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Conceitos iniciais do

Método dos Elementos


Finitos – MEF
e
Software SAP2000
Profª Vanessa de Moura
eng.vanessams@gmail.com

www.rtgespecializacao.com.br
Conteúdo da Aula

• Conceitos iniciais do Método dos Elementos


Finitos;
• Método da Rigidez Direta
➢ Elemento de Treliça;
➢ Elemento de Viga;
➢ Elemento Frame.
• Tipos de Elementos Finitos do software SAP2000
e suas principais características;

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Métodos de Estudo
• Método Experimental
➢ Objeto, em escala real ou reduzida, submetido à
ensaios afim de simular situações reais;
• Métodos Analíticos
➢ Soluções baseadas em fórmulas matemáticas com
resultado exato/fechado do problema;
• Método Numérico
➢ “Protótipo Virtual” do objeto estudado criado através
de códigos de programação ou softwares comerciais;

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Método dos Elementos Finitos
• O que é?
➢ Técnica numérica para encontrar soluções
aproximadas.

• A maioria dos problemas de engenharia não


apresentam uma solução analítica fechada e
análises experimentais demandam tempo e
recursos financeiros, então as abordagens
numéricas surgem como uma opção de análise;

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Método dos Elementos Finitos

• Como funciona?
➢ Divide o domínio de um
problema em sub-regiões
menores e mais simples.
• Divisão do domínio pode não
corresponder a realidade;
• Divisão do domínio x Custo
computacional;

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Principais Características do MEF

• Método muito difundido na engenharia;

• Pode lidar com geometrias


complexas devido ao processo
de discretização;

• Fácil aplicação de condições de contorno;

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Principais Características do MEF

• Aplicável à uma variedade de problemas:


➢ Mecânica dos sólidos, estática, dinâmica, condução de
calor, etc.

• Permite o estudo de deslocamentos e tensões


em:
➢ Peças mecânicas, barragens, torres de comunicação,
edifícios, coberturas, etc.

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Terminologias
• Domínio: estrutura a ser analisada;
• Elemento: sub-região do domínio;
• Nó: ponto responsável por definir a geometria do
elemento;
• Grau de liberdade: direção onde o movimento é
permitido ou restringido;
• Condição de Contorno: apoios (essenciais) e
carregamento (naturais);

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Sistema de Coordenadas

• Sistema de coordenadas Global:


➢ Sistema de referência da estrutura;
• Sistema de coordenadas Locais:
➢ Sistema de coordenadas do elemento;

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Tipos de Elementos Finitos

• Elemento unidimensionais (1D), Elementos de


área (2D) e Elementos sólidos (3D)

Linear

Quadrático

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Método da Rigidez Direta

• Método de Análise Estrutural;


• Usa relações de matriz para calcular forças e
deslocamentos;
• Divide a estrutura em vários elementos e calcula
a matriz de rigidez de cada elemento;
➢ Matriz de Rigidez: representa as propriedades dos
materiais e geométricas do elemento. Obtida usando
conceitos básicos de equilíbrio e compatibilidade;

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Método da Rigidez Direta

• Para cada elemento tem-se:


K(e)U(e) = F(e)
➢ K(e) – Matriz de Rigidez do Elemento
➢ U(e) – Vetor de deslocamentos do Elemento
➢ F(e) – Vetor de forçar do Elemento

• A resolução deste sistema permite encontrar os


deslocamentos e forças desconhecidas

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Elemento de Treliça

• Elemento unidimensional e linear (2 nós);


• Deslocamentos e forças avaliados no sentido axial;
• Deslocamento em um ponto:
∆𝐿
𝜀=
𝐿
➢ L – Comprimento do elemento de treliça;
➢ ΔL – Variação no comprimento

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Elemento de Treliça

• Equação governante deriva da Lei de Hooke:


