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UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI - UNIVATES

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

RELATÓRIO TÉCNICO
MATERIAIS METÁLICOS

Ana Luiza Strehl e Juciara Lutz

Lajeado, abril de 2019.

Ana Luiza Strehl e Juciara Lutz

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RELATÓRIO TÉCNICO
MATERIAIS METÁLICOS

Relatório técnico apresentado na disciplina


de Materiais de Construção Civil I do Curso
de Engenharia Civil da Universidade do Vale
do Taquari - Univates, como requisito parcial
para composição da Nota 1 da disciplina.

Professora: Betina Hansen


Estudantes: Ana Luiza Strehl e Juciara Lutz

Lajeado, abril de 2019.

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RESUMO

Este trabalho tem como objetivo caracterizar determinados materiais metálicos, bem
como comparar suas principais propriedades. Para dado fim, utilizaram-se os ensaios de
tração e dureza, a partir dos quais foi possível concluir que o metal mais frágil foi o ferro
fundido e o material com maior resistência a tração foi o SAE 1045. Constatou-se que os
metais beneficiados de elementos de liga tiveram um limite de resistência a tração superior
aos aços mais comuns, compostos basicamente de carbono e ferro como é o caso do CA-50.
Também conclui-se que, dentre os materiais submetidos ao ensaio de dureza, o SAE
4140 Temperado apresentou a maior dureza. Percebeu-se daí que o tratamento térmico foi
capaz de aumentar a resistência do aço SAE 4140, conforme esperado.
Palavras-chave: ensaio de tração, ensaio de dureza, ductilidade e tenacidade.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4
2 OBJETIVO ............................................................................................................................ 6
3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS ............................................................................. 7
3.1 Materiais ........................................................................................................................ 7
3.2 Equipamentos ................................................................................................................ 9
3.3 Métodos ....................................................................................................................... 10
3.3.1 Ensaio de tração .................................................................................................. 10
3.3.2 Ensaio de dureza.................................................................................................. 12
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................Erro! Indicador não definido.
4.1 Ensaio de tração .......................................................................................................... 14
4.2 Ensaio de dureza.......................................................................................................... 18
5 CONCLUSÕES................................................................................................................... 21
6 REFERÊNCIAS.................................................................................................................. 23
7 ANEXOS................................................................................................................................24

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1 INTRODUÇÃO

Os materiais metálicos são, em sua grande maioria, combinações químicas de mais de um


único elemento metálico. Em outras palavras, são constituídos por ligas metálicas, que podem
conter em sua formação uma alta ou baixa concentração de ferro.
Excelentes condutores de eletricidade e calor, devido à sua estrutura atômica, os metais
são também bastante resistentes e deformáveis o que explica o seu largo uso na construção
civil, sobretudo os aços que se destacam principalmente por sua ampla versatilidade em
inúmeras aplicações:
O grande uso do aço pode ser atribuído às notáveis propriedades dessa liga, à
abundância de matérias-primas necessárias à sua produção e ao seu preço altamente
competitivo. O aço pode ser produzido em uma enorme variedade de propriedades,
que podem ser muito bem controladas, de modo a atender uma enorme gama de
usos. (PANNONI; IBRACON, 2007, cap.10, p. 277)
Devido à esta importante característica, os aços podem ser utilizados desde a base
estrutural da obra na fora de vergalhões e barras, até o acabamento como parafusos e chapas
para telhas:
Dependendo da aplicação, podem ser revestidos superficialmente (por
exemplo, por zinco, estanho, fósforo e materiais poliméricos orgânicos, como as
tintas e vernizes) para uma melhor proteção contra a corrosão. Entre as principais
aplicações e usos não estruturais, podem ser relacionados: arames recozidos (para
fixação de barras e fios de aço para concreto armado), telas de gabiões, telas
soldadas para cercamentos e alambrados, elementos de ligação (pregos, parafusos e

