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SEGUNDA PARTE

Código da Praxe

1. TITULO I
Da noção da praxe
Artigo 1º
PRAXE ACADÉMICA é o conjunto de usos e costumes tradicionalmente existentes entre os estudantes da
Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.

2. TITULO II
Da vinculação à PRAXE
Artigo 2º
Só o estudante matriculado no Curso de Licenciatura em Enfermagem da Escola Superior de Enfermagem de
Coimbra está activamente vinculado à sua PRAXE e ao cumprimento deste Código.

3. TITULO III
Da hierarquia da PRAXE
Artigo 3º
A categoria hierárquica da PRAXE, em escala ascendente é a seguinte:
a) BICHOS - Estudantes do ensino secundário; e os estudantes que, embora não matriculados no ensino
secundário, tenham um ou mais explicadores das matérias aí versadas, se usarem ou já tiverem usado
Capa e Batina, ainda que só fora da cidade de Coimbra. Não a tendo usado ainda no ano lectivo em
curso, mas tendo-a usado na última Queima das Fitas continuarão a ser considerados como bichos
durante o primeiro e segundo período da PRAXE, se porventura continuarem a estudar no ensino
secundário.

b) PARAQUEDISTAS – aqueles que: foram colocados na Escola Superior de Enfermagem de


Coimbra e ainda não efectuaram a respectiva matrícula; não foram colocados e continuam a estudar
com vista à repetição da candidatura.

c) CALOIROS (AS) OU NOVATOS (AS) - Os estudantes do curso de Licenciatura em Enfermagem


da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra que estejam matriculados pela primeira vez e sem que
antes se tenham matriculado em qualquer estabelecimento de ensino superior, português ou
estrangeiro.
d) CALOIROS (AS) ESTRANGEIROS (AS) - Os estudantes que, embora já tendo estado
matriculados num estabelecimento de ensino superior, português ou estrangeiro, tendo vivido a
PRAXE durante pelo menos um período, todavia estejam matriculados na Escola Superior de
Enfermagem de Coimbra pela primeira vez. Só será atribuída esta categoria após apresentação de
comprovativos de matrícula à Comissão de Praxe e Conselho de Veteranos. Enquanto não se fizer
valer de comprovativos legítimos, será atribuída a categoria de caloiro ou novato.

e) PASTRANOS (AS) - Os estudantes que foram caloiros, no espaço de tempo que medeia o início do
Cortejo da Queima das Fitas e a realização da segunda matrícula na Escola Superior de Enfermagem
de Coimbra no ano lectivo seguinte; Os estudantes que foram caloiros estrangeiros, no espaço que
medeia o fim do primeiro período de praxe e a realização da segunda matrícula na Escola Superior de
Enfermagem de Coimbra no ano lectivo seguinte.

f) SEMI-PUTOS - Sendo estudantes, tenham duas matrículas na Escola Superior de Enfermagem de


Coimbra, mas apenas durante o primeiro período de PRAXE.

g) PUTOS - Todos os que, tenham duas matrículas na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra,
mas apenas durante o segundo e terceiro períodos de PRAXE.

h) TERCEIRANISTAS – Estudantes que tenham três matrículas na Escola Superior de Enfermagem


de Coimbra.

i) TERCEIRANISTAS GRELADOS – Tendo três matrículas na Escola Superior de Enfermagem de


Coimbra e tenham, enquanto Putos, participado na cerimónia do enlace. Pertencem a esta categoria
desde o dia do cortejo da latada até à manhã do cortejo da queima das fitas.

j) TERCEIRANISTAS FITADOS – Tendo sido terceiranistas grelados, usem as fitas na pasta a partir
do cortejo da queima das fitas, inclusive.

k) QUARTANISTAS –Tenham quatro matrículas no Curso de Licenciatura em Enfermagem da Escola


Superior de Enfermagem de Coimbra.

l) VETERANOS (AS) - Os que tenham sido caloiros ou caloiros estrangeiros e completado as


categorias hierárquicas anteriores na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e tenham um
número de matrículas superior ao número de anos do curso.

m) DUX-VETERANORUM - O veterano que tiver sido eleito como tal pelo Conselho de Veteranos.
4. TITULO IV
De diversos quanto à hierarquia da PRAXE
Artigo 4º
1 - Constitui “matrícula” a inscrição, como estudante, na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.
2 - A matrícula na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra., seguida de transferência para qualquer
outro estabelecimento de ensino superior antes de findo o primeiro período escolar, não conta como
matrícula feita na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.
3 - Por conseguinte, só é caloiro estrangeiro, aquele que, tendo uma ou mais matrículas noutro
estabelecimento de ensino superior nacional ou estrangeiro, concluiu pelo menos um período escolar e
realizou a primeira matrícula na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.

Artigo 5º
Constitui “curso superior” o que assim for considerado pela lei.

Artigo 6º
1 - A PRAXE vigora a todo o tempo e subdivide-se em três períodos.
2 - O primeiro período da PRAXE medeia entre três dias antes da abertura oficial da Escola Superior de
Enfermagem de Coimbra e três dias após o início das férias do Natal.
3 - Considera-se Abertura Oficial da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, o primeiro dia de
Matrículas nesta instituição.
4 - O segundo período da PRAXE medeia entre três dias antes do fim das férias do Natal e três dias após o
início das férias da Páscoa.
5 - O terceiro período da PRAXE medeia entre três dias antes do fim das férias da Páscoa e o início da
Queima das Fitas.
6 - Início das férias é o dia seguinte ao último dia de aulas da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
e o fim das férias é o primeiro dia de aulas desta mesma instituição. Fora destes períodos não vigora a
PRAXE de
trupe, de julgamento, de recolher e é vedado o uso de insígnias (excepto na Queima das Fitas em que se
usam insígnias, como à frente se explicará).
7 - O Conselho de Veteranos poderá alterar, mediante comunicado oficial, os períodos em que vigora a
PRAXE e fixará os termos em que esta deve subsistir.

Artigo 7º
Considera-se como “usando insígnias pessoais” o mero direito de usar grelo ou fitas no decurso do ano lectivo,
tendo participado nas respectivas cerimónias de imposição de Insígnias e só a partir desta se conta para efeitos
da atribuição das categorias da hierarquia da PRAXE (vide art.3º).

Artigo 8º
As categorias de “bicho” e “caloiro” têm a designação genérica de “animais” e as de “semi-puto”, ou superior,
a de “doutores”.

Artigo 9º
Os que não forem estudantes ou antigos estudantes da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, incluindo
os antigos estudantes das antigas Escolas Superiores de Enfermagem Dr. Ângelo da Fonseca e Bissaya Barreto,
têm a designação de “futricas” e não estão vinculados à PRAXE.

Artigo 10º
1 - Os que tiverem estudado na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e dela se tenham afastado para
estudar em qualquer outro estabelecimento de ensino superior, no caso de àquela regressarem, terão, na
hierarquia da PRAXE, a categoria que lhes for dada pelo seu número de matrículas na escola, tal como se
nunca tivessem abandonado a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.
2 - Este artigo aplica-se aos estudantes que tenham frequentado os três períodos de PRAXE no ano da sua
primeira matrícula na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.

5. TITULO V
Da condição de futrica
Artigo 11º
1 - Aos futricas é vedado o uso de Capa e Batina e pasta de PRAXE; Os antigos estudantes da Escola
Superior de Enfermagem de Coimbra, incluindo os antigos estudantes das antigas Escolas Superiores de
Enfermagem Dr. Ângelo da Fonseca e Bissaya Barreto, podem usar unicamente a Capa, salvo o consignado
no artigo 209º.
2 - A infracção a esta norma corresponde sanção a aplicar:
a) Ou por trupes ordinárias;
b)Ou por trupes especialmente constituídas para esse fim após decisão do Conselho de Veteranos;
c) Ou pelos doutores que estiverem presentes no momento em que é decidida a sanção.
3 - Se a trupe for ordinária deverá dirigir-se ao infractor de modo jocoso e achincalhar o mesmo durante o
tempo estipulado pela trupe em decisão prévia. Nas outras hipóteses a sanção será similar e terá de ser
aprovada em votação por maioria simples.
6. TITULO VI
Da condição de bicho
Artigo 12º
Os bichos não podem ser mobilizados.

Artigo 13º
1 - Aos bichos é vedado o uso de pasta da PRAXE, mas poderão utilizar-se de outras de qualquer modelo,
desde que não haja possibilidade de confusão com aquelas.
2 - A infracção será punida com um período de escárnio a definir, por trupe, por qualquer doutor na PRAXE
ou por veterano mesmo à futrica.
3 - Estando presentes diversos doutores, todos podem participar na aplicação da sanção.

Artigo 14º
1 - No caso de infracção o doutor na PRAXE ou veterano mesmo à futrica, poderá ordenar que um caloiro
tente montar o bicho sem ferir a sua integridade física e moral.
2 - Para efeitos do número anterior, o caloiro é obrigado a tentar montar o bicho mas não é obrigado a
montá-lo.
3 - O doutor na PRAXE ou veterano mesmo à futrica não deve sancionar o caloiro caso este não consiga
montar o bicho.

7. TITULO VII
Da condição de paraquedista
Artigo 15º
O paraquedista tem uma condição idêntica à de futrica, salvo a possibilidade de uso de Capa pelos antigos
estudantes da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra ou das antigas Escolas de Superiores de Enfermagem
Dr. Ângelo da Fonseca e Bissaya Barreto.

8. TITULO VIII
Da condição de caloiro
Artigo 16º
1 - Os caloiros estão sujeitos à PRAXE de trupe, e só a esta, após a meia-noite (ou zero horas) e até à hora
do primeiro toque matutino.
2 - Os caloiros que forem elementos de organismos ou Grupos académicos tais como a Associação de
Estudantes da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (AEESEnfC), Tuna de Enfermagem de
Coimbra (TEC) e outros semelhantes constituídos ou que se venham a constituir, devidamente
reconhecidos pelo Conselho de Veteranos, não estão sujeitos a qualquer sanção, nos trinta minutos
anteriores ou seguintes aos respectivos ensaios, espectáculos ou reuniões, desde que se dirijam para suas
casas ou delas venham pelo caminho considerado mais curto.
3 - A PRAXE de trupe por infracção ao que se dispõe nos números anteriores traduzir-se-á em rapanço, se
as crinas do animal tiverem mais de dois dedos de comprimento, ou sanção de unhas no caso contrário.