𝐹
𝜎 = 𝐸𝜀 → 𝜀 =
𝐸𝐴
• Logo:
𝐹𝐿 𝐸𝐴
∆𝐿 = ou 𝐹 = ∆𝐿
𝐸𝐴 𝐿
➢ F – Força aplicada;
➢ E – Módulo de elasticidade do material;
➢ A – Área da seção transversal
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Elemento de Treliça – 1D

• Compreende 2 nós, 2 deslocamentos nodais (u1 e


u2) e 2 forças externas (F1 e F2);
𝐸𝐴
𝐸𝐴 𝐹1 = 𝑢1 − 𝑢2
𝐹= ∆𝐿 → 𝐿
𝐿 𝐸𝐴
𝐹2 = 𝑢2 − 𝑢1
𝐿

K(e)U(e) = F(e)
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Elemento de Viga

• Elemento unidimensional e linear (2 nós);


• Possui 4 graus de liberdade, dois deslocamentos e
duas rotações
➢ Viga é um membro estrutural com a função de
suportar carregamentos transversais

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Elemento de Viga

• O modelo clássico de viga deriva da teoria de Euler-


Bernoulli;
➢ Forma prismática com comprimento muito maior que as
outras dimensões;
➢ Seções planas permanecem planas após a deformação;
➢ Modelo de material: o material é assumido como elástico e
isotrópico.
𝑑4𝑣
• Equação diferencial de Euler-Bernoulli: 𝐸𝐼 4
𝑑𝑥
= 𝑞(𝑥)
➢ E – Módulo de Young;
➢ I – Momento de Inércia.

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Elemento de Viga

• Formulação do Elemento Viga sem carregamento


distribuído:
➢ Integrações sucessivas da equação de Euler-Bernoulli

c1, c2, c3 e c4 são


constantes a serem
determinadas
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Elemento de Viga

• Aplicando as condições de contorno do Elemento


de Viga nas Equações:

• Temos que:
Elemento de Viga

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Elemento de Viga

• Matricialmente:

• Ou em termos das constantes:

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Elemento de Viga

• Com relação a força cortante e momento fletor


temos que:

• Temos que:
Elemento de Viga

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Elemento de Viga

• Substituindo o valor das constantes c1, c2, c3 e c4


por V1, M1, V2 e M2, temos que:

K(e)U(e) = F(e)

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Elemento Frame

• Elemento Frame combina em um único elemento


as características do elemento de treliça e
elemento de viga;

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Elemento Frame

• Forma matricial que representa o Elemento


Frame:

K(e)U(e) = F(e)
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Montagem da Matriz Global

• Princípio da superposição;

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SAP2000

• Software para Análise Estrutural Estática,


Dinâmica, Linear e Não-Linear via Elementos
Finitos;

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Interface Gráfica do SAP2000

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Elementos Finitos do SAP2000

• Frame (pórtico)
• Cable
• Shell
• Plane
• Asolid
• Solid

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Elementos Finitos do SAP2000 – Frame

• Elemento de barra com dois nós e 6 graus de


liberdade por nó no sistema local, sendo:
➢ 3 translações (ux, uy e uz)
➢ 3 rotações (θx, θy e θz)

• Elemento unidimensional
e linear

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Elementos Finitos do SAP2000 – Frame

• Cada elemento possui seu próprio


sistema de coordenadas locais
permitindo ao usuário definir
propriedades e carregamentos para as seções;
• Cada elemento Frame pode ser carregado por:
➢ Múltiplas cargas concentradas e/ou distribuídas
➢ Variação de Temperatura
➢ Através de uma deformação imposta

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Elementos Finitos do SAP2000 – Frame

• Pode ser usado para modelar estruturas


como:
➢ Pórticos Planos e Tridimensionais
➢ Treliças Planas e Tridimensionais

➢ Grelhas

➢ Cabos

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Elementos Finitos do SAP2000 – Cable

