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CURSO DE
INTRODUÇÃO À TEOSOFIA
MÓDULO I
A SOCIEDADE
TEOSÓFICA
SOCIEDADE TEOSÓFICA NO BRASIL
LOJA VIDA UNA
CONTEÚDO
1 – A ORIGEM
3 – OS TRÊS OBJETIVOS
4 – A EXPANSÃO DA SOCIEDADE
5 – OS PRESIDENTES
1 – A Origem
Foi recomendado à Senhora Blavatsky que persuadisse o Coronel Henry Steel Olcott a
cooperar com ela na formação dessa Sociedade.
O Coronel Olcott era um homem altamente conceituado e muito conhecido na vida pública
da América, participante de lojas maçônicas e centros mediúnicos, e tanto ele como
Blavatsky tudo sacrificaram em prol da realização da tarefa que os Mestres lhes haviam
confiado.
Dizem as tradições que Blavatsky era uma mulher tão espiritualizada que, para não levitar,
precisava passar grande parte do tempo comendo e fumando charutos.
H.P.B. foi investida pelos Mestres com a responsabilidade de apresentar ao mundo a
Doutrina Secreta ou Teosofia: ela era a instrutora por excelência. Ao Coronel Olcott foi
delegada a incumbência de organizar a Sociedade, o que ele fez com notável eficiência.
Como era natural, esses dois pioneiros encontraram a oposição e a incompreensão de muita
gente, especialmente Helena. Mas ela estava preparada para o sacrifício. Como está escrito
no prefácio de "A Doutrina Secreta": "está acostumada às injúrias, em contato diário com as
calúnias e encara a maledicência com um sorriso de silencioso desdém".
Devido a essa hostilidade sempre crescente por parte dos livres pensadores do século XIX,
Blavatsky foi obrigada a sair dos Estados Unidos, levando consigo a idéia da Sociedade
Teosófica, primeiramente para a Europa, onde os ataques que receberam foram ainda mais
violentos. Diante disso, voltou à Índia, estabelecendo definitivamente a sede de sua
Sociedade em Adyar, perto de Madras.
SOCIEDADE TEOSÓFICA NO BRASIL
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A existência dos Mahâtmas foi contestada durante toda a vida de Blavatsky, e o é até hoje.
No entanto, ela sempre afirmou essa existência e a ajuda que Morya e Kûthûmi prestaram
na elaboração de suas obras principais - "A Doutrina Secreta" e "Ísis sem Véu" - e ter
escrito tão facilmente, que não era trabalho, mas um verdadeiro prazer.
Assim, no dia 8 de maio de 1891, depois de ter trabalhado até a noite anterior, escrevendo e
revendo seus originais, ela morreu tranqüilamente, no dizer de uma testemunha: "como
uma sentinela no seu posto". Manteve lucidez de espírito até os últimos momentos e sua
morte foi cheia de paz. Ela própria dissera que sua obra era o livro de texto oculto, ou
melhor, segundo nosso Mestre, a Bíblia do século XX ou do futuro, e que ficaria sem
modificações até a chegada do próximo emissário dos Mestres.
O maior sonho de Blavatsky não se realizou: a grande fraternidade humana e a
reconciliação de todas as religiões, seitas e nações, sob um só sistema de ética comum,
baseado em verdades eternas. No entanto, ela abriu as portas, há tanto tempo encerradas,
dos Mistérios; revelou, uma vez mais, a verdade sobre o Homem e a Natureza; deu
testemunho da presença na Terra, da Hierarquia Oculta que vela e guia o mundo. Ela é
reverenciada por muitos milhares de pessoas, por que foi e é um farol que ilumina o
caminho para as alturas a que todos devem ascender.
Seria natural nos perguntarmos qual seria o propósito deste poderoso e infinito Plano, qual
o porquê do universo. Mas os estudantes da Filosofia Esotérica compreendem que o
conhecimento a respeito destas questões últimas está além do alcance do intelecto humano.
Este Grande Mistério do universo está oculto nas profundezas da Consciência Divina e
somente aqueles que podem mergulhar profundamente naquele incomensurável oceano do
conhecimento podem conhecer diretamente algo deste Supremo Segredo.
