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UNIVESP
Licenciatura em Pedagogia
DIREITOS HUMANOS:
O AMBIENTE ESCOLAR A LUZ DOS DIREITOS HUMANOS
SÃO PAULO
2017
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
UNIVESP
SÃO PAULO
2017
RESUMO
ABSTRACT
This study analyzes Human Rights, its characteristics, concept and historical
trajectory, with a vision focused on school environment, showing the public
sector’s impartiality, most specially when it comes to schools far from citie's
big centers, creating inequalities and directly affecting student’s lives, their
teachers and school users. Part of the analysis was made in a practical way in
a public school, considering the actual experienced issues, where there are
reported structural, public health and tiny spaces problems, as a result of the
new building construction, where would have been the new facilities for the
students , wich have began in 2012, but has not been completed yet, even after
five years. It is still incomplete and in the process of deterioration,
disrespecting the most important Human Rights, concerning to one of the
social rights and most intrinsic to human development, wich are the school
education, the commitment with it's quality, the rupture of school curriculum,
the evasion and discouragement of it's proffesionals.
1. INTRODUÇÃO 6
2. OBJETIVO GERAL 7
2.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 7
3. JUSTIFICATIVA 8
4. A CONFIGURAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS 8
5. EDUCAÇÃO E DIREITOS HUMANOS NO BRASIL 9
6. LEGISLAÇÃO E DIREITOS HUMANOS NA EDUCAÇÃO ESCOLAR 10
7. UM OLHAR SOBRE A REALIDADE DA ESTRUTURA EDUCACIONAL 11
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS 15
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 17
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO GERAL
3. JUSTIFICATIVA
1
Direitos Humanos: Uma abordagem Conceitual. Escola de Gestores Educação Básica. Disponível
em: <http://escoladegestores.mec.gov.br/site/3-sala_fundamentos_direito_educacao/pdf/unidade1.pdf>Acesso
em 10 dez. 2017.
estes tornassem a se repetir. Em 10 de dezembro de 1948, em uma comissão
criada, foram codificados os trinta artigos da “Declaração Universal dos Direitos
Humanos”. Contexto presente na obra de Marcos Mondaini:
[...] Está educação por sua vez, exige a construção e participação, precisa
de currículo, de prédios, de equipamentos, mas, sobretudo de bons
professores, de gestão criativa e de ambiente construtivo, participativo,
sobretudo de alunos construtivos e participativos para a qualidade se
efetivar. (DEMO, 2001, p. 21)
2
Dados do Censo Escolar 2016. Disponível em:
<http://qedu.org.br/brasil/censo-escolar?year=2016&dependence=0&localization=0&item> Acesso em
07 dez. 2017.
Além disso, a nova arquitetura programada pela reforma compeliu a
compressão de algumas salas que, além de ficarem menores, foram reestruturadas
com paredes de compensados de madeiras que pouco protegem o ambiente,
principalmente nos dias em que faz muito calor. A biblioteca original também foi
desativada e os livros estão organizados de maneira improvisada em algumas salas
e corredores.
Outra questão constatada são as goteiras em dias de chuva, verificada em
alguns corredores. Outra questão, talvez, até mais importante, por se tratar de uma
escola que atende os anos iniciais do ensino fundamental, é que não existe mais a
quadra poliesportiva, uma vez que faria parte do prédio novo, que até o momento
não foi terminado.
Diante da situação descrita acima e colaborando com as ideias de Lima
(1998) onde o espaço produzido pelo homem interfere no processo educativo de
maneira positiva ou negativa e concordando que, as boas condições do espaço
físico escolar, entendidas aqui como direito essencial, garantido pela ratificação da
Declaração Universal dos Direitos Humanos e garantida na Constituição de 1988,
como um dos mais expressivos direitos sociais, são elementos essenciais ao
desenvolvimento escolar, elaboramos um questionário com o propósito de verificar
como a ausência de direitos básicos são percebidos e impactam diretamente as
relações pedagógicas no ambiente escolar.
O questionário foi do tipo semiestruturado, composto por oito (8) questões
dissertativas e endereçado aos professores e gestores onde versaram o conteúdo
das seguintes questões:
1. A atual situação da escola afeta o aprendizado dos alunos?
2. Os professores sentem-se prejudicados em exercerem suas práticas
pedagógicas?