Artigo 17º
1 - Aos caloiros é vedado o uso da pasta da PRAXE ou de qualquer outro modelo que se confunda com
esta.
2 - A infracção será punida com a captura da pasta e sanção de unhas a aplicar por trupe, ordinária ou
extraordinária, por qualquer doutor na PRAXE pertencente à Comissão de Praxe ou por veterano mesmo à
futrica.
3 - A pasta apreendida será entregue ao Conselho de Veteranos que decidirá do destino a dar-lhe.

Artigo 18º
1 - Os caloiros não podem assistir à aplicação de sanções a outrém.
2 - A infracção será punida com sanção de unhas que poderá ser aplicada por trupe ou por qualquer doutor
na PRAXE pertencente à Comissão de Praxe ou por veterano mesmo à futrica.
3 - Estando presentes vários doutores de hierarquias diferentes, apenas poderão aplicar a sanção aquele ou
aqueles que tiverem a hierarquia superior.

Artigo 19º
1 - É vedado aos caloiros pegarem na pasta da PRAXE, com ou sem insígnias.
2 - À infracção corresponde sanção de unhas a aplicar por qualquer doutor na PRAXE pertencente à
Comissão de Praxe ou veterano mesmo à futrica, que esteja presente.
3 - Podem todavia nela pegar, livres de sanção, se entre esta e as mãos interpuserem qualquer peça do seu
vestuário ou lenço.

Artigo 20º
Ao caloiro é salvaguardado o dever de identificar qualquer infracção quando lhe esteja a ser aplicada uma
sanção e comunica-la de imediato ao Conselho de Veteranos para que seja aplicada sanção ao doutor que
cometeu a infracção sobre o caloiro.

9. TITULO IX
Da condição de caloiro estrangeiro
Artigo 21º
São aplicáveis aos caloiros estrangeiros os artigos 16º, 17º, 18º e 19º.

Artigo 22º
Ao caloiro estrangeiro é atribuído o descrito no artigo 20º, passando a sua condição automaticamente para a
condição de Pastrano a partir do início do segundo período de Praxe.

10. TITULO X
Da condição de pastrano
Artigo 23º
1 - Aos pastranos é permitido o uso da pasta da PRAXE nas condições estabelecidas para os semi-putos, e
usufruem, a partir do início do primeiro período de praxe do ano lectivo seguinte, dos direitos atribuídos
aos semi-putos no exercício da PRAXE.
2 – Ao pastrano está vedado o exercício de PRAXE sobre os caloiros, no caso de passar da condição de
caloiro estrangeiro para pastrano.

11. TITULO XI
Da condição de semi-puto
Artigo 24º
Aos semi-putos é permitido o uso da pasta da PRAXE mas só podem usá-la na mão, tendo o braço
completamente estendido.

Artigo 25º
Aos semi-putos é vedado dobrar a pasta, virar a abertura para cima ou usar nela monograma.

Artigo 26º
Os semi-putos poderão mobilizar um caloiro de cada vez, e terão de o acompanhar sempre sob pena da
mobilização ficar sem efeito.

Artigo 27º
Os semi-putos não podem exercer PRAXE em mobilizações ou aplicar sanções sem terem a capa sobre os
ombros e a pasta da PRAXE.

Artigo 28º
Os semi-putos não podem trazer consigo insígnias da PRAXE mas podem utilizar-se delas, quando a isso
tiverem direito, desde que nelas agarrem protegendo-as com qualquer peça de vestuário ou lenço.

Artigo 29º
Os semi-putos não podem proteger nem ser protegidos.

Artigo 30º
1 - Aos semi-putos é vedada a permanência nas vias públicas após a uma hora da manhã.
2 - À infracção corresponde sanção de unhas que poderá ser aplicada por trupe ou por qualquer veterano
mesmo à futrica.

Artigo 31º
Os semi-putos só podem aplicar sanção de unhas nos seguintes casos:
1 - Quando estejam em trupe e a sanção se aplique em alguém de categoria inferior na hierarquia da
PRAXE;
2 - Quando se esteja a exercer PRAXE sobre ele e o que a exerce a infringir também, caso não esteja
presente um doutor de grau hierárquico igual ou superior a puto, a quem caberá aplicar a sanção;
3- Quando pertence à Comissão de Praxe.

12. TITULO XII


Da condição de puto
Artigo 32º
Aos putos é permitido exercerem PRAXE em mobilizações, sem necessidade de terem a Capa caída sobre os
ombros ou pasta da PRAXE.

Artigo 33º
1 - Aos putos é permitido o uso de monograma na pasta, dobrá-la em espiral e virar a sua abertura para
cima.
2 - No caso de terem a pasta dobrada em espiral o monograma deve ser visível.

Artigo 34º
Os putos, não estando em trupe ou julgamento, só podem aplicar sanção de unhas estando de Capa caída sobre
os ombros e sendo membros da Comissão de Praxe.

Artigo 35º
1 - Aos putos é vedada a permanência nas vias públicas após as 2 horas da manhã até à hora do primeiro
toque matutino da Cabra.
2 - A infracção corresponde a sanção de unhas a aplicar por trupe ou por qualquer doutor que, estando na
PRAXE, tem hierarquia igual ou superior a terceiranista.

Artigo 36º
Os putos apenas podem mobilizar dois caloiros de cada vez.

Artigo 37º
Os putos podem usar o grelo na lapela esquerda a partir do Cortejo da Queima das Fitas.

13. TITULO XIII


Da condição de terceiranista
Artigo 38º
Aos terceiranistas é permitido dobrarem a pasta de modo a que as duas abas se inclinem para dentro.

Artigo 39º
Os terceiranistas, estando na PRAXE, podem mobilizar um número indeterminado de caloiros.

Artigo 40º
1 - Aos terceiranistas é vedada a permanência nas vias públicas após as três horas e até à hora do primeiro
toque matutino da Cabra.
2 - À infracção corresponde sanção de unhas a aplicar por trupe ou por qualquer doutor na PRAXE de
hierarquia igual ou superior a quartanista.

14. TITULO XIV


Da condição de terceiranista grelado
Artigo 41º
Os terceiranistas grelados podem usar grelo na respectiva pasta após a latada ou cerimónia de imposição de
insígnias.

15. TITULO XV
Da condição de terceiranista fitado
Artigo 42º
Os terceiranistas fitados podem usar fitas na respectiva pasta após a sua queima das fitas ou cerimónia de
imposição de insígnias.

16. TITULO XVI


Da condição de quartanista
Artigo 43º
1 - Aos quartanistas é vedada a permanência nas vias públicas após as cinco horas da manhã e até à hora
do primeiro toque matutino da Cabra.
2 - A infracção corresponde sanção de unhas a aplicar por trupe ou veterano.

17. TITULO XVII


Da condição de veterano
Artigo 44º
Aos veteranos é permitido exercerem PRAXE à futrica, excepto como componentes de trupes ou em
julgamentos.

Artigo 45º
Aos veteranos compete, e só a estes, passar revista às trupes e aplicar as sanções respectivas quando algum dos
seus componentes não estiver na PRAXE ou a infringir de modo activo.

Artigo 46º
Só os veteranos podem mandar descalçar o sapato a um infractor para aplicar-lhe uma sanção, ainda que não
sejam eles a aplicá-la.

Artigo 47º
Os veteranos, estando de Capa e Batina, ao passarem revista a uma trupe não carecem de estar de Capa traçada.

Artigo 48º
Os veteranos nunca descalçam o sapato, salvo para aplicar sanção de unhas a outros veteranos.

Artigo 49º
1 - Quando um veterano infringir qualquer preceito da PRAXE, ser-lhe-á aplicada sanção de calduço
(palmada no cachaço) por qualquer doutor na PRAXE de hierarquia superior a semi-puto.
2 - No caso de estarem presentes vários doutores, apenas por aquele ou aqueles que, simultaneamente,
tenham o mesmo e o mais elevado grau hierárquico.
3 - Se a infracção for cometida em face de uma trupe apenas o chefe desta terá legitimidade para aplicar a
sanção.

18. TITULO XVIII


Da condição de Dux-Veteranorum
Artigo 50º
Ao Dux-Veteranorum compete presidir ao Conselho de Veteranos, assinar as convocatórias, passar revista a
qualquer trupe, zelar pelo respeito do código da PRAXE em todos os movimentos académicos e assim
salvaguardar o prestígio da PRAXE.

Artigo 51º
O Dux-Veteranorum pode proteger como quartanista nos dias em que só há protecção de sangue (vide art. 136º).

Artigo 52º
1 - O mandato de Dux-Veteranorum cessa automaticamente quando cessar a sua qualidade de estudante da
Escola Superior de Enfermagem Coimbra e ainda quando for aceite o seu pedido de demissão ou deliberada
a sua expulsão pelo Conselho de Veteranos:
a) O pedido de demissão será dirigido ao Conselho de Veteranos expressamente reunido para esse fim
por convocatória assinada pelo DUX
b) A expulsão será feita pelo Conselho de Veteranos reunido por Convocatória assinada por um
veterano deste Conselho.
2 - Aos mesmos veteranos, referidos no número anterior, compete por Convocatória pessoal, solicitar a
comparência do Dux-Veteranorum.

