Transmissão Diagnóstico
Horizontal ou vertical. Contato direto com Sorologia rápida em placas (SARP),
aves positivas, poeira, penas, aerossol, monitoria MAPA. SARP positivo = inibição da
equipamentos e ovos embrionados. hemaglutinação (HI) 1:60 suspeito; 1:80 positivo.
PCR (gênero, espécie e subtipos). Semear exsudato
de traqueia, sacos aéreos e pulmões. Utilizar meio
de frey, caldo e meio. Antígeno específico. Utilizar Ocorrência
exclusivamente soro. ELISA.
Galinhas e perus têm maior importância,
Monitoria em incubatório em função da criação em larga escala. Maior
frequência até 3 semanas de idade. Pode aparecer
Avaliação da progênie:
no período embrionário. Perus adultos são
embriodiagnóstico/pipped embryo permite avaliar
frequentemente atacados.
presença de lesões no embrião. Coletar ovos
picados, retirar embrião e abrir cavidade Fonte de contaminação
abdominal.
Material da cama (maravalha) e de ninhos
Prevenção e tratamento (substratos de arroz, por exemplo), ovos
embrionados e ambiente de incubatório
Corrigir erros de manejo. Uso de
principalmente, tem muita umidade.
medicamentos como tilosina. Pode ocorrer
recidiva. Verificar retirada de medicamentos antes No momento da postura do ovo ocorre um
do abate. resfriamento (diferença de temperatura do interior
da galinha para o meio externo), a formação da
Controle em poedeiras comerciais
câmara de ar e a sucção de material externo.
Vacinação 6 a 8 semanas e depois 14 Quanto pior for o manejo de higienização, maior
semanas. será os contaminantes que entraram no ovo. Com
In nº 44, de 23 de agosto de 2001 isso tem-se a entrada dos poros de aspergillos e
manifestação através de mortalidade embrionária.
Aprovar as normas técnicas para o controle
e a certificação de núcleos e estabelecimentos Etiologia
avícolas para a micoplasmose aviária. Os mais importantes são Aspergillus
Certificação dos núcleos ou estabelecimentos fumigatus, A. niger e A. flavus. Eles crescem em
avícolas para linhas puras, bisavós e avós: ágar sabouraud. Formam uma colônia verde
azulada-escura. Crescimento se dá em 48 horas.
Galinhas: livres de Mycoplasma
gallisepticum e Mycoplasma synoviae. Perus: livres Quadros clínicos
de Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma
Aspergilose pulmonar. Oftalmite,
synoviae e Mycoplasma meleagridis.
encefalite, dermatite, osteomicose e sistêmica.
Certificação dos núcleos (estabelecimentos
avícolas de matrizes): Patogenia
Galinhas: livre de Mycoplasma Inalação dos esporos. Localização nos
gallisepticum, sob vigilância e acompanhamento brônquios terminais. Crescimento de hifas. Reação
para Mycoplasma synoviae. Perus: livre de orgânica. Englobamento das estruturas. Lesões
Mycoplasma gallisepticum, M. synoviae e M. características. Diminui capacidade pulmonar.
meleagridis. Sinais respiratórios.
Transmissão
ASPERGILOSE Ovos embrionados. Palha em caixa de
pintinhos. Cama de aviário. Ambiente.
Condição doentia. Geralmente envolvendo
Sinais clínicos
sistema respiratório, mas pode afetar sistema
nervoso. Todas as espécies de animais. Dispneia, aumento de batimentos
Normalmente ocorre por maravalha quando é mal cardíacos, inapetência, sonolência, mortalidade,
acondicionada. paralisias e torcicolo.
Lesões O Clostridium botulinum (ambientes sem
oxigenação) pode ser adquirido pela: alimentação
Pontos brancos nos pulmões. Material
em ingestão de alimentos e carcaça; por
caseoso nos sacos aéreos. Exsudato caseoso na
ferimentos em casos de contaminação; ou
bifurcação da traqueia.
intestinal através da ingestão de esporos.
Diagnóstico
Etiologia
Isolamento em ágar sabouraud. Teste
Bacilo gram-positivo anaeróbico.
rápido para detecção: coletar nódulo, colocar em
Clostridium botulinum. Todos produzem esporos.
lâmina, KOH (hidróxido de potássio), aquecer
São classificados em 8 tipos de acordo com a
ligeiramente, e observar se tem hifas no
toxina que produz. Em aves tipos A e C.
microscópio.