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seus complementos e rebites), chapas lisas ou corrugas para revestimento de pisos e
acessórios, painéis de andaimes, telhas e tapamentos laterais, painéis arquitetônicos
e termo-acústicos, forros, esquadrias (portas, portões, janelas e grades) e seus
acessórios, calhas, rufos, condutores verticais de águas pluviais, eletrocalhas, entre
outros. (STARLING, IBRACON, 2007, cap 31, p. 1046).
Outro material metálico de grande importância é o ferro fundido, caracterizado pelo
alto teor de carbono, e uma resistência ao desgaste altíssima, porem essa resistência elevada
acaba deixando o material frágil, ou seja, não apresenta ductilidade. Na construção civil, sua
aplicação é basicamente não estrutural, que “incluem tampões de pista de rolamento e de
calçada (para visitas em redes de água, esgoto, telefonia e elétrica), grelhas para águas
pluviais, grades decorativas, tubos para redes de água e seus acessórios [...]” (IBRACON,
2007)
Visto o amplo uso destes materiais, dá-se a necessidade de um maior conhecimento
quanto às propriedades mecânicas dos aços a fim de prever o comportamento dos mesmos
em cada aplicação. Para este fim existem diferentes ensaios de caracterização das
propriedades, dentre os quais destacamos o ensaio de tração e o ensaio de dureza. Estes dois
ensaios, bem como um detalhamento dos mesmo é o tópico abordado no presente trabalho,
onde serão apreciados os seguintes materiais: SAE1020, SAE1045, SAE4140, Alumínio,
Bronze e Ferro Fundido.

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2 OBJETIVO

Este trabalho tem como objetivo analisar e avaliar a ductilidade e a dureza dos
materiais metálicos.

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3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

3.1 Materiais

Para a realização do ensaio de tração foram utilizados os seguintes materiais:


 CA50 – Vergalhão Gerdau em aço carbono
 SAE 1045
 SAE 4140
 Ferro Fundido Cinzento
 Liga de Alumínio
 Liga de Cobre
Para a realização do ensaio de dureza foram utilizados os seguintes materiais:
 SAE 1045 – Têmpera Água
 SAE 1045 – Normal
 SAE 4140 – Têmpera Água
 SAE 4140 – Normal
 SAE 1020
 Alumínio

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Imagem 1: Amostras utilizadas para analise de dureza;

Fonte: Autores

Imagem 2: Amostras utilizadas para ensaio de tração;

Fonte: Autores

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3.2 Equipamentos

Para a realização do ensaio de tração foi utilizado o equipamento: Máquina de Ensaio


de Tração Pantec VERSAT 100kN, conforme imagem abaixo:

Imagem 03: Máquina utilizada para ensaio de tração.

Fonte: autores

Para a realização do ensaio de dureza foi utilizado o equipamento: Durômetro


Analógico Pantec conforme imagem abaixo:

Imagem 04: Máquina utilizada para o ensaio de dureza.

Fonte: Autores

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3.3 Métodos

3.3.1 Ensaio de tração

O ensaio de tração tem por objetivo avaliar diversas propriedades mecânicas dos
materiais, dentre elas a ductilidade e a rigidez.
Neste experimento, é aplicada uma carga de tração à uma amostra que sofre
deformação, geralmente até a sua ruptura:
Durante os ensaios, a deformação fica confinada à região central, mais
estreita, do corpo-de-prova, que possui uma secção reta uniforme ao longo do seu
comprimento. O diâmetro padrão é de aproximadamente 12,7 mm (0,5 pol.),
enquanto o comprimento da seção reduzida deve ser equivalente a pelo menos
qautro vezes esse diâmetro; sendo comum a utilização de um comprimento de 60mm
(aproximadamente 21/4 pol.). O corpo-de-prova é preso pelas suas extremidades nas
garras de fixação do dispositivos de testes . A máquina de ensaios de tração é
projetada para alongar o copo-de-prova a uma taxa constante, além de medir
contínua e simultaneamente a carga instantânea aplicada (com uma célula de carga)
e os alongamentos resultantes (usando um extensômetro). (CALLISTER 2014, p.
135).
Trata-se de um ensaio destrutivo, onde o material é deformado permanentemente ou,
geralmente, levado à ruptura. É um ensaio rápido, que pode ser realizado em minutos e que
gera um registro gráfico de tensão-deformação, onde constam os diferentes estágios da
deformação sofrida pelo material.
No referido gráfico, constam, entre outros dados, a deformação elástica, o limite de
escoamento e o limite de resistência a tração de cada material.
A deformação elástica é “o processo de deformação no qual a tensão e a deformação são
proporcionais. [...] A deformação elástica não é permanente, o que significa que quando a
carga aplicada é liberada, a peça retorna a sua forma original.” (CALLISTER, 2014).
Outro indicador importante é o limite de escoamento que “pode ser determinado sendo
o ponto onde ocorre o afastamento inicial da linearidade da curva tensão x deformação”
(CALLISTER, 2014)
E finalmente temos também o limite de resistência, que define o valor máximo onde o
material atingiu no regime plástico antes da ruptura:

10
O limite de resistência a tração, LRT (com unidades de Mpa ou psi), é a
tensão no ponto máximo da curva tensão x deformação engenhara. Este corresponde
a tensão máxima que pode ser suportada por uma estrutura que se encontra sob
tração. Se essa tensão for aplicada e mantida, o resultado será uma fratura.
(CALLISTER, 2014, p.143)
A obtenção de tais dados nos possibilita comparar as suas propriedades e daí, eleger o
mais adequado para cada aplicação desejada.