Artigo 53º
1 - Visando o Conselho de Veteranos expulsar o Dux, o Veterano que assinou a Convocatória referirá as
razões que levam a tal procedimento, dando em seguida a palavra ao Dux e aos veteranos que a pedirem.
2 - A expulsão do Dux só será válida se no Conselho de Veteranos que se realizar para o efeito estiverem
presentes pelo menos 2/3 (dois terços) dos elementos deste Conselho.
3 - Não comparecendo o Dux, e a menos que se trate de factos do conhecimento geral e notoriamente
verdadeiros, devera o Conselho de Veteranos diligenciar no sentido de realizar uma nova reunião a fim de
aquele ser ouvido.
19. TITULO XIX
Da condição de Dux-Duxorum
Artigo 54º
1 - O Conselho de Veteranos poderá atribuir a categoria honorífica de Dux-Duxorum a todos os actuais ou
velhos doutores que tenham assumido a categoria e desempenhado as funções de Dux-Veteranorum pelo
menos durante seis meses.
2 - Tal atribuição será feita tendo em atenção os comprovados serviços prestados à PRAXE ou por
interesses altamente relevantes desta amplamente reconhecidos.
3 - A atribuição da categoria honorífica de Dux-Duxorum será feita pelo Conselho de Veteranos, sendo
condição necessária para a referida atribuição, a ausência de votos desfavoráveis.
4 - A atribuição da categoria honorífica de Dux-Duxorum depende igualmente da aceitação do doutor e
uma vez esta manifestada e reconhecida pelo respectivo toma-se vitalícia.

Artigo 55º
À categoria honorífica de Dux-Duxorum serão atribuídas, para além das prerrogativas inerentes aos demais
veteranos (cf. art. 166º) nos termos da PRAXE:
a) O direito às honras que pela PRAXE, escrita e/ou consuetudinária, lhe venham a ser reconhecidas.
b) O direito às honras, cumprimentos e tratamentos de patente dignidade reconhecidas à categoria de
Dux-Veteranorum.
c) O direito à liberdade de circulação e permanência espacial e temporal.
d) O direito a assistir às reuniões do Conselho de Veteranos em que compareça.
e) O direito de intervir, usando da palavra, em último lugar nas reuniões do Conselho de Veteranos.

Artigo 56º
A atribuição da categoria de Dux-Duxorum constará de um comunicado escrito obrigatoriamente (podendo ser
divulgado por outros meios opcionalmente), em que unicamente constarão:
a) O nome do doutor e o motivo porque lhe foi atribuída a nova categoria honorífica.
b) Os direitos que pela PRAXE lhe são reconhecidos.
c) A data da reunião em que lhe foi atribuída tal categoria.
d) A data da publicação desse comunicado.
e) A assinatura do Dux-Veteranorum em funções na face da folha no espaço habitual.

20. TITULO XX
De diversos quanto às condições
Artigo 57º
1 - A qualquer grau hierárquico cabem sempre os direitos consignados para as categorias inferiores e ainda
os que a PRAXE para ele especificamente estabelece.
2 - Estão excluídos do âmbito deste artigo os direitos consignados nas categorias dos grelados e fitados
(vide art. 3º).

Artigo 58º
Os recém-licenciados, salvo o uso de Capa e Batina e regalias dela derivadas, têm todas as outras regalias dos
veteranos do activo até seis meses após o dia da sua formatura.

21. TITULO XXI


Dos limites da PRAXE
Artigo 59º
Para efeitos de PRAXE da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, são considerados os limites geográficos
do Concelho de Coimbra.

22. TITULO XXII


Das condições gerais do exercício da PRAXE
Artigo 60º
Só podem exercer PRAXE na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra os que estiverem matriculados na
mesma (vide art. 4º).

Artigo 61º
1 - Os doutores só podem exercer PRAXE estando na PRAXE.
2 - Os veteranos, salvo quando expressamente se indique o contrário, podem exercer PRAXE à futrica mas,
estando de Capa e Batina, têm de estar na PRAXE (cf. art. 44º).

Artigo 62º
Consideram-se como estando na PRAXE:
1 - Os Estudantes que obedecerem aos requisitos seguintes relativos à indumentária:
a) Terem sapatos ou botas pretas de estilo clássico (sem apliques metálicos) e meias pretas.
b) Terem calça preta, com ou sem porta.
c) Terem colete preto não de abas ou cerimónia.
d) Terem batina que não seja de modelo eclesiástico.
e) Terem camisa branca e lisa, com colarinho de modelo comum, gomado ou não, e com ou sem
punhos.
f) Terem gravata preta e lisa.
g) Terem a capa preta, de uso comum, com ou sem cortes na parte inferior e com ou sem distintivos
na parte interior.
h) Na lapela só é permitido o uso do alfinete de curso.
i) Não terem lenço visível no bolso do peito.
2 - O colete e a batina deverão ter um número de botões pregados correspondentes ao número de casas,
incluindo nestas, e quanto à batina, a da lapela.
3 - O bolso posterior da calça, tendo casa, tem de ter botão.
4 - A batina, na parte frontal à altura do tronco deverá ter três botões, devendo ter no topo da lapela, na
parte de trás, um pequeno botão com a respectiva casa na lapela oposta, a fim de permitir o fecho da batina
em caso de luto. Deve ainda ter pregados, na parte média posterior, dois botões de tamanho não inferior
aos da parte frontal e apresentar em cada uma das mangas de um a quatro botões, mas de modo a que o
número destes seja o mesmo num e noutro punho.
5 - É proibido o uso de botins ou botas altas, luvas, pulseiras, boina, óculos de sol, brincos, “piercings”
visíveis e outros adereços não autorizados pelo Conselho de Veteranos.
6 - É facultativo o uso de gorro da PRAXE, o qual não tem borla nem termina em bico.
7 - A roupa interior e os bolsos não estão sujeitos a revista.
8 - Os distintivos da Capa não podem ser visíveis estando esta traçada ou sobre os ombros.
9 - Somente é permitido o uso de emblemas de pano na capa que serão os da pátria; cidade natal;
relacionados com os actos decorrentes da actividade académica excluindo os incompatíveis com a PRAXE
ACADEMICA COIMBRÃ (tais como emblemas de clubes, marcas comerciais ou similares).
10 - As Estudantes que obedecerem aos requisitos seguintes relativos à indumentária:
a) Terem sapatos pretos, de estilo clássico (sem apliques metálicos);
b) Terem meias altas e pretas;
c) Terem fato saia-casaco, preto e de modelo simples, podendo no entanto o casaco ser cintado, e
devendo a saia não subir uma mão-travessa, da própria pessoa, acima do joelho.
d) Terem camisa branca lisa, com ou sem punhos;
e) Terem gravata preta;
f) Terem capa preta, de uso comum, com ou sem cortes na parte inferior e com ou sem distintivos na
parte interior.
11 - Não podem usar meias de rede.
12 – As bandas do casaco serão do mesmo tecido que o próprio.
13 - A saia não pode ser rodada.
14 - A roupa interior e os bolsos não estão sujeitos a revista.
15 - É proibido o uso de botins ou botas altas, luvas, pulseiras, boina, brincos cujo tamanho seja superior
ao lóbulo da orelha, óculos de sol, maquilhagem exuberante, “piercings” visíveis e outros adereços não
autorizados pelo Conselho de Veteranos.
16 - É facultativo o uso do gorro da PRAXE pelas raparigas.
17 - Os distintivos da Capa não podem ser visíveis estando esta traçada ou caída sobre os ombros.
18 - Somente é permitido o uso de emblemas de pano na capa que serão os da pátria; cidade natal;
relacionados com os actos decorrentes da actividade académica excluindo os incompatíveis com a PRAXE
ACADEMICA COIMBRÃ (tais como emblemas de outros clubes, marcas comerciais ou similares).

Artigo 63º
1 - É incompatível com o uso de Capa e Batina o uso de artigos ou acessórios diferentes dos especificados
no art. 62º, à excepção do uso de distintivos na lapela, relacionados com o curso, Associação Académica,
e com a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, não podendo estes ser usados para efeitos de
exercício de PRAXE.
2 - Para efeitos do presente artigo, e deste Código em geral, as estudantes consideram-se como “usando
Capa e Batina” ao usarem a capa e o fato descrito no nº 2 do art. 62º.

Artigo 64º
1 - Debaixo de tecto só pode exercer-se PRAXE em casas reconhecidas pelo Conselho de Veteranos ou
pela Comissão de Praxe, nas Instalações da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.
2 - Está vedada mobilização dos “animais” especificamente para trabalhos domésticos, sendo excepção os
trabalhos inerentes jantares/convívios em que seja mantido o proveito tanto dos “animais” como dos
doutores, salvaguardando sempre o dever de os doutores promoverem a integração dos “animais”.

Artigo 65º
1 - Não obstante o disposto no artigo anterior o Conselho de Veteranos pode, em casos especiais, autorizar
o exercício de PRAXE em qualquer outro local.
2 - Não estando o Conselho de Veteranos ou o Dux-Veteranorum disponíveis, reme-te para a Comissão de
Praxe o poder de viabilizar ou não o exercício de PRAXE noutro local.

23. TITULO XXIII


Das mobilizações
Artigo 66º
Constitui mobilização qualquer acção levada a cabo por um doutor na PRAXE, ou veterano à futrica, em relação
a um caloiro ou caloiro estrangeiro num contexto de PRAXE, em que prevaleça a vontade do doutor, ainda que
coincidente com a do caloiro, ou caloiro estrangeiro.
Artigo 67º
1 - Só os caloiros (nacionais ou estrangeiros) podem ser mobilizados e gozados e só os doutores os podem
mobilizar e gozar.
2 - É expressamente proibida a realização de qualquer tipo de pintura sobre os caloiros mobilizados ou
gozados.
3 - É igualmente proibida qualquer forma de extorsão ou usurpação exercida sobre bens cuja propriedade
seja do caloiro mobilizado ou gozado.
4 - A infracção ao disposto nos números 2 e 3 corresponde sanção de unhas sobre o Doutor que efectua a
mobilização, que poderá ser aplicada por trupe ou por qualquer doutor na praxe, de hierarquia igual ou
superior a puto, ou por veterano mesmo à futrica.

Artigo 68º
1 - Qualquer doutor pode anular uma mobilização de outro desde que este lhe seja inferior, na hierarquia
da PRAXE, em dois graus, salvo estando o caloiro mobilizado para Cortejo Académico, ou mobilizado
pela Comissão de Praxe.
2 - Para efeitos do número anterior constituem graus, em sentido ascendente, apenas os seguintes:
a) Caloiro;
b) Semi-puto;
c) Puto;
d) Terceiranista;
e) Quartanista
f) Veterano.

Artigo 69º
As mobilizações para Cortejos académicos podem fazer-se com qualquer antecedência.

