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Assertividade

E
Estilos de
Comunicação

Formadora: Fábia Couto


Fabiacouto.ena@gmail.com
1/02/16
INDICE
CONCEITO DE ASSERTIVIDADE ................................................................................................. 2

ESTILOS DE COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL .......................................................................... 2

Estilo agressivo: ............................................................................................................................ 2


Estilo passivo: ............................................................................................................................... 2
Estilo manipulativo: ....................................................................................................................... 3
Estilo assertivo: ............................................................................................................................. 3
COMPORTAMENTO NÃO VERBAIS DOS ESTILOS COMUNICACIONAIS .............................. 3

Estilo passivo: ............................................................................................................................... 3


Estilo agressivo: ............................................................................................................................ 3
Estilo manipulativo: ....................................................................................................................... 3
Estilo assertivo: ............................................................................................................................. 4
APLICAÇÃO DA ASSERTIVIDADE NA PRÁTICA ...................................................................... 4

Responder corretamente a Críticas: ................................................................................................ 4


Formular pedidos: .......................................................................................................................... 4
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................... 6

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CONCEITO DE ASSERTIVIDADE

A assertividade é a afirmação dos próprios direitos e a expressão de pensamentos,


sentimentos e crenças, de maneira direta, honesta e apropriada, de modo a não violar os
direitos dos outros. Na mesma linha de pensamento, Galassi e Galassi (1977) definem a
assertividade, como uma competência que envolve a expressão direta, pela pessoa, das suas
emoções, opiniões, necessidades ou preferências, sem que, ao fazê-lo, experiencie ansiedade
excessiva ou indevida ansiedade, e sem ser hostil com o interlocutor. Todas as definições de
assertividade vão ao encontro da premissa de que os indivíduos têm direitos de afirmação
básicos que devem exercitar.
O comportamento assertivo implica que um indivíduo seja capaz de:
 Autoafirmação, tendo a capacidade de defender os seus direitos legítimos, expressar
as suas opiniões pessoais e de fazer e recusar pedidos;
 Conseguir expressar sentimentos positivos, fazendo e recebendo elogios, expressando
afetos positivos ou iniciando e mantendo conversas com as outras pessoas.
 Ter competências para expressar sentimentos negativos.
Um aspeto que é importante ter em conta é que NINGUÉM é 100% assertivo com todas as
pessoas e em todas as situações. Para cada pessoa, a facilidade que tem em comportar-se de
forma assertiva depende muito da pessoa para quem esse comportamento se dirige (pais,
professores, amigos, namorado/a, crianças, etc.) e da situação em que se encontra
(autoafirmação, expressão de sentimentos positivos, expressão de sentimentos negativos,
etc.). Quando muito, pode-se dizer que a pessoa assertiva é capaz de se comportar com
assertividade com muitas pessoas e em muitas situações.

ESTILOS DE COMUNICAÇÃOINTERPESSOAL

O comportamento social difere de indivíduo para indivíduo, de situação para situação - não
existem duas pessoas que interajam exatamente da mesma forma.
Contudo, apesar de assumirmos diferentes formas na comunicação com os outros, possuímos
uma forma relativamente constante e característica que se torna no nosso estilo predominante
de comunicação e que prevalece, na maioria das situações, sobre os outros.
Segundo Fachada (Fachada, 2000) o quadro seguinte identifica os quatro estilos de
comportamentos comunicacionais:

Estilo agressivo:
É aquele em que a pessoa expressa as suas necessidades ou preferências, emoções e opiniões,
mas de uma forma que é hostil, exigente, ameaçadora ou punitiva para com o interlocutor. A
pessoa que tem este comportamento defende os seus direitos, mas fá-lo à custa da violação
dos do outro.

Estilo passivo:
É aquele em que a pessoa falha na expressão das suas necessidades ou preferências, emoções
e opiniões. Na medida em que a pessoa tem este comportamento de fuga e de
autodesvalorização, é a primeira a violar os seus próprios direitos, acaba por dar ao outro a
permissão para, também ele, o fazer.
É um estilo pouco eficaz, pela anulação que o próprio faz de si.

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Estilo manipulativo:
É aquele em que a pessoa expressa as suas necessidades ou preferências, emoções e opiniões
de uma forma implícita ou indireta, frequentemente com «mensagens mistas», em que há
contradições no conteúdo ou entre o conteúdo e o comportamento não verbal (desonestidade
emocional). É o caso de mensagens cujo objetivo é levar o interlocutor a adivinhar o que quer
dizer ou a sentir-se tão mal ou responsável pela pessoa que fará o que ela quer, ainda que
contra a sua vontade. A pessoa que tem este comportamento procura a satisfação das suas
necessidades violando os direitos dos outros, mas fá-lo de forma indireta, sem que muitas
vezes seja percebido.

Estilo assertivo:
E a capacidade de afirmação das opiniões das opiniões, vontades e sentimentos próprios,
respeitando e promovendo a afirmação dos outros
Comunicação eficaz, simples e diretiva, centrada na autoafirmação e expressão de
sentimentos positivos e negativos

COMPORTAMENTO NÃO VERBAIS DOS ESTILOS COMUNICACIONAIS

Os comportamentos não verbais, comunica cerca de 90% daquilo que queremos dizer. São
estes comportamentos que demonstram as nossas emoções e sentimentos.
A comunicação não verbal exprime e transmite a comunicação afetiva. Esta inclui a
informação sobre o conteúdo da mensagem verbal.

