Relatório de Estágio
Calisto Jonas
Calisto Jonas
Este relatório de Estágio foi julgado suficiente como um dos requisitos para a obtenção do grau
de Licenciatura em Educação Ambiental e aprovado na sua forma final pelo Curso de
Licenciatura em Educacao Ambiental, Departamento de Educacao em Ciências Naturais e
Matemática na Faculdade de Educacao da Universidade Eduardo Mondlane.
____________________________________________
(Director do Curso de Educacao Ambiental)
O Júri de Avaliação
Dedico o presente relatório aos meus filhos para que sirva de exemplo e também aos meus pais o
Sr. Jonas Nakamula e a Sra. Lúcia Alymasse pelo acompanhamento desde a tenra idade até neste
grande momento em que os vossos ensinamentos e desejos se tornam realidade
i
Agradecimentos
Meus agradecimentos vão em primeiro plano aos meus Avós paternos e maternos: Bit Nkalalile,
Bit Chiuwaya, Bit Vintan e aos meus pais Jonas e Bit Alymassi
Em segundo lugar vão para minha supervisora dra. Vitória Kálau Peixoto por ter aceitado o
acompanhamento e monitoramento em todas fases do estágio, ao dr. Paixão Torres pela
orientação do estágio e pela paciência nos momentos em as coisas pareciam não ter saída.
Um agradecimento igualmente sem dimensão a todo funcionário do Gabinete de Prevenção e
Controlo de Infecções por terem proporcionado um espaço para aprendizagem com muita
dedicação.
Ao meu irmão João Jonas, Tia Georgina, Tio João Matukutuko, pelas lições de moral e coragem
e de um modo global à DEUS todo-poderoso.
ii
Declaração de Honra
Declaro por minha honra, que o presente relatório de estágio nunca foi apresentado em nenhuma
outra instituição para a obtenção de qualquer grau académico e que este é resultado das minhas
práticas e pesquisas, conciliadas com apoio do meu orientador e da minha supervisora, sendo o
seu conteúdo real e que todas a s fontes consultadas estão devidamente referenciadas no textos e
na bibliografia.
Calisto Jonas
____________________________________________________
Maputo, Março de 2017
iii
Lista de abreviaturas.
iv
Lista de figuras
Lista de tabelas
v
Resumo
O presente Relatório de Estágio é o resultado das actividades desenvolvidas durante o estágio,
uma disciplina curricular inserida no último ano do Curso de Licenciatura em educação
Ambiental, leccionada na Faculdade de Educacao da Universidade Eduardo Mondlane como
requisito essencial para a obtenção do grau de Licenciatura em Educação Ambiental.
vi
ÍNDICE
Dedicatória ....................................................................................................................................... i
Agradecimentos .............................................................................................................................. ii
Resumo .......................................................................................................................................... vi
4.5. Cooperar com as Empresas gestora do lixo biomédico, lavagem de tanques de água e
controlo de qualidade de água....................................................................................................... 18
5.2.10. Identificação:..................................................................................................................... 33
6.1. Conclusão............................................................................................................................... 39
6.2. Recomendações...................................................................................................................... 40
ANEXOS ...................................................................................................................................... 43
ix
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Introdução
O presente documento constituiu um relatório de estágio académico, como requisito essencial
para conclusão do curso de Licenciatura em Educação Ambiental na Universidade Eduardo
Mondlane. O estágio foi realizado no Hospital Central de Maputo (HCM), especificamente na
Comissão de Prevenção e Controle de Infecções durante dois meses entre os dias 03 de Outubro
a 08 de Dezembro de 2016.
O estágio teve como objectivo principal de integrar a teoria a prática da Educação Ambiental,
isto é, aplicação na prática de conhecimentos gerais adquiridos durante o curso de Educação
Ambiental e para melhor integração no relacionamento interpessoal e o acompanhamento do
funcionamento de um órgão público ligado ao meio ambiente, especificamente Combinar os
conhecimentos teórico-práticos de gestão de resíduos hospitalares, Vigilância Ambiental e
epidemiológica como forma de Prevenção e Controle de Infecções no HCM;
Identificar os critérios usados na gestão de resíduos hospitalares, na Vigilância Ambiental e
Epidemiológica para Prevenção e Controle de Infecções; Demostrar o Contributo da Educacao
Ambiental na Gestão dos resíduos e Vigilância Ambiental e Epidemiológica; Elaborar um plano
instrucional para o problema identificado que sirva como modelo das actividades educativas.
O presente relatório encontra-se estruturado em seis (6) capítulos. O primeiro capítulo apresenta
a introdução e os objectivos do estágio, o segundo capítulo apresenta a instituição de
1
acolhimento/realização do estágio, sua descrição, localização, histórico, estrutura orgânica,
número de empregados e actividades, relevância e contributo do estagiário e da instituição, o
terceiro capítulo apresenta as actividades do estágio, descrição das actividades, objectivos de
cada actividade e descrição dos métodos empregues para desenvolver cada actividade e
discussão das principais aprendizagens resultantes das actividades mencionadas, o quarto
capítulo apresenta o plano Instrucional do problema identificado, o quinto capítulo apresenta a
fundamentação teórica, apresentação do caso e sua confrontação com as teorias abordadas ao
longo do processo de formação e por último no sexto capítulo é apresentada a conclusão e as
recomendações.