3 – Os Três Objetivos
Desde sua fundação os três objetivos da Sociedade Teosófica permanecem os mesmos:
A Sociedade Teosófica não impõe nenhuma crença sobre seus membros, que se unem
espontaneamente pelo objetivo comum de buscar a Verdade e o desejo de aprender o
significado e propósito da existência, dedicando-se ao estudo, reflexão, pureza de vida e
serviço voluntário. Não há pré-requisitos nem limitações para qualquer um associar-se,
desde que o candidato declare se identificar com os três objetivos básicos, e a Sociedade
enfatiza a liberdade de pensamento, de pesquisa e de debate.
Liberdade de pensamento
Uma vez que a investigação da Verdade somente pode ser de fato empreendida numa
atmosfera de liberdade, a S.T. assegura aos seus membros o direito à plena liberdade de
pensamento e expressão, dentro dos limites da cortesia e de consideração para com os
demais.
4 – A Expansão da Sociedade
Em 1878 o cel. Olcott e Helena Blavatsky partiram para a Índia. Em 3 de abril de 1905 foi
estabelecida legalmente a sede internacional da S.T. no bairro de Adyar, na cidade de
Chennai.
Existindo há mais de cem anos, a S.T. hoje é uma instituição de alcance global, com
representantes em cerca de sessenta países em todos os continentes. Seu quartel-general
ainda é hoje aquele fundado por Blavatsky. Mas além de ser um memorial perene aos
Fundadores, se tornou um moderno centro de estudos filosóficos bem como de assistência
social. Dispõe de uma rica biblioteca, um centro de pesquisas, uma editora, uma agência de
notícias e divulgação, apóia ou mantém diversas escolas gratuitas, cursos e centros
vocacionais, escoteiros e artísticos, e é o coração das inúmeras Lojas abertas em todo o
mundo que, dentro do alcance de cada uma, se propõem a concretizar os objetivos da
Sociedade.
A S.T. hoje está organizada basicamente em Seções Nacionais, e estas, por sua vez,
compõem-se de Lojas e Grupos de Estudos. A maioria das Lojas e Grupos de Estudos da
S.T. realiza reuniões públicas com palestras, cursos, debates e outros eventos deste tipo,
bem como atividades de confraternização entre os seus membros e simpatizantes, sempre
em conformidade com seus três objetivos. Além disto, em geral, contam com bibliotecas
para facilitar estudos e pesquisas.
Além de ser uma escola de filosofia e um promotor de trabalho humanitário, a S.T. tem não
obstante um lado religioso, este tomado no seu sentido mais amplo, uma vez que busca
disseminar doutrinas sobre mundos transcendentes tomadas como verdadeiras por muitas
religiões do passado e do presente.
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5 – Os Presidentes
Olcott cresceu na fazenda do seu pai em Nova Jersey. Em 1860, ele casou-se com Mary
Epplee Morgam e tiveram três filhos. Olcott trabalhou como editor no jornal New York
Tribune, escrevendo artigos sobre diversos assuntos, entre os quais noticiava fatos sobre o
movimento espiritualista estadunidense. Ele serviu no exército durante a Guerra de
Secessão, onde obteve a sua patente de coronel. Ele também publicou uma genealogia da
sua família que traçava uma linha direta entre ele e Thomas Olcott, um dos fundadores da
Hartford, capital do estado americano de Connecticut, em 1636.
Em 8 de setembro 1875, Henry, Helena Blavatsky, William Quan Judge e outros fundaram
a Sociedade Teosófica. Em dezembro de 1878 eles mudaram a sede da Sociedade Teosófica
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para a Índia, e depois a estabeleceram em Adyar- Índia. Blavatsky posteriormente mudou-
se para Londres, onde faleceu, e Olcott permaneceu na Índia.
Olcott quando presidente da S.T. construiu várias escolas budistas em Sri Lanka, entre elas,
o Colégio Ananda , Colégio Nalanda, Colégio Dharmaraja e o Visakha Vidyalaya. Após a
morte de Olcott, a presidência da S.T. foi exercida por Annie Besant.
