MARTINÓPOLE – CE
2014
MARIA DE FÁTIMA CASTRO DE ALBUQUERQUE
0
LUDICIDADE: UMA FORMA DE APRENDER BRINCANDO NA PRÉ-ESCOLA
MARTINÓPOLE – CE
2014
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LUDICIDADE: UMA FORMA DE APRENDER BRINCANDO NA PRÉ-ESCOLA
__________________________________________________________
__________________________________________________________
1o MEMBRO
__________________________________________________________
2o MEMBRO
2
“É pelo trampolim do riso e não pela lição de
moral que se chega ao coração das crianças”
José Paulo Paes
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar a Deus pelas graças que derrama todos os dias sobre mim e
toda minha família.
3
Aos meus familiares pelo apoio e colaboração ao longo de minha formação
acadêmica.
À Profa. Renata Brito dos Reis pela ajuda, colaboração e dedicação ao longo
das orientações dispensadas na elaboração do referido estudo.
Aos meus colegas de turma pela amizade que fora construída no decorrer de
todo o período de duração do curso.
4
Dedico principalmente a Deus por todos os
dias presentear-me com dádivas e graças; e a
minha família pela dedicação, apoio e
compreensão ao longo do curso.
Dedico
RESUMO
O presente trabalho tem como finalidade mostrar a presença do lúdico no
cotidiano escolar de crianças da pré-escola da Escola de Ensino Infantil Cecílio
Porfírio Gomes. O estudo de como jogos e brincadeiras se mostram em
5
estratégias nas ações educacionais de alunos da escola acima citada e como
essa ferramenta pode ajudar alunos e professores tornar o estudo mais
prazeroso e trazer para dentro da sala de aula situações que simulam o dia-a-
dia desses educandos. Por ser uma ação intrínseca, a brincadeira torna-se
uma ferramenta eficiente no processo educacional da criança. Através de
pesquisas baseadas nos fundamentos de estudiosos e seguindo a realidade
escolar busca-se identificar que a presença do lúdico aliada a atividades
pedagógicas pode transformar o aprender numa ação prazerosa e que produz
resultados positivos. De forma mais específica verificou-se a utilização de
técnicas lúdicas no decorrer da atuação docente; identificaram-se as mesmas e
se descobriu a importância que os professores dão ao lúdico como uma
ferramenta pedagógica. Logo após a etapa de coleta de dados procedeu-se a
etapa de análise e tabulação dos resultados obtidos culminando com a
elaboração do relatório monográfico da pesquisa realizada.
ABSTRACT
This work aims to show the playful presence in school life of children of pre -
school education at the School of Child Cecilio Porphyry Gomes. The study of
6
how sports and games are shown on strategies in educational activities of
students of the aforementioned school and how this tool can help students and
teachers become more pleasurable study and bring into the classroom
situations that simulate the day-to-day these students. Being an intrinsic action,
the game becomes a powerful tool in the educational process of the child.
Through research based on the fundamentals of scholars following the school
reality and seeks to identify the presence of the allied playful educational
activities can turn a pleasurable learning and action that produces positive
results. More specifically it was found to use playful techniques in the course of
teaching performance; identified the same and was discovered the importance
that teachers give to recreation as a pedagogical tool. Shortly after the stage of
data collection proceeded to the stage of analysis and tabulation of results
culminating in the preparation of monographic report of the survey.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................... 09
2. OBJETIVOS.............................................................................................. 11
2.1. Objetivo Geral...................................................................................
11
2.1. Objetivos Específicos......................................................................
7
3. CAPITULO I: LUDICIDADE E EDUCAÇÃO INFANTIL........................... 11
3.1. Um breve histórico da educação infantil.................................... 12
3.2. O brincar na escola: um olhar a partir dos PCN’s.....................
12
4. CAPITULO II: O LÚDICO COMO FORMA DE ENSINO-
APRENDIZAGEM.......................................................................................... 17
4.1. Concepções sobre lúdico dentro da escola, como forma de
ensino............................................................................................ 22
4.2. A escola atual e sua função.........................................................
4.3. O professor na escola atual......................................................... 22
4.4. O lúdico como finalidade de aprendizagem............................... 26
5. CAPITULO III: EDUCAÇÃO INFANTIL E TRABALHO........................... 27
29
5.1. A Educação Infantil e suas
31
perspectivas....................................