2
CAPÍTULO II: APRESENTAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ACOLHIMENTO E
REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO
Neste capítulo apresenta-se a instituição onde decorreu o estágio e abordara elementos como a
localização geográfica, seu histórico, objectivos, estrutura orgânica do Hospital Central de
Maputo (HCM) e Prevenção e Controle de Infecções (PCI), número de trabalhadores e
actividades realizadas e área em que o estagiário esteve colocado; relevância da instituição e da
área de estágio para a formação do estagiário; bem como o contributo que se espera do estagiário
para a instituição e a área do estágio.
Fonte: http://www.map-gps-coordinates.com/mapa-com-coordenadas-gps.html
3
2.2. Breve historial do Hospital Central de Maputo
Em 1876 autorização governamental para construção do hospital e em 1877 iniciam as obras de
construção do Hospital de Lourenço Marques designado inicialmente de ‘Rainha D. Amelia’
(1897) e em 1910 o hospital toma a designação de Hospital Miguel Bombarda (HMB); em 1921
foi aprovado o regulamento dos Hospitais da colonia de Moçambique pelo boletim nº 14, I serie,
o HMB assume funções de Hospital Central e passa a ser denominado Hospital Central Miguel
Bombarda (HCMB). Pelo decreto 08/75 de 18 de Janeiro o governo de Moçambique faz a fusão
do HCMB e o Hospital da Universidade de Lourenço Marques que actualmente é denominado de
Hospital Central de Maputo que assume deste modo funções assistenciais e pedagógicas (HCM,
2016).
Desde 2004 que o ministério da Saúde de Moçambique implementa actividades para Prevenção e
Controle de Infecções (PCI) dos diferentes níveis de atenção do Serviço Nacional de Saúde em
Moçambique. Em 2009 as actividades do PCI foram institucionalizadas como Programa
Nacional como Despacho Ministerial.
Direcção Geral
Dep. Cirurgia o
Dep.
Medicina
comissão
coordenadora
comissão
Executiva
Referentes em
PCI e PPE nos Colaboradores
Departamentos
6
As principais actividades realizadas na comissão do PCI são:
Área de segurança e saúde no ambiente de trabalho por onde se faz profilaxia pós
exposição, controlo da tuberculose e Imunização;
Área de Epidemiologia, responsável pela vigilância Epidemiológica nos Departamentos,
notificar as doenças de declaração obrigatória (DNO), notificar doenças transmissíveis e
não transmissíveis, pulverizações (controle de vectores de transmissão de doenças),
fiscalização da qualidade de água consumida no HCM, controlo da gestão do lixo
hospitalar (na recolha, acondicionamento, transporte e destino final);
Área de formação continua (centro de Investigação e desenvolvimento) desenvolvida no
Gabinete de Formação Continua, esta encarregue na planificação e capacitação dos
recursos Humanos, programas de cursos, comunicação e educação do trabalhador e
relações institucionais com a UEM, ISCISA, ICSM e outros.
gestores de Tec.
Kits de PPE; Efigénia
Formação em Massificar as dr. Paixão Dir. Março à
PPE/PCI a todos os normas de dr. Changou Enfermagem Novembro
trabalhadores e biossegurança dra. Matilda
novos ingressos e prevenção
das doenças
Melhorar o dra. Ana
segmento do dra.
Controlo da registo do Elisabeth Direcção
Tuberculose trabalhador dr. Changou Clinica Fevereiro a
(CTB) da saúde; dr. Paixão Direcção de Novembro
Criar outro dra. Matilde Enfermagem
impacto na
motivação
8
dos
trabalhadores
na prevenção
de doenças
evitáveis.
Garantir dr. Paixão
melhor Tec. Março à
Imunização segurança do Esménia MISAU Novembro
trabalhador Tec.
Efigénia
Vigilância Diário
epidemiológica
nos Semanal
departamentos
Notificar as Compreender
doenças de a magnitude dr. Paixao
notificação das doenças e Tec.
obrigatória tomada de Esménia
Área de epidemiologia
9
segmento Tec.
biomédico e Natércia
outros Empresa
resíduos contratada
sólidos para o efeito
Criar
3. GABINETE DE FORMAÇÃO CONTINUA (centro de investigação de
harmonia no
Programa de desempenho dr. Changou Direcção do Fevereiro a
3.1. Área de planificação e capacitação de recursos humanos
10
3.2. Plano de Actividades do Estagiário
O plano de actividades deste estágio teve como base os conhecimentos teóricos do estagiário e as
actividades desenvolvidas no sector seguindo as actividades desenvolvidas em algumas áreas da
sua estrutura orgânica em que o estagiário foi indicado com o objectivo de integrar a Educação
Ambiental neste campo (PCI) seguindo o seguinte plano na tabela a baixo:
11
e epidemiológica ambiental e sua vigilância epidemiológica.