A Rua Olcott, e uma grande avenida em Colombo, e foi nomeada em homenagem a ele. A
estátua dele foi construída em Maradana. Ele ainda é recordado por muitos em Sri Lanka e
especialmente pelos estudantes destas escolas.
Annie Besant casou-se em Hasting, Sussex, com o reverendo Frank Besant, irmão mais
novo de Walter Besant. Seu casamento durou seis anos e eles se separaram em 1873. Foi
dado ao seu marido a custódia permanente de seus dois filhos, Mabel e Arthur. Ela lutou
pelas causas que acreditava serem justas, iniciando com a liberdade de pensamento, direitos
das mulheres, secularismo (ela era um membro líder da Sociedade Nacional Secular ao lado
de Charles Bradlaugh), controle de natalidade, socialismo Fabiano e direito dos
trabalhadores.
Sua mais notável vitória neste período foi a greve que ela liderou em 1888 para melhorar a
saúde e segurança das trabalhadoras de uma fábrica de fósforos. Durante aquele período a
indústria de fósforo era extremamente poderosa, uma vez que energia elétrica não estava ao
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alcance de todos, e fósforos eram essenciais para acender velas, lampiões de gás etc. A
greve de Annie Besant marcou história, pois foi a primeira vez que alguém desafiou com
sucesso os fabricantes de fósforos, também foi considerada uma marca de vitória dos
primeiros anos do movimento socialista na Inglaterra.
Em 1889, ela foi solicitada a escrever uma crítica sobre a Doutrina Secreta, escrito por
Blavatsky. Depois de ler, ela fechou uma entrevista com a autora, convertendo-se ao estudo
da Teosofia e tornando-se membro da Sociedade Teosófica.
Algum tempo após o falecimento de Blavatsky, Besant acusou William Quan Judge, líder
da seção Americana da Sociedade Teosófica, de falsificar cartas dos Mahatmas. Tal conflito
causou na época a separação de uma grande parte das lojas nos Estados Unidos da
Sociedade Teosófica. Annie Besant, em 1903, mudou-se para India e em 1908 foi eleita
presidente internacional da Sociedade Teosófica, posição esta que ocupou até falecer em
1933.
Em 1912, Annie Besant, Marie Russak e James Ingall Wedgwood fundaram a Ordem do
Templo da Rosa-Cruz. Em razão dos numerosos problemas originados na Inglaterra durante
a Primeira Guerra Mundial, as atividades tiveram que ser suspensas.
Na Índia
Na Índia, fundou a Liga Nacionalista Indiana. Ela dedicou-se não somente a Sociedade
Teosófica, mas também ao progresso e liberdade da India. Foi a primeira mulher eleita
Presidente do Congresso Nacional da India. Besant Nagar é um bairro (próximo a
Sociedade Teosófica) em Chennai nomeado em honra a ela.
Adotou como filho o jovem indiano Krishnamurti, que era tido pelos teósofos como um
grande mestre.
Dr. George Sidney Arundale nasceu em1 decembro de 1878 em Surrey, England e faleceu
em 12 de agosto de 1945 em Adyar, India. Foi teosofista, maçon, presidente da Sociedade
Teosófica de Adyar e bispo da Igreja Católica Liberal
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Depois da morte de sua mãe durante o parto, ele foi adotado por sua tia Francesca
Arundale. No início ele foi tutelado por Charles Webster Leadbeater. Mais tarde ele se
mudou com Francesca para a Alemanha, onde passou a freqüentar a escola, Retornando
para a Inglaterra ele recebeu o grau de mestre do Colégio St John em Cambridge.
Em 1902 ele se mudou para Varanasi onde se tornou professor de história no Colégio
Central Indiano. Mais tarde se tornaria o diretor do Colégio. Em 1917 ele organizou com
Annie Besant e Rabindranath Tagore a "Universidade Nacional da India" em Chennai.
Em junho de 1917 foi preso junto com Besant and Bahman Pestonji Wadia pelas
autoridades britânicas devido aos envolvimentos com o Movimento pela Independência da
Índia
Em 1920 casa-se com Rukmini Devi, a Irmã de Nilakanta Sri Ram. O casamento se tornou
um escândalo porque Rukmini Devi, uma brâmane, casara-se com um estrangeiro.