31
5.2. Ludicidade e Pedagogia...............................................................
32
6. METODOLOGIA.......................................................................................
7. RESULTADOS E DISCUSSÕES.............................................................
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 36
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................ 38
ANEXOS.......................................................................................................
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45
47
1. INTRODUÇÃO
Desde os primórdios da humanidade o uso de jogos e brincadeiras e
ludicidade como um todo está presente na vida humana. Na Grécia antiga,
assim como na idade média já havia a utilização de jogos. Nesse período, e por
8
muito tempo, a atividade lúdica era vista apenas como sinônimo de jogo e
divertimento o que fazia com que ela não tivesse um caráter sério.
Com o passar dos tempos e através de pesquisas de estudiosos sobre o
assunto, o lúdico foi trazido como um forte instrumento da educação.
Estudiosos como Vygotsky e Piaget fizeram análises do processo de
desenvolvimento educacional, mostrando a importância da presença do jogo na
vida humana, demostrando que elas favorecem não apenas a aprendizagem,
mas também o desenvolvimento e a interação social do indivíduo.
Apesar de vários estudos comprovarem a eficácia do lúdico no processo
de ensino e aprendizagem, muitos educadores ainda resistem a essa
ferramenta, acreditando ser impossível reunir brincadeira ao conteúdo
pedagógico, pois para esses profissionais brincar e aprender são duas coisas
totalmente distintas e incapazes de caminharem juntas.
Após presenciar inúmeras situações escolares em que existe a
verdadeira separação entre o aprender e o brincar, foi possível entrar em
contato com uma realidade em que as crianças eram estimuladas e educadas
através de atividades lúdicas. Surgiu, então, o interesse de estudar essa
realidade que trazia o lúdico como um elemento presente em sua proposta
Pedagógica.
O presente trabalho se constitui em um estudo sobre a presença do
lúdico no cotidiano escolar do ensino infantil, com um enfoque nas turmas de
pré-escola da Escola de Ensino Infantil Cecílio Porfírio Gomes, que é uma
escola da rede pública de ensino de Martinópole e é mantida pela prefeitura
municipal.
Iniciou-se o presente trabalho com pesquisas bibliográficas buscando
encontrar autores que propiciasse o suporte teórico necessário para a
abordagem do tema proposto. O estudo, avaliações e conceitos de vários
autores contribuíram para embasar o desenvolvimento do presente trabalho.
Também fizeram parte da pesquisa as Leis de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional.
A pesquisa de campo se concentrou na observação da rotina da escola
estudada. Através dela se buscou adquirir informações quanto a presença do
lúdico neste cotidiano e perceber de que forma essas atividades acontecem.
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Foram observados tanto os momentos de brincadeira livre como o recreio,
atividades direcionadas fora e dentro da sala de aula.
A pesquisa apresentada tem como principal finalidade estudar e
demonstrar que utilização de práticas lúdicas em sala de aula na educação
pode colaborar no processo de aprendizagem das crianças. Apontando que o
lúdico aplicado pelas professores unido com as atividades contribui para o
processo de ensino aprendizagem de seus alunos.
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo geral
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habilidades psicomotoras, referenciando estudo de acordo com as
abordagens dos autores como: Piaget, Montessori e outros;
Destacar as fases do desenvolvimento infantil de acordo com Piaget,
caracterizando a importância dos jogos e brinquedos para a formação da
criança;
Verificar a influência da ludicidade nas diversas metodologias de ensino;
Identificar na escola a forma como a ludicidade é trabalhada;
Demonstrar a importância da ludicidade no processo de ensino-
aprendizagem, bem como no desenvolvimento global da criança;
Inspecionar o trabalho do professor e seu material didático pedagógico.
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A necessidade de instituições pré-escolares aparece decorrente do
sentimento de infância gerado pelas transformações sociais, especificamente a
Revolução Industrial que fez com que as mães ingressassem no mercado de
trabalho e, não tendo onde colocar seus filhos o colocasse em locais
denominados creches, que tinham como objetivo guardar e proteger as
crianças da exploração do sistema capitalista em expansão.
