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CENTRO UNIVERSITÁRIO IBMR-LAUREATE

INTERNATIONAL UNIVERSITIES
CURSO DE NUTRIÇÃO

BENEFÍCIOS DO ÔMEGA 3 EM DOENÇAS


CARDIOVASCULARES

GABRIELA TOSTES REIS GUIMARÃES

RIO DE JANEIRO
2015
CENTRO UNIVERSITÁRIO IBMR-LAUREATE
INTERNATIONAL UNIVERSITIES
CURSO DE NUTRIÇÃO

BENEFÍCIOS DO ÔMEGA 3EM DOENÇAS


CARDIOVASCULARES

GABRIELA TOSTES REIS GUIMARÃES

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentada ao Curso de Nutrição
do Centro Universitário
IBMR/LaureateInternationalUnivers
ities, como parte dos requisitos
para obtenção do Título de
Bacharel em Nutrição

Orientador(a): Prof(a) Omara Machado Araujo de Oliveira

RIO DE JANEIRO
2015
GABRIELA TOSTES REIS GUIMARÃES

BENEFICIOS DO ÔMEGA 3EM DOENÇAS


CARDIOVASCULARES

Banca examinadora composta para defesa de Trabalho de


Conclusão de Curso para obtenção do grau de Bacharel em
Nutrição

Aprovada em: ______ de _____________________ de _______

Presidente e
________________________________________________
Orientador:
1º Membro
________________________________________________
Avaliador:
2º Membro
________________________________________________
Avaliador:

RIO DE JANEIRO

2015
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pois sem ele seria impossível minha trajetória
até aqui, por toda força e proteção que me deu ao longo da caminhada.
Aos meus pais e familiares, por todo o apoio e incentivo que me deram, fazendo
com que minha vontade de querer vencer aumentasse ainda mais.

As minhas queridas amigas que tive a grande sorte de conhecer como: Edith,
Isabela, Lívia, Alline, Paula Farias, Priscila e Paula Creder, sem elas as aulas,
as palestras e os dias não teriam a mínima graça, fizeram com que meus anos
de faculdade ficassem mais leves e divertidos apesar das dificuldades que
enfrentamos toda minha gratidão a vocês.

A todos os professores que contribuíram para minha formação, que tanto se


dedicam a sua profissão com tanto carinho, amor e paciência, em especial as
queridas: Patrícia Simões, Adriana Ribeiro e Tereza Miglioli

À minha orientadora Prof(a) Omara Oliveira, por todo auxilio, atenção e


dedicação.
GUIMARÃES, Gabriela TR. Benefícios do ômega 3 em doenças
cardiovasculares. Rio de Janeiro, 2014, 36p. Monografia de Graduação em
Nutrição, Centro Universitário IBMR/LaureateInternationalUniversities.

RESUMO

O presente estudo é uma revisão de literatura com o objetivo de explicar os reais


efeitos e benefícios do ômega 3 relacionados as doenças cardiovasculares . Foi
elaborado através de referências encontradas nos bancos de dados online
SCIELO, Periódicos Capes,Pubmed e revistas e livros especializados no
assunto, considerando o período de 2000-2014. Foi possível observar e
entender o ômega 3 suas fontes,benefícios e relação com as doenças
cardiovasculares, certificando de que seu consumo regular pode trazer inúmeros
benefícios à saúde, assim proporcionando uma melhor qualidade de vida ao
indivíduo.

Palavras-chave: doenças cardiovasculares, alimentos funcionais, prevenção.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 10
2 OBJETIVOS .................................................................................................. 12
2.1 Objetivo geral .......................................................................................... 12
2.2 Objetivos Específicos .............................................................................. 12
3 MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................. 13
4 REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................... 14
4.1 Doenças cardiovasculares ...................................................................... 14
4.1.1 Etiologia ............................................................................................ 14
4.1.2 Classificação ..................................................................................... 15
4.1.3 Tratamento ....................................................................................... 17
4.2 Ômega 3 ................................................................................................. 19
4.2.1 Efeitos do ômega 3 ........................................................................... 21
4.2.2 Fontes alimentares de ômega 3 ....................................................... 23
4.2.3 Benefícios do ômega 3 ..................................................................... 25
4.3 Relação entre o consumo de ômega 3 e tratamento de doenças
cardiovasculares ........................................................................................... 28
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 30
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .............................................................. 31
LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: TAXAS DE MORTALIDADE POR DCV E SUAS DIFERENTES CAUSAS NO BRASIL,