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Em 1926 ele se tornou bispo da Igreja Católica Liberal na India. Em 1934 tornou-se
presidente da Sociedade Teosófica e ainda em 1934 fundou a "Besant Memorial School".
Em 1936 Arundale e sua esposa fundaram aescola de dança Kalakshetra, dança clássica da
India. Ele também trabalho para a Federação Mundial dos Jovens Teosofistas.
Ele foi ainda um maçon desde 1902 na Le Droit Humain, também conhecida como Co-
maçonaria.
Jinarajadasa quer dizer "Servo do Rei Vitorioso". Ele era mais conhecido por seus amigos
por Raja.
com 11 anos ingressou na Escola Budista de Colombo, inaugurada por Leadbeater. Este,
prevendo seu brilhante futuro, o adotou como seu pupilo.
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Em 1889, quando Charles Webster Leadbeater foi solicitado por A.P. Sinnett para retornar
para a Inglaterra para ser o tutor de seu filho, Leadbeater concordou e trouxe com ele para a
Inglaterra Jinarajadasa, então com 13 anos.
Em 1900 - Quando contava 25 anos - recebeu o grau de Mestre em Artes (Letras), após ter
se dedicado em especial aos estudos de Sânscrito e Filologia.
Ingressou na Sociedade Teosófica, através da Loja de Londres, em 14 de março de 1893.
Em 1901 assistiu pela primeira vez à Convenção Teosófica em Adyar, apresentando
trabalho sobre "Aspectos Mundiais da Teosofia"; a partir daí tornou-se um grande
colaborador, a nível internacional, dos ideais teosóficos - já que, por sua natural tendência,
falava vários idiomas.
Por volta de 1904 ele foi a Chicago onde encontrou e influenciou Weller van Hook, famoso
cirurgião e autor, o qual então se tornou um teosofista. Jinarajadasa aprendeu ainda italiano,
francês, espanhol e português.
De 1904 a 1911, realizou conferências nos Estados Unidos e Canadá; regressando à Europa,
foi encarregado de ser o preceptor de Krishnamurti e Nityananda, jovens que estudavam em
Londres sob a custódia da Sra. Annie Besant.
Em 1916 ou 1917 ele se casou com a feminista Dorothy M. Graham. Ela fundou em Adyar,
juntamente com Besant, a "Women's Indian Association" (WIA).
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Dirigiu-se em 1928 para a América do Sul, Central e Antilhas, proferindo várias preleções.
Esteve também na França, em diversas ocasiões e, em 1938, na Espanha.
Visitou o Brasil 3 vezes; as conferências que realizou foram publicadas sob o título de
"Conferências Teosóficas". Falou no lnstituto de Educação (RJ) sobre "O Professor e a
Criança" - E no Pará sobre "As Crianças, Agentes de Deus". Ao discorrer acerca do "Porvir
do Brasil", destacou a grande missão que nosso país teria a desempenhar no futuro, com o
ressurgimento do "Homem Novo"; para isso, seria necessário cultivar-se a natureza artística
e o principio da intuição; tais reformas, propiciando o renascimento do homem, atenderiam
ao ideal dos "Estados Unidos do Mundo".
Em 1945 foi eleito Presidente Mundial da Sociedade Teosófica, posto no qual se manteve
até a sua passagem para os planos superiores a 18 de junho de 1953, nos Estados Unidos da
América do Norte.
Nilakanta Sri Ram or Nilakantha Sri Ram (N. Sri Ram) nasceu em 15 de dezembro de 1889
em Thanjavur, Tamil Nadu-India e faleceu em 8 de abril de 1973 em Adyar, Índia.
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Era maçon, membro da Le Droit Humain , e teosofista.
Sri Ram foi professor no Colégio Teosófico Besant em Madanapalle, no Colégio Nacional
em Bangalore e na Universidade Nacional da India em Chennai.
Sri Ram tornou-se presidente da ST em 1953 cargo que ocupou até sua morte em 1973
A filha de Sri Ram, Radha Burnier é hoje uma proeminente teosofista e atual presidente da
Sociedade teosófica.