Surge assim, na Europa no século XVIII, especialmente na França e na
Inglaterra, as primeiras instituições de amparo ás crianças, visando atender
suas necessidades imediatas de alimentação, vestuário e abrigo, com caráter
eminentemente assistencialista e filantrópico, sem uma preocupação educativa
propriamente definida.
Somente no século XIX, é que foi atribuído a pré-escola uma conotação
crianças pelas famílias.
Nos PCN’s, titulo II, do Direito à Educação e do Dever de Educar, art. 4º,
IV, se afirma que: “o dever do Estado com educação escolar pública será
efetivado mediante a garantia (...) atendimento gratuito em creches e pré-
escolas às crianças de zero a seis anos de idade”. Tanto as creches para as
crianças de zero a três anos como as pré-escolas, para as de quatro a seis
anos, são consideradas como instituições de educação infantil. A distinção
entre ambas é feita apenas pelo critério de faixa etária.
No entanto, vale ressaltar que para a construção de uma prática
educativa de qualidade que venha atender a todas as necessidades,
habilidades e potencialidades das crianças e que tenha como objetivo o
desenvolvimento global da mesma, faz-se necessário a elaboração de um
currículo que faça a articulação entre a realidade sociocultural da criança,
considerando os conhecimentos que ela já possui, seu desenvolvimento e as
características próprias do momento em que ela está vivendo.
Tendo a pré-escola como suporte, um currículo dessa natureza terá
maior possibilidade de desenvolver a linguagem e as varias formas de
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expressão, favorecendo a exploração da realidade em que está inserida,
percebendo diferenças e semelhanças. Sendo assim, a criança aprende a
conhecer o mundo através da experimentação, observação e questionamentos.
DEFONTAINE apud Oliveira (1998) diz ser necessário que a criança
tenha condições de questionar seu meio, que experencie as situações de seu
corpo em relação ao espaço e que realize um trabalho mental que lhe permitirá
organizar-se, organizar e representar seu espaço.
Analisando a história da pré-escola desde seu surgimento ate os dias
atuais, não se pode negar que houve uma evolução do trabalho das instituições
de Educação Infantil, pois se no inicio, elas tomavam conta das crianças,
distraindo-as assim a simples função de guardar, hoje a situação é outra,
preocupação dos educadores com o desenvolvimento da criança nessa faixa
etária (0 a 6 anos).
De acordo com a nova lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB,
sobre os profissionais da educação no Art. 61 comenta: a formação de
profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes
níveis e modalidade de ensino e as características de cada fase do
desenvolvimento do educando, terá como funcionamentos:
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As novas formas de organização urbana decorrentes do acelerado
progresso nas grandes metrópoles favorece o enfraquecimento do contato
entre crianças de diferentes idades, bem como os adultos. Sobre estes
aspectos afirma WEIRS: “ o ambiente físico urbano é hostil a criança; não há
muitos lugares para ela e desta maneira, uma serie de jogos coletivos tendem
a desaparecer sendo um prejuízo ao desenvolvimento infantil.
Neste âmbito, reconhece-se a importância e a necessidade de
recuperação dos jogos e brinquedos, considerados como alternativas eficazes
para o fortalecimento dos processos interativos e enriquecimento da cultura
infantil. Assim é que, estudos de natureza etnográfica procuram explicar o
brinquedo infantil dentro de cada cultura investigando o cotidiano da criança.
Na área da educação, teóricos assinalaram a importância do brinquedo infantil
como recurso para educar e desenvolver a criança, desde que respeitadas as
características da atividade lúdica.
Assim, o brinquedo representa uma parte indispensável no
desenvolvimento infantil, por manifestar o universo interior da criança,
demonstrar as possibilidades de evolução no espaço emocional, afetivo,
psicomotor, cognitivo, e social. Por conseguinte, brincar é a maior e mais
importante ocupação da criança e, de sobremaneira, esquecida pelo adulto. A
atividade lúdica, nesse sentido, confunde-se com a própria infância.
É possível que através do brincar, perceber como a criança está se
sentindo e conhecer ainda que superficialmente, seu caráter e personalidade.
17
que, inclusive, podem ser transformadas conforme suas necessidades e
vontades.
“Todas as vezes que a realidade se torna aos olhos da criança difícil de
ser produzida ela cria, combinando-a de modo a compensar seus aspectos
menos assimiláveis” OLIVEIRA (1984, p. 28).
