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UFS – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

GRUPO: ADAILTON, EDMILSON, JOÃO BOSCO, JOSÉ DIEGO, LAÉRCIO


TEODORO, LUCAS FARIA, WILLIAM.

1ª PROVA DE ECONOMIA

ARACAJU

2014
GRUPO: ADAILTON, EDMILSON, JOÃO BOSCO, JOSÉ DIEGO, LAÉRCIO
TEODORO, LUCAS FARIA, WILLIAM.

1ª PROVA DE ECONOMIA

Trabalho apresentado ao professor


Emerson, da disciplina de Fundamentos
de Economia, para avaliação de
conhecimentos e atribuição de nota na
primeira unidade.

ARACAJU

2014

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SUMÁRIO

1ª questão...................................................................................................................04

2ª questão...................................................................................................................05

3ª questão...................................................................................................................06

4ª questão...................................................................................................................09

5ª questão...................................................................................................................14

6ª questão...................................................................................................................15

7ª questão...................................................................................................................16

8ª questão...................................................................................................................17

9ª questão...................................................................................................................18

10ª questão.................................................................................................................19

11ª questão.................................................................................................................21

12ª questão.................................................................................................................23

13ª questão.................................................................................................................26

14ª questão.................................................................................................................28

Referências................................................................................................................30

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1- Entre o fim do Século XVIII e a década de 1930, como as Ciências Econômicas
evoluíram, quais escolas surgiram?

No século XVIII, mais precisamente em 1750, houve a criação científica


da economia. Os Fisiocratas foram os primeiros ao defender o fluxo de despesas entre
diferentes classes sociais (produtiva, proprietários e estéril). Após isso, surgiu a Escola
Clássica, encabeçada por Adam Smith (mão invisível, liberalismo e divisão do trabalho),
David Ricardo (valor do trabalho, estado estacionário e vantagens comparativas), John
Stuart Mill (sistematizar e consolidar a análise clássica de justiça social) e Karl Marx
(desenvolveu conceitos como a mais valia, capital variável, capital constante e exército
de reserva industrial).

Posteriormente, os primeiros Princípios Teóricos foram elaborados a partir


de 1870. Os Neoclássicos buscaram integrar a teoria da utilidade do valor com a teoria
do custo de produção, assim como explicar os preços dos bens e a alocação de recursos
com o auxílio da análise marginal. Contudo, o Institucionalismo (de Veblen) e a
Economia do Bem Estar (de Pigou) opuseram-se ao Neoclassicismo. O Institucionalismo
pregava que os padrões de consumo não são resultado do cálculo racional dos ganhos e
perdas marginais, mas sim do hábito e da “exibição emulativa” de imitar outros padrões
de consumo; e a Economia do Bem Estar dizia que a presença de influências externas
justifica a intervenção do Estado para a provisão de bens e serviços.

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2- Se as pessoas decidirem-se por mais poupar e os bancos resolverem emprestar
essa poupança extra para as empresas, que usam esses fundos para construírem
novas fábricas, como esse aumento de poupança poderia levar a um crescimento
rápido da produtividade? Quem se beneficiará da maior produtividade?

Supondo que as pessoas comecem a disponibilizar mais dinheiro em


poupanças, os bancos disporão de um maior capital para investir conforme entendimento
próprio. Assim sendo, se determinados bancos emprestarem esse montante extra para
empresas que, por sua vez, terão a intenção de construir mais fábricas, uma dívida será
assumida pelas empresas, onde os credores são os bancos. Com mais fábricas a
produtividade aumenta. Supondo que o consumo do mercado acompanhe o aumento de
produtividade, as empresas conseguirão lucrar e pagar suas dívidas (que, com certeza,
terão juros) aos bancos. Assim sendo, os bancos se beneficiam (por terem emprestado a
juros), as empresas se beneficiam (por terem quem financiasse a construção de novas
fábricas e por terem lucrado com isso, já que a demanda acompanhou o investimento) e
os consumidores (aqueles mesmos que disponibilizaram mais dinheiro em poupanças)
não se beneficiarão, já que vão continuar com a mesma taxa de rendimento em poupança
que é estabelecida pelo seu respectivo banco.

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3- Uma hipótese comum é a de que os bens e serviços são homogêneos. Diga se essa
hipótese é razoável para as seguintes indústrias: aço, romances, trigo e lanches
rápidos.

Testar a razoabilidade da hipótese de que bens e serviços de determinado


setor da economia são homogêneos, mesmo se produzidos/fornecidos por diferentes
empresas do mesmo setor, envolve como quem vai testá-la posiciona-se diante da
realidade, ou seja, pode-se adotar uma leitura mais simples – menor quantidade de
informações – ou complexa – maior número de informações – da realidade. A escolha da
quantidade de dados/elementos que compõem a hipótese em apreço pode trazer diferentes
respostas para um mesmo problema. Exemplificando: afirmar que as várias empresas que
formam a indústria do aço produzem um bem homogêneo depende das variáveis que
fazem parte da realidade indústria do aço e que serão consideradas para pôr à prova a
hipótese. Nesse caso, ao tomar apenas três variáveis – a produção de aço no PIB
brasileiro, demanda da construção civil por aço e a quantidade de aço exportado pelo
Brasil – o bem produzido pela indústria em questão aparecerá como indistinguível. Mas,
ao apreciar os diferentes ramos demandantes por aço da economia – construção civil,
indústria automobilística, outros –, a composição do aço e as respectivas aplicações –
aços para construção mecânica1, aços para ferramentas2 – percebe-se que o aço não é um
bem homogêneo, pois vai apresentar de acordo com o ramo demandante especificidades
próprias as quais influenciam na variação do preço.