John B. S. Coats or JBS Coats nasceu em 8 de julho de 1906 em Ayr, South Ayrshire, na
escócia e faleceu em 26 de dezembro de 1979.
John B. S. (1906-1979).
Sexto Presidente da Sociedade Teosófica
Radha Burnier é maçon e foi secretaria geral da Seção da India da ST entre 1960 e 1978.
Ela é filha de Nilakanta Sri Ram, o quinto presidente da ST. Foi educada em escolas
teosoficas e foi a primiera estudante na escola de danças clássicas da Índia conhecida como
escola de Rukmini Devi Arundale (Fundação Kalakshetra). Mais tarde ela foi para a
Universidade Hindu de Benares onde obteve com distinção seu bacharelado e um mestrado
em sânscrito.
Ela se juntou à ST em 1935 e foi presidente de Lojas de adultos e jovens por muitos anos.
Foi presidenteda Federação Teosófica Madras (1959-63) e bibliotecária e trabalhadora no
quartel general da ST (1945-51). Ela tem sido membra do Conselho Geral da ST desde
1960 e tem feito parte de seu Comitê Executivo, Comitê Financeiro e Conselho de
Publicações Teosóficas por muitos anos.
Ela tem feitos exposições extensivamente por todo o mundo de modo regular desde 1960.
Tem sido expositoras em muitas convenções, congressos e escolas de verão
Ela presidiu três congressos mundiais da Sociedade Teosófica: 1982 em Nairobi, Kenia;
1993 em Brasília, Brasil, e em 2001 em Sydney, Austrália.
Ela é autora de inúmeros artigos na revista The Theosophist, da qual ela tem sido a editora
desde 1980 e outras revistas teosóficas
Ela também fez várias traduções de trabalhos em sânscrito para publicação
Radha Burnier é ainda a chefe da Odem Teosófica de Serviço ( fundada por Annie Besant
em 1908, e membra formal da “Le Droit Humain" , organização da co-maçonaria
O símbolo da Sociedade Teosófica é uma perfeita equação algébrica com todos os termos
expressos encerrando uma infinidade de valores, representando a intenção da Teosofia de
redimir a humanidade da miséria, aflição e pecado, frutos da ignorância, causa de todo mal.
O Símbolo do AUM
Este sinal, a sílaba sagrada AUM, em sânscrito, é a representação gráfica e sonora (OM) do
mistério do PRÍNCIPIO UNO, manifestado em seus três aspectos - A Trindade. A letra "A"
representa o nome de Vishnu (O Preservador); "U", o nome de Shiva (O Destruidor), e M, o
de Brahmâ (O Criador); é o nome místico da Divindade, a palavra mais sagrada de todas na
Índia, a expressão laudatória ou glorificadora com que começam os Vedas e todos os livros
sagrados ou místicos.
Todas as grandes religiões falam da Trindade embora dando nomes diferentes. Assim, por
exemplo, no Cristianismo, são: PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO; na Teosofia: 1º, 2º e 3º
LOGOS.
A Cruz Ansata
A cruz ansata simboliza o Espírito mergulhado na Matéria e nela está crucificado, porém
que ressuscitou da morte permanecendo triunfante nos braços do vitimário já vencido e, por
isso, é considerada a "Cruz da Vida", o símbolo da Imortalidade.
A Cruz Suástica
A cruz suástica (cruz alada ou cruz de fogo) é o símbolo da energia vertiginosa que cria um
Universo. Ao contrário do que muitos acreditam, a suástica é usada há mais de três mil anos
pelos chineses, tibetanos, antigas nações germânicas; encontrada também entre os bompas e
budistas; usada como símbolo do budismo esotérico, figurando a frente de todos os
símbolos religiosos de todas as nações antigas, sendo o mais sagrado e místico símbolo da
Índia. Tem estreita relação e até identidade com a cruz cristã. Como diagrama místico de
bom augúrio "svástika", ou seja, signo de saúde, não mantém relação alguma com o
símbolo usado na Segunda Grande Guerra.
O Ouroboros
A serpente que morde a própria cauda é o milenar símbolo da Eternidade, o círculo sem
começo nem fim em que todos os universos crescem e declinam, nascem e morrem. Ao
redor do símbolo o lema do Maharâja de Benares: Satyât nâsti paro Dharma ("Não há
Religião superior à Verdade").