Prevenção Contaminação
Ingestão de animais mortos ou vegetação
Cama: conhecer os fornecedores de
em decomposição. Áreas de risco: lagos e
maravalha, saber se o preparo não está sendo em
pântanos com vegetação em putrefação.
umidade para fungo. Em casos de maravalha com
contaminação é aconselhável espalhar antes da Incubação
chegada do lote e usar algum desinfetante para
10 a 12 horas a vários dias. Morbidade e
facilitar a dispersão dos esporos. As caixas que
mortalidade estão relacionadas à quantidade de
trouxeram as aves devem ser queimadas.
toxina ingerida.
Ambiente: em granjas com presença alta de
Transmissão
fungo é interessante usar um desinfetante úmido
com fungicida com ampla ação. Depende da intensidade da contaminação
ambiental, presença de substrato e condições
Ovos em ninhos convencionais: a cama
ideais de multiplicação. Cresce facilmente no trato
deve ser trocada regularmente a cada 30 dias e de
gastrointestinal. Surtos de frango e faisões (tipo C).
15 em 15 dias complementa o que falta de cama,
Corvos e urubus são resistentes.
acrescentando parafenol. Fumigar ovos logo após
a postura, utilizar formol ou Patogenia
formol+permanganato de potássio (forma gás Aves adoecem com a ingestão de toxina
escuro que suja o ambiente) ou parafenol. pré-formada contida em larvas de moscas que
No incubatório existe uma certa população crescem em carcaças em decomposição, ou devido
fúngica, sendo assim, é ideal fumigar com a ingestão de própria carcaça contaminada com
produtos fungicidas (thiabendazole ou Clostridium botulinum. Depois há absorção via
cetoconazol). corrente sanguínea ou linfática, onde ocorre a
inibição da acetilcolinesterase, há impedimento da
transmissão de impulsos nervosos, especialmente
BOTULISMO no sistema nervoso central.
Diagnóstico COCCIDIOSE
Histórico de acesso ao material em As espécies acometidas pela Eimeria spp.
decomposição, sinais clínicos e lesões que são: galinhas, perus, faisões, codornas, gansos,
caracterizam presença e larvas. patos, pombos, avestruzes e emas.
Laboratorial
Eimeria das galinhas
ELISA para detectar a toxina. Toxinotipia
Eimeria acervulina: presente no intestino
indica o tipo envolvido. delgado, duodeno;
Eimeria tenella: ceco;
Tratamento
Eimeria maxima: intestino delgado, jejuno;
Isolar as aves para diminuir o aparecimento Eimeria necatrix: intestino delgado e ceco;
de novos casos. Hidratar e administrar purgativos. Eimeria hagani: intestino delgado;
Eimeria brunetti: final do intestino delgado e
Estreptomicina reduz a mortalidade.
ceco;
Profilaxia Eimeria mitis final do intestino delgado e ceco;
Eimeria mivati: intestino delgado.
Antitoxinas bivalentes como profilático,
Em frangos as mais importantes são: E.
mas de pouco uso. Não deixar carcaças espalhadas
acervulina (++), E. maxima (+++) e E. tenella
ou vísceras ao ar livre. Usar compostagem, controle
(++++). Quanto mais cruzes maior a
de moscas, recolher aves mortas, remoção da cama
patogenicidade.
velha e aeração de lagos.
Eimerias de perus
Eimeria adenoides: intestino grosso e ceco;
Eimeria dispersa: intestino delgado e grosso;
Eimeria gallopavonis: intestino grosso e ceco; sanitário, umidade e temperatura, amônia,
Eimeria inoccua: intestino delgado e grosso; oxigênio, ingestão e bactérias.
Eimeria meleagridis: intestino grosso e ceco;
Eimeria meleagrimitis: intestino delgado; Sinais clínicos
Eimeria sobrotunda: intestino delgado e
grosso. Diarreia, prostração, diminuição do
consumo de ração, desuniformidade e
Ciclo do parasita mortalidade.
Ocorre a ingestão de oocistos esporulados,
Aves jovens são menos suscetíveis a
liberação dos esporocistos na moela pela ação
quadros clínicos. Os efeitos sobre ganho de peso e
mecânica e dos sucos digestivos. Os esporozoítos
conversão alimentar são menores. Estresse menor.
liberados na luz intestinal penetram nas células
A imunidade facilmente é estabelecida em aves
(enterócitos) e se multiplicam por merogonia e
jovens. A reinfecção periódica mantém a
esquizogonia: 1ª geração, novas células, nova
imunidade.
multiplicação, 2ª geração de multiplicação, novas
células são parasitadas. O período pré-patente (PPP) é de 4 a 7 dias.