EM 2007. ..................................................................................................... 17
FIGURA 2: PREVALÊNCIA DE DOENÇAS INVESTIGADAS – 2003, 2008 E ESTIMATIVAS
PARA 2040. ................................................................................................. 18
FIGURA 3: ÓRGÃOS E FUNÇÕES MODULADAS POR ÔMEGA- 3PUFAS EM ADULTOS MAIS
VELHOS. ...................................................................................................... 28
LISTAS DE QUADROS

QUADRO 1: RECOMENDAÇÕES DIÁRIAS DE LIPÍDEOS, CONFORME A IDADE, DE ACORDO


COM A LITERATURA INTERNACIONAL E AS DRIS. .............................................. 21
QUADRO 2: RECOMENDAÇÕES PARA CONSUMO DE PRODUTOS RICOS EM ÁCIDO GRAXO
ÔMEGA-3. .................................................................................................... 23
QUADRO 3: ESTUDOS SOBRE OS BENEFÍCIOS DO ÔMEGA 3 EM DOENÇAS CRÔNICO
DEGENERATIVAS. .......................................................................................... 26
LISTA DE TABELAS

TABELA 1: CONCENTRAÇÃO DE ÁCIDO LINOLÉICO, ALFA-LINOLÊNICO, ARAQUIDÔNICO,


EICOSAPENTAENÓICO E DECOSAHEXAENÓICO EM ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL.
................................................................................................................... 24
TABELA 2: CONCENTRAÇÃO DOS ÁCIDOS LINOLÉICO, ALFA-LINOLÊNICO E RAZÃO N-6/N-
3, EM ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL. .......................................................... 25
TABELA 3: PRINCIPAIS ESTUDOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS QUE AVALIARAM O EFEITO
DE PEIXE/ÔMEGA-3 MARINHO SOBRE OS DESFECHOS CARDIOVASCULARES. ....... 30
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AVC- Acidente Vascular Cerebral

AVE- Acidente Vascular Encefálico

AA –Ácido Araquidônico

AL – Ácido Linoléico

ALA - Alfa-Linolênico

AHA - American Heart Association

DHA -Decosahexaenóico

DCV - Doença Cardiovascular Cerebral

EPA – Eicosapentaenóico

HAS – Hipertensão Arterial Sistêmica


10

1 INTRODUÇÃO

Ao longo dos anos com o aumento da prevalência de obesidade e


doenças associadas, se faz necessário combinar orientações relacionadas à
alimentação visando à prevenção de doenças crônicas não transmissíveis.
Como exemplo o infarto do miocárdio, hipertensão, diabetes e cânceres, que
estão relacionadas entre si. Assim como a hipertensão arterial associa-se ao
diabetes tipo II, que por sua vez associa-se à redução do HDL colesterol e ao
aumento de triglicerídeos. Além de essas doenças estarem interligadas, os
fatores de risco para as doenças crônicas não transmissíveis ocorrem de forma
conjunta e interdependente (SICHIERI et al., 2000).

A localização abdominal de gordura que se mostra associada a


distúrbios metabólicos e riscos cardiovasculares, como dislipidemias,
hipertensão arterial e diabetes mellitus,sendo que os dois últimos quando
associados aumentam o risco de doenças cardiovasculares, que representam
a primeira causa de óbito no país e são responsáveis por elevadas taxas de
internação hospitalar e incapacitação física (MARIATH et al., 2007).

Na literatura já é estabelecida que a quantidade e o tipo de gordura


alimentar exercem influência direta sobre os fatores de risco cardiovascular.
Estudos demonstram o papel das dislipidemias como fatores de risco
independente para aterosclerose e consequente doença isquêmica do
coração(DIC). No caso do acidente vascular encefálico (AVE),o mais importante
fator de risco independente é a hipertensão arterial sistêmica (HAS), mas há
também outros fatores os chamados predisponentes,como história familiar,
obesidade, sedentarismo, etnia e fatores psicossociais (SICHIERI et al., 2000).

Nas últimas décadas a capacidade de alguns componentes


alimentaresem reduzir os níveis de doenças cardiovasculares (DCVs) tem sido
investigada. Entre esses componentes estão os ácidos graxos ômega-3 (ω-3).
Desde a década de 70 pesquisas têm comprovadoo papel dos ácidos graxos
ômega-3 na prevenção das DCVs (DENARDI, 2007).

O ômega-3, se consumido regularmente, associado a hábitos de vida


saudáveis e uma alimentação balanceada pode ser importante auxiliar
namanutenção da boa saúde. É necessário ter em mente que o ômega-3 por si
11

só não terá sucesso, por isso é desejável o acompanhamento do profissional


para que essa abordagem resulte em sucesso (BRAGA; BARLETA, 2007).