14 a 18/11/16 Participação formação Adquirir conhecimentos nos temas
contínua dos apresentados sobre: Humanização da pessoa
Facilitadores do HCM humana, Direitos e deveres dos funcionários,
Carta dos direitos e deveres dos funcionários
e Ética e deontologia profissional
21 a 25/11/16 Avaliação externa do Participação nas actividades de supervisão
PCI no HCM do PCI monitorando o grau de cumprimento
das normas de procedimento do PCI nos
diversos sectores de atendimento do HCM.
28/11/16 a 02/12/16 Preparação e Identificar as doenças de notificação
Participação nas obrigatória e administrar uma educação para
actividades de feira de saúde para casos identificados. Fazer
saúde do HCM registos.
O5 a 08/12/16 Apresentar tema sobre Preparar o tema, organizar o material
contributo da Educacao instrucional e apresentação do mesmo ao
Ambiental nos serviços público-alvo.
de saúde.
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CAPÍTULO IV: ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO ESTAGIÁRIO
Para efectivação dos objectivos do estágio foram desenvolvidas as seguintes actividades e de
acordo com a ordem de execução, são: Apresentação e integração, participação no processo de
gestão dos resíduos hospitalares, percepção sobre importância da segregação do lixo aos
funcionários, participação no processo de humanização e ambiente biofísico do hospital,
cooperar com as empresas gestora do lixo biomédico, lavagem de tanques de água e controlo de
qualidade de água, participação no processo de vigilância ambiental e epidemiológico,
participação nas actividades de formação contínua dos facilitadores do HCM, participação no
processo de avaliação externa do PCI no HCM, participação nas actividades de feira de saúde do
HCM e apresentação de um tema sobre o contributo da educação ambiental nos serviços de
saúde cuja metodologia usada esteve centrada na participação directa nas actividades,
observação, entraveis de entrevistas semiestruturadas e observação.
Para realização dessa actividade o estagiário deslocou se aos departamentos de Medicina (1e 2) e
Cirurgia (1 e 2) e lixeira do HCM com o objectivo de identificar fontes geradoras de resíduos,
participou na colecta dos resíduos, no processo de acondicionamento, transporte e destino final
(Provisório lixeira do hospital), usando os métodos de observação participação directa na
actividade e no acompanhamento ao destino final tendo adquirido nesta actividade as seguintes
aprendizagens: na gestão dos resíduos hospitalar o aprendizado colhido foram os métodos usados
para separação dos resíduos hospitalares, as cores dos sacos plásticos usados para cada tipo de
resíduos e seu destino, não só como também o uso do equipamento de protecção individual
durante estas actividades como ilustra a figura 4 e 5 respectivamente.
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Figura 4: imagem mostrando segregação do lixo, saco amarelo para lixo infeccioso e preto para
lixo comum e o acondicionamento provisório no contentor usando os EPI.
Figura 5: imagem mostrando transporte interno do lixo e outra mostrando lixeira de trânsito do
HCM.
14
4.3. Percepção sobre importância da segregação do lixo aos funcionários
O estagiário fez se a medicina I e II, Cirurgia I e II, lixeira do HCM onde através de entrevistas
semiestruturadas envolvendo 21 trabalhadores de forma aleatória sendo 5 por cada enfermaria e
1 da lixeira com idade entre 20 e 64 anos dos quais, médicos, enfermeiros, estudantes, e
serventes com o objectivo de se inteirar sobre a Percepção da importância da segregação do lixo
hospitalar. Nesta actividade foram colhidas seguintes conclusões e aprendizagens sobre:
Percepção de segregação do lixo, sua importância, métodos usados na segregação, dificuldades
na segregação do lixo, problemas originárias da má segregação para o homem e meio ambiente e
na amostragem aleatória onde cada unidade da população teve a mesma chance de ser
seleccionada para a amostra tendo a mesma probabilidade de ser seleccionada.
A tabela 3 ilustra as questões colocadas aos Trabalhadores e suas ideias centrais para cada
questão.
15
Alguns Médicos e estudantes deitam lixo de
qualquer maneira,
As vezes temos falta de material para correcta
separação do lixo como por exemplo, plásticos
Existem dificuldades na separação do específicos para cada lixo,
lixo? Nas etiquetas dos baldes deve vir também o que
deve se por,
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Figura 6: Sala de parto humanizado e um quarto sem aspectos de humanização
Para a efectivação das actividades o estagiário deslocou se a enfermaria da cirurgia II, Sala de
Parto do HCM e jardim do hospital por onde observou os conteúdos planificados tendo tirado as
seguintes conclusões: Não existe privacidade entre os doentes e visitantes visto que são 8 camas
por quarto sem isolamento entre elas ao em vez de duas camas ou quartos privados uma fonte de
luz para todos e pouco arejamento. O jardim dispõe de bancos com diversidade arbórea mas
outras extremamente velhas que com as intempéries sedem com facilidade criando perigo para os
utentes.