Portanto, evidenciou-se que a escolha dos tipos de variáveis para testar a


hipótese de que as indústrias de aço produzem um bem homogêneo traz resultados
diferentes, uma vez que, ao acrescentar uma maior quantidade de elementos presentes, na
realidade tornam a análise mais complexas. Consequentemente, nega-se a razoabilidade
da sobredita hipótese.

Agora, ao retomar a mesma hipótese e aplicá-la à indústria de romances,


pode-se seguir caminho idêntico ao adotado anteriormente: aplicar uma perspectiva
simples e depois aumentar-lhe a complexidade. Assim, ao analisar o mercado de

1
Aços construção mecânica são aços ao carbono e de baixa liga para forjaria, rolamentos, molas, eixos,
peças usinadas, etc. http://www.acobrasil.org.br/site/portugues/aco/produtos--tipo-aco.asp
2
Aços ferramenta são aços de alto carbono ou de alta liga, destinados à fabricação de ferramentas e
matrizes, para trabalho a quente e a frio, inclusive aços rápidos.

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romances de modo simplista, avaliando somente sua participação no todo da economia
brasileira, ou apenas como demandantes as pessoas que querem entreter-se com uma
leitura, teremos em certa medida uma homogeneidade dos bens produzidos pelas
empresas de romances. No entanto, quando se pondera as preferências dos demandantes
por diferentes gêneros literários – terror, suspense, policial, ficção, drama, outros –, a
classificação etária e o respectivo público – obras infantis, infanto-juvenil, adultas –, o
acabamento dos romances – brochura, capa dura, tipo do papel – evidencia-se uma série
de elementos que agregam valor e criam diferentes tipos de romances para mercados
específicos, refutando desse modo a hipótese em apreço.

Prosseguindo com a aplicação da hipótese, tem-se agora o trigo. Numa


análise mais geral e simplista sobre o mercado de trigo é possível tomar só o papel do
trigo nas exportações/importações brasileiras e a demanda das fábricas de farinha por
trigo. Ao observar a relação do trigo com esses dois aspectos, nota-se que o bem em
análise é indistinguível. Com o fito de aproximar da realidade o teste da hipótese faz-se
o acréscimo de outros elementos como: novos demandantes – fábricas de biscoitos, bolos,
criadores de gado, outros –, mercado de commodities agrícolas. Aí, tem-se que o trigo
apresenta uma pequena diferenciação que vai refletir no preço, e isso acontece quando é
considerada a demanda do trigo para alimentação animal da qual resulta da estocagem
inadequada do cereal, tornando-o inservível para alimentação humana. Mas em
economia, diante da máxima coeteris paribus, constata-se que o trigo ratifica a hipótese
de que bens e serviços são homogêneos.

O último elemento para verificar a validade da hipótese é o mercado de


lanches rápidos. O primeiro passo é partir de um cenário simples como o consumo de
lanches rápidos pela população brasileira e a participação deste tipo de lanche na
economia brasileira. Nesse cenário, visto de longe, a hipótese é validada positivamente.
O segundo passo exige a aproximação da realidade através do esmiuçamento da demanda
por lanches rápidos: tipos de lanches e variação de preço, local de venda e respectivo
público alvo3.

3
Por exemplo, a venda de lanches rápidos para estudantes universitários tem um valor menor do que a
venda de lanches rápidos em Shoppings ou na praia, espaços onde o valor sofre um acréscimo devido ao
poder aquisitivo do público alvo.

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Aí, tem-se que os lanches rápidos começam a apresentar uma
diferenciação que agrega valor ao produto e, por conseguinte, quebra a homogeneidade
do bem em análise. Destarte, evidencia-se a insustentabilidade da hipótese.

Perante o exposto até o momento, nota-se que a hipótese em estudo pode


tanto ser negada quanto confirmada a depender dos elementos que compõem o cenário
no qual a hipótese da homogeneidade é posta à prova.

Ademais, a hipótese em estudo pode ser respondida do seguinte modo: aço,


romances e lanches rápidos são bens de produção proveniente da ação humana. Desde o
início, pode-se determinar inúmeras especificidades no produto final que, por isso, é
capaz de atender as diversas expectativas dos diferentes grupos de demandantes. Já na
agricultura – caso do trigo –, a homogeneidade dos produtos é, geralmente, uma
característica, pois em raríssimas situações4 o homem consegue ter um produto final
diferente dos insumos empregados na produção.