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grupos sociais diversos. Essas significações atribuídas ao brincar transformam-
no em um espaço singular de constituição infantil.
A intervenção do educados é necessária para que, na instituição
sozinhas, ampliar suas capacidades de apropriação dos conceitos, dos códigos
sociais e das diferentes linguagens, por meio da expressão e comunicação de
sentimentos e ideias, da experimentação, da reflexão, da elaboração de
perguntas e respostas, da construção do objetos e brinquedos. Para isso, o
educador deve conhecer e considerar as singularidades das crianças de
diferentes idades, com as quais trabalham respeitando suas diferenças e
ampliando suas pautas de socialização.
Um aspecto importante da brincadeira é possibilitar a criança a
satisfação de atuar livremente sobre determinadas situações. Muitas vezes o
adulto impede que a criança desenvolva suas habilidades por não estar ciente
de que a brincadeira para a criança é necessária uma vez que ela traz enormes
contribuições ao desenvolvimento dessas habilidades , visto que as
brincadeiras facilitam o crescimento corporal, de força e resistência física, de
coordenação preceptora.
Brincando a criança aprende a decidir, ter opinião própria, descobre seu
papel e seus limitas. Através do brinquedo ela descobre o prazer e satisfação
de habilidades de comunicação, nas mais varias formas, facilitando a auto
expressão. Além de colaborar no desenvolvimento intelectual por meio de
exercício de atenção, e também pelo uso progressivo de processos mentais
mais complexos como comparação e discriminação, e pelo estimulo à
imaginação.
“ A criança em idade pré-escolar envolve-se num ilusório e imaginário
onde os desejos não realizáveis podem ser realizados e esse mundo é o que
chamamos de brinquedo!” VYGOTSKY (1992, p.92).
As brincadeiras, quer através de jogos ou não, propiciam ainda a
socialização, pelo o exercício de vários papéis sociais, com as suas normas de
conduta e pela a formação de lealdades sociais. Ajudam a descoberta do EU e
do OUTRO ( social e cultural) contribuindo para a difícil construção da
identidade cultural.
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“Jogo supõe relação social, interação. Por isso, a participação
em jogos e brincadeiras contribui para a formação de atitudes
sociais, respeito mutuo, solidariedade, iniciativa pessoal e
grupal. É jogando e brincando que a criança aprende o valor do
grupo com força integradora e o sentido de competição e da
colaboração consciente e espontânea” RIZZI e HAYDT (1987,
p.15).
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4. CAPITULO II: O LÚDICO COMO FORMA DE ENSINO-APRENDIZAGEM
"Observa o teu culto à família e cumpre teus deveres para com teu pai, tua
mãe e todos os teus parentes. Educa as crianças e não precisarás castigar os
homens."
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Segundo Piaget(1978) as etapas do conhecimento são divididas por
períodos de acordo com os interesses e necessidades das crianças em suas
diferentes faixa etárias. São elas:
Sensório-motor (0 – 2 anos)
Nessa fase o bebe tem reflexos neurológicos básicos, esquemas são
construídos para assimilar o meio, as noções de espaço e tempo são
construídas pela ação. O contato com o meio em que se encontra é imediato,
sem planejamento.
Pré-operatório ( 2 – 7,8 anos)
É caracterizada principalmente pera a interiorização de esquemas construídos
na fase anterior, a criança é um ser egocêntrico centrada em si mesmo.
23
Nenhum coração sofre com o bem de outrem, mas o triunfo de
um, fonte de encantamento e de alegria para os outros, cria
frequentemente imitadores. Todos têm um ar feliz e satisfeito
de fazer “o que podem”, sem que o que os outros fazem
suscite uma vontade ou uma terrível emulação. O pequeno de
três anos trabalha pacificamente ao lado de um menino de
seis; o pequeno esta tranquilo e não inveja a estatura do mais
velho. Todos crescem na paz. (MONTESSORI, 1969, p. 33).
24
possibilidades e as novas necessidades da criança. O desenvolvimento da
criança deve ser dirigido de maneira responsável de acordo com o espírito
científico.
