ELETRICIDADE E
ELETRÔNICA
VEICULAR
CIMATEC
ELETRICIDADE E
ELETRÔNICA
VEICULAR
SALVADOR
2 00 5
2
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CDD
________________________________________________________
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3
MENSAGEM DO SENAI CIMATEC
Tudo isso sem desviar a atenção das necessidades da comunidade, atendendo suas
expectativas de formação profissional, suporte tecnológico e desenvolvimento,
contribuindo para uma constante atualização da indústria baiana de manufatura e
para a alavancagem do potencial das empresas existentes ou emergentes no estado.
4
APRESENTAÇÃO
A indústria automobilística, por exemplo, usa nos seus veículos um grande número
de componentes elétricos ou acessórios, os quais sofrem continuamente
modificações e aperfeiçoamentos.
5
SUMÁRIO
I – A ELETRICIDADE .......................................................................................................... 7
1.1 - INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7
1.1.1 - Matéria .............................................................................................................. 7
1.1.2 - Molécula ........................................................................................................... 7
1.1.3 - Átomo. .............................................................................................................. 7
1.1.4 - Eletricidade Estática . ................................................................................... 8
1.1.5 - Eletricidade Dinâmica ou Corrente Elétrica ............................................. 8
1.2- GRANDEZAS ELÉTRICAS ........................................................................................ 9
1.2.1 Tensão elétrica ...................................................................................................... 9
1.2.2 Corrente elétrica ............................................................................................. 10
1.2.3 Resistência Elétrica ........................................................................................ 12
1.3 LEI DE OHM ................................................................................................................ 19
1.4 CIRCUITOS ELÉTRICOS ........................................................................................... 21
1.4.1 Configuração dos circuitos .............................................................................. 23
1.5 TRABALHO ELÉTRICO ............................................................................................. 33
1.6 POTÊNCIA ELÉTRICA ............................................................................................... 33
1.7 CAPACITOR ................................................................................................................ 35
1.8 MAGNETISMO ............................................................................................................ 39
1.9 ELETROMAGNETISMO ............................................................................................. 40
1.10 RELÉ .......................................................................................................................... 42
1.11 GERAÇÃO DE UMA TENSÃO ALTERNADA SENOIDAL .................................. 44
1.12 TRANSFORMADOR ................................................................................................. 46
II - MULTÍMETRO AUTOMOTIVO .................................................................................. 48
lll - SEMICONDUTORES .................................................................................................. 54
3.1 DIODOS SEMICONDUTORES .............................................................................. 58
3.2 TIPOS DE DIODOS ................................................................................................. 59
3.3 RETIFICAÇÃO AC/DC............................................................................................ 62
3.4 O TRANSISTOR ...................................................................................................... 65
3.5 SIMBOLOGIA DE COMPONENTES DE CIRCUITOS ELÉTRICOS ................. 70
IV -SINAIS ELÉTRICOS - ELETRÔNICOS .................................................................... 73
4.1 SINAIS DIGITAISs ...................................................................................................... 73
4.2 SINAIS ANALÓGICOS ............................................................................................... 73
6
I – A ELETRICIDADE
1.1 - Introdução
Por se tratar de uma força invisível, o princípio básico de eletricidade é explicado na
Teoria atômica.
Torna-se difícil então visualizar a natureza da força elétrica, mas é facilmente notável
os seus efeitos.
A eletricidade produz resultados e efeitos perfeitamente previsíveis.
Para que possamos compreender melhor a eletricidade, observemos as seguintes
definições:
1.1.1 - Matéria
É toda a substância, sólida, líquida ou gasosa que ocupa lugar no espaço.
1.1.2 - Molécula
É a menor partícula, a qual pode dividir uma matéria, sem que esta perca suas
propriedades básicas.
Ex: Quando dividimos um pó de giz até o momento em que ele ainda conserve suas
propriedades de pó de giz, se tornado invisível a olho nu, mas visível com
microscópios, temos então uma molécula.
1.1.3 - Átomo.
São as partículas que constituem a molécula. Podemos assim afirmar que um
conjunto de átomos constitui uma molécula, que determina uma parte da matéria.
É no átomo que se dá o movimento eletrônico (corrente elétrica). O átomo é
composto por um núcleo e partículas que giram a seu redor, em órbitas concêntricas,
muito parecidas com a configuração dos planetas em torno do sol.