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Um exemplo de caso no qual o produto agrícola final apresenta características diferenciais em relação ao
insumo inicial é quando em condições edafoclimáticas sui generis capazes de propiciar uma produção de
uvas especiais utilizadas para produzir vinhos de alta qualidade e valor.

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4- Considere o mercado de minivans. Para cada um dos eventos indicados,
identifique que determinantes da demanda ou da oferta são afetados. Indique
também se a oferta ou a demanda aumentam ou diminuem. Por fim, demonstre o
efeito sobre o preço e a quantidade de minivans: as pessoas decidem-se por mais
filhos, uma greve de metalúrgicos aumenta o preço do aço e o preço dos utilitários
de esporte aumenta.

Primeiro caso:

Quando as pessoas tomam a decisão de ter mais filhos, evidentemente esse


crescimento familiar vai exigir em determinado momento veículos maiores. Por exemplo,
pode-se pensar numa família com três filhos que resolve ter o quarto rebento. O aumento
de cinco para seis ou mais membros da unidade familiar cria a necessidade da compra de
um segundo carro ou de um veículo maior, como uma minivan. A preferência pela compra
da minivan cresce devido a uma maior viabilidade financeira uma vez que o crescimento
da família não é acompanhado pelo aumento da renda per capita do lar. Logo, nota-se
que haverá uma maior demanda – mais compradores – por minivans, mas, inicialmente,
a curva de oferta mantém-se constante – os fabricantes de minivans não aumentam a
produção. Faz-se necessário destacar que a alteração da preferência dos demandantes não
é suficiente para afetar, imediata e diretamente, a oferta. O crescimento da demanda sem
a resposta imediata dos ofertantes os quais mantiveram a produção constante elevou o
preço das minivans. Assim sendo, vislumbra-se que nesse primeiro caso a demanda
aumenta devido à mudança de preferência das famílias que optaram por ter mais filhos e
que se refletiu no aumento do número de compradores – famílias dispostas a adquirir
minivans. Tal situação é representada no gráfico abaixo A-1 através do deslocamento para
direita da curva de demanda.

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Gráfico A-1: mercado de minivans

D1: Demanda inicial.


D2: Demanda após a mudança de preferência das famílias por minivans.
Q1: Quantidade inicial.
Q2: Quantidade após a mudança de preferência das famílias por minivans.
P1: Preço inicial.
P2: Preço após a mudança de preferência das famílias por minivans.
O1: Oferta inicial que se mantem constante.
E1: Equilíbrio inicial.
E2: Equilíbrio após a mudança de preferência das famílias por minivans.

Observando o gráfico, nota-se que a decisão das famílias de ter mais filhos
ensejou uma mudança de preferência pelo tipo de veículo – carros para minivans –
levando ao mercado de minivans novos compradores (D2). Como a mudança de
preferência afetou positivamente a demanda (D2>D1) por minivans, por conseguinte, um
novo consumo Q2 que é superior a Q1, com a oferta O1 mantida fixa, o preço P1 das
minivans elevou-se para P2, estabelecendo um novo equilíbrio em E2.

Segundo caso:

Quando uma greve de metalúrgicos aumenta o preço do aço, os fabricantes


de minivans sentem uma redução da lucratividade, pois o aço é um insumo utilizado na
produção do veículo em questão. Como a relação entre oferta de um bem e os insumos
empregados em sua produção é negativa, percebe-se que o encarecimento da fabricação
de minivans – por causa do aumento do aço – reduz a oferta desse bem. Logo, a

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diminuição da quantidade produzida de minivans eleva o preço desse bem, pois a
demanda permaneceu fixa. Observe o gráfico A-2:

Gráfico A-2: mercado de minivans.

O1: Oferta inicial.


O2: Oferta após o aumento do aço.
Q1: Quantidade inicial.
Q2: Quantidade após o aumento do aço.
P1: Preço inicial.
P2: Preço após o aumento do aço.
E1: Equilíbrio inicial.
E2: Equilíbrio após o aumento do aço.
D1: Demanda que se manteve fixa.

No gráfico, observa-se que o aumento do preço do aço repercutiu


negativamente na produção de minivans Q1 que foi diminuída para Q2. A nova oferta
O2, que é inferior a O1, teve a curva deslocada para a esquerda, fazendo o preço subir de
P1 para P2 uma vez que a demanda D1 permaneceu invariável. Em suma, um aumento
no preço do insumo diminuiu a quantidade fabricada de minivans de Q1 para Q2, como
a procura por minivans D1 não seguiu a queda da oferta de O1 para O2, o preço subiu de
P1 para P2, encontrando um novo equilíbrio em E2.

Terceiro caso:

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No momento em que o preço dos utilitários de esporte aumenta, há a
tendência dos demandantes por este bem procurarem um substituto que poderia ser as
minivans. Desse modo, teríamos compradores do mercado de utilitários esportivos
ingressando no mercado de minivans já que ambos formam um par cuja troca de um pelo
outro não afeta a satisfação do desejo dos demandantes. Destarte, constata-se que o
encarecimento dos utilitários fez aumentar a demanda por minivans cuja oferta ao se
manter inalterável repercutiu no preço destas, fazendo-o subir. Deve-se lembrar que há
mais compradores procurando um bem cuja oferta não variou, consoante mostra o gráfico
A-3.