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Figura 7: Imagem mostrando o Controlo de vectores através de insecticidas.
4.5. Cooperar com as Empresas gestora do lixo biomédico, lavagem de tanques de água e
controlo de qualidade de água.
Para a gestão do lixo biomédico e lavagem dos tanques de água o PCI conta com a cooperação
de algumas empresas vocacionadas neste ramo ou actividade de entre elas: ICEMA, Visaqual e
para o controlo de qualidade de água, o Laboratório Nacional de Higiene de Alimentos e Água
(LINHAA), pelo serviço de manutenção hospitalar e a Clean Up cidade limpa. Com objectivos
de compreender os métodos e procedimentos usados para o tratamento do lixo biomédico e água
consumida no HCM que é reservada através de tanques semi inteiradas e outros localizados nos
terraços assim como do tratamento do lixo biomédico (infeccioso, comum e perfuro cortante).
Para a concretização destes objectivos o estagiário contactou os executantes e coordenadores
destas actividades ora por deslocar se para os referidos locais (LNHAA) e ao Serviço de
Manutenção Hospitalar (SMH) que coordena com a empresa Clean Up Cidade Limpa na
lavagem dos tanques.
A periodicidade da desinfecção e limpeza dos tanques de água é feita de 4 em 4 meses no
período nocturno das 17h as 4h segundo a fonte (PCI e SMH) que é antecedida de colheita de
amostras de água para análise de parâmetros de qualidade de água para o consumo humano e
seus riscos para a saúde pública, são analisados parâmetro microbiológicos, organolépticos e
químicos.
18
Estas colheitas repetem- se após a lavagem dos tanques enquanto o lixo biomédico é
transportado diariamente no período das 20h á 4h (comum e infeccioso) excepto o perfuro
cortante que é removido uma vez por mês para a incineração pela empresa ICEMA. Neste
período o estagiário colheu as seguintes aprendizagens: critérios usados param lavagem e
desinfecção dos tanques, parâmetros de potabilidade de água descritos nos resultados de análises
laboratoriais tratamentos dos diferentes tipos de lixo hospitalar.
Neste campo de saber, a actividade principal foi a busca activa de Doenças de Notificação
Obrigatória (DNO) que consistiu na recolha de casos diagnosticados nos serviços de urgências e
reanimação de adultos e da pediatria assim como nos seus respectivos laboratórios através dos
seus livros de registo dos balcões de atendimento, salas de tratamento e registos laboratoriais
com objectivos de identificar as DNO e aprender como elas são conduzidas após seu diagnóstico.
Para realização desta actividade foi necessário se deslocar diariamente para os referidos locais
para recolha destes dados e após a recolha é preenchido um Boletim Diário de Doenças de
Notificação Obrigatória onde constam as seguintes doenças: Malária, Diarreia, Raiva (mordedura
canina queira manifeste ou não a doença), Disenteria, Cólera, Meningite, Sarampo, Tétano, Peste
e PFA. Destas existem aquelas que são consideradas de Notificação Imediata como é o caso de:
Cólera, Sarampo, Varíola, Tétano, Meningite, que devem ser referenciados imediatamente para
Direcção da Saúde Publica da Cidade ou Laboratório de Imunologia para devidos seguimentos.
Nas buscas realizadas nos serviços acima citados durante a semana, foram notificadas 168 casos
de DNO e dentre estas uma é de notificação imediata “Sarampo” que após a suspeita foi colhida
amostra para o laboratório de Imunologia. O maior destaque foi a Diarreia em crianças com 68
casos diagnosticados contra 39 dos adultos, Malária com 37 casos contra 15 em crianças e por
último Raiva (mordedura canina) com 8 caso apenas em adultos.
Participou igualmente no processo de imunização contra hepatite B onde o público-alvo foi os
funcionários dos laboratórios por serem os mais vulneráveis a contraírem a doença por se
lidarem com diversos espécimes laboratoriais. Esta actividade foi realizada no âmbito do
processo de vigilância epidemiológica. Foram colhidas as seguintes aprendizagens: distinção das
doenças de notificação obrigatórias das imediatas no nosso contexto.
19
4.7. Participação nas actividades de Formação contínua dos Facilitadores do HCM
Participação na formação contínua dos Facilitadores do HCM que decorreu na sala de Formação
Continua subordinada ao PCI com os seguintes temas:
Humanização da pessoa humana
Direitos e deveres dos funcionários
Carta dos direitos e deveres dos doentes.
Ética e deontologia profissional.
Estas actividades tinham como objectivo capacitar os funcionários recém- admitidos na vida
profissional e mostrar o quão é importante na dignificação da pessoa humana. Para o estagiário
como estagiário foram muito importantes estes aprendizados como pessoa para melhor enfrentar
a profissão de Educador Ambiental cujo objectivo final é a vida no planeta onde existem direitos
e deveres orientadores uma vez que todos somos chamados na valorização dos diferentes sujeitos
implicados no processo de produção de saúde.