Esse estudo tem por finalidade demonstrar os benefícios do Omega-3 para


indivíduos portadores de doença cardiovascular, através de revisão da
literatura.
12

2 - OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Abordar os efeitos do ômega 3 na prevenção e tratamento de doenças


cardiovasculares.

2.2 Objetivos Específicos

 Apresentar as doenças cardiovasculares, sua classificação, etiologia e


tratamento;
 Explicar o que é ômega 3,seus efeitos, fontes alimentares e benefícios;
 Relacionar o consumo de ômega-3 e a prevenção de doenças
cardiovasculares.
13

3 - MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo foi elaborado através de revisão bibliográfica, a partir


do levantamento de artigos científicos publicados no período entre 2000-2015,
em bases de dados online como Biblioteca Virtual em Saúde, Scielo,PubMed e
também em livros.

Foram incluídos no estudo os artigos científicos publicados nos últimos


15 anos.

As palavras-chave utilizadas na busca dos artigos foram: Omega3,


doenças cardiovasculares, alimentos funcionais, prevenção, obesity.
14

4 - REVISÃO DE LITERATURA

4.1 Doenças cardiovasculares

4.1.1 Etiologia

Segundo Cuppari (2005), o coração humano é do tamanho de um punho


e é o músculo mais forte do corpo humano. Ele começa a bater ainda noútero,
muito antes do nascimento. Ele bate aproximadamente 70 vezes por minuto,
embora essa taxa possa dobrar durante períodos de exercício ou emoção
extrema. Este sistema tão marcante é vulnerável a falhas e surtos relacionados
a vários fatores, muitos dos quais podem ser evitados e tratados.

As doenças cardiovasculares constituem, sem dúvida, a maior de todas


as endemias do século XX nos países ocidentais desenvolvidos, sendo
considerada epidemia progressiva o aumento da incidência do infarto agudo do
miocárdio nesses países. Esse fato vem acontecendo também atualmente nos
países emergentes, para as quais apontam as doenças cardiovasculares,
incluindo as cerebrovasculares, ocupando o primeiro lugar ou o segundo lugar
como causa de morte (CUPPARI, 2005).

As doenças cardiovasculares geram o maior custo referente a


internações hospitalares no sistema de saúde nacional. Em 2007, 12,7% das
hospitalizações não relacionadas a gestações e 27,4% das internações de
indivíduos de 60 anos ou mais foram causadas por doenças cardiovasculares.
É importante notar a carga da insuficiência cardíaca congestiva: em pessoas
com mais de 60 anos é a causa mais comum de internação hospitalar; em
pessoas acima de 80 anos, causa 27% das internações em mulheres e 33%
em homens (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA,
2009).

Segundo a organização mundial da saúde (OMS), as doenças


cardiovasculares são as principais causas de morte no mundo e a cada ano
morrem mais pessoas por elas do que por qualquer outra causa, se calcula que
em 2008 morreram cerca de 17,3 milhões de pessoas, o que representa cerca
15

de 30% de todas as mortes registradas no mundo, sendo 7,3 milhões por


cardiopatia coronariana e 6,2 milhões por AVC. Calcula-se que em 2030
morreram cerca de 23,3 milhões, sendo o AVC a principal causa de morte, o
mesmo pode ser prevenido atuando sobre os fatores de risco que são: fumo,
obesidade, inatividade física, hipertensão arterial, diabetes e aumento do
colesterol (SANTOS et al., 2013).

Em 2005, as doenças cardiovasculares DCVs foram responsáveis por


28,2% dos óbitos, principal causa de morte no país. As doenças
cerebrovasculares e as doenças isquêmicas do coração se destacaram como
as mais frequentes causas de mortalidade por DCV, com 31,7% e 29,9%,
respectivamente (BRASIL, 2008a).

As mudanças que ocorreram ao longo do tempo na composição


nutricional associada à disponibilidade domiciliar de alimentos evidenciam uma
diminuição do consumo de carboidratos em detrimento do aumento do teor em
gorduras e proteínas. Quanto maior o rendimento das famílias, maior o
consumo de gorduras e menor o de carboidratos (INSTITUTO BRASILEIRO DE
GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2009).