25
A escola serve para cumprir uma função social, ou seja, passar
conhecimento de geração em geração oferecidas pela sociedade. Os
conhecimentos que a escola deve oferecer são os de equalizar as
oportunidades, de tornar as pessoas criticas transformadoras, conscientes,
criadoras e democráticas. A escola deve além de transmitir esses
conhecimentos também tornar seu ambiente chamativo e interessante para que
os alunos que a frequentam sintam-se interessados a aprender o que lhes é
oferecido.
Diante das constantes mudanças ocorridas na sociedade é pertinente
refletirmos sobre a organização do espaço escolar dentro de uma “sociedade
técnica/científico-informal” (LIBÂNEO, 2001, p. 40)
É dever também da escola acompanhar as mudanças que acontecem no
mundo, uma vez que essas mudanças são provocadas pelo comportamento
das pessoas, pessoas estas que são o público alvo da escola, mesmo não
sendo alunos na atualidade, mas que suas vidas dependem daqueles que
frequentam a escola, por serem os futuros, professores, médicos, vereadores,
prefeitos, etc. Enfim a escola deve procurar novas técnicas que à auxilie no
processo de ensino e aprendizagem, esse trabalho tem como base nesse
processo o a ludicidade no dia a dia da escola, usando-a como ferramenta de
ajuda.
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5. CAPITULO III: EDUCAÇÃO INFANTIL E TRABALHO
5.1. A Educação Infantil e suas perspectivas
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A escola, porem, não aproveita os conhecimentos trazidos pelas
crianças, criando com isto a separação entre a realidade vivida por ela na
escola.
Quem apenas sugere que a criança apenas deva brincar ou quem tenta
controlar suas brincadeiras em demasia, está tolhendo o horizontes lúdicos da
criança.
KISHOMOTO (1994, p.35), afirma que “se a atividade lúdica não for de
livre escolha e seu desenvolvimento não depender da própria criança, não se
tem brincadeira, mas trabalho”.
35
6. METODOLOGIA
Para a realização deste trabalho foi realizado pesquisas bibliográfica e
pesquisa de campo.
Durante o processo de revisão bibliográfica e com vista a conhecer de
forma singular a aplicabilidade do tema pesquisado, foram aplicados
questionários com os professores da Escola Cecílio Porfírio Gomes.
Segundo Gil (2002), a pesquisa ora realizada, tendo em vista seus
objetivos, pode ser classificada como: Pesquisa exploratória – aquela pesquisa
que tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com
vistas a torna-lo mais explicito. Pode envolver levantamento bibliográfico,
entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado. Geralmente,
assume a forma de pesquisa bibliográfica e estudo de caso.
7. RESULTADOS E DISCUSSÕES
36
Inicialmente foi realizada uma visita a Escola Cecílio Porfirio Gomes no
turno da manhã com o intuito de realizar uma triagem, definindo assim os
professores que participariam da pesquisa de campo. Este momento foi
importante também para verificar a relação professor aluno em sala de aula.
No momento da visita a gestora da escola acima citada Maria Gorete
Gomes fez o direcionamento a todos os espaços físicos da escola, fez a
apresentação de funcionários desta instituição, nesta ocasião foi possível
constatar a organização do trabalho pedagógico, sendo possível perceber que
o corpo técnico docente da escola trabalha de acordo com as normas definidas
pelo Ministério da Educação para a educação infantil. Destaca-se a decoração
bem elaborada, a limpeza do espaço físico, o carinho notório dispensados
pelas professoras às crianças e o pleno desenvolvimento cognitivos dos
alunos.
Pode-se observar na pratica cotidiana o que pressupõe a teoria de Jean
Piaget quando defende que o desenvolvimento da criança na educação infantil
ocorra de forma lúdica.
A sala de aula de destacou que se destacou durante a visita é composta
por 26 alunos sendo 12 meninas e dez meninos, e tendo como docente a
professora Katiane Barros Passos, pôde-se observar a boa aceitação dos
alunos em relação a docente acima citada. A principio as crianças ficaram
inquietas com a presença de estranhos, momentos depois começaram a
mostrar seus brinquedos e suas tarefas e a interação entre a equipe visitante e
corpo discente foi fluindo naturalmente. Esta visita foi fator determinante para
tornar esta pesquisa gratificante e capaz de contribuir de forma positiva com a
formação pedagógica de todos envolvidos.