Participou na campanha de sensibilização contra o HIV e SIDA e outras doenças como é o caso
de diabetes hipertensão arterial, saúde mental, nutrição. Sendo o PCI um dos organizadores, foi
incumbido a participar nesta actividade na qualidade de estagiário deste sector com o objectivo
de adquirir habilidades de trabalho em equipa multidisciplinar. Para o efeito esteve na equipe que
responsabilizou na avaliação de glicemia e tensão arterial fazendo registos. As aprendizagens
aqui adquiridas foram mesmo de habilidades de trabalho em equipas multidisciplinares,
preocupação em Vigilância Epidemiológica caso particular as DNO e outras. A figura a baixo
ilustra momentos de registos dos dados das avaliações de tensão arterial e glicemia dos utentes
da feira.
21
Figura 9: Participação na feira de saúde do HCM no dia 1 de Dezembro 2016
4.10. Apresentação de um tema sobre o Contributo da Educação Ambiental no Serviço de
Saúde
Após realização das actividades planificadas e outras emergentes foi importante apresentação do
tema sobre O Contributo da Educação Ambiental nos Serviços de Saúde que teve como objectivo
geral Falar do contributo da Educação ambiental nos Serviços de Saúde e especificamente
Identificar áreas de intervenção de EA existentes no Hospital e Explicar como a Educação
Ambiental pode intervir.
As de intervenção escolhidas foram: EA na Gestão de resíduos Sólidos (Biomédicos) e EA na
Vigilância Ambiental e Epidemiológica e teve como tópicos:
Um pouco da História da EA,
Objectivos, Princípios, Finalidades da EA,
Contributo da EA na gestão de resíduos sólidos ou melhor Biomédicos,
Factores que contribuem para o aumento de geração de resíduos biomédicos,
Papel do educador ambiental na gestão dos resíduos biomédicos,
Contributo da EA na vigilância ambiental e epidemiológica,
Acções da EA nesta área de intervenção.
A apresentação iniciou as 7h e 30min e terminou as 8h e 20min contados desde
apresentação e esclarecimento de inquietações apresentadas e contribuições ao tema.
Participaram nesta apresentação estudantes do instituto de ciências de saúde de Maputo
em estágio sobre segregação de resíduos e o principal alvo que são os funcionários do
PCI.
22
A apresentação seguiu modelos participativos como metodologia escolhida onde os
participantes tiveram espaço para manifestarem suas opiniões.
O principal aprendizado nesta apresentação foi concretizar a certeza de que para a resolução de
qualquer que seja o problema e necessário o envolvimento da comunidade em causa.
A segunda actividade foi colher percepções sobre o lixo hospitalar aos funcionários e nesta
percebeu-se que os mesmos sabem os perigos que lhes correm pessoalmente assim com
colectivamente com por exemplo picadas com agulhas contaminadas e poluição ambiental neste
caso, Costa (2012) sustenta que o descarte correcto de peças anatómicas, tecidos, bolsas
transfusionais com sangue, medicamentos, reagentes, resíduos com metais pesados, saneastes,
inflamáveis, materiais resultantes de serviços de saúde e radioterapia, restos alimentares, roupas
descartáveis e materiais perfuro cortantes, dentre outros, é fundamental para que o meio
ambiente não seja impactado.
A terceira actividade foi sobre humanização e ambiente biofísico do hospital: Segundo Martins
(2004), a humanização do ambiente físico hospitalar, ao mesmo tempo em que colabora com o
processo terapêutico do paciente, contribui para a qualidade dos serviços de saúde prestados
pelos profissionais envolvidos. A natureza transversal dessa política envolve todos os actores e
pode ser colocada em prática de imediato, porque exige apenas decisão de mudar a forma de ver
23
o outro. O hospital tem um jardim e assentos para acomodar os seus clientes bem humanizado
exceptuando as enfermarias e como aprendizado: um bom ambiente hospitalar/humanizado
diminui o stress e ajuda na recuperação do doente.
Na actividade quatro, onde cooperou com as empresas gestoras de lixo biomédico e de lavagem
tanque assim como de controlo de qualidade de água consumida no HCM, as aprendizagens
foram: critérios usados param lavagem e desinfecção dos tanques, parâmetros de potabilidade de
água, tratamentos dos diferentes tipos de lixo hospitalar.
Na quinta foi sobre vigilância epidemiológica e ambiental em saúde e de acordo com a FUNASA
(2002), Vigilância Ambiental em Saúde é um conjunto de acções que proporciona o
conhecimento e a detecção de qualquer mudança nos factores determinantes e condicionantes do
meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de
prevenção e controle dos factores de risco ambientais relacionados às doenças ou outros agravos
à saúde e de acordo com o mesmo autor, diz que Vigilância Epidemiológica é uma disciplina
indispensável para a vigilância ambiental em saúde. Esse tipo de vigilância necessita de um
conjunto de informações e acções que proporcionem conhecimento, a detecção e a prevenção de
factores determinantes e condicionantes do ambiente e interfiram na saúde do homem, com a
finalidade de recomendar e adoptar medidas de prevenção e controle das doenças e agravos.