A contribuição mínima de 55% de carboidratos para as calorias totais não


se cumpre para a classe de renda mensal superior a 15 salários mínimos.Em
relação às gorduras, o limite máximo de 30% das calorias totais é ultrapassado
a partir da classe de renda mensal de mais de seis salários mínimos. O
consumo mínimo recomendado de frutas, legumes e verduras são de 9% a 12%
da energia diária consumida, esse padrão dietético se associa ao aumento do
excesso de peso e obesidade da população brasileira (INSTITUTO
BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2009).

4.1.2 Classificação

Dentre as doenças crônicas não transmissíveis estão as doenças do


aparelho cardiovascular; entre as quais se destacam: o infarto agudo do
miocárdio(IAM), o acidente vascular cerebral (AVC), a insuficiência cardíaca
congestiva (ICC),reumatismo, doença cardíaca congestiva, aneurisma da aorta
16

e dissecação, doença arterial periférica, trombose venal profunda e embolia


pulmonar (CERVATO et al.,1997).

Nos últimos anos originou-se uma busca incessante pelos fatores de


risco (FR) relacionados ao desenvolvimento das DCVs. Visto que a genética e
a idade tenham grande importância nesta evolução, grande parte dos outros FR
pode serinfluenciada também por modificações no estilo de vida, com base em
umaalimentação saudável, de forma a reduzir os eventos cardiovasculares e
aumentar asobrevida em pacientes portadores ou em risco de DCVs (RIQUE et
al., 2002).

Além do impacto na mortalidade, as DCVs têm importância na morbidade


e utilização dos serviços de saúde, representando 10,1% da morbidade
hospitalar em2007. A insuficiência cardíaca (25,4%), as doenças isquêmicas do
coração (18,4%), as doenças cerebrovasculares (16,8%) e as doenças
hipertensivas (13,6%) se destacaram como as principais causas de morbidade
hospitalar por DCV no mesmo ano (BRASIL, 2008b).

A HAS tem alta prevalência e baixas taxas de controle é considerada um


dos principais fatores de risco (FR) modificáveis e um dos mais importantes
problemas de saúde pública. A mortalidade por doença cardiovascular (DCV)
aumenta progressivamente com a elevação da PA. Em 2001, 7,6 milhões de
mortes no mundo foram consequentes da elevação de PA, sendo a maior parte
em países com baixo e médio desenvolvimento econômico entre indivíduos
entre 45 e 69 anos. No Brasil, as DCV é a principal causa de morte. Em 2007,
ocorreram 308.466 óbitos por doenças do aparelho circulatório (Figura 1)
(MALTA, et al., 2008).
17

Figura 1:Taxas de mortalidade por DCV e suas diferentes causas no Brasil, em 2007.

Fonte: MALTA et al., 2008.

4.1.3 Tratamento

A nutrição possui inúmeros benefícios à saúde do doente cardiovascular,


evidências convincentes indicam que três estratégias são eficazes na
prevenção e no tratamento das DCVs, são elas: aumentar o consumo de ácidos
graxos ômega-3, proveniente do óleo de peixe ou fonte vegetal; consumir dieta
rica em frutas e verduras, nozes e grãos integrais, e com poucos grãos
refinados; substituir gorduras saturadas por gorduras insaturadas, evitar
excesso de alimentos salgados ou açucarados; fazer pelo menos 30 minutos
de atividade física todos os dias; não fumar e manter um peso saudável
(ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE, 2003).

O ácido eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA) (ômega-3


ácidos graxos poliinsaturados n-3 [-PUFAs]) estão presentes principalmente no
óleo de peixe marinho. Desde que a baixa taxa de mortalidade cardiovascular
em esquimós da Groenlândia, conhecida por seu alto consumo de peixe, veio
à tona há 28 anos, um de vários estudos investigaram o possível papel de n-3
PUFAsno tratamento e prevenção de doenças cardiovasculares (DCV).
Evidências de estudos observacionais e ensaios clínicos randomizados (ECR)
sobre o papel do óleo de peixe na prevenção primária e secundária de doenças
cardiovasculares têm sido promissor (DINICOLANTONIO, 2014).
18

As dificuldades em alterar os hábitos de vida são manifestadas também


no que se refere à alimentação. Apesar de serem conhecidas as implicações
para a saúde do consumo exagerado de lipídios e proteínas animais, ou
algumas dietas desequilibradas e deficitárias em nutrientes, alterar os hábitos
alimentares é tarefa difícil de conseguir. A nutrição está diretamente associada
à saúde e à doença. Algumas das mais complexas doenças do nosso tempo
são em grande parte atribuíveis a hábitos alimentares não saudáveis adquiridos
na infância e na adolescência e mantidos durante a vida adulta (VIANA, 2002).