Gráfico A-3: mercado de minivans.

D1: Demanda inicial.


D2: Demanda após o aumento do bem substituído.
Q1: Quantidade inicial.
Q2: Quantidade após o aumento do bem substituído.
P1: Preço inicial.
P2: Preço após o aumento do bem substituído.
E1: Equilíbrio inicial.
E2: Equilíbrio após o aumento do bem substituído.
O1: Oferta constate.

A partir do gráfico A-3, constata-se que o aumento de preço do bem


substituído – utilitário esportivo – refletiu positivamente na demanda D1 por minivans –

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bem substituto – a qual aumentou para D2. Logo, a quantidade Q1 de minivans vendidas
subiu para Q2, como a oferta O1 manteve-se constante, o preço P1 elevou-se para P2,
com a mão invisível do mercado estabelecendo um novo equilíbrio em E2.

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5- Após um vendaval muito noticiado e que causou muitos estragos, muitas pessoas
passaram a procurar por mais serviços de seguro residencial. Essa reação poderia
representar um desvio de nacionalidade? Discuta.

Apesar de sermos considerados seres racionais (pelo menos comparados


aos outros animais), algumas vezes, nas tomadas de decisões, nos desviamos do caminho
da racionalidade e escolhemos aquilo que está “bom no momento”. Nós podemos agir de
maneira distraída, preguiçosa, insensata ou apática. No referido problema apresentado,
um vendaval bastante noticiado pela imprensa estava prestes a atacar determinada
localidade, e como esperado, causaria muitos danos à população. Já que a população local
foi toda avisada (pelo menos as condições do vendaval foram anunciadas) o esperado era
que todos se preparassem para o desastre climático e no mínimo comprassem seguros
para as suas propriedades, e então os estragos resultantes do vendaval seriam
minimizados. Depois do ocorrido, as pessoas viram todos os estrados causados e
procuraram contratar seguros ou aumentar ainda mais as condições de seguro residencial
(o ideal e racional era ter feitos tudo o que estava à disposição antes do vendaval). Talvez
as pessoas daquela comunidade sentiram-se confiantes suficiente para achar que o
vendaval não deixaria muitos estragos. Outra explicação pode ser a falta de conhecimento
de casos de destruição, ocasionados por vendavais, pela população do local atingido. Ou,
simplesmente, as pessoas foram excessivamente intransigentes e preferiram não mudar
de ideia quanto a gastar mais em serviços de seguro residencial. Porém, o que liga todas
estas hipóteses é a indisposição para atuar de maneira racional e assegurar todas as
condições para que depois do vendaval os prejuízos fossem os menores possíveis, fazendo
com que o diagnóstico final da análise da reação da comunidade fosse o desvio de
racionalidade presente nas suas decisões.

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6- Os economistas observaram que, durante épocas de declínio econômico, os gastos
com refeições em restaurantes caem mais do que os gastos com alimentos para
consumo em casa. Como o conceito de elasticidade pode ajudar a explicar esse
fenômeno?

O termo elasticidade é usado para indicar uma resposta do público


(sensibilidade), considerando uma reação de variável em relação às mudanças de outras
variáveis. Estão envolvidos elementos não apenas econômicos, mas também psicológicos
e sociais, que juntos irão dar forma às preferências dos consumidores. Em épocas de
dificuldades econômicas, nós consumidores precisamos repensar os nossos gastos e
avaliar o que é essencial ou não no nosso dia-a-dia. A demanda por refeições em
restaurantes pode ser considerada elástica, uma vez que é relativamente fácil deixar de
comer em restaurantes e optar por fazer suas refeições em casa ou levar para o trabalho
comida feita em casa. Fazendo esta substituição, o preço da refeição cai bastante e isto
torna-se uma alternativa bastante plausível para cortar gastos. Já a compra de alimentos
para o consumo no lar é algo essencial (neste caso a demanda pode ser considerada
inelástica). Ninguém deve deixar de ter gêneros alimentícios na sua própria residência e,
por isso, apesar das dificuldades econômicas as pessoas não deixam de fazer compras
para o lar. Enfim, como há substituto próximo (no caso alimentar-se em casa) ao ato de
comer em restaurantes, esta demanda torna-se elástica e em tempos de crise pode ser
cortada do orçamento dos consumidores.

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7- Suponha que a demanda por pão francês aumente. O que ocorre com o excedente
do produtor no mercado do pão francês? O que acontece com o excedente do
produtor no mercado de farinha? Ilustre a resposta com diagramas.

Como o mercado de produtores de pão francês é competitivo e tem como


uma das suas principais características a atomização (nenhum produtor pode influenciar
os preços nem o volume de produção), não há poder de mercado. O excedente do produtor
do pão aumenta, já que uma maior demanda pelo pão francês levará a um aumento de
preço do pão, o que provocará um aumento na quantidade produzida. Segundo o gráfico:

Situação semelhante ocorrerá com o setor produtor de farinha: haveria um


aumento na demanda pelo produto e o seu consequente aumento de preço. Nesse quadro,
aumentando o preço e a quantidade de farinha produzida, o excedente do produtor
aumenta. Segundo o gráfico:

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8- Esmiuçando, definindo e explicando o conceito, dê exemplos de uma
externalidade negativa e outro de uma externalidade positiva.