7
O núcleo é constituído de prótons e nêutrons, convencionando-se a prótons com
carga elétrica positiva (+) e nêutrons carga elétrica nula (0).
As partículas que giram ao redor do núcleo são denominadas elétrons, com carga
elétrica negativa (-).
As cargas negativas dos elétrons são atraídas pelo núcleo, que tem carga positiva
devido aos prótons. Essa atração compensa a força centrífuga que tende a afastar
os elétrons do núcleo. Dessa forma, os elétrons mantêm o seu movimento ao redor
do núcleo.
Normalmente, um átomo tem o mesmo número de prótons e elétrons e, portanto, é
elétrica-mente neutro.
Podemos admitir que num átomo, na condição de equilíbrio, o número de prótons é
igual ao número de elétrons. Se ele perde um elétron toma-se eletricamente positivo
(íon Positivo), se ele ganha um elétron torna-se negativo (íon Negativo). A este
desequilíbrio é que chamamos "carga elétrica". O conjunto dos fenômenos que
envolvem estas "cargas elétricas" é que foi definido como eletricidade. A eletricidade
se apresenta de duas maneiras.
1- Haste de vidro.
2- Falta de elétrons.
3- Pano de lã.
4- Excesso de elétrons.
8
FONTE
CONDUTORES
CONSUMIDOR
Se uma haste de borracha for esfregada com o pano de lã, alguns elétrons do pano
de lã aderem à superfície da haste de borracha. A haste passa a ter mais carga
negativa do que positiva: fica carregada com carga negativa. "Carga negativa
significa excesso de elétrons" (figura abaixo). Entre cargas diferentes ocorre uma
força de atração. Para tentar separar cargas diferentes é necessário produzir
trabalho contra a força de atração. Este trabalho é armazenado nas cargas sob a
forma de energia. O resultado é uma força entre as cargas que recebe a designação
de "tensão".
"A tensão é o resultado da separação de cargas".
1- Haste de plástico.
2- Falta de elétrons.
3- Pano de lã.
4- Excesso de elétrons.
9
Tensão elétrica é a diferença de potencial existente entre dois pontos distintos no
circuito. Pode ser definida também como a força impulsora ou pressão, que força a
passagem da corrente elétrica nos condutores.
Quando afirmamos que uma bateria tem 12 volts, estamos dizendo que a diferença
de potencial existente entre um pólo e outro é de 12 volts. A tensão que a alimenta
os circuitos das residências pode ser normalmente de 127 V ou 220V.
A tensão pode ser representada pelas letras E, d.d.p.(diferença de potencial ou U e
sua unidade de medida é o volt (V).
Por definição, 1volt é a diferença de potencial necessária para impelir 1Ampere
através de 1ohm.
O instrumento de medição de tensão elétrica é o voltímetro simbolizado:
Voltímetro
++++++ ------
++++++ ------
++++++ ------
-----
Corrente elétrica+++é a quantidade de cargas elétricas que flui através de um condutor
num determinado intervalo de tempo, ou ainda, a tendência para restaurar o
equilíbrio elétrico num circuito onde exista diferença de potencial (d.d.p.).
++++++
++++++
+++ +++
10
Como a quantidade de elétrons é sempre muito grande, criou-se a unidade de carga
elétrica, o Coulomb (C).
1 C =6,28x1018 elétrons. E 1C/s = 1 A .
A corrente elétrica num circuito é apresentada pela letra I e sua unidade de medida é
o Ampère (A).
Por definição, 1 Ampère é a corrente que flui através de um condutor com resistência
de 1 Ohm quando a diferença de potencial entre os seus terminais for igual a 1 Volt.
AMPERÍMETRO
A corrente elétrica assim como a tensão elétrica pode ser de dois tipos:
Contínua ou alternada.
TENSÃOALTERNADA TENSÃOCONTÍNUA
11
Tensão alternada - Varia periodicamente sua polaridade. Invertendo o sentido da
corrente elétrica ao longo do tempo. Exemplo: tensão residencial.
R = ρ.L /A
12
Onde: R = resistência elétrica da matéria ( Ω)
L = Comprimento do condutor ( m).
A =área da seção transversal (m²)
Ρ = resistividade específica (Ω.m)
1- Consumidor ou resistência
elétrica.
2- Interruptor e fios(resistência
elétrica).
3- Ohmímetro.