O gráfico abaixo demonstra a prevalência de algumas doenças e sua


estimativa para 2040, assim pode-se concluir que a hipertensão desde 2003 até
2040 é a que mais atinge a população brasileira.

Figura 2: Prevalência de Doenças Investigadas – 2003, 2008 e estimativas para 2040.

Fonte: PNAD 2003 e 2008; Estimativas do IESS – 2040.

No entanto, nem todos os estudos mostraram resultados consistentes.


Muitos estudos e metanálises relatam resultados contraditórios que mostram
efeitos positivos e negativos de n-3 PUFAs para a prevenção de eventos
cardiovasculares e mortes por elas. Apesar dos dados conflitantes, as diretrizes
atuais recomendam 2 porções de peixe gordo por semana para a população
em geral e 1 g / d de n-3 PUFAs para pacientes com doença arterial coronariana
(DAC) (DINICOLANTONIO, 2014).
19

4.2 Ômega 3

Os ácidos graxos foram vistos, até o início do século XX, exclusivamente


como uma forma eficiente de armazenar energia, podendo ser sintetizados pelo
organismo a partir de proteínas e carboidratos. Desde então, evidências
apontaram que dieta pobre em ácidos graxos é associada a síndromes que
podem levar à morte. Criou-se o conceito de ácidos graxos essenciais - ácidos
graxos imprescindíveis ao organismo, que não podem ser sintetizados pelo
mesmo e que, portanto, devem ser oferecidos na alimentação (CARMO;
CORREIA, 2009).

Os ácidos graxos das famílias ω-3 e ω-6 competem pelas enzimas


envolvidas na dessaturação e alongamento da cadeia, apesar de terem maior
afinidade pelos ácidos da famíliaω-3. Assim, a razão entre a ingestão diária de
alimentos fontes de ácidos graxosω-3 e ω-6 assume grande importância na
alimentação humana, resultando em recomendações que têm sido
estabelecidas por autores, em diferentes países (MARTIN et al., 2008).

Os ácidos graxos insaturados são assim classificados em razão do


número de duplas ligações, em mono ou poli-insaturado, tais são encontrados
especialmente na configuração cis da dupla ligação. A localização da primeira
dupla ligação da cadeia carbônica a partir do grupo metila identifica a série do
ácido graxo, por meio da letra ω, sendo os principais ω-3, ω-6 e ω-9
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2001).

Os ácidos graxos poliinsaturados essenciais compõem uma classe de


moléculas que não conseguem ser geradas pelo organismo, porém são
necessárias ao seu funcionamento. Encontramos nesse grupo os ácidos graxos
poliinsaturados com a primeira dupla ligação ocorrendo no terceiro ou no sexto
átomo de carbono a partir do carbono metílico terminal, n-3 e n-6,
respectivamente. O perfil dos AGPI dos tecidos e células é com certeza, o
resultado líquido de inter-relações complexas de um grande número de fatores,
entre eles: a composição de ácidos graxos na dieta,a taxa de oxidação dos
20

ácidos graxos antes de serem incorporados aos lipídeos e as taxas de


dessaturação (ANDRADE, 2006).

O ômega-3 é encontrado em alimentos de origem vegetal e de origem


animal, os alimentos de origem vegetal terrestres são fontes de alfa-linolênico
(ALA) que no organismo humano pode ser convertido a decosahexaenóico
(DHA) e eicosapentaenóico (EPA), porém apresentam predomínio de DHA na
composição. A semente da chia, a semente de óleo de linhaça são exemplos
de fontes vegetais terrestres de ALA, o óleo de microalga, o óleo de peixe, o
salmão, o arengue e a cavalinha são exemplos de fontes marinhas de DHA e
EPA de origem vegetal ou animal (OLIVEIRA, 2011).

Os principais ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 são o alfa-


linolênico (ALA, 18:3n-3), o docosahexaenóico (DHA, 22:6n-3) e o
eicosapentaenóico (EPA, 20:5n-3) (SANTOS; BORTOLOZO, 2008).

Estudos sugerem que a excessiva quantidade de ácidos graxos ω-6 e a


deficiência do ω-3 na dieta,promovendo assim razão desproporcional de ω-6/ω-
3,é que pode levar ao desenvolvimento das doenças crônicas. Em países onde
a alimentação está associada a um maior consumo de óleo de peixe (ω-3), e a
razão entre o consumo de ω-6 e ω-3 atinge 4/1, tem sido observado que há
redução de 70% das mortes associadas a doenças como aterosclerose
(SIMOPOULUS, 2002).