Estas informações se referem aos factores e condições de risco existentes, as características
especiais do ambiente que interferem no padrão de saúde da população, as pessoas expostas, e os
efeitos adversos à saúde.
Nesta actividade o estagiário aprendeu a distinguir doenças de notificação obrigatória das
imediatas, sua conduta e como meio ambiente influencia no seu aparecimento e por ultimo
medidas a tomar no nosso meio para evitar que apareçam ou se alastrem.
Na avaliação externa do PCI no HCM, correspondendo actividade sete, nesta actividade foi
concretizado e aprendeu que mesmo que os indivíduos tenham noção dos perigos, continuam a
não se protegerem a si, a outrem e ao Meio Ambiente por isso umas campanhas de avaliação
externa são importantes para corrigir algumas lacunas.
A oitava actividade foi a de participação na Feira de saúde do HCM organizado pelo PCI, as
aprendizagens aqui adquiridas foram mesmo de habilidades de trabalho em equipas
multidisciplinares, preocupação em Vigilância Epidemiológica caso particular as DNO e outras.
E por ultimo a apresentação dum tema sobre o contributo da educação ambiental no serviço de
saúde, aqui o aprendizado como que concretizar o seu papel como educador ambiental diante
dum público a merecer lições sobre Educacao Ambiental.
25
Problema Ambiental: Tratamento do Lixo Hospitalar.
Problema Instrucional: O mau tratamento de lixo Hospitalar por funcionários do HCM na
produção (mistura de lixo infeccioso com o lixo comum por exemplo), acondicionamento,
transporte, destino final temporário (lixeira do HCM) provoca vários problemas dos quais
Poluição Ambiental e Picadas com Agulhas Contaminadas originando várias Doenças.
O presente Plano Instrucional foi elaborado para ser implementado nas actividades educativas
referentes a gestão de resíduos hospitalares no HCM com o objectivo de ajudar no plano de
consciencialização dos profissionais deste para mudança de hábitos face aos problemas
ambientais e seus impactos a saúde que o mau tratamento do lixo nos propõe. Este plano tem
como suporte o Modelo ADDIE, o mesmo seguira a teoria de aprendizagem Construtivista visto
que estes têm os seus pontos de vista sobre o problema em causa e se usara igualmente a teoria
Pedagógica Libertaria onde a aprendizagem e baseada na resolução da situação do problema, a
tabela abaixo o plano instrucional segundo o modelo ADDIE.
26
Conteúdo Gestão do Lixo Hospitalar
Importância da boa gestão, consequências e
implicações da ma gestão no Meio Ambiente e na
Saúde Humana
Até ao fim da instrução os aprendentes devem ser
capaz de:
No Geral
Desenvolver nos profissionais e estudantes a
Objectivos importância de gestão de lixo Hospitalar para o
Ambiente e Saúde Humana,
Especificamente
Identificar as consequências do mau tratamento do
lixo.
Para resolver este problema propõe se as seguintes
propostas:
Intensificar as campanhas de consciencialização ao
nível dos Departamentos, Serviços e devem ser
Possíveis Soluções contínuas.
Mostrar os perigos iminentes em cada etapa do
tratamento do lixo e como ultrapassar.
27
Palestra usando como material de ensino cartazes
ilustrando os métodos correctos e nocivos ao
Ambiente e Saúde Humana. Dominara o método
Método de ensino interactivo.
28
5.2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Durante o estágio fora desenvolvido varias actividades com temas diferentes destinadas para
melhoria da saúde Humana e Ambiental num enfoque educacional virada ao Meio Ambiente.
Para que essa informação chegue a todos de melhor forma cabe neste capitulo trazer a reflexão
crítica dos temas com um referencial teórico relacionado a Educação Ambiental, lixo hospital,
vigilância ambiental e epidemiológica e dentre outros.
Para Resolução CONAMA no 005 (1993) citado por Brasília (2006) define Resíduos sólidos
como, resíduos nos estados sólido e semi-sólido que resultam de actividades de origem
industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola. Ficam incluídos nesta definição os lodos
provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações
de controlo de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável
o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso solução
técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.
De acordo com a definição supracitada, cabe salientar que, quando se fala em resíduo sólido,
nem sempre se refere ao seu estado sólido.
30
5.2.4. Lixo Biomédico/Hospitalar
Segundo o decreto número 8 de 2003 de 18 de Fevereiro sobre a Gestão de Lixo Biomédico de
Moçambique (RGLBM) no artigo número 1 alínea ‘c’ define Lixo como substâncias ou objectos
sem utilidade para a unidade sanitária, que se eliminam, que se tem a intenção de eliminar ou que
se é obrigado por lei a eliminar enquanto na alínea ‘d’ define Lixo Biomédico como sendo o lixo
resultante das actividades de diagnóstico, tratamento e investigação humana e veterinária.