Artigo 70º
1 - Só são permitidas as mobilizações desde o primeiro toque matutino da Cabra até ao último toque
vespertino.
2 - Se o caloiro estiver acompanhado do pai ou mãe, avô ou avó, não poderá ser mobilizado.

24. TITULO XXIV


Das trupes
Artigo 71º
1 - As trupes podem ser ordinárias ou extraordinárias:
a) Constituem trupes ordinárias os grupos de três ou mais estudantes, subordinados a um ou dois
chefes, que têm por fim zelar pela observância da PRAXE, no espaço de tempo que medeia entre a
Meia-Noite (zero horas) e o primeiro toque matutino da Cabra do dia seguinte.
b) Constituem trupes extraordinárias as que, obedecendo às características das trupes ordinárias, se
propõem executar durante o dia, sentença de julgamento ou decisão do Conselho de Veteranos.
2 - As trupes ordinárias só podem constituir-se após a Meia-Noite (Zero Horas).
3 - As trupes extraordinárias só podem constituir-se após o terceiro toque matutino da Cabra e perdurar até
ao início da “hora do caloiro”.
4 - Constitui “hora do caloiro” a meia hora que antecede a Meia-Noite (Zero Horas).

Artigo 72º
1 - Dentro das trupes ordinárias obedece-se à seguinte hierarquia por ordem ascendente:
a) Trupe Vulgar
b) Trupe de Terceiranistas
c) Trupe de Quartanistas
d) Trupe de Veteranos
e) Trupe do Conselho de Veteranos
2 - Qualquer trupe pode interferir com qualquer outra que lhe seja hierarquicamente inferior, verificando
se esta está legalmente constituída (cf. art. 75º). Se não o estiver, será automaticamente desfeita, sendo
ainda aplicável o disposto no artigo 103º.
3 - As trupes ordinárias têm todas as regalias das que lhe são hierarquicamente inferiores, bem como todas
as que lhes sejam expressamente atribuídas.

Artigo 73º
1 - Os componentes das trupes não podem trazer consigo pasta da PRAXE, livros ou quaisquer outros
objectos.
2 - Se trouxerem nos bolsos objectos volumosos, estes não podem ser visíveis.

Artigo 74º
1 - As trupes não podem deslocar-se em veículos, motorizados ou não, excepto se a viatura for de transporte
colectivo público e visar a perseguição dum infractor da PRAXE que nele se desloque.
2 - Para a aquisição de bilhetes, nas trupes que se desloquem em transporte colectivo, o chefe deverá
autorizar um dos elementos da trupe a sair dela.
3 - Qualquer informação a ser prestada será fornecida pelo chefe ao elemento que saiu e dada depois por
este.
4 - A infracção a qualquer destas disposições terá como consequência a dissolução da trupe.

Artigo 75º
1 - O número mínimo de elementos de uma trupe é de três.
2 - Não há limite máximo.

Artigo 76º
1 - A trupe considera-se legalmente constituída se, simultaneamente, satisfizer a todos os requisitos
seguintes:
a) Ser legitimamente chefiada (cf. art. 76º),
b) Ter todos os seus elementos na PRAXE e não serem visíveis os
colarinhos nem quaisquer emblemas interiores da Capa,
c) Fazer-se o chefe da trupe acompanhar das insígnias da PRAXE (cf. art. 77º);
d) Ter sido constituída em qualquer dos locais seguintes: Porta principal da Escola Superior de
Enfermagem de Coimbra; Porta Principal da Residência da Escola Superior de Enfermagem de
Coimbra; Porta Férrea da Universidade de Coimbra.
e) Terem-se os componentes da trupe conservado, ininterruptamente, de Capa traçada após a sua
constituição;
f) Ter o chefe de trupe, no acto da formação desta, dado três pancadas com a moca ou colher em
qualquer uma das portas indicadas na alínea d) ao mesmo tempo que diz: IN NOMEN SOLENISSIMA
PRAXIS, TRUPE FORMATA EST
2 - Os componentes da trupe deverão esforçar-se para que os punhos da camisa não sejam visíveis. No caso
de o serem, qualquer doutor na PRAXE ou veterano mesmo à futrica, pode chamar a atenção do chefe de
trupe para esse facto, sem qualquer outra consequência.

Artigo 77º
A trupe considera-se legitimamente chefiada:
a) Quando o seja por terceiranista ou de hierarquia superior,
b) Quando ocupar a posição de chefe o que, dentro da trupe, tiver o maior grau hierárquico;
c) Quando for o chefe o portador das insígnias.

Artigo 78º
1 - São, nomeadamente, insígnias da PRAXE e assim consideradas na PRAXE:
a) MOCA - de pau e sem saliências na cabeça.
b) COLHER - de pau, e escrito na parte interior DURA PRAXIS SED PRAXIS, podendo ainda ter
qualquer desenho alusivo à vida académica.
c) TESOURA – sem bicos nem desmontável.
2 - As insígnias da PRAXE podem ser de qualquer tamanho.
3 - Na falta de moca esta poderá ser substituída por um pau de fósforo com a cabeça por queimar.

Artigo 79º
1 - Para aplicação das sanções, somente as insígnias do chefe podem ser utilizadas, não podendo este trazer
consigo insígnias duplas.
2 - É todavia permitido a qualquer outro componente da trupe trazer insígnias com vista a desdobramento
ou qualquer outro fim.

Artigo 80º
1 - Depois de formada a trupe, se algum dos seus elementos quiser sair, terá de pedir autorização ao chefe.
2 - No caso de sair sem essa autorização ou destraçar a Capa antes de a pedir, a trupe considerar-se-á
desfeita.

Artigo 81º
Destraçando-se uma Capa na perseguição dum infractor a trupe não se considerará desfeita.

Artigo 82º
1 - Se algum doutor estranho a uma trupe já constituída, dela quiser fazer parte, deverá comunicá-lo ao
respectivo chefe que poderá ou não recusar a sua entrada.
2 - Se o que pretende entrar tiver grau hierárquico inferior ao do chefe apanhará nas unhas deste.
3 - Tendo o mesmo grau ou superior entrará sem sanção, ficando a chefia da trupe sujeita ao disposto no
artigo 76º.

Artigo 83º
Se uma trupe infringir a PRAXE só o chefe, um veterano, ou uma trupe de grau hierárquico superior, poderão
ordenar a sua dissolução.

Artigo 84º
1 - As trupes ordinárias, poderão levar consigo um caloiro que servirá de
“cão de fila” não podendo no entanto o caloiro dirigir-se a alguém mas só apontar.
2 - Enquanto a trupe estiver a aplicar uma sanção, o caloiro ficará automaticamente fora dela, podendo ser,
entretanto, apanhado por outra trupe;
3 - Se a trupe não rapar nenhum “animal” o caloiro “cão de fila” será rapado antes desta se desfazer.
4 - Para efeitos do disposto no artigo 74º o caloiro não conta como elemento.
5 - Nenhum caloiro pode ser obrigado a fazer trupe.

Artigo 85º
Em noites de Convívios Académicos organizados pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, pela
Comissão de PRAXE ou pela Associação de Estudantes da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, não
se exerce PRAXE de trupe.
25. TITULO XXV
Do desdobramento das trupes
Artigo 86º
Constitui desdobramento de trupe o fraccionamento, em qualquer local, de uma trupe validamente constituída
e de modo a que ambas se considerem na PRAXE (vide art. 75º).

Artigo 87º
No acto de desdobramento, o chefe da nova trupe deverá dizer: IN NOMEN SOLENISSIMA PRAXIS TRUPE
DESDOBRATA EST

Artigo 88º
O chefe da nova trupe deverá ser o que, dentro da trupe inicial, tinha um grau hierárquico igual ou
imediatamente inferior ao do chefe.

Artigo 89º
A trupe desdobrada poderá reunir-se à trupe inicial sempre que o deseje sem prejuízo de novos desdobramentos.

26. TITULO XXVI


Das trupes de terceiranistas
Artigo 90º
As trupes de terceiranistas são constituídas unicamente por estudantes com três matrículas na Escola Superior
de Enfermagem de Coimbra.

Artigo 91º
1 - As trupes de terceiranistas terão de anunciar a sua saída com uma mortalha colada na Porta da Escola
Superior de Enfermagem de Coimbra e só ai se podem constituir, sob pena de se considerarem trupes
ordinárias Vulgares.
2 - Na mortalha utilizada deverá escrever-se TRUPE TERCEIRANISTORUM FORMATA EST.

Artigo 92º
1 - Se outra ou outras se formarem desconhecendo o facto, deverão, logo que se encontrarem, juntar-se ou
ficar desfeita aquela cujo chefe tenha grau hierárquico inferior.
2 - Pretendendo juntar-se e tendo o chefe o mesmo grau resolverão de comum acordo. Na falta de
entendimento passam ambas à categoria de ordinárias Vulgares.
Artigo 93º
Para as trupes de terceiranistas existem protecções (cf. art. 133º).

Artigo 94º
As trupes de terceiranistas só estão sujeitas a revista do Dux-Veteranorum (cf. art. 50º), ou de uma trupe de
grau hierárquico superior.

27. TITULO XXVII


Das trupes de quartanistas
Artigo 95º
As trupes de quartanistas são constituídas unicamente por estudantes com quatro matrículas na Escola Superior
de Enfermagem de Coimbra.

Artigo 96º
1 - As trupes de quartanistas terão de anunciar a sua saída com uma mortalha colada na Porta da Escola
Superior de Enfermagem de Coimbra e só ai se podem constituir, sob pena de se considerarem trupes
ordinárias Vulgares.
2 - Na mortalha utilizada deverá escrever-se: TRUPE QUARTANISTORUM FORMATA EST.

Artigo 97º
1 - Se outra ou outras se formarem desconhecendo o facto, deverão, logo que se encontrarem, juntar-se ou
ficar desfeita aquela cujo chefe tenha grau hierárquico inferior.
2 - Pretendendo juntar-se e tendo o chefe o mesmo grau resolverão de comum acordo. Na falta de
entendimento passam ambas à categoria de ordinárias Vulgares.

Artigo 98º
Para as trupes de quartanistas não há protecções (cf. art. 133º).