Segundo Waitzberg (2007), os ácidos graxos poliinsaturados (AGPI) do


tipo ômega-3, é classificado como de cadeia longa por ter de 14 a 22 átomos
de carbono, o poliinsaturado por ter mais de uma dupla ligação e recebe a
denominação ômega-3 por conta da primeira dupla ligação no carbono 3 a partir
do radical metil.

Já se sabe que os benefícios para saúde com o uso do ω-3 são muitos,
além disso, eles são ácidos graxos essenciais que não podem ser sintetizados
pelos mamíferos, e que deverão ser obtidas a partir de fontes alimentares, tais
como peixes de água fria, certas sementes (linho) e castanhas (nozes). Um
grande número de estudos sugere que o ômega-3 como componente da dieta,
21

pode ser crucial para a prevenção de doenças apoiada com antioxidante


autêntico e ações antiinflamatórias. Além de ter demonstrado exercer efeitos
benéficos em algumas doenças degenerativas crônicas, tais como doença
cardiovascular, artrite reumatóide, diabetes, outras doenças auto-imunes e
câncer (PARK et al., 2013).

Abaixo temos as recomendações diárias de lipídeos para todas as idades


(Quadro1).

Quadro 1: Recomendações diárias de lipídeos, conforme a idade, de acordo


com a literatura internacional e as DRIs.

Fonte: WAITZBERG, 2007

*Considera-se o VCT (valor calórico total) pela fórmula de Harris e Benedict; para idosos,
considerar uma redução das necessidades energéticas (2 a 4% por década) em função do
declínio da atividade física e da massa corporal metabolicamente ativa.

4.2.1 Efeitos do ômega 3

As Recomendações Dietéticas Diárias (RecommendDietaryAllowances -


RDAs) colocam uma quantidade de ácidos graxos que devem ser assimilados
22

através da alimentação, onde a recomendação é de no mínimo 2 vezes na


semana o consumo de peixes, além da opção deóleo de peixe e cápsulas de
óleo de peixe como suplementação. Entretanto, segundo o Guia Alimentar para
Americanos e o Programa Nacional de Educação sobre o Colesterol
(NationalCholesterolEducationProgram), a ingestão de gorduras deve estar
dentro de um limite de 30% do valor calórico total, dos quais 10% são
provenientes de lipídios saturados, 10% poliinsaturados e 10%
monoinsaturados, ou seja, na proporção 1:1:1. A ingestão de colesterol deve
manter-se abaixo de 300mg/dia (TIRAPEGUI, 2000).

Os ácidos graxos ômega-3 possuem efeitos benéficos na prevenção e


no tratamento da doença arterial coronária. Alguns mecanismos atribuídos ao
óleo depeixe incluem: melhora do perfil lipídico, redução da pressão arterial,
diminuição da agregação plaquetária e produção de prostaglandinas que
podem melhorar a função vascular (COSTA et al., 2000).

Devido à capacidade limitada para os seres humanos para alongar e


dessaturar ácido alfa-linolénico para o de cadeia longa ômega-3 PUFA, é
necessário obter quantidades adequadas através de peixe e produtos a base
de óleo de peixe que contêm altos níveis de PUFAs ômega-3. Os benefícios
para saúde são diversos, incluindo efeitos cardioprotetores, tais como anti-
hiperlipidemia, anti-trombótica, anti-inflamatória, anti-hipertensiva e efeitos anti-
arrítmicos foram correlacionados com o consumo de ômega-3 PUFAs. O Índice
de ômega-3, ou seja, o teor de EPA + DHA de membranas de eritrócitos,
expresso como uma percentagem do total identificado, hoje em dia é utilizado
como um marcador para a doença cardíaca coronária (CHD) de risco
(MOLFINO et al., 2014).

Como grande parte dos estudos avaliou EPA e DHA de forma


combinada, no momento não existe evidência suficiente para se
fazerrecomendações separadas para cada um desses ácidos graxos
representados no Quadro 2 (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA).

Recomendação
23

Quadro 2: Recomendações para consumo de produtos ricos em ácido graxo


ômega-3.

Suplementação com ômega 3 marinho (2-4g por dia)deve ser recomendada


para hipertrigliceridemia grave (< 500 mg/dl), com risco de pancreatite,
refratária a medidas não farmacológicas e tratamento medicamentoso.

Pelo menos duas refeições a base de peixe por semana, como parte de uma
dieta saudável, devem ser recomendadas para diminuir o risco cardiovascular.
Tal recomendação é particularmente dirigida para indivíduos de alto risco,
como os que já apresentaram infarto do miocárdio.

