositivos pode cobrir até 5 km a
depender das condições climáticas. Como o acesso compartilhado aos espaços brancos do
18

sinal de TV não está disponível em várias regiões, os outros dois padrões em banda ISM
foram definidos.

2.4.2.2 Weightless-N

O padrão Weightless-N traz semelhanças com a tecnologia da Sigfox ao utilizar


tecnologia de baixo custo. Suporta arquitetura de rede em estrela e a modulação UNB
em espectro sub-GHz alcançando vários quilômetros mesmo em centros urbanos.
Apresenta apenas comunicação unilateral com um rendimento de 100 bps.

2.4.2.3 Weightless-P

O padrão Weightless-P traz comunicação bidirecional e modula o sinal através


de dois esquemas já utilizados em diferentes produtos comerciais, o GMSK (Gaussian
Minimum Shift Keying) e o QPSK (Quadrature Phase Shift Keying), permitindo uso de
chipsets não proprietários.
Este padrão utiliza canais de banda estreita (NB) em 12,5 kHz tanto no ISM
quanto no espectro licenciado, com uma taxa adaptativa entre 200 bps e 100 kbps. Assim,
é uma versão Weigthless que reúne os atributos das outras versões que mais atendem às
necessidades do setor industrial fornecendo suporte para auto-retransmissões e codificação
de canais, entre outros.

2.4.3 Ingenu

A empresa Ingenu, também conhecida pelo antigo nome On-Ramp Wireless, desen-
volveu um modelo proprietário de esquema de acesso físico denominado Acesso Múltiplo
de fase Aleatória (RPMA - Random Phase Multiple Access). [28]
Apesar de pioneira na padronização da camada física sob o padrão IEEE 802.15.4k,
a rede da Ingenu utiliza banda em 2,4 GHz ainda que seu projeto de camada permita
operar em alcances maiores superando frequências de rádio. A RPMA possui laudos onde
atinge uma sensibilidade entre 142 dBm e 168 dBm nos receptores.

2.4.4 DASH7

O DASH7 é uma especificação de pilha completa no modelo OSI (Open System


Interconnection - modelo de rede em 7 camadas) desenvolvido pela DASH7 Alliance que
opera em banda ISM sub-GHz e utilza tecnologia BLAST (Bursty Light Asynchronous
Stealth Transit). Seu diferencial é permitir topologias tanto em estrela quanto em árvore
facilitando a gestão de grandes redes. Atingiu até 167 kbps nos poucos projetos pilotos
que foram desenvolvidos até o momento. [29]
19

2.4.5 Sigfox

Desenvolvida pela empresa de mesmo nome fundada em 2009 na França, é a pri-


meira tecnologia LPWAN e a mais avançada em implantação na Europa. A tecnologia tem
cobertura na maior parte da Espanha, França e Rússia, entre outros. Empregando uma
modulação proprietária de banda ultra estreita (UNB), a rede Sigfox apresenta eficiência
de largura de banda e níveis muito baixos de ruídos. Sendo assim, seus pontos fortes são
a alta sensibilidade do receptor e consumo de energia extremamente baixo. Porém esses
pontos são alcançados ao custo de possuir uma taxa máxima de 100 bps. [3]
A empresa afirma que cada estação base pode lidar com até um milhão de dispo-
sitivos conectados em uma área de cobertura de 30 a 50k m em campos rurais ou entre 3
e 10 km em centros urbanos. [3]

2.4.6 LoRa

A tecnologia LoRa foi proposta primeiramente pela Semtech, mas seu desenvolvi-
mento foi da LoRa Alliance que é uma organização sem fins lucrativos composta por mais
de 200 empresas que surgiu a partir de junho de 2016. [27]
É um sistema voltado para dispositivos a bateria que requerem longo tempo de
vida, logo necessitando de baixo consumo de energia. LoRa pode ser associado a duas
camadas: camada física (PHY), onde utiliza a técnica de modulação de rádio CSS (Chirp
Spread Spectrum) [30] e a camada MAC, onde possui um protocolo próprio denominado
LoRaWAN. Porém para seu modelo global ainda precisa de uma arquitetura de acesso de
rede específica.
O protocolo LoRaWAN é otimizado para sensores de baixo custo, com bateria e
inclui diferentes classes de nós para otimizar o tradeoff entre a latência da rede e a vida
útil da bateria.[27]
20

3 METODOLOGIA

A metodologia empregada para o desenvolvimento do trabalho abrange pesquisas


bibliográficas, simulação e análise de resultados. Pode-se dividir em algumas etapas:

∙ Pesquisa bibliográfica exploratória sobre LPWANs, considerando as características


de frequência, alcance e consumo de energia, escolhendo quais serão analisadas;

∙ Estudar e definir simuladores de redes sem fio: Nesta etapa serão definidos quais
simuladores podem ser utilizados para este trabalho em LPWANs;

∙ Caracterizar o ambiente de simulação: Para que seja possível realização das simula-
ções serão necessário a definições de alguns parâmetros do ambiente de simulação;

∙ Estudo e definição de métricas de avaliação para análise: Apresentar quais medidas


serão discutidas sobra cada rede analisada;

∙ Definir e descrever simulações: Apresentar sistemas utilizados em simulação, que da-


dos de entrada serão utilizados em termos de distâncias, quantidade de equipamentos
conectados em rede, número de medições realizadas e como serão apresentados estes
dados.

[...]
Definir as características que serão comparadas em cada rede e apresentar os si-
muladores e a forma que serão levantados e apresentados os dados comparativos (desde
método de pesquisa, possíveis teste até quais tabelas e gráficos serão montados com os
dados).
[...]
21

4 ANÁLISE COMPARATIVA

[...]
-Apresentação dos trabalhos e testes utilizados para levantamento de dados;
-Comparativo entre redes de mesmo tipo (Licenciada/Não Licenciada);
-Comparativo entre as categorias Licenciada e Não Licenciada;
-Levantamento de aplicações específicas onde cada rede se adapta melhor;
[...]
22

5 CONCLUSÃO

[...]
Apresentação das conclusões geradas pela análise: redes mais avançadas em termos
de desenvolvimento, melhores aplicações já em mercado e quais redes estão em processo
ainda. Abordar a necessidade de LPWANs e os avanços esperados para a área.
[...]
23

REFERÊNCIAS

[1] CENTENARO, M. et al. Long-range communications in unlicensed bands: The


rising stars in the iot and smart city scenarios. IEEE Wireless Communications,
IEEE, v. 23, n. 5, p. 60–67, 2016.

[2] SANCHEZ-IBORRA, R.; CANO, M.-D. State of the art in lp-wan solutions for
industrial iot services. Sensors, Multidisciplinary Digital Publishing Institute, v. 16,
n. 5, p. 708, 2016.

[3] OLIVEIRA, R. P. Sensor networks with multiple technologies: short and long range.
Dissertação (Mestrado) — Universidade de Aveiro, 2016.

[4] ALLIANCE, L. Lpwa technologies unlock new iot market potential. White Paper.
LoRa, 2015.

[5] IDOWU-BISMARK, O.; IDACHABA, F.; ATAYERO, A. A survey on traffic


evacuation techniques in internet of things network environment. Indian Journal of
Science and Technology, v. 10, n. 33, 2017.

[6] MIKHAYLOV, K.; PETAEJAEJAERVI, J.; HAENNINEN, T. Analysis of capacity


and scalability of the lora low power wide area network technology. In: VDE.
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