Resistividade (a 20º C)
13
RESISTORES
Os componentes que são utilizados nos circuitos com o objetivo de oferecerem uma
determinada resistência à passagem de corrente, são chamados de resistores.
Os resistores são fabricados de formas e características diferentes, dependendo da
aplicação a que se destinam. O seu valor pode ser indicado alfanumericamente, ou
por meio de anéis de cores diferentes gravados nas mesmas. Os outros valores de
identificação de um resistor são a sua tolerância (percentual) e a potência, indicada
em Watts.
1- Inscrição no corpo
2- Anéis com cores.
Resistência e temperatura
14
TIPOS DE RESISTORES
15
RESISTORES VARIÁVEIS
Trimpot
16
Resistores não lineares (não ôhmicos).
Trata-se de resistores variáveis, cuja variação não acontece, por meios mecânicos,
mas sim por meio de alteração da temperatura, da tensão aplicada ou da incidência
de luz.
Termistores (PTC)
17
Resistores dependentes da tensão (VDR)
Estabilização da tensão.
Proteção contra excessos de tensão.
Utilização no veiculo:
Medição da intensidade da luz - como luxímetro, durante a regulagem dos faróis.
Sensor solar em sistemas de ar condicionado.
18
1.3 LEI DE OHM
A lei fundamental da eletricidade dinâmica é a lei de Ohm. Ela relaciona: Tensão (V),
Corrente (I) e Resistência (R); de maneira bastante simples. Várias de suas
aplicações são executadas por nós diariamente, até mesmo sem conhecê-la.
Observemos o circuito abaixo:
No entanto, vimos que a corrente é também determinada pela resistência, ela é uma
oposição ao fluxo de corrente. Imaginando que a tensão permanece constante,
verificamos que um aumento no valor da resistência causará uma diminuição no
valor da corrente. Então, resumindo podemos observar:
ou
ou
19
Para exemplificar:
Qual seria a corrente consumida pela lâmpada no circuito abaixo?
20
Uma maneira fácil de lembrar os princípios da Lei de Ohm é a utilização do círculo
abaixo. Lembre-se que a letra “E” também simboliza a tensão elétrica.
21
SENTIDO DA CORRENTE
Nos circuitos elétricos, a corrente elétrica circula do pólo negativo para o positivo.
Este é o chamado sentido real da corrente elétrica.
Entretanto, durante muitos anos se pensou que a corrente fluía do positivo para o
negativo. Este é o sentido convencional de corrente, que até hoje é utilizada nos
livros e trabalhos técnicos para representar o sentido da corrente nos circuitos
elétricos.
Nos veículos automotivos o negativo da bateria e consequentemente do alternador
fluem para os consumidores através do chassi e a carroceria que servem como
massa (terra) para os consumidores.
Os Valores das grandezas elétricas são, muitas vezes, muito grandes ou muito
pequenos, dificultando os cálculos. Devido a isso, são muito utilizados os múltiplos e
submúltiplos das unidades de medida.
A tabela seguinte traz os mais usados:
22
FATOR MULTIPLICAR
SÍMBOLO MULTIPLICADOR O VALOR POR :
Exemplos:
As diversas cargas dos circuitos elétricos podem estar associadas entre si de três
formas diferentes: série, em paralelo ou em mista (associação série-paralela).
23
Circuito série
It = I2=I3=I4=.....=In
24
Ut = U1+U2+U3+....+Un
Req = R1+R2+R3+...+RN
25
Circuito Paralelo
It = I1+I2+I3+....+In
Normalmente, as lâmpadas são ligadas em paralelo, a fim de que cada uma produza
sua luminosidade nominal e mesmo que uma delas queime as outras continuarão
acesas.
Ut = U1=U2=U3=....=Un
26
A resistência equivalente em um circuito paralelo - Para se calcular a resistência
equivalente que causaria o mesmo efeito de um conjunto de resistências ligadas em
paralelo devemos:
Req= R1.R2/R1+R2
27
Isto quer dizer que o efeito provocado por uma lâmpada de 2 ohms, em termos de
consumo de corrente é o mesmo que o circuito de quatro lâmpadas
(6Ω//6Ω//10Ω//15Ω) em paralelo.