Suplementação com ômega-3 marinho (1g/ dia) pode ser recomendada para
diminuir o risco cardiovascular em indivíduos de risco baixo a moderado que
não consomem2 refeições a base de peixe por semana.

Suplementação com ômega-3 marinho (1g/ dia) pode ser recomendada para
diminuir o risco cardiovascular em indivíduos de alto risco, como os
sobreviventes de infarto do miocárdio ou insuficiência cardíaca sistólica.

Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2001.

4.2.2 Fontes alimentares de ômega 3

Uma pesquisa mostrou que o suplemento nutricional pode diminuir o


risco de morte súbita. Logo a Associação Americana do Coração aconselha
comer peixes gordurosos duas ou mais vezes por semana ou usar diariamente
cápsula de suplemento de ômega-3, principalmente pessoas com doença
coronarianaconhecida ou com histórico familiar (DENARDI, 2007).

Após décadas de extensiva investigação, a consolidação das evidências


que suportam o efeito benéfico dos ácidos gordos ω-3 dos óleos de peixe na
DCV e na diminuição dos triglicérides, levou à sua inclusão nas recomendações
da American Heart AssociationAHA). Em 2003, a AHA recomenda o consumo
de peixe gordo pelo menos duas vezes por semana por adultos saudáveis, e a
suplementação de 1g/dia de EPA e DHA (combinados) em indivíduos com
24

doença coronária documentada, através do consumo de óleos de peixe ou


através de cápsulas de Ácidos graxos poliinsaturados (AGPI) ω-3. É também
referido que a suplementação de 2-4g/dia de EPA+DHA pode reduzir os
triglicérides em 20-40% (AMERICAN HEART ASSOCIATION, 2003).

Na tabela 1 abaixo está relacionada as quantidades de AL, AAL, AA, EPA


e DHA em diversos alimentos de origem animal. Nota-se que os de origem
marinha como: sardinha e salmão apresentam maior quantidade de EPA e
DHA, isso ocorre devido aos fitoplânctons, que são ricos nesses ácidos graxos
assim promovendo sua distribuição na cadeia alimentar marinha. Já nos
alimentos de origem terrestre quase não se vê a presença de EPA e DHA,
apesar de alguns serem fontes de AA (MARTIN, 2006).

Tabela 1: Concentração de ácido linoléico, alfa-linolênico, araquidônico,


eicosapentaenóico e decosahexaenóico em alimentos de origem animal.

Fonte: MARTIN, 2006.

A tabela 2 mostra as concentrações dos ácidos linoléicos e alfa-linolênico


em alimentos de origem vegetal, embora as hortaliças apresentem baixas
quantidades de ácido alfa-linolênico seu consumo pode contribuir
principalmente em dietas vegetarianas. As leguminosas e cereais são boas
fontes desses ácidos, nos óleos vegetais encontramos uma maior concentração
de ômega-3 no de linhaça, o de canola e soja também possui quantidades
significativas (MARTIN, 2006)
25

Tabela 2: Concentração dos ácidos linoléico, alfa-linolênico e razão n-6/n-3, em


alimentos de origem vegetal.

Fonte: MARTIN, 2006

Asfontes dos ácidos graxos ω-3 são: ácido α-linolênico, onde geralmente
é encontrado em folhas verdes e em sementes oleaginosas, semente de
linhaça, mostarda e óleo de soja; ácido decosahexaenoico (DHA)e ácido
eicosapentaenóico (EPA) presentes em sua maioria nos peixes de águas frias
(como a cavala, o arenque e o salmão) e peixes brancos magros (como
bacalhau e linguado) contêm apenas quantidades pequenas de EPA e DHA
(SANTOS & BARTOLOZO, 2008).

4.2.3 Benefícios do ômega 3

Sabe-se que os efeitos e os benefícios positivos do uso do ômega-3 são


diversos, sendo que um dos primeiros estudos que avaliou o potencial
daprevenção secundária cardiovascular com ácidos graxos ômega-3 de peixes
foi a DART (dietandreinfarctiontrial). Homens tiveram a recomendação para
aumentar o consumo de peixes gordurosos e fibras e reduzir a quantidade de
gordura da dieta e obtiveram redução de 29% na mortalidade em dois
anos.Além do consumo de peixes ricos em ômega-3, já se sabe que o consumo
26

de suplementos a base de óleo de peixe reduziam a probabilidade de ocorrer


segundo infarto ou derrame em pacientes com doença cardíaca (DENARDI,
2007).
O Quadro 3a abaixo mostra uma junção de estudos realizados com
diferentes doses de ômega 3 em homens e mulheres e seus resultados.