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O lema da Sociedade foi inspirado no do Marajá de Benares: Satyât nâsti paro Dharma,
traduzido como Não há Religião superior à Verdade, embora a palavra original Dharma
tenha uma riqueza de significados muito mais extensa do que o termo religião, incluindo
dever, direito, justiça e virtude.
Este trabalho não estaria completo se não abordássemos o que realmente significa se tornar
um membro da Sociedade Teosófica. A filiação acarreta muito mais do que aparenta na
superfície. Para descobrir seu real significado vamos rever um pouco da origem da
Sociedade. Seu início contou com pessoas que sentiam um profundo interesse pela
“humanidade órfã”, e que desejavam fazer tudo ao seu alcance para melhorar sua condição.
A causa teosófica não é, portanto, pequena ou profana, pois não pode haver trabalho mais
significativo ou sagrado do que trazer luz a um mundo perdido na ignorância.
Platão disse que um homem comete atos errados por ignorância e não por desejo deliberado
de fazer o mal. Os filósofos orientais concordam que é a ignorância com relação ao que é
certo ou errado, ao que é verdadeiramente benéfico para si mesmo e para outros, que faz as
pessoas agirem perniciosamente. O mal existe somente no homem, porque apenas ele age
com ignorância. Os animais não são cônscios do que é certo ou errado, e suas ações são
inocentes, não ignorantes. Mas a ignorância do homem é a causa do mal e do sofrimento.
A Sociedade Teosófica foi fundada por aqueles que sentiram um irresistível anseio de
libertar a humanidade de sua ignorância e do sofrimento que a ignorância inevitavelmente
traz. O tema da Sociedade teosófica “Não Há Religião Superior à Verdade” é
profundamente significativo, porque descobrir a verdade e libertar a mente de sua dor é a
mais elevada atividade religiosa em que se possa estar engajado.
H.P.Blavatsky disse que a Teosofia é religião, não uma religião, porque cada religião
vinculou a si dogmas e crenças, tradições e convenções sociais, autoridades e escrituras,
Mas religião per si não possui nenhuma dessas coisas. É um puro voltar-se para cima em
direção à luz da Verdade. A Sociedade Teosófica deve estar preocupada em criar o tipo de
consciência religiosa que pode liberar o mundo de sua dor. O membro que está cônscio
disso pensará, agirá e trabalhará de um modo diferente do que faria se considerasse a
Sociedade como meramente uma das muitas outras de natureza similar. Muitas idéias que
eram novas quando a Sociedade foi fundada são hoje muito comuns. Nos primeiros dias da
Sociedade, karma e reencarnação eram ensinamentos radicais para o Ocidente; agora, estas
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palavras aparecem sem itálico nos dicionários, porque se tornaram parte de nosso
vocabulário de todo dia. Uma outra idéia que era única à Sociedade naqueles dias era a
idéia de unidade da vida, mas agora muitas pessoas falam dela.
Esta Sociedade deve ser diferente de outras organizações devido a seu forte e claro senso de
caráter sagrado de seu trabalho, o qual é nada menos do que a libertação da mente humana.
Se os membros tiverem uma verdadeira compreensão disto, tudo o que fizeram em nome da
Teosofia e da Sociedade Teosófica terá força espiritual.
Algumas vezes surge a pergunta sobre o que é teosófico. Muitas coisas, de fato, podem ser
teosóficas; depende do estado de ser do qual surge uma ação particular. Podemos ser
professores, escritores ou donas de casa e, se há uma pureza interna e um real interesse para
com os outros, nossos pensamentos, sentimentos e ações - cada relacionamento nosso -
tornam-se teosóficos e não podemos deixar de influenciar o mundo para o bem. Num de
seus primeiros escritos, H.P. Blavatsky disse que pelo fato de a consciência humana ser
uma, tudo o que fizermos auxilia ou atrapalha os outros, enquanto que nós próprios também
somos afetados pela condição geral da humanidade. J. Krishnamurti freqüentemente diz
que a consciência humana é a consciência individual, e assim, o modo como vivemos e o
que fazemos deve afetar a consciência total. É como se uma gota de cor fosse posta na
água; ela se espalha imediatamente e a água muda na proporção da quantidade da cor.
