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Contribuição para o Financiamento da

Seguridade Social
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Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) é uma contribuição federal
brasileira, de natureza tributária, incidente sobre a receita bruta das empresas em geral, destinada a
financiar a seguridade social, a qual abrange a previdência social, a saúde e a assistência social.

A autorização constitucional para a criação da COFINS, contribuição incidente sobre a receita bruta e
destinada à Seguridade Social, está centrada na alínea “b” do inciso I do artigo 195 da Constituição
Federal (CF).

No plano infraconstitucional, a Lei Complementar nº 70, de 30 de dezembro de 1991, instituiu a


COFINS. Posteriormente, unificou-se a legislação da Contribuição para o PIS/Pasep e da COFINS
incidentes sobre o faturamento com a edição da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998.

O regime de apuração não cumulativa da COFINS foi instituído pela Lei nº 10.833, de 29 de dezembro
de 2003. Tal regime, em linhas gerais, permite a apropriação de créditos relativos à aquisição de
mercadorias e insumos, bem como referentes a encargos e despesas que serão, posteriormente, deduzidos
dos débitos apurados da aludida contribuição.

Índice
Contribuintes
Base de cálculo
A exclusão do ICMS da base de cálculo do COFINS
COFINS sobre importação
Referências
Ver também
Ligações externas

Contribuintes
São contribuintes da COFINS as pessoas jurídicas de direito privado em geral, inclusive as pessoas a elas
equiparadas pela legislação do Imposto de Renda. As microempresas e as empresas de pequeno porte
optantes pelo regime do Simples Nacional (Lc 123/2007) também pagam o tributo por dentro do Simples
Nacional.

Podemos ainda implicar na COFINS dois sujeitos. O sujeito ativo, (o ente federativo tributante), e o
sujeito passivo, (o contribuinte).
Base de cálculo
Tem por base de cálculo:

O faturamento mensal (receita bruta da venda de bens e serviços), ou


O total das receitas auferidas pela pessoa jurídica.
A possibilidade da não cumulatividade deu-se com a publicação da lei 10.833/2003, onde as empresas
optantes pelo lucro real, a partir de 1º de fevereiro de 2004, descontariam da receita bruta os créditos da
contribuição. No entanto, nestes casos, a alíquota passou de 3% para 7,6%.

A exclusão do ICMS da base de cálculo do COFINS


Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão no dia 15/03/2017,
decidiu que o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) não integra a base de cálculo
das contribuições para o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social (Cofins). Ao finalizar o julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 574706, com
repercussão geral reconhecida, os ministros entenderam que o valor arrecadado a título de ICMS não se
incorpora ao patrimônio do contribuinte e, dessa forma, não pode integrar a base de cálculo dessas
contribuições, que são destinadas ao financiamento da seguridade social.

A Receita Federal por meio da Solução de Consulta Interna COSIT Nº 13, DE 18 DE OUTUBRO DE
2018 definiu que os valores de ICMS a serem excluídos da base de cálculo do COFINS é:

a) o montante a ser excluído da base de cálculo mensal da contribuição é o valor mensal do ICMS a
recolher, conforme o entendimento majoritário firmado no julgamento do Recurso Extraordinário nº
574.706/PR, pelo Supremo Tribunal Federal;

COFINS sobre importação


Existe incidência da COFINS sobre as importações, onde a alíquota geral é de 7,6%, existindo alíquotas
específicas para operações de vendas de produtores, distribuidores ou importadores de combustíveis,
produtos farmacêuticos, perfumaria, toucador, higiene pessoal, máquinas e veículos, autopeças, pneus
novos de borracha, câmaras de ar de borracha, querosene de aviação, embalagens para bebidas, água,
refrigerante, cerveja e preparações compostas e papel imune a impostos.[1]

A base constitucional para instituição da COFINS – Importação está disposta no inciso II do § 2º do


artigo 149, da CF e no inciso IV do artigo 195, da CF, ambos incluídos pela Emenda Constitucional nº
42, de 19 de dezembro de 2003.

Ordinariamente, a Lei nº 10 865, de 30 de abril de 2004, instituiu a COFINS-Importação. O referido


diploma legal em seu artigo 15 prevê o direito ao crédito somente aos contribuintes que estiverem
sujeitos ao regime de apuração não cumulativa da referida contribuição, previsto na Lei nº 10 833, de
2003.

Referências
1. Lei 10.865/2004, art. 21.
Ver também
Administração Tributária
Lista de tributos do Brasil
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS)
Lista de unidades federativas do Brasil por arrecadação do ICMS

Ligações externas
Secretaria da Receita Federal do Brasil (http://www.receita.fazenda.gov.br)
Cálculo da Tributação COFINS (http://pis2015.net.br/pis-cofins/)
Recurso Especial STF (http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2585258)
COSIT 13/2018 (http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anota
do&idAto=95936)

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