Quadro 3: Estudos sobre os benefícios do ômega 3 em doenças crônico


degenerativas.

Investigadores N/Genero Dose de omega Resultado/Conclusões


3
27

Fonte: KAYSER, 2010

Um estudo, intitulado “Prevenção da Aterosclerose Coronariana


Mediante Intervenção com ácidos graxos ômega 3 de Origem Marinha”,
28

constatou uma redução no desenvolvimento da aterosclerose, com a


administração de baixas doses de ômega 3 (1,65 g ao dia)(MARCHIOLI et al.,
2002).

A figura abaixo demonstra quais benefícios os órgãos e as funções moduladas


por ele podem sofrer com a ingestão de ômega 3 .

Figura 3: Órgãos e funções moduladas por ômega- 3PUFAS em adultos mais velhos.

Fonte: MOLFINO, 2014.

4.3 Relação entre o consumo de ômega 3 e tratamento de doenças


cardiovasculares

O efeito cardioprotetor do EPA e DHA, são amplos, seu efeito global


inclui antiarrítmico, diminuição dos triglicérides sanguíneos, antitrombótico e
anti-inflamatório. A quantidade ingerida de EPA e DHA na América do Norte ou
em qualquer outro lugar do mundo estão bem abaixo do que a recomendada
pela AHA (American heartAssociation) para pacientes com doença cardíaca. A
quantia diária de ômega-3 recomendada para pacientes com DCVs é de 1g/dia
(AMERICAN HEART ASSOCIATION, 2003).
29

Além do consumo de peixes ricos em ômega-3, já se sabe que o


consumo de suplementos a base de óleo de peixe reduziam a probabilidade de
ocorrer segundo infarto ou derrame em pacientes com doença cardíaca
(DENARDI, 2007).

Estudos epidemiológicos observaram que a maior ingestão de peixe


(uma a duas porções por semana) reduz o risco de morte cardíaca súbita,
quando comparada com o consumo de menos de uma porção mensal. Nos
últimos anos, extensos estudos foram realizados buscando compreender os
mecanismos de atuação e a repercussão clinica do uso de ácidos graxos
poliinsaturados da família ômega-3. Verifica-se que a modificação da
membrana celular para conter uma razão mais equilibrada de ômega-6 e
ômega-3 por meio da ingestão oral de óleo de peixe ou a infusão endovenosa
de emulsões lipídicas contendo EPA e DHA associou-se a melhora de estados
clínicos compatíveis com condição inflamatória crônica. Os efeitos dos ácidos
graxos ômega-3 são dose-dependentes e podem variar de acordo com a via de
administração (WAITZBERG, 2007).

Quando o indivíduo recebe informação de qualidade é muito provável


que tal motivação induza-o a mudar seu estilo de vidafrente à patologia que
apresenta, tornando-se mais preparado e responsável aotratamento e a
administração de sua condição (MAHECHA et al., 2002).

Vários estudos observacionais sugeriram que os ácidos graxos ômega-


3 podem exercer uma proteção particular contra morte súbita, sobretudo nos
pacientes vitimados por infarto do miocárdio. Esse efeito benéfico foi também
verificado numa subanálise do ensaio randomizado GISSI-Prevenzione, mas
não no mais recente, OMEGA, como demonstra a tabela 6 (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2001).
30

Tabela 3: Principais estudos clínicos randomizados que avaliaram o efeito de


peixe/ômega-3 marinho sobre os desfechos cardiovasculares.

Fonte: SANTOS, 2013.

5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
31

O presente estudo por meio de uma revisão de literatura teve como


objetivo demonstrar os benefícios do ômega 3 em doenças cardiovasculares,
assim observando diante das evidências uma melhor qualidade de vida para os
indivíduos.

O uso do ômega 3 em indivíduos portadores de doenças


cardiovasculares pode proporcionar uma melhora significativa assim
contribuindo para que haja uma melhora na qualidade de vida, sabendo que
seu consumo deve ser em conjunto com atividades físicas e uma alimentação
balanceada.

Dentre os benefícios do ômega 3,com doses acima de 1 g/por dia,


podemos citar, redução na aterosclerose, diminuição da morte por doença
cardiovascular em 29% e infarto agudo do miocárdio, o EPA diminuiu
significativamente o risco de eventos coronarianos em 9%.

6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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