Em economia, quando uma ação de um agente econômico afeta o bem-


estar de um terceiro que não é participante dessa ação, temos, então, uma externalidade.
As externalidades são falhas apresentadas pela economia de mercado.
Quando essa ação causa uma situação adversa ao bem-estar, como, por
exemplo, a produção de dioxina (uma substância tóxica e poluente), subproduto da
produção da indústria de papel. Neste caso temos uma situação de uma externalidade
negativa. No caso em tela, o poder público deve criar medidas para limitar esse impacto
negativo sobre o meio ambiente e a saúde das pessoas, já que os produtores de papel por
si só não levarão em conta esses custos ambientais e de saúde das populações afetadas.
Entre as soluções para este caso estaria a criação de um imposto sobre a produção de
papel ou a criação de um mercado de créditos, bonificando aqueles agentes produtivos
que menos poluem.
Quando uma ação causa um benefício ao bem-estar dos indivíduos, temos
então uma externalidade positiva. Podemos citar como exemplo (infelizmente não em
nosso país, no que se refere a educação básica), a educação. Um sistema educativo de
qualidade, includente e produtivo, gera, a médio e longo prazo, benefícios aos que
consomem, melhores salários e melhor qualidade de vida. Mas, mesmo para aqueles que
não estão envolvidos diretamente ou indiretamente com o sistema educativo, há
benefícios, já que uma população mais instruída escolhe um governo melhor, pois tem
uma visão mais ampla da dinâmica da sociedade. Como o mercado não pode por si só
suprir toda a demanda por educação, os governos devem subsidiar e criar sistemas
educativos que supram essa carência e essa falha do mercado.

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09- No que concerne à definição de bens públicos, explique por que há muito lixo em
locais públicos mas pouco nos jardins das residências particulares.

Porque os bens públicos não são excludentes nem rivais, o que significa
que as pessoas não podem ser impedidas de utilizá-los e que sua utilização por uma pessoa
não reduz a possibilidade de outras pessoas também utilizá-los. Como as pessoas não
pagam pelo uso que fazem desses recursos, pelo menos não diretamente, tendem a usá-
los de forma excessiva, o que favorece a sua degradação, evidenciando assim que os
mercados funcionam melhor para os bens privados. Estes são tanto excludentes (uma
pessoa pode ser impedida de usar) quanto rivais (a utilização por uma pessoa reduz a
possibilidade de outras pessoas utilizá-los), e tais limitações de uso decerto favorece a
conservação. Portanto, a existência de muito lixo em locais públicos mas pouco nos
jardins das residências particulares decorre das características dos bens públicos e dos
privados, sendo que, no caso específico dos bens públicos, contribuem ainda positiva ou
negativamente os aspectos educacionais, culturais e de gestão.

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10- Você está pensando em abrir uma loja de ferragens e estima que isso custaria
R$ 200 mil por ano ao alugar um espaço e comprar um estoque. Além disso, você
teria que abrir mão do seu emprego no qual o salário é de R$ 60 mil por ano. Defina
o custo de oportunidade. Qual o custo de oportunidade por ano da operação da loja?
Se o faturamento for de R$ 250 mil por ano, a loja deve ser aberta?

Custo de oportunidade é o grau de sacrifício que se faz ao optar


pela produção de um bem em termos de produção alternativa
sacrificada, também chamado de custo alternativo ou custo
implícito, pois não implica dispêndio monetário.
(VASCONCELOS, Troster. 1998, p. 23).

A definição acima refere-se ao custo de oportunidade do ponto de vista


social, pois afeta a sociedade como um todo. De outro modo, temos os custos de
oportunidade privados (que são os valores dos insumos que pertencem à empresa e são
usados no processo produtivo). Esses valores são estimados a partir do que poderia ser
ganho no melhor uso alternativo, a exemplo de:

a) capital em caixa na empresa: o custo de oportunidade é o que a empresa poderia


estar ganhando e aplicando, por exemplo, no mercado financeiro;
b) quando a empresa tem prédio próprio, ela deve imputar um custo de oportunidade,
correspondente ao que ela receberia se alugasse o prédio.

Para calcular o custo de oportunidade por ano e decidir quanto à abertura


ou não da loja de ferragens, consideramos ainda as seguintes premissas não contempladas
na questão:

1. custos fixos: estão embutidos no valor estimado de R$ 200.000,00;


2. possibilidade de aplicação no mercado financeiro dos R$ 200.000,00 a uma taxa
de 10% a. a., tomando-se por referência o CDI (percentual aproximado para
facilitar a conta). Haja vista que, em função do valor envolvido, o aplicador
certamente conseguiria uma remuneração superior à da poupança tradicional
(6,17% a. a.), mas talvez não conseguisse uma equivalente à da Selic (11,25% a.
a.).