Imagem 05: Máquina de tração realizando o ensaio

Fonte: Autores

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3.3.2 Ensaio de dureza

A dureza é caracterizada pela capacidade que um material têm de “riscar” o outro ou


também de penetrar o outro. Os ensaios de dureza são preferíveis a outros ensaios mecânicos
devido ao seu baixo custo e também pela simplicidade de execução. Dentre os ensaios por
penetração temos o ensaio de Dureza Rockwell utilizado para o referido trabalho:
Os ensaios de dureza Rockwell constituem o método mais comumente
utilizado para medir a dureza, pois eles são muito simples de executar e não exigem
qualquer habilidade especial. Várias escalas diferentes podem ser utilizadas a partir
de combinações possíveis de vários penetradores e diferentes cargas, as quais
permitem o ensaio de virtualmente todas as ligas metálicas (assim como de alguns
polímeros). Os penetradores incluem bolas de aço esféricas e endurecidas, com
diâmetros que podem ser de 1/16, 1/8, 1/4 e ½ de polegada (1,588, 3,175, 6,350 e
12,70 mm), e um penetrador de cônico de diamante (Brale), que é usado para os
materiais mais duros. (CALLISTER, 2014, p. 158)
No referido ensaio, um pequeno penetrador é forçado contra a superfície de um
material a ser testado, sob condições controladas de carga e de taxa de aplicação. A
profundidade ou o tamanho da impressão resultante é medida e está relacionada a um número
índice de dureza:
Ao especificar durezas Rockwell e superficial, tanto o número índice de
dureza como o símbolo da escala devem ser indicados. A escala é designada pelo
símbolo HR seguido pela identificação de escala apropriada. Por exemplo, 80 HRB
representa uma dureza Rockwell de 80 na escala B, enquanto 60 HR30W indica uma
dureza de 60 na escala 30W. (CALLISTER 2014, P. 158)

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Tabela 01: Tabela escalas de dureza Rockwell

Escala de Dureza Rockwell


Símbolo da Escala Penetrador Carga Principal (kg)
A Diamante 60
B Esfera cm 1/16" 100
C Diamante 150
D Diamante 100
E Esfera cm 1/8" 100
F Esfera cm 1/16" 60
G Esfera cm 1/16" 150
H Esfera cm 1/8" 60
K Esfera cm 1/8" 150

Escala de Dureza Rockwell Superficial


Símbolo da Escala Penetrador Carga Principal (kg)
15N Diamante 15
30N Diamante 30
45N Diamante 45
15T Esfera cm 1/16" 15
30T Esfera cm 1/16" 30
45T Esfera cm 1/16" 45
15W Esfera cm 1/8" 15
30W Esfera cm 1/8" 30
45W Esfera cm 1/8" 45
Fonte: CALLISTER, 2014, pag. 160.

Para a realização do ensaio de dureza, foram utilizadas amostras já embutidas de


diferentes tipos de materiais. Antes da realização do ensaio, necessita-se a verificação do tipo
de penetrador conforme a dureza do material a ser analisado. Para os aços com dureza
inferior, utilizamos penetrador em aço duro, para os aços com dureza superior, utilizamos
penetrador em diamante. Após posicionar a amostra no duromêtro, aplicamos uma carga pré-
determinada pelo equipamento com intuito de medir a dureza do material.
No experimento também foram utilizados materiais temperados, ou seja, materiais
onde o aço sofreu aquecimento seguido de resfriamento rápido:
Os objetivos dessa operação, sob o ponto de vista das propriedades
mecânicas, são o aumento da dureza do aço e da sua resistência à tração. Resultam
também do processo a redução da ductilidade e da tenacidade e o aparecimento de
tensões internas, que podem ocasionar empenamento e deformação. (PANNONI,
IBRACON, 2007, cap. 10 p. 309).

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1.1 Ensaio de tração

Com base no gráfico abaixo, podemos analisar, através do ensaio de tração, diferentes
tipos de materiais e seu comportamento perante a resistência a tração, para todos os casos a
área de amostra foi a mesma, 32,675mm².