Artigo 99º
As trupes de quartanistas só estão sujeitas a revista do Dux-Veteranorum (cf. art. 50º), ou de uma trupe de grau
hierárquico superior.

28. TITULO XXVIII


Das Trupes de Veteranos
Artigo 100º
As trupes de veteranos são constituídas somente por estes.

Artigo 101º
1 - As trupes de veteranos terão que anunciar a sua saída com uma fita branca colocada na Porta da Escola
Superior de Enfermagem de Coimbra e podem constituir-se nos locais descritos no art. 75º.
2 - Na fita branca utilizada deverá escrever-se: TRUPE VETERANORUM FORMATA EST.

Artigo 102º
1 - No mesmo dia apenas poderá formar-se uma trupe de veteranos. Se outra ou outras se formarem,
desconhecendo o facto, deverão, logo que se encontrem, juntar-se ou ficar desfeita aquela cujo chefe tenha
número de matrículas inferior e, em caso de empate, menor tempo de Comissão de Praxe.
2 - Pretendendo juntar-se as trupes, e tendo os chefes o mesmo grau resolverão de comum acordo; na falta
de entendimento passam ambas à categoria de ordinárias vulgares.

Artigo 103º
Para as trupes de veteranos não há protecções (cf. art. 133º).

Artigo 104º
As trupes de veteranos só estão sujeitas a revista do Dux-Veteranorum ou de Trupe de Conselho de Veteranos
(cf. art. 50º).

Artigo 105º
1 - As trupes de veteranos podem interferir em quaisquer outras trupes e ir às unhas a todos os seus
componentes, salvo aos veteranos que delas fizerem parte.
2 - Sendo a trupe ordinária Vulgar ou de Terceiranistas, estas ficarão desfeitas.

29. TITULO XXIX


Das trupes do Conselho de Veteranos
Artigo 106º
Constituem trupes do Conselho de Veteranos as que forem formadas em qualquer local descrito no 4º do artigo
75º, e exclusivamente constituída por membros do Conselho de Veteranos que se tenham reunido nesse dia.
Artigo 107º
Para as trupes do Conselho de Veteranos não há protecções.

Artigo108º
As trupes do Conselho de Veteranos terão de ser chefiadas pelo Dux-Veteranorum.

30. TITULO XXX


Do modo de agir das trupes
Artigo 109º
1 - Os componentes de uma trupe, antes de aplicarem qualquer sanção, devem perguntar, por favor, ao
presumível infractor, o que é pela PRAXE.
2 - Perante a resposta e havendo infracção, o componente que o tiver inquirido declará-lo-á debaixo de
trupe e apelará para o auxilio dos restantes componentes, por assobio ou outro sinal combinado.
3 - Colocada a trupe em volta do infractor, o chefe repetirá a pergunta e, confirmada a infracção, aplicará
a sanção respectiva, fazendo-a preceder destas palavras: IN NOMEN SOLENISSIMA PRAXIS.
4 - O componente da trupe que tiver inquirido, ou o chefe em seu lugar, podem sempre pedir a palavra de
honra, como modo de confirmar a declaração prestada.

Artigo 110º
Quando a palavra de honra tiver sido dada em falso e o chefe de trupe disso se aperceber, aplicará a sanção
correspondente à natureza da infracção e à hierarquia do infractor.

Artigo 111º
No caso de o presumível infractor não querer dar a palavra de honra ou não querer dizer o que é pela PRAXE,
será considerado caloiro.

Artigo 112º
Ao chefe de trupe é vedado decidir a aplicação duma sanção sem que tenha envidado todos os esforços para
determinar a categoria hierárquica dentro da PRAXE, se o presumível infractor a não souber dizer.

Artigo 113º
1 - Se à palavra de honra do inquirido se contrapuser a palavra de honra dum dos componentes da trupe,
prevalecerá esta e será aplicada a sanção de acordo com o grau hierárquico e a infracção cometida.
2 – A vítima poderá interpor recurso para a Comissão de Praxe ou para o Conselho de Veteranos que se
deverá reunir exclusivamente para esse fim.

Artigo 114º
1 - A todos os componentes duma trupe, sem distinção de hierarquia, é lícito perguntar aos presumíveis
infractores o que são pela PRAXE, salvo quanto aos caloiros “cães de fila”.
2 - Aos semi-putos é vedado porem a mão em veterano no momento de o inquirirem. No caso de o fazerem
este, servindo-se da colher da trupe, ir-lhe-á às unhas.
3 - Se se tratar do Dux-Veteranorum além desta sanção a trupe considerar-se-á desfeita.

Artigo 115º
1 - Se uma trupe estiver a aplicar sanção de unhas, qualquer veterano que a ela assista pode também aplicá-
la embora carecendo de autorização do chefe, que não lha pode negar.
2 - Este preceito aplica-se mesmo que seja a sanção a aplicar a qualquer componente da trupe.
3 - O veterano terá de aguardar que toda a trupe tenha aplicado a sanção.

Artigo 116º
Só pode ser posto debaixo de trupe um único infractor de cada vez.

Artigo 117º
Na aplicação de qualquer sanção os chefes de trupe devem atender sempre aos casos especiais que plenamente
justificam a permanência dos infractores na via pública.

Artigo 118º
1 - Se um doutor se tiver proposto proteger um caloiro, e uma trupe não considerar eficaz a protecção, se
o doutor se oferecer em substituição do caloiro a trupe deverá aceitá-la aplicando imediatamente a sanção
ao doutor.
2 - Poderá ainda aplicá-la ao caloiro cinco minutos depois ou logo que este se afaste 100 metros do local
do incidente.
Artigo 119º
Os componentes de uma trupe, salvo nos casos “ad libitum”, apenas poderão dar um número de tesouradas
inferior em uma às que o chefe tiver dado, podendo no entanto, cada um de per si, abster-se de aplicar.

Artigo 120º
Os componentes de uma trupe apenas poderão dar um número de colheradas inferior em duas às que o chefe
tiver dado, podendo no entanto cada um per si, abster-se de aplicar a sanção (vide art. 142º).

Artigo 121º
Na aplicação das sanções observar-se-á sempre a hierarquia seguinte:
a) Chefe ou chefes de trupe,
b) Veteranos,
c) Quartanistas,
d) Terceiranistas,
e) Putos,
f) Semi-putos,
escalonados dentro de cada grau hierárquico.

Artigo 122º
1 - Fazendo parte de uma trupe semi-putos ou putos que estejam em infracção por já ter passado a hora em
que podiam permanecer na via pública, o chefe desta deverá aplicar-lhes sanção de unhas de 100 em 100
metros ou, permanecendo a trupe parada ou não se afastando aquela distância, após 5 minutos.
2 - A sanção vai-se aplicando até ao momento em que a trupe se dissolver.
3 - Se um veterano ou veteranos assistirem à aplicação da sanção, podem nela participar depois de dirigirem
pedido ao chefe nesse sentido, que o não poderá negar.
4 - Os veteranos podem dar o número de colheradas que quiserem, mas sempre em número impar (cf. art.
142º).

Artigo 123º
Quando façam parte de uma trupe semi-putos ou putos que estejam em infracção por já ter passado a hora em
que podiam permanecer na via pública e o respectivo chefe tenha cumprido o disposto no artigo anterior, só
podem aplicar sanções os que dentro da trupe tenham uma hierarquia superior ao infractor.

31. TITULO XXXI


Da revista às trupes
Artigo 124º
A título individual só os veteranos têm a faculdade de passar revista às trupes, nos termos definidos nos artigos
seguintes (cf. art. 45º)

Artigo 125º
Se um veterano, ao passar revista a uma trupe, encontrar algum dos seus membros sem estar na PRAXE, vai às
unhas a todos, excepto ao chefe, se este for veterano.

Artigo 126º
Sendo o chefe de trupe um veterano, este pode impedir qualquer revista, de um veterano que não o Dux-
Veteranorum, alegando sob palavra de honra, que a trupe está na PRAXE.

Artigo 127º
1 - Se o chefe de trupe, estando o veterano de Capa e Batina, reconhecer que este não está na PRAXE, não
deixará passar revista.
2 - Pondo-se o veterano na PRAXE, a nova revista só poderá fazer-se se a trupe se tiver deslocado para
uma distância superior a 100 metros do local do incidente, ou após cinco minutos se se conservar no mesmo
local ou não tiver percorrido aquela distância.

Artigo 128º
1 - Se um veterano, ao passar revista a uma trupe, revelar ignorância da PRAXE, o chefe de trupe impedirá
a continuação da revista.
2 - Divergindo a opinião do veterano da do chefe de trupe, quanto a qualquer preceito da PRAXE,
prevalecerá nesse momento a opinião deste, podendo todavia o veterano recorrer ao Conselho de Veteranos.

Artigo 129º
Depois de um veterano pedir para passar revista, nenhum infractor da PRAXE poderá ficar debaixo de trupe,
enquanto aquela se não fizer.

Artigo 130º
Nenhum veterano que tenha assistido à revista de uma trupe pode passar nova revista enquanto a trupe
permanecer no local ou deste se não tiver afastado mais de 100 metros, a menos que novos membros sejam nela
incorporados.
Artigo 131º
Nenhum veterano pode passar revista a trupe se esta já tiver consigo algum infractor, ainda que a aplicação da
sanção se não tenha iniciado.

32. TITULO XXXII


Das contra-trupes
Artigo 132º
Constituem contra-trupes quaisquer grupos de estudantes sujeitos à PRAXE, à futrica ou de Capa e Batina, que
não concordando com os seus preceitos, se propõe desfazer quaisquer trupes.

Artigo 133º
As contra-trupes não têm chefe e poderão formar-se em qualquer parte e a qualquer hora do dia ou da noite.

33. TITULO XXXIII


Das protecções
Artigo 134º
Dum modo geral, constitui protecção o auxilio dado por doutores ou futricas aos caloiros para os livrar da
PRAXE.