Custo de oportunidade Anual

R$ 60.000,00 (salário) + R$ 20.000,00 (de aplicação financeira) = R$ 80.000,00

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Resultado Econômico

R$ 250.000,00 – R$ 280.000,00 = R$ - 30.000,00 (Prejuízo)

Resultado Contábil (envolve apenas o dispêndio monetário)

R$ 250.000,00 – R$ 200.000,00 = R$ 50.000,00 (Lucro)

Considerando-se que o faturamento anual é suficiente para a cobertura de


todos os custos fixos, além de apresentar lucro contábil já no primeiro ano, a loja deve
ser aberta.

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11- Compare um mercado competitivo com uma firma em concorrência perfeita.

Primeiramente expondo o que entendemos sobre mercado competitivo e


concorrência perfeita:

Mercado competitivo é um mercado que há muitos compradores e muitos


vendedores, de modo que cada um deles, individualmente, exerce impacto insignificante
sobre o preço de mercado. Um exemplo são os vendedores de sorvetes, pois cada
vendedor tem um controle limitado sobre o preço porque existem outros vendedores que
também oferecem sorvetes. Esse vendedor de sorvetes não tem motivos para vender
abaixo do preço vigente para esse produto, e, se cobrar mais caro do que esse preço
vigente, os consumidores de sorvetes vão comprar esse produto com outro vendedor. É
um ambiente comercial onde nem o produtor nem consumidor tem o poder de determinar
o preço, é o mercado que determina o preço porque não há monopólio nem oligopólio.
Porém, a qualidade do seu produto ou o seu preço inferior o tornará competitivo porque
terá o fator "preferência" do consumidor. Mercado, por exemplo de açúcar, metais, papel,
vinho (possui muitas marcas no supermercado), margarina, iogurtes, automóveis. Em
geral, quanto menos o produto possui algum diferencial forte, mais o mercado é
competitivo.

Já a concorrência perfeita é um tipo ou estrutura de mercado onde existe


um grande número de produtores e consumidores. Numa situação de concorrência
perfeita, nenhuma empresa pode, por si só, influenciar o mercado. O conjunto das
empresas é quem determina a oferta de mercado, a qual, interagindo com a demanda,
determina o preço de equilíbrio. Independentemente da quantidade que uma empresa
produz, essa empresa terá obrigatoriamente que vender a sua produção ao preço
determinado pelo mercado. A concorrência monopolística se assemelha à concorrência
perfeita em três aspectos: há muitos compradores e vendedores; são fáceis a saída e a
entrada no mercado; e as empresas consideram garantidos os preços das outras empresas.
A distinção é que na concorrência perfeita os produtos são iguais, enquanto que na
concorrência monopolística os produtos são diferenciados. Numa estrutura de
concorrência perfeita, devem prevalecer o seguinte: mercado atomizado, produtos
homogêneos e transparência de mercado. A curva de demanda de uma firma nessa
estrutura é perfeitamente elástica.

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Como vimos, uma comparação a ser feita entre essas duas estruturas é que,
uma empresa em um mercado competitivo deve tomar como preço para seu produto o
que o mercado determina, porém ela pode colocar seu produto em um preço maior ou
menor do que o mercado estabelece. A qualidade do seu produto e o seu valor, contudo,
podem fazer com que se ganhe a preferência dos compradores ou não; e, então o
consumidor pode migrar para um produto similar ao ofertado. Já uma firma em uma
concorrência perfeita toma como base o preço estabelecido pelas empresas, no sentido
que ele deve vender seu produto ao preço que se registra de suas concorrentes. Se uma
empresa fixar um preço mais elevado do que o preço de mercado, seu produto perderá
toda a procura, pois os produtos e serviços em um mercado de concorrência perfeita são
perfeitamente homogêneos. Por outro lado, se a empresa decidir praticar um preço mais
baixo do que o preço de mercado, ela não resistirá muito tempo, pois numa situação de
concorrência perfeita, o preço de mercado corresponde a uma situação de lucro
econômico nulo, então em preço mais baixo originará um acúmulo de prejuízos.

22
12- Du, Dudu e Edu administram o único bar da cidade. Du quer vender o máximo
possível sem ter prejuízos. Dudu apenas pensa em maximizar a receita e Edu quer
obter o maior lucro possível. Usando um simples gráfico de demanda do bar e de
suas curvas de custos, indique a combinação de preço e quantidade que satisfaça a
preferência de cada um dos três sócios. Explique.