Cada um que se associa à ST deve carregar em seu coração o sentido do grande propósito
para o qual a Sociedade foi fundada. Numa obra vedantina, é dada a analogia de uma
mulher apaixonada. Ela pode estar cozinhando, lavando ou fazendo muitas outras coisas e,
se ela está profundamente apaixonada, a presença do amado estará com ela todo o tempo. O
que quer que ela possa estar fazendo, a presença está lá como uma luz interna. Enquanto
sua mente exterior está atendendo a vários deveres, em seu interior há um procedimento de
alegria e do amor com o qual suas ações externas não interferem; os dois, de fato, vão
juntos. Tudo o que ela faz é iluminado pelo calor de seu sentimento interior. Ela faz com
que até mesmo o mundo pareça diferente para ela.
Nos dias antigos, muitos artesãos produziram grandes obras de arte sem pôr seus nomes
nelas; a beleza importava, não o eu insignificante. Que maravilhosa atitude foi aquela!
Devemos trabalhar para a Sociedade Teosófica neste espírito. A casa é o que importa, não a
pessoa. Mesmo os teósofos brigam algumas vezes! Mas as fricções serão menores se
lembrarmos as coisas maiores, e as diferenças insignificantes que surgem pela vaidade
desaparecerão. Quanto mais enchemos nossas mentes com coisas de importância universal,
menos tempo, energia e atenção teremos para as pequenas coisas que provocam diferenças
e disputas. O senso de fraternidade pode crescer através deste espírito porque o que
compartilhamos juntos é mais fundamental do que as coisas menores que nos separam.
Desta forma, abandonando nossas preferências e preconceitos pessoais, nossas simpatias e
antipatias, trabalhamos num espírito de anonimato e cooperação.
Tem sido dito que cada um de nós é individualmente responsável por toda a humanidade.
Isto não necessita ser o terrível fardo que pode parecer ser. Quando a responsabilidade está
unida à afeição, quando amamos nosso trabalho, ele não é um fardo. Muitos de vocês
conhecem a história da menininha carregando seu irmão. “Ele não é muito pesado para
você?” perguntaram a ela. “Oh, não” ela respondeu, “ele é meu irmão”. Um irmão não pode
ser um fardo. Se nossa consciência despertou para um senso de responsabilidade por toda a
humanidade, não há um fardo pesado, mas um trabalho empreendido de boa vontade.
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Responsabilidade significa pensar seriamente sobre como começamos nosso trabalho, pois
a tarefa diante de nós não é uma tarefa fácil. Às vezes ficamos discutindo como podemos
levar a Teosofia a outros, que métodos devemos adotar, de que tipo de publicidade devemos
nos ocupar e assim por diante, mas tudo isso, relativamente, não é importante. O essencial é
que nós mesmos estejamos sempre investigando e aprendendo. Um professor é bem
sucedido quando ele próprio está constantemente aprendendo e mantém vivo o espírito de
investigação. Ele não pode deixar de comunicar simplesmente este espírito de investigação
aos seus alunos, e isso é muito mais importante do que pôr informação pronta em suas
cabeças. Se o aluno é inteligente e tem ânsia de aprender, descobrirá por si mesmo;
ninguém precisará ensiná-lo. O professor bem sucedido, então, é alguém que está
aprendendo; aquele que pensa que sabe e continua repetindo automaticamente o que
aprendeu é um chato!
Mais de uma vez madame Blavatsky falou sobre a importância de libertar a mente do que
ela herdou através da educação, hereditariedade e meio-ambiente, e de sondar a verdade
livremente e sem preconceito. O Senhor Buda ensinou que não se devia acreditar em algo
porque Ele tinha dito, ou porque as tradições ou as escrituras o diziam. Cada um deve
investigar e descobrir por si mesmo a verdade da questão. O teósofo deve estar envolvido
em livre e destemida investigação e, em virtude da agudeza de sua mente, seu interesse pela
humanidade, sua universalidade e inegoísmo, ele se qualificará para auxiliar outros.