Artigo 135º
1 - A protecção dada pelos doutores está sujeita às condições seguintes:
a) PUTOS – Protegem saltando para o dorso do “animal” e dizendo: “NOS QUOQUE GENS SUMUS
ET BENE CAVALGARE SABEMUS”, ao mesmo tempo que se dirigem para debaixo de telha. No caso
de porem um ou ambos os pés no chão antes de atingirem telha, a protecção considerar-se-á sem efeito,
ficando o “animal” debaixo de trupe.
b) TERCEIRANISTAS - Pedem protecção para um.
c) QUARTANISTAS - Protegem um e podem “pedir” protecção para outro, estando de braço dado
com ele.
d) VETERANOS - Protegem quantos lhe couberem debaixo da Capa tendo esta pelos ombros, mas a
protecção só será eficaz se nem a cabeça nem os ombros dos protegidos ficarem visíveis.
e) DUX-VETERANORUM - Protege todos os infractores que estiverem ao alcance simultâneo da
vista e da voz.
2 - Os semi-putos não podem proteger (cf. art. 29º).
3 - A trupe é sempre obrigada a conceder a protecção “pedida” pelos terceiranistas e quartanistas.
4 - Os doutores que não forem veteranos só podem proteger estando na PRAXE.
5 - Os veteranos que estiverem de Capa e Batina igualmente deverão estar na PRAXE (vide art. 51º).

Artigo 136º
1 - A protecção dada pelos futricas está sujeita às condições seguintes:
a) Ser o protector pai, mãe, avô, avó, irmão ou irmã do infractor.
b) Ser o protector uma senhora que tenha a cabeça coberta por chapéu ou lenço e traga meias.
c) Ser o protector uma sopeira com avental.
2 - A protecção da alínea a do número 1 deste artigo constitui a chamada “protecção de sangue”.
3 - As protecções das alíneas a e b do número 1 deste artigo só são eficazes se o infractor enfiar um dos
membros superiores no braço do protector.
4 - A protecção da alínea c do número 1 deste artigo só será eficaz desde que o infractor se coloque debaixo
do avental.
5 - Todos os antigos estudantes da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra que tenham tido a categoria
de veteranos podem, para efeitos de protecção, invocar essa qualidade.

Artigo 137º
1 - Em face de trupes ordinárias Vulgares, as protecções de sangue são sempre eficazes.
2 - As outras protecções não são eficazes nos casos seguintes:
a) Nos três dias anteriores à abertura oficial das aulas da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra;
b) Nos três dias anteriores ao início das festas da Queima das Fitas e até ao primeiro toque do badalar
da meia-noite do primeiro dia dos festejos;
c) Nos dias em que saia trupe de quartanistas ou de veteranos;
3 - Em dias de Luto Académico, só há Protecções de Sangue.
4 - No dia da sua formatura, o recém licenciado, pode proteger como veterano, ainda que o não seja.

Artigo 138º
1 - Os vãos das portas protegem quando o infractor tiver a chave da porta, bem assim como as portas dos
Cafés, Hotéis, Pensões, Cinemas e outras casas públicas, se não estiverem encerradas ao público.
2 - Os abrigos das paragens dos autocarros, o abrigo do lago do Jardim da Manga, bem assim como todos
os telheiros ou alpendres, não protegem.
3 - De igual modo os urinóis abertos não protegem, mas ao infractor só pode ser aplicada a sanção depois
de ter urinado, ainda que não tenha sido esse o motivo que aí o levou.
4 - Não é permitido aplicarem-se sanções nos passeios da Câmara Municipal, da Praça 8 de Maio, Rua Dr.
José Alberto Reis (Rua da Residência da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra) e no espaço
compreendido entre a Faculdades de Letras e a Biblioteca Geral, sem prejuízo de os infractores poderem
ser postos debaixo de trupe nesses locais.

34. TITULO XXXIV


Das auto-protecções
Artigo 139º
1 - Os infractores que levarem consigo guitarra ou viola e demonstrarem perante a trupe que sabem tocar,
ficam protegidos, salvo nos dias em que só há protecção de sangue.
2 – Demonstrar que se sabe tocar guitarra ou viola consiste em tocar pelo menos duas músicas, que não
precisam ser conhecidas dos doutores.
3 - Esta protecção tem o nome de protecção de instrumento.

Artigo 140º
1 Todos os que estiverem fortemente embriagados ficam auto-protegidos, ainda que só haja protecção de
sangue.
2 – Fortemente embriagados significa que são incapazes de andar 5m em linha recta sem cambalear, ou
apresentam hálito alcoólico.
3 - Esta protecção tem o nome de protecção do “Deus Baco”.

35. TITULO XXXV


Das sanções
Artigo 141º
1 - As sanções da PRAXE podem ser aplicadas por doutores na PRAXE, veteranos à futrica, trupes
ordinárias e trupes extraordinárias.
2 - Após a meia-noite só as trupes ordinárias podem aplicar sanções, salvo quanto à sanção de unhas a
aplicar por doutores a doutores nos casos e condições em que a PRAXE o permite.

Artigo 142º
1 - As sanções normais da PRAXE são:
a) Unhas ou Colheradas,
b) Rapanço,
c) Calduço
d) Escárnio;
2 - O Conselho de Veteranos e as Reuniões de Veteranos podem estabelecer, com vista a casos
determinados, sanções especiais.
Artigo 143º
1 - As sanções de unhas só são aplicadas, em princípio, com a colher da PRAXE.
2 - Não havendo colher poderá esta ser suprida por um sapato se um veterano ordenar ao infractor que o
descalce a fim de com este ser aplicada a sanção e ainda que ele se dispense de a aplicar (cf. arts. 46º e
48º).
3 - O sapato será utilizado nas condições em que o seria a colher (cf. art. 143º).

Artigo 144º
1 - Na aplicação das sanções normais o número de colheradas é sempre ímpar.
2 - À infracção correspondem as sanções seguintes:
a) Se o infractor é chefe duma trupe esta considerar-se-á desfeita;
b) Se o infractor é componente de uma trupe terá a sanção de unhas a aplicar pelo chefe e veteranos
presentes;
c) Se o infractor não é componente duma trupe, aquele a quem estiver a aplicar a sanção repetila-á na
pessoa desse infractor, mas não poderá exceder o número de colheradas apanhadas mais uma.
d) Se se tratar de veterano que tiver invocado o direito de também ir às unhas a um infractor debaixo
de trupe, terá a sanção de unhas a aplicar pelo chefe de trupe.

Artigo 145º
Na aplicação de uma sanção de unhas o infractor não pode sujeitar-se a ela apresentando-se de luvas.

Artigo 146º
Na aplicação de uma sanção de unhas tanto o infractor como o que a aplica têm de ter ambos os cotovelos
encostados ao corpo.

Artigo 147º
Na aplicação da sanção de unhas é permitido bater tanto de baixo para cima como de cima para baixo, mas só
é permitida a segunda modalidade se o infractor colocar as mãos de maneira e com o intuito de dificultar a
sanção.
Artigo 148º
1 - Os rapanços podem ser:
a) AD LIBITUM - em que cada componente da trupe ou do tribunal pode dar um número qualquer de
tesouradas.
b) SECUNDUM PRAXIS - em que cada componente da trupe ou do tribunal dá uma tesourada a menos
que o chefe de trupe ou o presidente do tribunal.
c) SIMBOLICA - em que só o chefe de trupe ou o presidente do tribunal dá uma tesourada.
2 – No caso das estudantes as tesouradas não podem ultrapassar 1/3 do comprimento máximo das crinas
das infractoras.

Artigo 149º
Se o que estiver a aplicar uma sanção não for componente duma trupe e cometer, por sua vez, uma infracção
diferente da estatuída no artigo 143º, aquela suspender-se-á e tanto o primeiro infractor como todos os doutores
que estiverem presentes e na PRAXE podem ir-lhe às unhas (cf. arts. 27º, 28º, 32º).

Artigo 150º
1 - A sanção de Calduço consiste em atingir o infractor com palmadas no cachaço.
2 - É uma sanção que pode ser aplicada por qualquer doutor a qualquer outro doutor que esteja em infracção.

Artigo 151º
1 - A sanção de Escárnio consiste em abordar o infractor em tom jocoso, zombando este durante um período
determinado.
2 - Ao achincalhar o infractor aquando da sanção de Escárnio, não podem ser proferidas palavras que
tendam a ofender gravemente o infractor.
3 - Também o doutor ou doutores que estão a aplicar a sanção, não podem responder ao infractor, ou seja,
o gozo só se aplica num sentido.

Artigo 152º
Só pode aplicar sanções o que não estiver em infracção.

Artigo 153º
1 - Todo o “animal” que tiver dado a palavra de honra em falso pode ser rapado à revelia durante todo esse
ano lectivo, mesmo sem ter sido julgado posteriormente.
2 - Deverá, todavia, fazer parte da trupe extraordinária que para tal se constituir, pelo menos um dos
doutores que tal tenha presenciado, a fim de evitar possíveis enganos quanto à identidade do “animal” (vide
art. 8º).

Artigo 154º
1 - Se algum doutor pretender aplicar uma sanção, o infractor tem o direito de, antes, lhe perguntar o grau
hierárquico e verificar se ele está na PRAXE.
2 - Não o estando recusar-se-á a aceitar a sanção.
3 - Este preceito não se estende aos componentes das trupes.

36. TITULO XXXVI


Da Comissão de Praxe
Artigo 155º
1 - A Comissão de Praxe é o grupo de Estudantes com 2, 3 e 4 matriculas na Escola Superior de
Enfermagem de Coimbra e nunca menos ou mais que os referidos números de matriculas.
2 - Tem um máximo de 7 estudantes com 2 matrículas no ano lectivo em que toma funções e os restantes
28 elementos terão 3 e 4 matrículas.

Artigo 156º
É da competência da Comissão de PRAXE:
a) Receber os “animais” aquando das matrículas;
b) Organizar e encarregar-se de actividades para os “animais”;
c) Assumir-se como autoridade activa e dinâmica na integração dos “animais”;
d) Moderar as actividades dos outros Doutores à excepção dos Veteranos;
e) Zelar pelo cumprimento e respeito do presente Código da PRAXE da Escola Superior de
Enfermagem de Coimbra;
f) Advogar a intervenção do Conselho de Veteranos sempre que necessário;
g) Compilar em texto todas as propostas de alteração ao Código da PRAXE e com brevidade
encaminha-las para o Conselho de Veteranos ou Associação de Estudantes da Escola Superior de
Enfermagem na inexistência do primeiro.