3. De que forma as circunstâncias comprometem a segurança no ambiente escolar?
4. Existem pontos em que há água parada e mato alto ao lado da sala de aula?
5. Quais os maiores problemas que a atual reforma trouxe para escola?
6. Você acredita que há violação dos Direitos Humanos no ambiente escolar?
7. Como a gestão, professores, alunos e comunidade têm se empenhado para
superar os problemas atuais?
8. Qual a perspectiva para o futuro da escola?
A pesquisa foi feita com seis (6) dos oito professores que trabalham no
período matutino, além da direção e da coordenação pedagógica.
Com relação à primeira questão, quatro professores, a diretora e a
coordenadora apontaram, em suas respostas, que existem situações adversas,
principalmente, na falta de uma infraestrutura ideal, provocada, essencialmente,
pela reforma que está paralisada há mais de dois anos.
Curiosamente duas professoras responderam que “não”, sem maiores
justificativas sobre suas respostas. Sabíamos que entre os professores havia
aqueles que eram efetivos e outros contratados, aqueles que já trabalhavam há
muitos anos e outros que ingressaram no ano corrente. Essas questões nos
levaram a proposição de que alguns professores, por não conhecerem
anteriormente a estrutura física da escola em tempos anteriores a reforma, estariam
evidenciando a precárias condições apresentadas como naturais. Outra questão
que nos ocorreu é que se, essas mesmas professoras, demonstram uma visão
tradicional da educação e, portanto, das práticas pedagógicas e havendo, na sala
de aula, tudo àquilo que fosse necessário (lousa, giz e livro didático) para realização
de práticas que dialogassem com essa concepção, não haveria, de fato,
constatação de adversidades.
Em relação à segunda questão, com exceção das duas professoras, todos os
respondentes alegaram a existência de mato alto e/ou água parada em diferentes
pontos dentro do espaço da escola.
Já sobre a questão três, as respostas apontaram para a sensação de
insegurança com relação às doenças transmissíveis por insetos, principalmente em
épocas que existem surtos de doenças transmitidas por mosquitos. Uma mãe, que
também respondeu parte do questionário, expressou sua preocupação com as
possíveis “[...] doenças ou machucados”.
Sobre a questão quatro, a respostas convergem em apontar que, com as
adaptações feitas em algumas salas e outros espaços, além da ausência de uma
quadra de esportes, limitaram-se os trabalhos pedagógicos por conta das condições
preexistentes, causando certo prejuízo ao trabalho docente.
Em relação à questão cinco, as respostas foram mais variadas. Alguns
frisaram a impossibilidade do desenvolvimento das aulas de educação física em
condições ideais. Já outros apontam a maior rotatividade dos alunos e a diminuição
dos projetos anteriormente desenvolvidos. Outros, ainda, destacaram o descrédito
da comunidade em relação às ações da gestão para sanar o problema.
Com relação à pergunta seis, onde indagamos se os respondentes
acreditavam haver violações de direitos humanos, a maioria respondeu que sim,
principalmente por entenderem que os espaços disponíveis e utilizados para a
realização das atividades não eram suficientes para o desenvolvimento de
atividades que atendessem às reais necessidades daquele segmento do ensino
fundamental, uma vez que os alunos ficavam “confinados na sala de aula” ou, ainda
pela falta de condições de acessibilidade, uma vez que, segundo o professor 1, “se
um cadeirante que têm seus direitos, e não pode participar da hora do recreio, por
falta de acesso ao pátio é óbvio que há violação de Direitos Humanos”.
Já a pergunta sete, indicou que a gestão e os professores estão empenhados
em minimizar os problemas ali existentes, buscando alternativas pedagógicas que
deem conta de propiciar aos alunos o desenvolvimento integral a que tem direito. De
outro lado, buscam colaboração junto à comunidade na tentativa de fazer pressão
para que os órgãos competentes resolvam o mais brevemente o problema.
Com relação a oitava e última questão, perguntamos sobre as perspectivas
para o futuro da escola. Neste ponto, algumas respostas convergem para as
expectativas de finalização da obra, o fim dos transtornos e a possibilidade de
elaboração de rotinas escolares mais lúdicas para os alunos. Outros, porém,
receavam pelo aumento da evasão e rotatividade escolar, já que no relato da
professora 2, “uma escola sem recursos, não consegue manter a permanência do
aluno”.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS