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A visão do Quinto Império

Por Camões:

 Camões canta um império inteiramente material, conseguido através de batalhas


e tormentas.
 Este império é territorialmente grande pois as suas conquistas são assentes na
expansão territorial e na acumulação de riquezas.
 Portugal torna-se obrigatoriamente no V Império porque o fado (destino) assim
o dita e nada o pode mudar

Desprezo pelas artes e pelas letras (V, 92-100)

• Crítica à falta de cultura dos portugueses, que leva à desvalorização da arte.

• Constatação de que a ausência de quem divulgue literariamente os feitos heroicos


levará ao desaparecimento dos heróis.

• Censura ao facto de os portugueses serem dominados pela austeridade, pela rudeza e


pela falta de “engenho”.

Por Fernando Pessoa:

 Fernando Pessoa antevê um Portugal muito além do material.


 Não se vê Portugal como um Império territorial mas como um Império
espiritual, cultural e moral capaz de dominar o resto da Europa. Pessoa entende
este domínio como um “Imperialismo de Poetas”.
 D. Sebastião, o Encoberto, transferindo para nós a sua loucura de ir mais além,
conduzir-nos-á na travessia do Nevoeiro.
 Portugal, que no passado edificou um império territorial, edificará no futuro um
império espiritual – o Quinto Império.

Mensagem principal: “Movidos pelo sonho, pela loucura, pela “febre de Além”,
devemos procurar a utopia do impossível, do infinito, do longe, da distância, do
absoluto. Contemplando o horizonte e vendo o invisível, devemos procurar “uma Índia
que não há”, a “Distância/do mar ou outra, mas que seja nossa”.

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