Você está na página 1de 10

Belém, 11 de maio de 2015

Caro aluno,

Nesta aula você encontra problemas resolvidos de Taxas Relacionadas.


Resolva os exercícios das páginas de 223 a 225.
Leia o enunciado com muita atenção. Cuidado com as unidades.
Faça um esquema gráfico do problema.
É preciso saber a derivada (implícita, Regra da Cadeia) para calcular as taxas.

AULA 12 – Aplicação da Derivada (página 220)

Taxas relacionadas – calcular a taxa de variação de uma grandeza em termos da taxa


de variação da outra. O procedimento é achar uma equação que relacione as duas grandezas
e então usar a regra da cadeia para derivar ambos os lados em relação a variável
independente m questão.

Os exemplo 1 a 5 estão resolvidos no livro texto nas páginas 220 a 223. Aqui vamos repetir
o exemplo 4 e resolveremos outros problemas dos exercícios propostos.

Exemplo 4. O carro A está se movimentando para o oeste a 90km / h e o carro B


está movimentando para o norte a 100 km / h . Ambos vão em direção à interseção de duas
estradas. A que taxa os carros se aproximam um do outro quando o carro A está a 60m e o
carro B está a 80m da interseção?

1
Solução: (a) Dados do enunciado, denotando as velocidades dos carros por
v A t   90km / h e v B t   100 km / h . Cuidado com as unidades.

(b) O que se pede: taxa de variação dos dois carros no ponto de interseção de encontro dos
dois carros.

(c) o que usar: derivada implícita e a regrada cadeia.

Notações: Seja z  z t  a distância entre os carros A e B e sejam x  xt  , y  yt  a


distância entre os carros e o ponto de interseção C, conforme a figura abaixo.

dx dxt  dy dyt 
Sabemos que v A t     90km / h e vB t     100 km / h . Veja a figura
dt dt dt dt
e observamos que, em relação ao plano cartesiano xy, a direção dos carros estão no sentido
negativo de modo que as velocidades terão o sinal negativo. Além disso, o que queremos é
a distância z  z t  . Podemos usar o teorema de Pitágoras:

x2  y2  z 2 (*)

Como conhecemos as velocidades de cada carro basta derivar implicitamente a equação (*)
e obtemos:

2
d 2
dt

x  y2   d 2
dt
 
z

dxt  dyt  dzt 


2x  2y  2z (**)
dt dt dt
dzt 
x v A t   y vB t   z
dt

Substituindo os dados do problema em (**) obtemos medidos em km / h :

dzt 
x v A t   y vB t   z
dt (***)
dzt  1
 x 0,06km / h   y 0,08km / h 
dt z

Para encontrar o valor de z, como o carro A está a 60m  0,06km do ponto C e o carro B
está a 80m  0,08km de C, pelo teorema de Pitágoras (*) podemos calcular a distância z,

z 2  x2  y 2
z 2  0,06 km2  0,08 km2 
 0,0036  0,0064 km2 
 0,01km2
z   0,01 km 2  0,1 km

Sendo distância grandeza positiva temos z  0,1 km .

Substituindo x  0,06 km , y  0,08km e z  0,1km em (***) obtemos:

dzt  1
 xv A t   yvB t 
dt z

1
0,06km 90km / h  0,08km 100km / h
0,1km


1
0,1km

 5,4km 2 / h  8km 2 / h  
13,4
 km / h  130 km / n
0,1

dzt 
Os dois carros aproximam-se um do outro a uma taxa de  134 km / h . O sinal
dt

3
negativo indica que a taxa está decrescente. (graficamente, a hipotenusa está diminuindo a
razão de 134km/h.

Exemplo 5. Um homem anda ao longo de um caminho reto a uma velocidade de


1,5m / s . Um holofote localizado no chão a 6m do caminho é mantido focalizado no
homem. A que taxa o holofote está girando quando o homem está a 8m do ponto do
caminho mais próximo da luz? a

Solução: (a) Dados do enunciado. Velocidades do homem vt   1,5m / s e distância


do holofote ao caminho x  6 m . (b) O que se pede: taxa de variação do holofote em
d
relação a luz . (c) o que usar: derivada implícita e a regrada cadeia.
dt

Notações: Sejam    t  o ângulo entre o feixe do holofote e a perpendicular ao caminho


e x  xt  a distância entre o homem e o ponto do caminho mais próximo ao holofote.

Veja o esquema gráfico desse problema.

Temos que vt    1,5m / s . Pela figura temos x  C cos  e 6  C cos  onde C é o
dx
dt
comprimento do feixe do holofote ao homem quando estiver com x  8m que pode ser
calculado usando o teorema de Pitágoras:

6 2  82  C 2
36  64  C 2
C 2  100
C  100  10
4
Deste modo a relação entre x e  ser formulado usando a relação trigonométrica

 tg   isto é
x
6

x  6tg  

Derivando cada membro em relação a variável t obtemos:

d
 6tg    6 sec 2  
dx
dt dt

d
Para calcular , reescrevendo expressão acima temos:
dt

d 1
 cos2    cos2  vt 
dx 1
dt 6 dt 6

Quando x  8 m temos:

d 1
 cos2    1,5m / s  cos2   .
1
dt 6 4

Por outro lado, como 6  10 cos  temos

cos  
6 5

10 3

Assim:

d 1,5
2
1  3
cos2  m / s    
9
  0,9 rad / s .
dt 6 4 5 100

Execícios (Página 224)