De acordo com a RDC ANVISA numero 306/04 e a Resolução CONAMA no358/2005 citado
por Brasília (2006), são definidos como geradores de RSS todos os serviços relacionados com o
atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de
trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos param a saúde; necrotérios, funerárias e
serviços onde se realizem actividades de embalsamamento, serviços de medicina legal, drogarias
e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área da saúde,
centro de controlo de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores,
distribuidores produtores de materiais e controles param diagnóstico in vitro, unidades móveis de
atendimento à saúde; serviços de acupunctura, serviços de tatuagem, dentre outros similares.
5.2.8. Segregação:
Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as
características químicas e biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos.
5.2.9. Acondicionamento:
Consiste no acto de embalar os resíduos segregados em sacos ou recipientes que evitem
vazamentos e resistam às acções de punctura e ruptura.
5.2.10. Identificação:
A identificação é feita através de símbolos, cores e frases e deve constar-nos recipientes
de colecta interna e externa, nos recipientes de transporte interno e externo e nos locais de
armazenamento externo, sendo de fácil visualização.
33
5.2.14. Armazenamento externo
Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de colecta
externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos colectores.
34
símbolo internacional de lixo cimento e aterro.
infeccioso.
Lixo Anatómico Identificado por cor amarela e Esterilização, incineração a altas ou
segregado em plásticos amarelo baixas temperaturas, aterro sanitário
com paredes rígidas com sob supervisão.
inscrição e símbolo internacional Fluidos: em sistema de represa ou
para lixo infeccioso esgoto.
Grandes quantidades de tecido:
cremação, enterro, entrega aos
familiares para enterro.
Lixo Comum Em sacos plásticos claros e Estas categorias de lixos deverão ser
transparentes para se visualizar o tratadas por recurso ao método que
conteúdo sem manusear se julgar mais conveniente, uma vez
fisicamente. que estes podem por vezes requerer
práticas especiais de manuseamento
ou de gestão
Lixo de Num contentor timbrado, lixo de Lançamento para o sistema de
Medicamentos medicamentos a ser depositado esgoto ou numa cova segura nos
num local seguro. limites da unidade sanitária,
Incineração.
Lixo Radioactivo Devera ser seguramente Devolver ao fornecedor para
armazenado e eficientemente disposição final.
protegido em contentores
apropriados e selados para evitar
o contacto com isótopos.
Lixo de Medicamento Em contentores rotulados e Armazenado em contentores,
Citotóxico guardados numa área segura. rotulados e guardados numa área
segura, notificar MISAU para
orientação
Fonte: Decreto nº 8/2003 de 18 de Fevereiro.
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Tabela 7: Símbolos de Identificação dos grupos de Resíduos
Para Corbella (2003) citado por Martins (2004) uma pessoa está confortável em um ambiente
quando se sente em neutralidade em relação a ele. No caso dos edifícios hospitalares, a
arquitectura pode ser um instrumento terapêutico se contribuir para o bem-estar físico do
paciente com a criação de espaços que, além de acompanharem os avanços da tecnologia,
desenvolvam condições de convívio mais humanas.
Miquelin (1992) citado por Martins (2004) lembra que o desconforto ambiental nos hospitais não
pode ser um problema a mais nesses espaços, construídos para, muitas vezes, situações
stressantes de atendimento associadas a pacientes com risco de vida ou sofrimento profundo,
dentre outros, os aspectos fundamentais para o conforto ambiental nos hospitais devem observar
a iluminação, a cor e o conforto térmico.
Nesse contexto, o conforto ambiental tem primazia, devido a sua grande influência nos processos
de cura dos pacientes internados.
Para Mezomo (2001), não se trata de planejar acções para o hospital do futuro e, sim, construir
sobre o que se tem.
A humanização do ambiente físico hospitalar, ao mesmo tempo em que colabora com o processo
terapêutico do paciente, contribui para a qualidade dos serviços de saúde prestados pelos
profissionais envolvidos. A natureza transversal dessa política envolve todos os atores e pode ser
colocada em prática de imediato, porque exige apenas decisão de mudar a forma de ver o outro
(MARTINS, 2004).
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5.2.20. Vigilância Ambiental em Saúde
A Vigilância Ambiental em Saúde é um conjunto de acções que proporciona o conhecimento e a
detecção de qualquer mudança nos factores determinantes e condicionantes do meio ambiente
que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e
controle dos factores de risco ambientais relacionados às doenças ou outros agravos à saúde
(FUNASA, 2002).
5.2.22. Dificuldades
Como qualquer actividade para além das facilidades que podemos encontrar podemos nos
deparar com alguns aspectos que travam o ritmo normal dos nossos desejos. E neste campo de
estágio dentre outras as que mais se destacaram foram:
Tive dificuldades na elaboração do plano de estágio visto que o departamento dispõe do plano
anual e não mensal o que fez com algumas actividades fossem realizadas antes ou depois da
semana planificada.