O cálculo direto da resistência equivalente em um circuito paralelo é:
Circuito Misto
28
Ex:
Exemplo – 1:
Req = 2Ω + 4Ω = 6Ω
29
O circuito resumido para cálculo seria:
V1 = R1 x I1
V1 =2Ωx2A
V1= 4V
V2 = Ut – v1 =12V – 4V = 8V
Ou
V2 = R2 x I
V2 = 4Ω x 2 A = 8V
30
EXEMPLO - 2
31
EXEMPLO - 3
Se inserirmos no circuito anterior uma resistência em série no valor de 2Ω, qual seria
o comportamento da corrente em cada componente do circuito?
Req = 2Ω +2Ω=4Ω
32
1.5 TRABALHO ELÉTRICO
T= Q x V
Se q = I x t
T = V x I x t Onde :
T = trabalho ( j ).
V = tensão ( V).
I = corrente (A).
T = tempo ( s ).
Por exemplo, considere dois aquecedores de água. O aquecedor "A" aquece 1 litro
d'água em uma hora, enquanto que, no mesmo tempo de uma hora, o aquecedor "B”
aquece dois litros d'água.
O aquecedor "B" é mais potente, pois realiza mais trabalho que o outro, no mesmo
tempo.
P = U x I.
U2
P
P= R xI2 R
Utiliza-se a fórmula mais conveniente para cada tipo de circuito, de acordo com os
dados disponíveis.
Independente do tipo de associação dos resistores do circuito elétrico, a potência
total fornecida pela fonte será à soma das potências de cada resistor.
EXEMPLO -1:
Calcule a potência dissipada por uma carga de R= 100Ω ligada a uma fonte de
V=50v
V2 50 2
P P P = 25W
R 100
EXEMPLO – 2:
EXEMPLO – 3:
Qual a potência dissipada por um resistor de R=120 Ω percorrido por uma corrente
de 2 A?
EXEMPLO 4:
Qual será a potência de um circuito alimentado por uma fonte de V= 12V
E corrente de 20mA?
34
1.7 CAPACITOR
1 – Material isolador.
2 – Terminais.
3 – Placas metálicas.
35
Carregamento das placas metálicas.
1 – Fonte de tensão.
2 – Interruptor.
3 – Placas de metal.
4 – Placa isoladora.
IL – Corrente de carga
IE – Corrente de descarga.
CAPACITÂNCIA
C A
d Onde: ε = Permissividade do material ( Fm).
A = Área das placas (m2).
d = Distância entre as placas(m).
C = capacitância (F).
36
CARGA ARMAZENADA
TIPOS DE CAPACITORES
Plásticos
Cerâmicos
Eletrolíticos
37
Ao ligar capacitores eletrolíticos é indispensável observar a polaridade correta ("+” e
"-") a fim de evitar a sua destruição.
Os capacitores encontram utilizações diversas nos automóveis - no sensor MAP, por
exemplo, como elemento determinador da frequência, no temporizador da luz do
habitáculo, em filtros de interferências, módulos de controle, sistemas de ignição, etc.
Com o envelhecimento do eletrólito ou do dielétrico, os capacitores eletrolíticos
perdem a sua capacidade. Dependendo da sua aplicação, isto pode resultar na
deterioração da eficiência do filtro e na alteração da temporização indicada.
No sensor MAP, a alteração da capacidade pode resultar numa alteração da
frequência de saída, o que poderá originar um consumo mais elevado ou dificuldades
na partida do motor. Contudo, um sinal fora da faixa de funcionamento normal, ou
mesmo a falha total da unidade, são reconhecidos pelo módulo controle eletrônico do
motor.
ASSOCIAÇÃO DE CAPACITORES
As capacitâncias dos capacitores ligados em série são iguais, dado que a soma das
tensões dos capacitores é igual á tensão total aplicada.
Quando os capacitores estão ligados em série, a capacitância total é sempre menor
do que a menor capacidade individual.
1 1 1 1 1
....
Cg C1 C 2 C 3 Cn
38
Cg = C1+C2+C3+...+Cn
1.8 MAGNETISMO
Os imãs possuem sempre dois pólos magnéticos onde estão concentradas as forças
de atuação:
Por convenção, as linhas de força partem do pólo norte, por fora do Imã, e penetram
no pólo sul, mantendo um campo de atração chamado "campo magnético".
39
Como as linhas de força partem sempre do pólo norte para o pólo sul, então pólos de
mesmo nome se repelem e pólos de nomes diferentes se atraem.
1.9 ELETROMAGNETISMO
40
As linhas de força do campo magnético
gerada pela corrente em um condutor
retilíneo têm a forma de círculos
concêntricos em torno do condutor.