Espera-se 15 dias observando as aves, na
Fase de gametogonia tem o macrogameta
expectativa de que a sua imunidade já esteja
que é feminino e microgameta que é o masculino,
estabelecida, porque elas já foram imunizadas no
tendo formação de oocistos. O período pré-
incubatório, mas a sua imunidade não estava
patente é de 4 a 7 dias nas galinhas e nos perus. O
estabelecida ainda. Durante esses 15 dias, nesses
tratamento para todas as espécies de Eimeria é o
pintinhos vai ocorrendo o ciclo da coccidiose,
mesmo.
então se tiver alguma umidade a mais na cama que
Estágio do desenvolvimento favoreça a esporulação dos oocistos, os pintinhos
podem ter doença clínica com sinais como diarreia.
Esporozoíto é a forma infectante.
Se for o caso, coleta as fezes e faz OPG, se tiver
Esquizontes fazem a multiplicação assexual.
muito alto (acima de 50.000) deve-se medicar as
Merozoítos são de segunda e terceira geração de
aves, se tiver médio não deve medicar, imunidade
estágio móvel infectante. Gametócitos fazem a
está adequada (se formando), se tiver baixo
reprodução sexual. Oocistos são zigotos.
(poucas Eimerias e não tem formação de
Diferenças entre espécies anticorpos), faz a recoleta uma semana depois por
Tamanho do oocisto, período pré-patente, causa do PPP (4-7 dias). Se o aviário manteve um
capacidade reprodutiva, patogenicidade e manejo adequado (mexeu na cama, não teve
imunogenicidade. umidade etc.), na recoleta é possível visualizar um
aumento no OPG, ou seja, boa população de
Características dos oocistos oocistos e uma imunidade adequada. Se o aviário
Resistentes aos fatores ambientais. Quatro não manteve um manejo adequado (teve
esporocistos e dois esporozoítos. Impermeáveis a vazamento de água e manteve aves com
maioria dos desinfetantes. Sensíveis ao CO2, O2, problemas locomotores) nesses 7 dias, acabou
NH3, amônia, brometo de metila, sulfato de acelerando a esporulação de oocistos, levando a
carbono, e alguns compostos fenólicos. um grande aumento no OPG (acima de 50.000)
Esporulação entre 17 a 30ºC, umidade, oxigênio, seguido de doença clínica.
em 12-48 horas. Até o 15º dia não é esperado a doença
Epidemiologia clínica nas aves. Para evitar isso, deve-se fazer com
que as aves consumam ração e água, mexer a cama
Densidade de oocistos (ideal é fermentar e
adequadamente e eliminar as aves que estão
usar vassoura de fogo no ambiente), vazio
doentes (paradas, não conseguem comer, só
comem cama). Se não ocorrer esse manejo
adequado durante esses 15 dias, a doença clínica multiplicação dos oocistos). Normalmente faz o
pode vir a acometer os animais. Reinfecção rodízio do anticoccidiano com duas substâncias,
periódica mantem a imunidade. uma no início do lote e outra na parte final,
respeitando os 15 dias, para não interferir na
Patogenicidade
formação de anticorpos.
Influenciada pela quantidade de oocistos.
Rompimento das células parasitadas. Hemorragias
Matriz
pela lesão em vaso sanguíneo. Prejuízos na Na matriz a probabilidade é não ter a
absorção de nutrientes. Alteração na estrutura das doença clínica, porém, as 25 semanas ocorre o
vilosidades intestinais. estresse fisiológico da produção de ovos e pode
ocorrer a doença clínica. Normalmente essa
Lesões
doença clínica está associada a umidade da cama
Estrias brancas (E. acervulina). Placas (vazamento de cano de aspersão ou bebedouro) e
coalescentes e espessamento da parede intestinal. revolver a cama (mexer a cama, insere oxigênio e
Enterite mucosa sanguinolenta. Petéquias. Edema favorece a esporulação do oocisto). Se tiver doença
da mucosa. clínica a ave deve ser medicada (tratamento
Escore das lesões terapêutico) com ATB (evita a enterite necrótica) e
Amprolium (elimina os protozoários), ou somente
E. acervulina: sulfaquinoxalina (age contra as bactérias e
Escore 1: lesões brancas na mucosa do duodeno; oocistos). A coccidiose abre porta para a enterite
Escore 2: lesões brancas muito próximas, mas ainda necrótica.
discretas;
Escore 3: lesões aglomeradas, parede engrossada; Químicos produzidos sem fermentação
Escore 4: mistura de lesões, não podem ser Diclazuril e toltrazurila. Produtos muito
diferenciadas. estáveis. Período de retirada de 24 horas. efeitos
Diagnóstico em todas as coccidas de aves e mamíferos.
Perspectiva Resistência
Encontrar uma vacina que garante uma boa C. perfringens A e C sobrevivem à
imunização materna. Vacinas vetoriais. Novos temperatura de 100ºC por mais de 1h. Para
anticoccidianos. Produtos naturais. garantir sua destruição é necessária uma
temperatura de 115ºC por 4 min.