Na gestão dos resíduos hospitalares, tive a oportunidade de acompanhar quase todas fases
excepto o destino final que é lixeira de Hulene, Distrito de Moamba e na incineradora privada,
justificada pelos responsáveis que era devido espaço nas viaturas e responsabilidades em caso de
acidentes de viação para além de que essa actividade se fazia no período entre as 20h à 5h.
Na Percepção sobre importância da segregação de resíduos hospitalar a dificuldade foi de fazer
entender os trabalhadores a distinguir entre uma auscultação Ministerial e uma actividade
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meramente para fins educativos mas com ajuda dos chefes dos serviços e o uso do crachá e
exibição dos credenciais antes, isso foi possível.
Tive dificuldades em acesso a sala de formação contínua para apresentação do tema estar quase
sempre ocupada e aconteceu duas semanas depois, isto é, na última semana do estágio.
Finalmente, posso- me referir a dificuldades ao acesso aos manuais que abordam questões do
PCI e o que existe esta sob tutela do responsáveis e não na prateleira do PCI e nem na sala de
Formação contínua e para tê-lo é mediante ao responsável.
O estágio foi de muita valia para o estagiário e para os funcionários dos serviços por onde
estagiou porque tiveram a possibilidade de perceber a importância da Educação Ambiental numa
Unidade Sanitária e o papel do Educador Ambiental na gestão dos resíduos hospitalares e sua
contribuição na Vigilância Ambiental e Epidemiológica. Salientar que esta fase foi igualmente
importante por ter trabalhado com técnicos profissionais nas áreas específicas como é o caso de
Técnicos de Saúde Publica, do Ambiente, Enfermeiros, Epidemiologia e outras áreas que juntos
trabalham com um único fim que é a vida. Percebeu de igual modo que a interdisciplinaridade é
indispensável para resolução de problemas ambientais e em geral.
Os métodos usados pela comissão de Controlo de Infecções relativos a gestão dos residios
sólidos ou hospitalares a partir da segregação, acondicionamento, transporte interno,
armazenamento temporário e disposição final obedecem as normas do Decreto nº. 8/2003 de 18
de Fevereiro, o regulamento sobre a gestão do lixo bio-médico faltando apenas incutir essa
informação e prática nos funcionários que se lidam directamente com esses residios. É notório se
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fazer boa separação no local de gestão onde os baldes estão bem identificados com cores de
plásticos e baldes diferentes para cada tipo de lixo e na altura de recolha para o
acondicionamento e transporte, todos estarem inseridos num único recipiente ou carrinha,
havendo neste caso misturas de diferentes tipos de lixo. O mesmo acontece na lixeira temporária
do HCM onde apenas há separação do material perfo-cortante e do não cortante.
6.2. Recomendações
Sendo o Departamento do PCI vinculado igualmente no processo de ensino e aprendizagem e
campo de estágio para várias instituições de ensino de vários níveis, duma e doutra maneira ela
serve de um espelho e na modelagem dos estudantes que por aqui passam. Neste caso
recomenda-se:
O plano anual é importante para um Departamento mas é necessário que este seja faseado em
meses ou semanais e diários para melhor orientação dos próprios funcionários e educandos para
que sirva de exemplo na futura vida profissional.
Disponibilizar material de consulta e com acesso fácil através de criação de uma biblioteca fixa.
Promover debates dentro do departamento onde podem se discutir vários temas e como
transmiti-lo.
Apesar do decreto numero 8/2003 no seu capítulo 1 nas disposições gerais, no artigo 1 alínea ‘a’
conferir aos técnicos de Higiene Segurança Ocupacional e Ambiente a tarefa de gestão de lixos
biomédicos desde sua geração até o destino final, estes devem ter um termo de referência que
distingue suas actividades diárias neste processo.
As empresas contratadas para gestão de resíduos e controle de vectores devem ser motivadas a
contribuírem na formação dos estagiários integrando os nas suas equipas de trabalho.
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Uma vez o estudante autorizado para o estágio num departamento, não pode ser vedado a
participar em nenhuma actividade que por sinal fazem parte da sua aprendizagem mas sim criar
condições para que este explore o máximo as oportunidades para que no futuro se identifique
com as realizações adquiridas e possa contribuir para o melhoramento do bem-estar da sociedade
no global.
Por último recomenda-se ao PCI para que trabalhe ou melhor contacte as empresas do ramo de
reciclagem para o reaproveitamento dos resíduos recicláveis como por exemplo caixa de papelão
que vai dar um grande contributo ambiental e reduzir custos financeiros ao hospital referente ao
pagamento a empresas contratadas para recolher resíduos.
Aos futuros estagiários recomenda-se: que antes de escolher a empresa para realização de
estágio, é necessário que façam um reconhecimento da área antes mesmo do tempo destinado ao
referido estágio e que aproximem outros estagiários que por este campo estagiaram para melhor
se inteirarem dos programas e rotinas da empresa e o do desenvolvimento das actividades deste
modo facilitara a elaboração do plano de actividades.
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Referências bibliográficas
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ANEXOS
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