Assim, se o condutor for enrolado na forma de uma bobina e receber uma pequena
corrente elétrica, obtém-se um forte campo magnético, devido à interação (soma)
das linhas de força.
41
Assim sempre que circular uma corrente elétrica por uma bobina é gerado um
"Campo Magnético". Este artifício é utilizado na construção de Relés, Interruptores
Magnéticos, etc...
A outra propriedade é:
1.10 RELÉ
42
1 – Braço de contato com contato elétrico.
2 – Bobina com núcleo de ferro.
3 – Mola de retorno.
4 – Ligação à fonte de tensão.
IS – Circuito de controle (comando).
IL – Circuito de potência (carga).
43
1.11 GERAÇÃO DE UMA TENSÃO ALTERNADA SENOIDAL
Conforme vimos, quando um condutor é percorrido por uma corrente elétrica, surge
ao seu redor um campo magnético.
Michael Faraday descobriu que quando um condutor é colocado na presença de um
campo magnético variável, cria-se nos terminais deste condutor uma diferença de
potencial.
Heinrich lenz, estudando os fenômenos descritos por Faraday, formulou uma lei para
o, sentido da corrente induzida. Segundo a lei de lenz, "o sentido. da corrente
induzida é tal que o campo magnético por ela criado contrarie o campo que a gerou".
1 – Movimento.
2 – Enrolamento condutor de fio de cobre.
3 – Imã permanente.
4 – Campo magnético.
44
A direção da tensão induzida depende da
direção de movimentação do condutor e da
orientação do campo magnético.
A tensão alternada aumenta de 0V até ao
seu valor positivo máximo (amplitude) e cai
em seguida abaixo da linha dos 0V para o
seu valor negativo máximo, regressando
depois novamente aos 0V, e assim
consecutivamente.
Ao número de vezes por unidade de tempo
(segundos) que estas oscilações acontecem
dá-se o nome de frequência.
Alteração da tensão representada em onda senoidal
A unidade da frequência é o Hertz (Hz) 1 – Amplitude
2 – 1 oscilação total = 1ciclo =T
1 U – Tensão em volts
f
T t – Tempo em segundos
Tal como acontece com a geração de tensão alternada unifásica, a tensão alternada
trifásica é gerada em combinação com um movimento rotativo.
U Tensão em volts.
T Tempo em segundos.
45
1.12 TRANSFORMADOR
Vp = Tensão do primário
Ip =Corrente do primário
Np = Número de espiras do primário.
Vs = Tensão no secundário.
Is = Corrente no secundário.
Ns = Número de espiras do secundário
O transformador quase não tem perdas, por não possuir peças móveis.
Um transformador ideal obedece às seguintes equações.
Potência do primário = Potência do secundário ( Pp = Ps)
Vp Np Is
Vs Ns Ip Vp. Ip = Vs.Is
46
Se o número de espiras do secundário for maior que o numero de espiras do
primário o transformador será elevador de tensão. Caso contrário, será abaixador de
tensão.
Exemplo:
Solução:
Dados: Vp =110V
Vs = ?
Np = 400 espiras
Ns = 800 espiras
Vp Np 110 400
Vs Ns Vs 800
400Vs = 110.800
400Vs = 88000
88000
Vs = 220V
400
47
II - MULTÍMETRO AUTOMOTIVO
Analógico
Digital
48
Abaixo temos um multímetro digital AUTOMOTIVO com seus elementos e suas
funções principais:
Range – escolhe o
Hold (congela a número de casas Visor(Display)
medição executada) decimais para
melhor precisão na
medição
Resistência
Milivolt
contínuo
Tensão
Contínua Diodo e
continuidade
Tensão Miliampère
alternada contínuo e
alternado
Corrente
Botão seletor contínua e
alternada.
49
__
----
Medindo tensão continua ( DCV / V )
~
Medição de tensão alternada ( ACV/V )
50
~
Medindo corrente alternada (ACA/A)
__
----
__
----
( DCV / V )
__
----
Medindo corrente contínua ( DCA /A )
51
Medindo resistência elétrica
Tome cuidado com a leitura que está no display do aparelho de medição, ela pode
estar sendo em múltiplos e submúltiplos.
1KΩ = 1000Ω
1MΩ = 1000000
OL ou 1 Significa que a resistência é infinita.
