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CURSO DE PSICOLOGIA
Ninguém é capaz de realizar um estudo deste tipo sozinho. Ou, mesmo que fosse possível, qual
seria a vantagem de ser a única envolvido neste trabalho?
A satisfação de saber que existem pessoas amigas que se comprometem em contribuir para o
sucesso desta pesquisa é muito grande.
A minha família, meus irmãos, cunhados, em especial meus pais, Vera (in memoriam) e Morocini
que sempre buscaram a união da família como fator de realização pessoal e profissional de todos.
Aos meus filhos Cecilia e Giordano, por compreender as minhas ausências e impaciências e por
terem estado sempre ao meu lado, amo vocês!
A Patricia Franck Mognhon que se implicou o meu trabalho, e principalmente na minha vida, a
nossa amizade é uma predisposição recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade
um do outro.
Aos amigos, tenho um carinho muito especial a minha amiga Sônia Mayer que sempre acreditou e
apostou no meu potencial, nunca deixou que desistisse com palavras de incentivo, tenho muitas
saudades de você.
A minha grande e inesquecível amiga Rosana Ferreira, que mesmo ao longe acompanha meus
passos, sеmprе fez entender qυе о futuro é feito а partir dа constante dedicação nо presente!
Aos professores do Curso de Psicologia que contribuíram para meu maior conhecimento, em especial
Nilson Heidemann e Daniel Ruwer que puderam me acompanhar em meus dois estágios orientar
para o desenvolvimento do meu potencial dentro da área Social e Organizacional.
Gostaria de agradecer ao orientador Daniel, pela presença constante, por todo o apoio, feedback e
orientação dada. Por me apoiar em todas as minhas dificuldades e pela paciência em controlar a
minha ansiedade e nervosismo, tens o meu eterno agradecimento.
São muitos os agradecimentos a fazer a todos aqueles que me apoiaram ao longo do meu percurso
acadêmico. Todos se apresentaram igualmente importantes, não havendo por isso uma hierarquia
valorativa face a cada nome referenciado.
Muito obrigada a todos, sem vocês do meu lado, este percurso teria sido muito mais difícil!
RESUMO
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 06
1. CONFIGURAÇÕES DA PSICOLOGIA HOSPITALAR NO BRASIL ........... 08
1.1. O surgimento da psicologia hospitalar e o processo de humanização ..... 08
Fernando Pessoa
para agir atentamente e com eficácia, o que contribui para tratar o paciente como um
objeto, sem necessidades e vontades.
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Abordaremos o conceito de resiliência no segundo capítulo.
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Uma situação cirúrgica envolve não apenas o ato cirúrgico em si, [...] mas
envolve mudança da rotina diária do ser humano, separando-o do contexto
a que está habituado e expondo-o ao estresse de uma hospitalização
carregada de características e singularidades. Dentre estas características
destacam-se a solidão, o medo, a ansiedade, a esperança, a mudança de
hábitos e a necessidade imposta de se relacionar com a diversidade de
pessoas de princípios desconhecidas, entregando-se aos seus cuidados.
(CARRARO, 1997, p.4)
Nesse contexto o indivíduo tem que aceitar o fato de estar doente, enfrentar o
processo cirúrgico e se organizar, já que existe uma ruptura em seu cotidiano
deixando-o bastante vulnerável ao ambiente hospitalar provocado pela sensação de
ausência de controle sobre os procedimentos invasivos. Nesse sentido, prevalecem
os exames clínicos, medicamentos administrados, internações entre equipes,
afastamento de familiares, a pessoa perde sua liberdade, seu querer, deixa de ser
ela mesma, deixa de ser autêntica para ser impessoal, passa a ser submissa e
dominada nesse período que antecede a cirurgia.
nenhum termo de garantia dizendo que não existe nenhum risco de que alguma
coisa possa dar errado.
(Osler)
paciente e equipe nesse setor pode promover mais sofrimento do que o esperado
para o sucesso do procedimento. O psicólogo tem papel fundamental no momento
que antecede a cirurgia, juntamente com o indivíduo, atuando como facilitador nessa
relação, com o objetivo de favorecer a comunicação, reflexão e conscientização de
todos os envolvidos neste difícil processo.
1º Estágio: Negação/Isolamento
2º Estágio: A raiva
O termo “paciente difícil”, tão comum nas enfermarias dos hospitais, não se
refere a um paciente cuja doença exija muito da equipe médica quanto à
técnica, esse se denomina, na verdade, um caso grave, mas designa o
paciente que tem problemas de relacionamento, seja por que esta sempre
de cara fechada, não querendo conversar com ninguém, seja por que é
muito critico ou sarcástico com os que cuidam de sua saúde, como
médicos, enfermeiras ou familiares. O paciente difícil é o protótipo da
pessoa na posição de revolta, embora alguns pacientes na posição de
pressão também possam receber esse rotulo. (SIMONETTI, 2011, p. 47).
3º Estágio: Barganha
4º Estágio: Depressão
Nessa etapa, trata-se de uma atitude evolutiva, negar não adiantou, agredir e
se revoltar também não, fazer barganhas não resolveu. Surge então um sentimento
de grande perda. É o sofrimento e a dor psíquica de quem percebe a realidade nua
e crua, como ela é realmente, é a consciência plena de que nascemos e morremos
sozinhos. Aqui a depressão assume um quadro clínico mais típico e característico;
desânimo, desinteresse, apatia, tristeza, choro, etc.
5º Estágio: Aceitação
Nesse estágio o sujeito passa a aceitar a sua situação e seu destino. Deixou
de ficar na posição de fantasia e onipotência. Nessa fase se o indivíduo recebeu
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suporte e tiver sido respeitado seu tempo para lidar com as questões que norteiam
seu adoecimento e para superar os estágios escritos acima, atingirá uma fase que
não sentirá depressão.
o fio que sustenta e conecta as quatro posições (...) ela esta presente,
sempre, ate no ultimo instante. A esperança é um fator que se repete em
todas as posições, pode ate ter uma “cara” diferente ou vir disfarçada, mas
ela esta lá. Na negação é do tipo exagerada, na revolta querelante,
exigente, na depressão mínima, quase nada, e no enfrentamento matizada
pelo real. (SIMONETTI (2011 p.67).
O paciente que sente a dor quer se livrar dela o mais rápido possível: seu
interesse está no sintoma. A Família, angustiada com o sofrimento do
paciente, quer se assegurar que a doença não é tão grave e que ele vai
ficar bom: seu foco de interesse esta no prognóstico. Já o medico esta
muito interessado em descobrir qual a causa da dor do paciente: ele quer
descobrir o diagnóstico, pois dele depende para instituir o melhor
tratamento.(SIMONETTi, 2011, p.19)
Segundo Wielenska
Fernandes (2004)
Então o que pode ser traumático para um indivíduo, pode não ser para outro,
que tenha capacidade de tolerar o acontecimento e elaborá-lo psiquicamente e as
relações familiares podem ser grande fonte de resiliência nesse período que o
individuo esta passando por um processo psíquico no qual será submetido a um
procedimento cirúrgico.
Concluir esse trabalho não significa encerrar o percurso, mas sim, abrir novas
portas, que já não eram as mesmas desde o início. O crescimento em relação as
atitudes, decisões, foram decisivos para o amadurecimento como futura profissional
de Psicologia.
REFERÊNCIAS