Nesse problema, vamos considerar inicialmente que os 3 proprietários


enfrentam 2 barreiras: a primeira seria os custos fixos e a outra seria os custos variáveis.
Alguns dos custos fixos que os proprietários vão enfrentar são a conta de energia elétrica,
conta de água, telefone, tv a cabo, aluguel e compra dos produtos a serem vendidos no
bar (cerveja, cachaça, etc). Já para os custos variáveis, podemos tomar como exemplo o
aumento da taxa de água, a energia elétrica e um consequente aumento no número de
trabalhadores. E então, para análise da situação, vamos tomar alguns dados, onde
admitimos que uma única variável influencia os custos variáveis. Essa variável é o
consequente aumento no número de trabalhadores, que é alavancado com o aumento da
quantidade demandada, e também diminuída com a baixa demanda dos consumidores.
Consideramos que nesse bar só se forneça cerveja e encontramos a seguinte situação:
apenas por uma cerveja, os proprietários não encontram problemas para atender seus
clientes. Contudo, a partir que a demanda é de duas cervejas, já se precisa de 1
funcionário. Quando se vendem três cervejas, precisam de 2 funcionários, e assim
sucessivamente. A tabela abaixo fornece valores dos custos fixos que podemos imaginar
como o valor que uma unidade de cerveja custa para os proprietários. O custo variável
pode-se enfrentar como os custos que variam à medida que mais funcionários trabalham
nesse bar devido à quantidade demandada. O custo total como sendo a soma do custo
variável e do custo total. O custo marginal que apresenta o aumento do custo total
decorrente do fornecimento de uma unidade adicional de cerveja.

Número de Cervejas Custo Custo


trabalhadores no bar vendidas Custo fixo variável Custo total marginal
0 1 R$ 3 R$ 0 R$ 3 R$ 0
1 2 R$ 3 R$ 2 R$ 5 R$ 2
2 3 R$ 3 R$ 4.5 R$ 7.5 R$ 2.5
3 4 R$ 3 R$ 7.5 R$ 10.5 R$ 3

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Número de Custo total
trabalhadores no Custo variável médio
bar Cervejas vendidas Custo fixo médio médio
0 1 R$ 3 R$ 0 R$ 3
1 2 R$ 1.5 R$ 0.5 R$ 2
2 3 R$ 1 R$ 0.8 R$ 1.8
3 4 R$0.75 R$ 1.5 R$ 2.25

Para a demanda, partindo do ponto de vista que o problema nos passa,


poderíamos imaginar que a elasticidade dessa quantidade demandada seria elástica, pois
só existe esse único bar. Os habitantes dessa cidade que quiserem tomar cerveja, ou
tomam nesse bar, ou então não tomam. Porém, o problema não nos informa se nessa
cidade existe supermercados, pois nos supermercados os consumidores poderiam muito
bem comprar as cervejas e fazer uso delas em suas próprias residências. Para a análise do
problema com essa situação fictícia vamos supor que não existam supermercados nessa
cidade, e, posteriormente, não existe outra forma de os consumidores tomarem cerveja a
não ser nesse bar. E então imaginamos uma curva de demanda elástica.

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Quando realocamos os dados da tabela em um gráfico, temos importantes
considerações a serem fazer. A curva de custo total médio encontrada tem a forma de um
leve “U”, pois o custo fixo se distribui por um número maior de unidades. Então o custo
decresce até quando chegamos a marca de 3 cervejas, e percebemos que a curva volta a
subir porque o custo variável médio tem aumento significativo.

Quando esse bar tem seu custo marginal acima da demanda, a tendência é
que seus lucros cheguem a zerar se considerarmos essa situação em um período não curto.
Neste caso os empresários aumentarão o preço da cerveja, pois a partir de então cada
unidade adicional vendida aos clientes aumentaria seu lucro, mesmo diminuindo a
quantidade vendida. Percebe-se então que geraria desemprego de algum funcionário, que
então seria o fator que se colocaria a aumentar seu lucro. Ao contrário, quando a demanda
for maior que o custo, ela maximiza seus lucros. Portanto, os empresários, para não
tomarem prejuízo, distribuirão a quantidade de seu produto do ponto em que a demanda
for maior até no qual ela se cruza com a curva de custo marginal. Nessa área seria
satisfeita a preferência de Edu. A quantidade que Du venderia a partir do gráfico, para
que fosse satisfeita sua preferência, seria por volta de 2,8 cervejas, onde a curva de custo
marginal cruza com a de demanda. Nesse ponto, se teria uma quantidade máxima vendida
em que eles não tomariam prejuízo. A partir dessa quantidade, devido aos custos variáveis
subirem, aumentariam os custos, e o lucro seria menor. O Dudu quer apenas maximizar
a receita, logo a combinação de preço e quantidade desejada para ele se encontra onde o
produto PxQ for maior. Fazendo o produto de todas combinações PxQ possíveis no
gráfico, vimos que a preferência de Dudu de maximização da receita seria satisfeita
quando ele vendesse a quantidade de 4 cervejas ao preço de aproximadamente R$ 2,1.
Em todas outras combinações PxQ que podem ser feitas extraindo valores de P e Q do
gráfico, encontraríamos um produto menor do que encontrado para P= 2,1 e Q = 4.

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13- Compare a quantidade e o preço de um oligopólio com os de um mercado
competitivo e com os de um monopólio.

Em um oligopólio, quando as empresas decidem de modo individual o


quanto produzir para maximizar o lucro, produzem quantitativamente menos do que é
produzido no mercado competitivo. Logo, o preço dos bens produzidos no oligopólio é
maior do que o preço praticado no mercado competitivo. Em outras palavras, no
oligopólio o preço do bem é superior ao custo marginal, uma vez que a oferta é menor
que a demanda, enquanto no mercado competitivo, como oferta e demanda se encontram,
o preço do bem produzido é igual ao custo marginal.