1mV = 0,001V
52
Cuidados especiais com o multímetro:
Ao utilizarmos o multímetro temos que ter cuidados especiais para não danificar o
aparelho e nem sofrer acidentes.
53
lll - SEMICONDUTORES
Átomo de Silício
Para explicar a forma como os componentes do
1 Primeira órbita - 2 elétrons.
semicondutor funciona, utilizaremos o silício.
2 Segunda órbita - 8 elétrons
como exemplo, pois trata-se do material semi-
3 Terceira órbita - 4
condutor mais amplamente usado. Os processos
elétrons(de 18 possíveis)
atômicos são semelhantes ao do germânio e de
outros materiais semicondutores. 4 Núcleo
Si átomo de silício
1 Elétron de valência
2 Ligação de par eletrônico.
3 Representação simplificada
54
À temperatura ambiente, os átomos dos
semicondutores movimentam-se na rede
cristalina oscilam. Desse modo alguns
elétrons separam-se dos seus átomos e
movimentam-se livremente na rede
cristalina. Se for aplicada uma tensão à
rede cristalina, estes elétrons movem-se
do pólo negativo para o pólo positivo da
fonte de tensão.
Representação simplificada:
1 Recipiente de vidro
Círculos lacunas
Bolas elétron de valência
56
Os semicondutores tipo N possuem elétrons livres como transportadores de carga.
Quando se introduz um átomo com três elétrons de valência no cristal de silício, os
três elétrons são combinados, mas um encontra-se ausente da rede cristalina,
surgindo uma lacuna.
Os semicondutores tipo P
utilizam-se de lacunas para o
transporte de carga.
57
3.1 DIODOS SEMICONDUTORES
Se juntarmos um semicondutor P a um N,
cria-se a denominada junção PN. Esta
junção forma um componente eletrônico: o
diodo.
No limite entre os condutores P e N há
passagem de elétrons condutores do
condutor N para o P – as lacunas do
condutor P passam para o condutor N.
A este processo dá-se o nome de difusão.
Perto do limite P-N, qualquer elétron da
região N preenche uma lacuna na região P
e na região P as lacunas são preenchidas
1 Condutor N
por elétrons da região N.
2 Junção PN
Isto significa que a região de ambos os
3 Condutor P
lados da junção PN possui muito poucos
4 Elétrons
transportadores de carga e que, sem
5 Camada de Junção
tensão aplicada, atua como camada
6 Lacunas
isoladora.
58
Se o pólo positivo for ligado ao
condutor N e o negativo ao condutor
P, a camada de junção aumenta e o
diodo bloqueia a corrente elétrica.
As ligações elétricas do diodo são
designadas de "ânodo" (+) e "cátodo"
(-), correspondendo o ânodo
à ligação do condutor P e o cátodo à
do condutor N.
Existem múltiplas utilizações para os
diodos nos automóveis; por exemplo:
retificadores, protetores de inversão
de polaridade, diodos de relés de
corte, válvulas de solenóide, válvulas 1 Condutor P
de controle do ar da marcha-lenta, 2 Junção P
diodos unidirecionais em circuitos 3 Condutor N
impressos, etc. 4 Elétrons
5 Símbolo do diodo.
6 Lacunas
7Camada da junção
3.2 TIPOS DE DIODOS
Diodos retificadores
59
Na camada de junção, a corrente
reversa é muito pequena,
aumentando apenas um pouco
quando a tensão reversa aumenta.
Só quando se alcança a tensão de
ruptura do ânodo é que há um
aumento súbito da corrente reversa.
Na prática, o valor da tensão reversa
no diodo retificador de silício não
deve de modo algum atingir a tensão
de ruptura, pois isso provocaria a sua
destruição.
UR Tensão reversa
UF Tensão direta
IR Corrente reversa
IF Corrente direta
Us Tensão limiar
UD Tensão de ruptura
Si Curva característica do silício
Ge Curva característica do
germânio
Diodos Zener
60
EU Tensão de alimentação (por exemplo, 8-14V)
UV Tensão de alimentação estabilizada (por
exemplo, 5V)
1 Resistência.
61
3.3 RETIFICAÇÃO AC/DC
Retificadores de meia-onda
Consequentemente, a tensão
fornecida ao consumidor
consiste numa série de meias
ondas positivas, separadas por
períodos que correspondem à
duração da tensão negativa,
durante os quais a tensão baixa
para 0 volts.