Artigo 157º
1 - A Comissão de Praxe é obrigatoriamente constituída por 35 elementos.
2 - A sua eleição é feita por votação e prévia candidatura, que será promovida em comunicado pelo
Conselho de Veteranos ou Associação de Estudantes da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra na
inexistência do primeiro.
3 – A candidatura deve efectuar-se logo após o último dia da Queima das Fitas desse ano e durante um
prazo estabelecido pelas entidades referidas no número anterior.
4 – Findo o período de candidatura, a votação dos candidatos ocorre em Assembleia Geral de Alunos
(AGE), sendo que esta deve efectuar-se com a maior brevidade possível e sempre 15 dias antes do último
dia de aulas definido pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.
5 – Serão sempre incluídos na Comissão de PRAXE os mais votados tendo em conta o artigo 154º.
6 – Não existindo o exacto número de 35 elementos para a constituição da Comissão de PRAXE, a situação
deverá ser remetida para Conselho de Veteranos.
7 – Na inexistência de Conselho de Veteranos será remetida para a Associação de Estudantes da Escola
Superior de Enfermagem de Coimbra.
8 - O Conselho de Veteranos em reunião estudará a viabilidade da Comissão de PRAXE com o número de
elementos existente e emitirá uma decisão sob a forma de comunicado.
9 - Na inexistência de Conselho de Veteranos será a Associação de Estudantes da Escola Superior de
Enfermagem de Coimbra a decidir.
10 - Em caso de decisão de inviabilizar a Comissão de PRAXE que não tenha 35 elementos, esta não poderá
ser formada, e deverão então ser realizadas novas AGE’s até se eleger uma Comissão de PRAXE viável.

Artigo 158º
1 - Após a sua votação e constituição, a Comissão de PRAXE eleita terá obrigatoriamente de elaborar um
regulamento interno a entregar ao Conselho de Veteranos ou Associação de Estudantes da Escola Superior
de
Enfermagem de Coimbra na inexistência do primeiro, até 15 dias que antecedem o dia estabelecido pela
Escola Superior de Enfermagem de Coimbra para o inicio das matrículas dos Paraquedistas.
2 - No regulamento interno devem obrigatoriamente constar os nomes do Presidente, Vice-presidente,
Secretário, Tesoureiro e Vogal, bem como as respectivas funções.
3 - Este regulamento interno da Comissão de PRAXE terá de ser aprovado pelo Conselho de Veteranos ou
Associação de Estudantes da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra na inexistência do primeiro.

37. TITULO XXXVII


Do Conselho de Veteranos
Artigo 159º
1 - O Conselho de Veteranos é o grupo constituído exclusivamente por veteranos interessados em integrar
o mesmo, em número mínimo igual a 2, nas condições e com as finalidades que resultam dos artigos
seguintes.
2 - Têm direito a voto no Conselho de Veteranos todos os veteranos activos.

Artigo 160º
1 - As reuniões do Conselho de Veteranos são sempre precedidas duma convocatória assinada pelo Dux-
Veteranorum, ou sendo difícil ou impossível contactar com ele ou, estando vago o cargo, por um veterano
eleito pelo Conselho de Veteranos, para a ocasião.
2 - Quando exista convocatória, terá de ser afixada nos placards da Associação de Estudantes da Escola
Superior de Enfermagem de Coimbra (cf. art. 192º).
3 - Achando-se vago o cargo de Dux, a rubrica primeira da Ordem do Dia será dedicada à sua eleição.
4 - Visando a convocatória a reunião do Conselho de Veteranos para apreciar o pedido de demissão ou de
expulsão do Dux, a rubrica segunda será consignada à eleição do novo Dux.
5 - Sempre que haja substituição da assinatura do Dux por impedimento, os veteranos que o substituírem
ficam solidariamente responsáveis perante o Conselho de Veteranos pela autenticidade do impedimento.

Artigo 161º
1 - O Conselho de Veteranos reunirá sob a presidência do Dux desde que este se ache presente.
2 - Estando vago o cargo de Dux, não tendo este comparecido ou visando o Conselho a sua demissão ou
expulsão, assumirá a presidência das reuniões o veterano presente que maior número de matrículas tiver
na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, e em caso de igualdade, com mais tempo de Comissão de
Praxe.

Artigo 162º
Visando o Conselho de Veteranos eleger o Dux-Veteranorum, o presidente da reunião desta iniciará consultas
no sentido de conseguir os elementos indispensáveis à eleição.

Artigo 163º
1 – Será preferido o veterano presente que tenha um maior número de matrículas na Escola Superior de
Enfermagem de Coimbra, com maior tempo de Comissão de Praxe.
2 - Em caso de empate será preferido o veterano com maior número de menções honrosas no âmbito da
praxe (por exemplo o prémio “Doutor do Ano”).
3 - No caso de mesmo assim haver empate o Conselho decidirá por votação.
4 - Se o candidato preferido não aceitar o cargo, a escolha continuará a fazer-se de acordo com estas normas
tal como se o preferido não existisse.

Artigo 164º
1 - Não estando vago, o cargo de Dux e não estando este presente, o presidente da reunião exporá as razões
da sua ausência, se delas tiver conhecimento e, sendo caso de imperiosa necessidade, apresentará a proposta
da reunião prosseguir.
2 - Conseguida uma votação unânime positiva, o Conselho dará início à Ordem do Dia.
Artigo 165º
Não estando presente o Dux a uma reunião do Conselho de Veteranos e tendo-se alegado falsamente, o seu
impedimento, as deliberações tomadas nesse Conselho só serão válidas se novo Conselho, validamente
constituído, as sancionar.

Artigo 166º
Os Conselhos de Veteranos reunidos por Convocatória que não obedeçam aos requisitos dos artigos 190º a
192º, não poderão efectuar-se ou, efectuando-se, não terão validade as suas decisões.

Artigo 167º
1 - Só veteranos podem assistir aos trabalhos do Conselho de Veteranos.
2 - Os que tiverem estudado na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e tido a categoria de veteranos
podem assistir às reuniões do Conselho mas sem direito a voto.

Artigo 168º
1 - Todas as decisões do Conselho de Veteranos são tomadas por votação, não havendo lugar a votos de
qualidade.
2 - O Conselho de Veteranos não pode decidir por escrutínio secreto.

Artigo 169º
1 - O Conselho de Veteranos que aceitar o pedido de demissão ou deliberar expulsão do Dux-Veteranorum
deverá proceder a imediata eleição do novo Dux, antes de entrar na discussão da parte restante da ordem
do Dia, havendo-a.
2 - Não havendo a possibilidade de eleger nessa mesma sessão o novo Dux, o Presidente da Reunião
conciliará o artigo 160º.

Artigo 170º
Antes da Ordem do Dia poderão ser abordados assuntos não contidos nela, mas, o Conselho não poderá tomar
decisões imediatas sobre eles.

Artigo 171º
Ao Conselho de Veteranos compete tomar todas as decisões relacionadas com a PRAXE, que achar oportunas
e aconselháveis, servir de tribunal de apelação, eleger, demitir ou expulsar o Dux-Veteranorum, legislar nos
casos omissos, autorizar a conversão dos paraquedistas em caloiros estrangeiros ou em caloiros nacionais nos
termos do artigo 3º e fixar os termos em que a PRAXE deve subsistir durante a Queima das Fitas.

38. TITULO XXXVIII


Das reuniões de veteranos
Artigo 172º
Constituem Reuniões de Veteranos o conjunto de veteranos presentes num mesmo local e à mesma hora que,
em face dum caso não previsto pela PRAXE ou sobre o qual não sejam claras as consequências que esta
estabelece, chamam a si a iniciativa duma decisão de aplicação imediata.

39. TITULO XXXIX


Dos julgamentos
Artigo 173º
Os julgamentos são actos solenes realizados nas casas reconhecidas pelo Conselho de Veteranos, por tribunal
com a constituição, finalidade e ambiente que resulta dos artigos seguintes.

Artigo 174º
Os tribunais são constituídos por um Júri, um Promotor de Justiça e um oficial de diligências.

Artigo 175º
A sala onde se realiza o julgamento deve preencher os requisitos seguintes:
a) Estar privada de luz natural;
b) Ser iluminada por uma vela que tenha por castiçal uma caveira,
c) Ter duas mesas, sendo uma delas destinada ao Júri e outra, colocada à direita desta, destinada ao
Promotor de Justiça;
d) Ter as mesas cobertas com capas,
e) Ter livros diversos sobre as mesas, os quais constituirão os códigos;
f) Ter as insígnias da PRAXE assim como as pastas dos fitados que constituem o Júri na mesa a este
destinada;
g) Ter na mesa do Promotor de Justiça a respectiva pasta;
h) Ter, como banco dos réus, um penico cheio de água.

Artigo 176º
O Júri será constituído por três quartanistas.
Artigo 177º
O Promotor de Justiça será um terceiranista ou elemento de hierarquia superior.

Artigo 178º
O oficial de diligências será um semi-puto ou puto.

Artigo 179º
Só podem assistir aos julgamentos os doutores que estiverem na PRAXE e tiverem a capa traçada pela cabeça,
de forma a só ficarem visíveis os olhos (cf. art. 142º).

Artigo 180º
Os réus podem comparecer à futrica nos julgamentos mas serão “ornamentados” de acordo com as ordens do
Júri.

Artigo 181º
1 - Antes de iniciar o julgamento e a fim de verificar que todos estão na PRAXE e se têm a capa pela
cabeça, os membros do Júri devem passar revista a todos os presentes e depois entre si.
2 - No caso de algum dos doutores não estar na PRAXE ser-lhe-á aplicada sanção de unhas pelos juízes e,
em caso de anuência destes, por todos os doutores de grau hierárquico mais elevado ao daquele a quem é
aplicada.
3 - Se o que não está na PRAXE é membro do Júri, renunciará a essa função, abandonando a sala.
4 - Se assim o entenderem, os juízes poderão passar revista apenas no final do julgamento.