O questionário foi aplicado com cinco professores que atuam na
educação Infantil da Escola Cecílio Porfírio Gomes, este questionário era
composto por 16 questões, oito abertas e oito fechadas.
Quando questionadas sobre o acompanha mento das crianças na escola
pela família e professores disseram ser importante e ser fundamental para que
essa criança apresente um melhor desenvolvimento do seu aprendizado.
Ao serem questionados sobre os maiores desafios para o educador que
atua na educação infantil os entrevistados apontaram como maior desafios a
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falta de formação especializada, a desvalorização, turmas heterogenias e falta
de material pedagógico para desenvolver um trabalho de qualidade.
Quanto as aulas na Pré-escola os professores ressaltaram que estas
aulas costumavam ser ministradas de acordo com o planejamento executado
ao nível municipal pela secretaria de educação, proporcionando assim
interação entre professores de uma mesma etapa e compartilhamento de
experiências exitosas.
Quanto a possibilidade das crianças aprenderem brincando, os
professores consideram o lúdico como procedimento importante para que a
aula não fundamental dizer que se faz necessário que os educadores estejam
conscientes e comprometidos com o grande desafio de educar na etapa da
educação infantil. Seus planos de ensino devem atender as reais necessidades
das crianças e serem maleáveis o suficiente para abraçar as inúmeras
realidades encontradas numa mesma sala de aula. Vários estudos sobre a
educação infantil buscam estimular o professor a trabalhar com o lúdico
desenvolvendo atividades dinâmicas, despertando o interesse, a criatividade e
o raciocínio dos educandos.
A análise dos dados foi feita numa perspectiva de aprimorar e melhorar a
metodologia do professor, para que este possa desenvolver um bom trabalho.
Para entender melhor, os dados obtidos serão representados
graficamente: Gráfico 1 – O professor permite que a criança tenha liberdade
de propor a temática a ser trabalhada?
38
momento dar mais significação a construção de sua personalidade, 20%
acreditam que isso pode vir acontecer, mas não com muita frequência.
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Dos professores entrevistados 60% disseram que priorizam as
atividades lúdicas ao prepararem suas aulas, 20% priorizam às vezes e 20%
não costumam priorizar o lúdico.
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Dos professores entrevistados 60% disseram que a aprendizagem
através do lúdico ocorre diariamente, 20% acreditam que às vezes essa
aprendizagem se desenvolve.
41
Dos educadores entrevistados 60% disseram ser importante analisar o
conhecimento prévio da criança no início do ano letivo, 20% disseram que às
vezes é necessário, 20% disseram não ser importante.
42
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa realizada para a elaboração deste projeto permitiu uma
análise criteriosa sobre a importância das atividades lúdicas a serem aplicadas
com crianças a partir da fase pré-escola, de forma a contribuir para o
desenvolvimento cognitivo, social, afetivo e motor dos mesmos.
A execução deste trabalho proporcionou a relevância de um
aprofundamento teórico no que se refere à aprendizagem.
Pois percebemos as diversas causas dos distúrbios relacionados a
aprendizagem e a importância da participação da família, resultando no
interesse e um melhor desempenho cognitivo.
Estes estudos foram de grande importância tanto para reaver a e
metodologia, quanto para recuperar ou prevenir possíveis dificuldades
encaradas pelo professor em sala de aula.
Podendo assim, ver seu aluno como ser único, com suas diferenças e
capacidades próprias dando a atenção merecida a ele.
Os educadores devem mudar seu modo de pensar, de agir, usando
resultados positivos com seus alunos, pois a cada dia está ficando mais
evidente a evolução tecnológica e linguística e os alunos necessitam
desenvolver estratégias interpretativas para compreender seu meio social.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
43
AIRES, Philippe. História Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro:
Guanabara, 1981.
44
ROLDÃO, M. do Céu. Função docente: natureza e construção do
conhecimento profissional. Portugal. Revista brasileira de Educação. v.12
n.34 jan/abril 2007.
45
ANEXO:
QUESTIONÁRIO ABERTO
QUESTIONÁRIO FECHADO
46
3. É possível desenvolver estratégias de ensino que ao mesmo tempo
motive as crianças?
( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes ( ) Não soube responder
47