Em um oligopólio, quando as empresas decidem individualmente a


quantidade produzida capaz de maximizar o lucro, produzem uma quantidade maior do
que o nível produzido pelo monopólio. Assim com uma maior oferta o preço no oligopólio
é inferior ao preço do monopólio.

Enquanto uma empresa competitiva é uma tomadora de preços, uma


empresa monopolista é uma formadora de preços. Os monopólios não conseguem atingir
qualquer nível de lucro que desejem porque preços elevados reduzem a quantidade que
seus clientes compram.

A receita marginal da empresa monopolista é sempre menor do que o preço


do bem. A receita marginal dos monopólios é muito diferente da receita marginal das
empresas competitivas. Quando um monopolista aumenta a quantidade vendida, afeta de
duas formas a receita total ( P x Q ):

1) O efeito quantidade: é vendida uma quantidade maior, de modo que Q é maior.


2) O efeito preço: o preço cai, de modo que P é menor.

O monopolista produz menos do que a quantidade de produto socialmente


eficiente, por essa razão o problema nos mercados monopolizados surge porque a empresa
produz e vende uma quantidade inferior ao nível que maximiza o excedente total.

Como um monopolista é o único produtor de seu mercado, ele se defronta


com uma curva de demanda de inclinação descendente para o seu produto. Quando um
monopolista aumenta a produção em uma unidade, o preço de seu produto diminui, o que

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reduz o montante da receita obtida sobre todas as unidades produzidas e vendidas. Como
resultado, a receita marginal é sempre inferior ao preço do bem.

Da mesma forma que uma empresa competitiva, uma empresa


monopolista maximiza seus lucros produzindo a quantidade em que a receita marginal é
igual ao custo marginal. O monopólio então escolhe o preço coerente com essa quantidade
demandada. Diferentemente do que ocorre com uma empresa competitiva, o preço de um
monopolista excede a sua receita marginal, de modo que o preço é maior do que o custo
marginal.

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14- Descreva três atributos da competição monopolística. Em que ela se assemelha
ao monopólio? E no que se aproxima da concorrência perfeita?

1) Muitos vendedores: há muitas empresas concorrendo pelo mesmo grupo de clientes.

2) Diferenciação dos produtos: cada empresa produz um produto pelo menos um pouco
diferente dos produtos das demais empresas. Assim, em vez de ser tomadora de preços,
cada empresa se defronta com uma curva de demanda de inclinação descendente.

3) Livre entrada: as empresas podem entrar no mercado e sair dele sem restrições. Assim,
o número de empresas do mercado se ajusta até que o lucro econômico chegue a zero.

A competição monopolística assemelha-se ao monopólio, pois as empresas


monopolisticamente competitivas seguem regras monopolistas de maximização de
lucros: ao escolher produzir a quantidade em que a receita marginal seja igual ao custo
marginal, usam a curva de demanda para identificar o preço consistente com essa
quantidade.

Deve-se lembrar que a semelhança do monopólio na competição


monopolística gera uma curva de demanda com inclinação descendente. Logo, uma
empresa monopolisticamente competitiva, do mesmo modo que o monopólio escolhe a
quantidade que vai produzir, não produz uma quantidade que maximiza o bem-estar e o
preço dos bens que vai ofertar e é formador de preço, pois os bens se diferenciam em
certa medida.

Já em relação à concorrência perfeita, a competição monopolística


assemelha-se nos seguintes aspectos: são muitas empresas, a longo prazo não há barreiras
para entrada e, por isso, o lucro econômico tende a zero. Os vendedores desse mercado
são formadores de preços, mais do que tomadores.

A competição monopolística se estrutura como um mercado em que muitas


empresas vendem produtos similares, mas não idênticos. A quantidade que minimiza o
custo total médio é chamada de escala eficiente da empresa. A longo prazo, as empresas
perfeitamente competitivas produzem em escala eficiente, ao passo que as
monopolisticamente competitivas produzem abaixo deste nível. Dizemos que, na
competição monopolística, as empresas têm capacidade ociosa. Em outras palavras, as
empresas monopolisticamente competitivas, ao contrário das perfeitamente competitivas,

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poderiam aumentar a quantidade produzida e reduzir o custo total médio da produção.
Uma segunda diferença entre a competição perfeita e a competição monopolística é a
relação entre o preço e o custo marginal.

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REFERÊNCIAS:

MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia. Tradução Allan Vidigal Hastings,


Elisete Paes e Lima, Ez2 Translate; Revisão Técnica Manuel José Nunes Pinto. 6. ed. São
Paulo: Cengage Learning, 2013.

PINHO, Diva Benevides. Aspectos da Evolução da Ciência Econômica – da economia


da informação às raízes do pensamento econômico. Disponível em:
https://www.dep.ufscar/blog/4-PINHO.pdf

VASCONCELOS, Marco Antônio Sandoval de, TROSTER, Roberto Luís. Economia


Básica: resumo de teoria e exercícios. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

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