Pode-se, portanto, identificar comportamentos não verbais quanto: ao olhar; à


expressão facial; à postura corporal; aos gestos; ao volume da voz; ao tom da voz; ao
discurso (velocidade, fluidez, hesitações, balbuciações, clareza)

Estilo passivo:
Expressão facial retraída, não de acordo com o que está a sentir
Postura de contraída que impele ao afastamento
Contacto ocular esquivo
Gestos constantes como sinal de nervosismo;
Tom de voz quase inaudível;
Discurso pleno de hesitações e balbuciações

Estilo agressivo:
Expressão facial rígida, demasiado austera e hostil
Postura rígida e aproximada (invasiva)
Olhar fixo
Gesticulação exagerada
Tom de voz elevado e agressivo
Discurso fluente e muito acelerado

Estilo manipulativo:
Expressão facial está de acordo com o que está a dizer, mas não a sentir

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Postura varia consoante o objetivo que quer atingir
Contacto ocular direto e às vezes fixo
Discurso com mensagens mistas, não muito claro

Estilo assertivo:
Expressão facial de acordo com o que está a sentir
Contacto ocular direto
Tom de voz audível
Discurso claro e diretivo

APLICAÇÃO DA ASSERTIVIDADE NA PRÁTICA

Para comunicarmos pensamentos, sentimentos e opiniões de forma assertiva, precisamos de


escolher palavras que sejam diretas, honestas, apropriadas e respeitosas. As palavras são
apenas um dos aspetos de ser assertivo, como já foi referido, mas é necessário usarmos
palavras assertivas se pretendermos ser assertivos com os outros. Iremos ver, seguidamente,
alguns exemplos da aplicação de técnicas assertivas, a situações concretas como:
Responder corretamente a Críticas
Formular pedidos

Todas estas temáticas requerem treino específico, uma vez que, em cada uma delas, estão
envolvidas competências distintas.

Responder corretamente a Críticas:


Quando alguém nos crítica, quer seja uma crítica justa ou injusta, estamos perante uma
situação provavelmente intimidante e promotora de altos níveis de ansiedade, a não ser que
tenhamos desenvolvidas boas estratégias de análise da crítica e de resposta à mesma. Desta
forma, deve-se:
- Saber interpretar a crítica corretamente, ou seja, identificar a situação em que se está a ser
criticado;
- Saber avaliar quando a crítica está a ser desconstrutiva ou construtiva;
- Quando a crítica for justa mas não se deseja continuar o assunto, deve-se reconhecer
(“Tens razão”), repetir (“devia ter feito…”) e explicar (“não o fiz porque…”);
- Se concordar com a posição do outro, pedir esclarecimentos (“Que achas que devia fazer?”
e não aceitar respostas vagas e negativas (“Não gosto que faças…”);
- Não permitir que o outro generalize a sua crítica a outras situações ou a outras facetas da
sua personalidade.

Formular pedidos:
Para conseguir fazer pedidos não improvisados de forma adequada, ou seja, daquele género
de pedidos que podem ser refletidos e preparados antecipadamente para alguma situação em
específico, as estratégias são:
- Definir para si próprio exatamente o que se pretende, ou seja, qual o pedido que sequer
fazer (“Peço ajuda para…”, “Quero/quando quero/onde quero/como quero”);

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- Escolher um momento e um lugar propícios para o problema em causa ser discutido, mas
sem estar sempre a adiar nem ficar à espera que surja uma oportunidade que pode nunca
surgir;
- Ao realizar o pedido, é necessário caracterizar a situação-problema o mais detalhadamente
que for possível, apresentar corretamente todos os pensamentos, sentimentos e desejos que se
pretende transmitir (“Quando tu…, eu penso… e sinto (…),por isso queria que…”) e, acima
de tudo, não culpabilizar ou atacar o outro, pois, assim, será obtida uma resposta defensiva;
- Limitar o objetivo a uma ou duas frases firmes. É importante ser-se concreto.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Fachada, º (2000). Psicologia das relações interpessoais. Lisboa: Rumo.

Castanyer, O. (2004). A assertividade, expressão de uma auto-estima saudável. Coimbra:


Edições Tenacitas.

Del Prette, A. & Del Prette, Z. A. P. (2003). Assertividade, sistema de crenças e identidade
social. Psicologiaem Revista, 9(3), 125-136.

Galassi, M. &Galassi, J. (1977).Assert yourself: How to be your own person. NewYork:


Human Sciences.

Hargie, O., & Dickson, D. (2004).Skilled interpersonal communication.Research, theory and


practice. London: Routledge

Jakubowski, P., & Lange, A. (1978).The assertive option. Your rights and responsibilities.
Illinois: Research Press Company.

Lin, Y., Shiah, I., Chang, Y., Lai, T., Wang, K., & Chou, K. (2004).Evaluation of an
assertiveness training program on nursing and medical student’s assertiveness, self-esteem,
and interpersonal communication satisfaction. Nurse Education Today, 24, 656-665.

Lloyd, S. (1993). Desenvolvimento em assertividade: técnicas práticas para o sucesso


pessoal. Lisboa: Monitor. 22-47.

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