2) (a) Se A é a área de um círculo com raio r e o círculo expande à medida que o tempo
dA dr
passa, encontre em termos de .
dt dt

Solução: Sabemos que área A de um círculo de raio r é dada por:

A   r2

5
Como tanto área quanto raio varia no tempo temos A  At  e r  r t  . Para encontrar
dA
dt
basta derivar em relação ao tempo, a fórmula acima membro a membro usando derivada
implícita e regrada cadeia em relação a r  r t  . Temos assim:

dA d

dt dt
 
 r 2  2 r
dr
dt

dA dr
Resposta:  2 r
dt dt

(b) Suponha que petróleo vaze por uma ruptura de um petroleiro e espalha-se em um
padrão circular. Se o raio do petróleo derramado crescer a uma taxa constante de 1 m / s ,
quão rápido a área do vazamento está crescendo quando a raio é igual a 30 m .

Solução: Como o raio do petróleo derramado crescer a uma taxa constante de 1 m / s ,


dr
significa que  1 m / s e quando r  30 m , a área do vazamento estará crescendo
dt
conforme

dA dr
 2 r ou seja
dt dt

 2 30m1 m / s   60  m 2 / s .
dA
dt

dA
Resposta:  60  m 2 / s .
dt

8) Suponha 4 x 2  9 y 2  36 , onde x e y são funções de t.

x2 y2
Solução: A equação 4 x  9 y  36 na forma reduzida 2  2  1 é uma equação da
2 2
3 2
elipse centrada na origem. Como x e y variam com t , derivando a equação em t ambos
membros resulta:

d
dt
 
4 x 2  9 y 2  36 
d
dt
dx dy
8 x  18 y 0
dt dt

6
dy 1 dx 2
(a) se  , encontre quando x  2 e y  5.
dt 3 dt 3

2 dy 1
Solução: Quando x  2 e y  5 , se  substituindo na expressão acima:
3 dt 3

 2  1 
82
dx
 18 5    0
dt  3  3 
dx
16  4 5
dt
dx 5

dt 4

dx 5
Resposta: 
dt 4

dx dy 2
(b) se  3 , encontre quando x  2 e y  5.
dt dt 3

2 dx
Solução: Quando x  2 e y  5 , se  3 substituindo na expressão acima:
3 dt

 2  dy 
8 23  18 5    0
 3  dt 
dy
 48  12 5 0
dt
dy 48 4 4 5
  
dt 12 5 5 5

dy 4 5
Resposta: 
dt 4

 x 
22) Uma partícula move-se ao longo da curva y  2sen  . Quando a partícula passa
 2 
1 
pelo ponto P ,1 , sua coordenada x cresce a uma taxa de 10cm / s . Quão rápido a
3 
distância da partícula à sua origem está variando nesse momento?

  x   1  dx dy
Solução: Temos y  2sen  , P ,1 e  10cm / s . Pede .
 2   3  dt dt

7
 x 
Derivando a expressão da curva y  2sen  em relação a t, resulta:
 2 

dy d    x     x  dx   x  dx
 2sen   2 cos    cos 
dt dt   2  2  2  dt  2  dt

Substituindo os dados do problema, obtemos:

dy

   1 
  cos    10 cm / s  
3
 10  cm / s  30
 cm / s .
dt  2  3  2 2

dy 30
Resposta:   cm / s  2,74  cm / s
dt 2

41) Um avião voa horizontalmente a uma altitude de h  5km e passa diretamente sobre um

telescópio no chão. Quando o ângulo de elevação for   , esse ângulo estará diminuindo
3
d 
a uma taxa de  rad / min . A que velocidade o avião está viajando naquele instante?
dt 6

Solução: Pelo gráfico do voo do avião,

   z
podemos usar Teorema de Pitágoras para   , h  5km e x  z cos km  km , isto
3 3 2
é:

2
z z2
z 2  x 2  h 2     5km2   25km 2
 2 4

8
z2
z   25km 2
2
4
2
3z
 25km 2
4
100 2
z2  km
3
10
z km
3

Por outro lado temos em função do t

z 2 t   x 2 t   h 2 t   x 2 t   25km 2

Derivando em t, obtemos:

d 2
dt
z t  
d 2
dt

x  25km 2 
dz  dx 
2 z  2 x  0
dt  dt 
dz dx
z x
dt dt
dz x dx

dt z dt

Além disso como x  z cos  , derivando em t resulta:

 z cos  
dx d
dt dt
d
 cos   zsen  
dz
dt dt


Substituindo na expressão acima quando o ângulo de elevação for  e
3
d  dz x dx dx
 rad / min ,  e lembrando que vavião  :
dt 6 dt z dt dt

9
dx dz    10     
vavião   cos   sen  rad / min  
dt dt 3 3  3  6 
1x 10  3   
 vA    rad / min  
2z 3  2  6 
  3 
 z cos 
1  2   10
   vavião   rad / min 
2 z 12
 
 
11 10 1 10
  vavião   rad / min  vaião   rad / min
22 12 4 12

Ou seja

1 10
vavião  vavião    rad / min
4 12
3 10
vavião    rad / min
4 12
4  10  10
vavião      rad / min    rad / min
3  12  9

10
Resposta: vavião   rad / min .
9

10

Você também pode gostar