Gráfico 01: Analise tensão X deformação

1000
Vergalhão
900
CA-50
800
4140
700
TENSÃO (MPa)

600
500 Ferro
Fundido
400
300 Aluminio
200
100 Cobre
0
10,01
0
0,72
1,47
2,21
2,97
3,73
4,49
5,26
6,04
6,83
7,61
8,41
9,21

1045
DEFORMAÇÃO (mm)

14
Fonte: Autores

Tabela 02: Valores obtidos no ensaio de tração.

CA-50 4140 Ferro Fundido Alumínio Cobre 1045


FORCA MAXIMA: 15583,24 27403,18 7309,76 9272,53 8212,44 28044,05
RESISTENCIA
MÁXIMA: 476,92 838,66 * 283,78 251,34 858,27
MODULO
11269,81 13384,36 * 8449,24 8122,38 11046,68
ELASTICIDADE:
PATAMAR
ESCOAMENTO: 318,42 364,15 * 268,84 250,85 360,87
* Devido a erro no software da máquina de tração, não obtivemos esse resultado com exatidão.

Iniciamos analisando aços de médio teor de carbono: SAE 1045 e SAE 4140. Tais
materiais apresentaram um comportamento semelhante, resistência mecânica elevada, limite
de resistência a tração superior e com maior tenacidade do que os demais, podem ser
considerados materiais dúcteis, visto que, eles sofreram deformação plástica antes da ruptura
ou falha total, ambos materiais apresentaram deformação elástica e plástica antes da ruptura.

Gráfico 03: Análise de tração dos aços SAE1045 e SAE 4140.

1000
900
800
700 4140
TENSÃO (MPa)

600
500
400
300
200
100
1045
0
0

1,13

5,84
0,56

1,71
2,29
2,87
3,46
4,05
4,64
5,24

6,45
7,06

DEFORMAÇÃO (mm)

Fonte: Autores

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Imagem 06: Corpo de prova após o ensaio de tração.

Fonte: Autores

Analisamos também o CA-50 e o ferro fundido. O CA-50 é considerado um aço de médio


carbono, devido a sua deformação não homogênea, também considerado dúctil devido a
deformação plástica antes da ruptura, diferente dos ferros fundidos, que são considerados materiais
frágeis, não apresentou ductilidade, com baixo limite de resistência a tração e sem deformação
plástica, ou seja, o material chega na fratura rapidamente.

Gráfico 04: Análise de tração dos aços CA-50 e ferro fundido.


600

500
Vergalhã
400 o CA-50
TENSÃO (MPa)

300

200

100 Ferro
Fundido
0
10,01
0
0,72
1,47
2,21
2,97
3,73
4,49
5,26
6,04
6,83
7,61
8,41
9,21

DEFORMAÇÃO (mm)

Fonte: Autores.

16
Imagem 08: Corpo de prova do ferro fundido após o ensaio.

Fonte: Autores

Por fim, analisamos o alumínio e cobre, ambos são materiais maleáveis, mostraram uma
elevada deformação elástica antes da ruptura, e limite de resistência a tração inferior que o demais
materiais.

Gráfico 05: Análise de tração entre liga de alumínio e liga de cobre.


300

250

200 Aluminio
TENSÃO (MPa)

150

100

50
Cobre
0
0
0,46
0,93
1,41
1,89
2,37
2,86
3,34
3,83
4,33
4,82
5,32
5,82
6,32

DEFORMAÇÃO (mm)

Fonte: Autores.

17
Imagem 09: Amostras e alumínio e cobre após teste de tração.

Fonte: Autores.

Com base nos materiais escolhidos para o estudo, notamos que aços de liga, como o SAE
1045 e SAE 4140 apresentam uma melhor resistência mecânica, devido a sua composição química ser
enriquecida com matérias capazes de aumentar e melhorar suas propriedades mecânicas.

4.2 Ensaio de dureza

A partir da tabela abaixo, podemos analisar os resultados de dureza de diferentes materiais


metálicos em suas respectivas escalas Rockwell. Quanto maior for o índice, maior será sua dureza.
Também é possível notar a dureza do material pela impressão deixada pelo durômetro no material,
quanto maior for a impressão, mais maleável é o material. Impressões menores significam materiais
mais duros. É possível perceber o quanto o processo de tempera pode aumentar a dureza do
material.
Na analise dos materiais SAE1045, SAE1045 Temp., SAE4140, SAE4010 Temp. utilizamos
penetrador em diamante, devido a dureza do material pertencer a escala C, já para os materiais

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SAE1020 e liga de alumínio, utilizamos penetrador em esfera de aço, devido aos materiais
pertencerem a escala B de dureza.
Nos materiais temperados- onde o aço sofreu aquecimento seguido de resfriamento rápido-
a resistência ao rompimento foi maior, que já era esperado por conta do tratamento ao que foram
submetidos.
Penetrador em esfera de aço 1/16” – Escala HRB, notamos que o material com maior dureza
é o SAE 1020.