A filiação à Sociedade Teosófica significa tanto que não se pode lidar com toda ela num
breve espaço; mas há uma coisa que se segue ao que foi dito, e é que devemos aprender a
ser autoconfiantes. A maioria das religiões do mundo tem escravizado as mentes dos
homens; elas têm as pessoas dependentes de um dito deus, de sacerdotes, de gurus, de
escrituras. Os teósofos devem saber que há somente uma luz para iluminar o caminho e esta
é a luz de sua própria consciência ou inteligência. Se a consciência não está numa condição
de ver, as maiores verdades podem apresentar-se ante os olhos, mas não serão percebidas.
Cada pessoa pode ver somente o que é capaz de ver. A consciência que está desperta vê
muito; a consciência insensível vê muito pouco.
Somente a própria consciência, então, pode ser uma luz - nada mais. Deve-se ver e saber
por si mesmo. Nenhum guru, escritor, igreja ou deus pode fazer ver se o olho interior é
cego. Os membros da Sociedade Teosófica devem estar envolvidos em clarear e purificar
sua visão, e devem examinar a causa de sua cegueira, preconceito, paixão e dependência. O
eu em suas inumeráveis formas é um véu sobre a visão, e dessa forma o trabalho deve
evocar de dentro a capacidade de ver e de compreender. Todos devem aprender a
permanecer sobre seus próprios pés.
Não se deve rejeitar a ajuda de alguém que é mais sábio ou mais experiente, e existem
muitas coisas que são de grande auxílio. Talvez as pessoas todas também possam auxiliar se
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apenas nos mostrarem o que não fazer! Luz no Caminho diz: “Nenhum homem é teu
inimigo; nenhum homem é teu amigo. Todos são, da mesma forma, teus instrutores”.
Porque há um significado oculto em tudo que existe, a folha que cai de uma árvore, o vento
soprando através dos ramos, a luz das estrelas - todas as coisas trazem uma mensagem à
mente que está aberta e ao coração que é sensível. Em toda parte há algo que pode ser
aprendido por aquele que deseja aprender, que compreende que a fonte de toda luz está nele
mesmo.
Assim, aprender a tornar-se autoconfiante (o que não é a mesma coisa que ser auto-
opiniático, obstinado e dominador) é muito importante para os membros da Sociedade. Ela
é realmente uma maravilhosa Sociedade porque ela dá muita liberdade - liberdade para
crescer e ser. Devemos fazer uso dessa liberdade, e aprender a usá-la da maneira correta.
Nossos erros não importam, mas sim a sinceridade, o compromisso. Damodar Mavalankar,
um dos primeiros membros da Sociedade, uma vez usou a analogia de uma criança que está
aprendendo a caminhar. Ele descreve como ela cai muitas vezes, como ela se machuca e
chora, mas a cada vez ela se levanta. Às vezes a mãe lhe oferece a mão, mas a criança a
recusa; ela prefere cambalear o melhor que possa, porque dentro dela está o impulso para
depender apenas de si mesma. Como crianças espirituais devemos ser assim. Levantemo-
nos e finalmente alcançaremos o estágio em que poderemos permanecer de pé e regozijar-
nos em nossa liberdade de caminharmos sem auxílio.
1878 - Coronel Henry Steel Olcott e H.P. Blavatsky voltam para a India.
1879 - Olcott e H.P. Blavatsky chegam à India. Olcott e H.P. Blavatsky iniciam a
publicação da revista "The Theosophist" em outubro, o que causa um rápido
crescimento do trabalho teosófico na India
SOCIEDADE TEOSÓFICA NO BRASIL
LOJA VIDA UNA
1887 - W. Q. Judge escreve carta para H.P. Blavatsky pedindo que ela crie um
grupo com propósito de instruções esotéricas.
1891 - H.P. Blavatsky morre. Annie Besant e W.Q. Judge se tornam ambos lideres
da Seção Esotérica.
1902 - Annie Besant convida Rudolf Steiner para formar a Seção Alemã da
Sociedade Teosófica
1917 - Annie Besant exige leis próprias para a India e fica na prisão de Junho a
Setembro
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