EU Tensão de alimentação
t Tempo
1 Tensão de saída na resistência de
Carga R1
62
Retificadores de onda completa
63
As tensões e correntes de saída fornecidas pelos circuitos retificadores contêm
componentes de tensão alternada e de corrente alternada. Entretanto, para muitas
aplicações são necessárias tensões e correntes contínuas puras. Com a ajuda de um
circuito de filtragem, estes componentes alternados (AC) podem ser filtrados ou
reduzidos ao ponto de os seus resíduos não mais serem prejudiciais. Não é possível
eliminar totalmente os componentes AC.
U ~ Tensão alternada
L1 Enrolamento primário
L2 Enrolamento secundário
+ D1-4 Diodo
R1 resistência de carga ( Consumidor)
C
C Capacitor
64
3.4 O TRANSISTOR
65
Se ligarmos o pólo negativo de uma fonte
de tensão ao emissor e o pólo positivo ao
coletor, não se verifica passagem de
corrente.
66
A relação entre a corrente do coletor e a corrente da base dá-se o nome de
amplificação de corrente contínua. Os esclarecimentos sobre o funcionamento
também se aplicam ao transistor PNP com exceção de que deve-se levar em conta
as diferenças de polaridade e de corrente.
Se for utilizado um transistor como interruptor, cria-se no transistor uma tensão base
emissor no sentido de passagem. A tensão aplicada tem de ser maior do que a
tensão limiar, a fim de deixar passar a corrente do coletor. O consumidor é ligado ao
cabo do coletor. Se for utilizada, por exemplo, uma resistência dependente da luz na
alimentação de tensão da base-emissor, o transistor pode ser usado como interruptor
dependente da intensidade da luz.
Não se inclui nesta publicação uma explicação de outros tipos de transistor, pois isto
ultrapassa o âmbito deste curso básico.
Um transistor se parece muito como um relé numa forma eletrônica. Os relés são
utilizados sempre que uma corrente precisar ser transferida por uma fonte remota.
Um transistor pode executar esta função com maior velocidade e maior
confiabilidade. Para explicar melhor como um transistor funciona, iremos comparar
sua função àquela de um relé executando a mesma tarefa.
67
Operação
Imagine a parte interna de um transistor NPN como sendo uma combinação de relé e
diodo. O "relé" do transistor é ativado para completar um circuito entre o coletor e o
emissor sempre que a "bobina do relé" é energizado.
Veja como um "diodo" está ligado por fio dentro do transistor. A corrente só pode fluir
a partir da base ao emissor (devido ao diodo na extremidade do emissor). Quando o
transistor tiver a polaridade e o nível de tensão corretas fornecidos à sua trajetória
da base/emissor, ele é chamado de transistor polarizado diretamente. Esta condição
faz com que o transistor se ative e se ligue do coletor ao emissor. Isto completa o
circuito à carga.
Os transistores podem transferir uma carga muito mais rapidamente que um relé.
Eles são também mais confiáveis, pois não possuem peças móveis que possam
falhar ou desgastar-se. Nenhum técnico de motores de desempenho moderno pode
imaginar os atuais injetores de combustível eletrônicos sendo acionados por relés
individuais.
Só para aguçar a sua imaginação, você acredita que injetores de combustível
acionados por relés podem ser confiáveis, duráveis e com capacidade de execução
na velocidade de um motor automotivo?
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Nota: Alguns transistores têm a capacidade de estarem parcialmente ligados. Eles
produzem sinais analógicos. Fototransistores,são um exemplo.
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3.5 SIMBOLOGIA DE COMPONENTES DE CIRCUITOS
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IV -SINAIS ELÉTRICOS - ELETRÔNICOS
DIGITAL e ANALÒGICO
- Interruptores LIGA/DESLIGA.
- Sensores de efeito hall.
- sensores óticos.
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Um sinal analógico é variável. A tensão varia dentro de uma certa faixa com o tempo.
Quando visto com um osciloscópio, os sinais analógicos podem ser AC ou DC.
DC – Corrente Contínua
AC – Corrente Alternada
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Um dispositivo tal como o sensor de posição de da borboleta de aceleração(TP)
produz um sinal analógico.
Por exemplo, a saída do valor da tensão de um sensor de posição da borboleta em
marcha-lenta é tipicamente de 1V ou menos. A tensão gradualmente conforme a
borboleta abre-se.
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Referências bibliográficas:
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