Tabela 03: Resultados de ensaio de dureza Rockwell B.


Ensaios de Dureza Rockwell B
MATERIAIS 1020 Alumínio
Valor 01 89 50
Valor 02 97 54
Valor 03 92 45
MÉDIA 93 50
Fonte: Autores

Imagem 10: Amostras após ensaio de dureza.

Fonte: Autores

Penetrador em Cone de Diamante – Escala HRC, nesse caso podemos notar que o material de
maior dureza é o SAE 4140 Temperado.

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Tabela 04: Resultados de ensaio de dureza Rockwell C.
Ensaios de Dureza Rockwell C
MATERIAIS 1045 1045 temp. 4140 4140 temp.
Valor 01 31 54 34 57
Valor 02 30 57 35 58
Valor 03 31 59 35 60
MÉDIA 31 57 35 58
Fonte: Autores

Imagem 11: Amostras após ensaio de dureza.

Fonte: Autores

20
5 CONCLUSÕES

Os ensaios mecânicos são fundamentais na indústria, na escolha adequada do


material, no controle de qualidade da produção, em investigação de ocorrências de
falhas ou rupturas durante a utilização ou testes com os diversos materiais. Dependendo
da composição química do material e o tratamento térmico pelo qual ele passou,
teremos resultados com diferenças significativas. A escolha da metodologia de ensaio é
em função da propriedade mecânica que se deseja conhecer, do tipo de solicitação a que
a peça ou componente vai estar sujeita e/ou das especificações a que o produto
fabricado deve obedecer.
No ensaio de dureza realizado, concluímos que algumas vantagens significativas
fazem parte este tipo de ensaio. Algumas destas vantagens são as rápidas leituras do
resultado, sem a necessidade de cálculos e a impressão que pode muitas vezes não
danificar a peça que está sendo ensaiada. Diferente do ensaio de tração, que por sua vez,
é considerado um ensaio destrutivo e tem por objetivo analisar o limite de resistência a
tração do material ensaiado.
Concluímos ainda que a dureza medida na superfície e no centro dos corpos de
ensaio tem diferenças em função do tratamento térmico recebido, materiais beneficiados
de tempera, obterão um valor na escala Rockwell maior que os materiais sem
tratamento, a mesma escala se divide conforme o penetrador utilizado no durômetro.

21
Concluímos que quanto maior for o alongamento, mais dúctil será o metal,
podendo assim comparar a ductibilidade de dois ou mais materiais através do ensaio de
tração, neste caso notamos que o vergalhão CA-50 teve um desempenho bom, conforme
esperado, porem inferior aos SAE1045 e SAE4041 devido a serem materiais de liga.
Com base nos resultados de tração, concluímos também que o alumínio e o
cobre tiveram um comportamento bem parecido, caracterizados como materiais
maleáveis, porem possuem características bem distantes. O ferro fundido por sua vez,
foi o único material que teve uma fratura caracterizada como frágil, devido a não
apresentar deformação plástica.
Os materiais representam a base inicial da obra, sendo assim, a escolha do
material conforme a aplicação é de suma importância a fim de garantir a existência da
área construída, bem como evitar comportamentos inesperados e/ou problemas futuros.

22
6 REFERÊNCIAS

 CALLISTER JR., William D. Fundamentos da ciência e engenharia de


materiais: uma abordagem integrada. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014.

 PANNONI, Fabio D., Geraldo Cechella (Editor). Materiais de construção


civil e princípios de ciência e engenharia de materiais. São Paulo: Editora
Ibracon, 2007.

 STARLING, Cícero M. D., Geraldo Cechella (Editor). Materiais de


construção civil e princípios de ciência e engenharia de materiais. São
Paulo: Editora Ibracon, 2007.

23
ANEXOS

FONTE: Adaptado de H. W. Hayden, W. G. Moffatt, e J. Wulff, The Structure and Properties of


Materiais, vol. III, Mechanical Behavior.

24

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