Artigo 182º
Compete ao Juiz presidente abrir a sessão proferindo as seguintes palavras, em tom solene e destacado: “IN
NOMEN SOLENISSIMA PRAXIS AUDIENTIA ABERTA EST”.

Artigo 183º
1 - Aberta a sessão e tendo feito comparecer o réu ou réus, o Juiz dará a palavra ao Promotor Público que
fará a acusação.
2 - Esta poderá ser feita simultaneamente contra um ou todos os réus, consoante a natureza e unidade dos
delitos praticados ou de acordo com o que melhor entender o Promotor.
3 - Terminada a acusação, o Juiz ordenará ao oficial de diligências que faça comparecer o advogado ou
advogados de defesa, a quem de seguida será concedido o uso do relincho.
4 - Só os caloiros podem ser advogados de defesa.
Artigo 184º
Findas as acusações e as defesas, o Juiz suspenderá a sessão dizendo: “IN NOMEN SOLENISSIMA PRAXIS
AUDIENTIA INTERROMPIDA EST AD JUDICES DELIBERARENT”

Artigo 185º
1 - Feita a deliberação entre os membros do Júri, o Juiz reabrirá a audiência dizendo: “IN NOMEN
SOLENISSIMA PRAXIS AUDIENTIA REABERTA EST” e, após breve intervalo, acrescentará: “IN NOMEN
SOLENISSIMA PRAXIS JUDICES DELIBERARANT“ Seguindo-se a leitura das sentenças após a
identificação de cada um dos réus.
2 - As sentenças não são passíveis de recurso mas os réus podem apelar para o Conselho de Veteranos no
sentido deste aplicar sanções ao tribunal se este tiver cometido graves infracções à PRAXE.

Artigo 186º
Embora todos os réus possam estar em conjunto presentes à leitura das sentenças, a sua execução far-se-á
isoladamente para cada um deles.

Artigo 187º
A fim de dar cumprimento às sentenças todos os doutores presentes deverão ter as capas traçadas, salvo quanto
aos semi-putos que as deverão ter pela cabeça.

Artigo 188º
Na aplicação das sanções obedecer-se-á à hierarquia da PRAXE, salva a prioridade dos Juízes, embora quanto
a estes se deva obedecer também a essa hierarquia.

Artigo 189º
1 - O não comparecimento dum réu não impossibilita o tribunal de tomar conhecimento das acusações que
sobre ele pesem e proferir a respectiva sentença.
2 - Salvo o preceituado no artigo 189º, estas poderão, depois, ser executadas a todo o tempo e a qualquer
hora.

Artigo 190º
As sentenças que tiverem sido proferidas no decurso de determinado ano lectivo prescrevem no primeiro dia da
Queima das Fitas.
Artigo 191º
A não comparência de um réu ou de um advogado de defesa a um julgamento, constitui severa agravante.

Artigo 192º
No decurso da “hora do caloiro” não pode decorrer qualquer julgamento, nem a execução da respectiva
sentença, podendo todavia esta ser executada no dia ou dias seguintes salvo o disposto no artigo 189º.

40. TITULO XL
Das convocatórias
Artigo 193º
As convocatórias são documentos destinados a convocar o Conselho de Veteranos.

Artigo 194º
Constituem, requisitos de validade das convocatórias os seguintes:
a) Serem assinadas pelo Dux-Veteranorum ou, no seu impedimento, por dois terços dos elementos
constituintes do Conselho de Veteranos, ou ainda por um veterano de hierarquia imediatamente a
seguir à do Dux-Veteranorum;
b) Conterem a Ordem do Dia, o local, data e hora da reunião;
c) Terem a data em que são feitas;
d) Serem afixadas com uma antecedência mínima de 48 horas;

Artigo 195º
As convocatórias são sempre afixadas em vários locais da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e no
Placar da Associação de Estudantes da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, sendo esta última
obrigatória.

41. TITULO XLI


Do uso da Pasta da PRAXE
Artigo 196º
Só aos doutores é permitido o uso da Pasta da PRAXE.

Artigo 197º
1 - Os que usarem Pasta da PRAXE devem trazer dentro dela, pelo menos um livro de estudo, uma sebenta
ou um caderno de apontamentos ou, na falta destes, um papel com o mínimo de cinco palavras escritas pelo
seu portador.
2 - À infracção corresponde sanção de Calduço e Escárnio que poderá ser aplicada por qualquer doutor na
praxe, de hierarquia igual ou superior a puto, ou por veterano mesmo à futrica.

42. TITULO XLII


Das insígnias pessoais
Artigo 198º
As insígnias pessoais são o GRELO e as FITAS.

Artigo 199º
As insígnias pessoais são de cor amarela e branca.

Artigo 200º
As insígnias pessoais só podem ser usadas estando os seus portadores na PRAXE.

Artigo 201º
As insígnias que irão usar-se no decurso do ano lectivo são postas no dia da latada às 10 horas da manhã.

Artigo 202º
1 - As insígnias pessoais dos grelados são constituídas por uma fita de 3,5 cm de largura e 200 cm de
comprimento, circundando a pasta e terminando em laço.
2 - O laço só pode ter no máximo três nós.

Artigo 203º
As insígnias pessoais dos fitados são constituídas por oito fitas de 7,5 cm de, largura e 40 cm de comprimento,
presas em volta da pasta.

Artigo 204º
Na falta de uma das fitas na pasta de um terceiranista ou quartanista, a menos que estas se encontrem recolhidas,
ser-lhe-á aplicada sanção de Calduço.

Artigo 205º
1 - Aos quartanistas só é permitido fazerem assinar as suas fitas após as férias da Páscoa.
2 - A distribuição das fitas, tendo-se a pasta inteiramente aberta, com a parte interior voltada para baixo, e
no sentido dos ponteiros do relógio, é a seguinte:
1 _ Professores
2 _ Pais
3 _ Noivo(a), Marido ou Mulher
4 _ Colegas
5 _ Amigos
6 _ Parentes próximos
7 _ Irmãos
8 _ Colegas de curso

Artigo 206º
A mesma espécie de insígnias pessoais só pode ser usada no Cortejo da Queima das Fitas.

Artigo 207º
1 - Após as 20 horas é vedado aos grelados ou fitados o uso das suas insígnias pessoais, havendo PRAXE,
a menos que estas se encontrem devidamente recolhidas.
2 - De igual modo não podem ser usadas insígnias:
a) Nos domingos e dias feriados;
b) No decurso das férias do Natal, Carnaval e Páscoa;
c) Fora dos limites praxísticos da cidade de Coimbra.
3 - Durante a semana da Queima das Fitas não se recolhem as insígnias pessoais, podendo ser usadas 24
horas por dia.
4 - É ainda permitido levar as insígnias para fora dos limites praxísticos de Coimbra no dia da Garraiada
da Queima das Fitas, caso esta se realize fora de Coimbra.

Artigo 208º
Nos dias em que não há toque matutino da Cabra não podem fazer-se latadas ou cortejos de imposição de
insígnias.

43. TITULO XLIII


Da vigência da PRAXE
Artigo 209º
A PRAXE inicia-se três dias antes da abertura oficial da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e termina
no inicio da Queima das Fitas (cf. art.6º).

44. TITULO XLIV


De diversos
Artigo 210º
Os que tiverem deixado de ser estudantes da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra mas continuarem
integrados em Grupos ou Organismos Académicos podem usar Capa e Batina, mas só no decurso de actividades
destes e em ocasiões festivas.

Artigo 211º
Deve colocar-se a Capa caída sobre os ombros:
a) Na passagem da Porta Férrea.
b) Em sinal de respeito para com a pessoa com que se está a falar ou a acompanhar.
c) Em sinal de respeito devido ao local onde se está (igreja, catedral, cerimónia académica, etc.).

TITULO XLVI
Do Apadrinhamento
Artigo 212º
Qualquer doutor tem o direito de escolher um caloiro para ser seu afilhado.

Artigo 213º
1 - Todos os caloiros devem ter padrinho ou madrinha.
2 - É proibido leiloar caloiros com o intuito de os distribuir como afilhados a padrinhos.

Artigo 214º
O Padrinho ou Madrinha deverá cumprir com os seguintes deveres:
a) Oficializar o apadrinhamento junto da Comissão de Praxe ou Conselho de Veteranos;
b) Informar-se das formalidades da Cerimónia do Baptismo junto da Comissão de Praxe ou
Conselho de Veteranos, e cumpri-las;
c) Acompanhar o caloiro em todas as actividades de Praxe e convívio.

Artigo 215º
O Caloiro que não tenha Madrinha ou Padrinho até 48h antes da cerimónia do baptismo deverá informar a
Comissão de Praxe ou Conselho de Veteranos para que estes lhe possam atribuir um (cf. Art. 214º)

Artigo 216º
1. Cada caloiro só poderá ter um único Padrinho ou Madrinha.
2. Não são permitidos outros padrinhos que não os oficiais.

Artigo 217º
1. Cada doutor só pode apadrinhar uma vez durante o Curso de Licenciatura em Enfermagem da Escola
Superior de Enfermagem de Coimbra.
2. O número anterior aplica-se igualmente aos estudantes das antigas Escola Superior de Enfermagem
Dr. Angelo da Fonseca e Escola Superior de Enfermagem de Bissaya Barreto.

Artigo 218º
O papel de Padrinho ou Madrinha inicia-se na cerimónia do baptismo e cessa na Serenata da Queima das Fitas
do mesmo ano lectivo, momento em que o caloiro ascende à categoria de pastrano.

45. TITULO XLV


Da revisão do código
Artigo 219º
Para rever este Código é necessário:
a) Seis meses para recepção de propostas de alteração;
b) Compilação e inclusão das propostas num texto final pela Comissão de PRAXE em conjunto com
o Conselho de Veteranos;
c) Aprovação individual dos pontos alterados em Assembleia Geral de Estudantes após alteração pelo
Conselho de Veteranos expressamente convocado para o efeito.
d) Aprovação do texto final em Assembleia Geral de Estudantes expressamente convocada para o
efeito.

Artigo 220º
O novo texto do Código da PRAXE entrará em vigor imediatamente após aprovação em Assembleia Geral de
Estudantes.

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