• Comportamento altamente não-linear


➢ Tensões P-Delta;
➢ Grandes efeitos de deflexão;
• O comprimento não deformado é extremamente
crítico na determinação do comportamento do
cabo.
➢ Um cabo não carregado é instável

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Elementos Finitos do SAP2000 – Cable
• Cable permite como carregamento:
➢ Força distribuída;
➢ Mudanças de Temperatura;
➢ Carga de deformação;
➢ Cargas concentradas.*
• Elementos frame permitem que a não-linearidade do
material e carregamentos sejam considerados, mas
as formulações do elemento ‘cable’ são mais
adequadas para a maioria das aplicações.

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Elementos Finitos do SAP2000 – Shell

• Elemento finito de área


triangular ou quadrilátero
com três ou quatro nós,
respectivamente, e 6 graus de
liberdade por nó;
➢ 3 translações (ux, uy e uz)
➢ 3 rotações (θx, θy e θz)
• Elemento bidimensional
linear
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Elementos Finitos do SAP2000 – Shell

• Cada elemento possui seu sistema de


coordenadas locais, possibilitando definir
propriedades de materiais e cargas.
• Materiais ortotrópicos;
• Os elementos podem receber carregamentos:
➢ Pressão superficial nas faces superior, inferior e
lateral;
➢ Devido a deformação;
➢ Mudanças de Temperatura.

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Elementos Finitos do SAP2000 – Shell

• Estruturas que podem ser modeladas com este


elemento:
➢Sistemas de piso
➢Sistemas de parede
➢Plataformas de ponte
➢Conchas curvas tridimensionais, como tanques e
cúpulas
➢Modelos detalhados de vigas, colunas, tubos e outros
elementos estruturais

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Elementos Finitos do SAP2000 – Plane

• Elemento finito com as mesmas propriedades


do Shell, de área triangular ou quadrilátero com
três ou quatro nós e 6 graus de liberdade por
nó;
➢ 3 translações (ux, uy e uz)
➢ 3 rotações (θx, θy e θz)
• Elemento bidimensional linear

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Elementos Finitos do SAP2000 – Plane

• O elemento deve ser plano, se não for, é


formulado para a projeção do elemento em um
plano médio calculado para o elemento;
• Os elementos retangulares apresentam melhor
comportamento na flexão;
• As tensões e deformações são assumidas para
não variar ao longo da espessura.

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Elementos Finitos do SAP2000 – Plane

• Indicado para:
➢ Modelar sólidos bidimensionais de espessura
uniforme.
• Estruturas que podem ser modeladas com este
elemento:
➢ Estruturas finas e planas em estado de tensão plano
➢ Estruturas prismáticas longas em um estado de tensão
plano

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Elementos Finitos do SAP2000 – Asolid

• Elemento finito com as mesmas propriedades


do Shell, 2D, triangular ou quadrilátero com três
ou quatro nós e 6 graus de liberdade por nó;
➢ 3 translações (ux, uy e uz)
➢ 3 rotações (θx, θy e θz)
• Elemento bidimensional linear

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Elementos Finitos do SAP2000 – Asolid

• Indicado para:
➢ Modelar estruturas axissimétricas sob carregamento
axissimétricos.
• Os elementos podem receber carregamentos:
➢ Força centrífuga;
➢ Pressão superficial nas faces laterais;
➢ Pressão do poro dentro do elemento;
➢ Carga devido a mudanças de temperatura.

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Elementos Finitos do SAP2000 – Solid

• Elemento 3D com 8 nós e 6 graus de liberdade


por nó no sistema local, sendo:
➢ 3 rotações (θx, θy e θz)
➢ 3 translações (ux, uy e uz)
• Elemento tridimensional linear

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Elementos Finitos do SAP2000 – Solid

• Indicado para modelar estruturas tridimensionais


e sólidos;

• Elemento com geometria retangular apresentam


um melhor comportamento a flexão;

• Cada elemento possui seu próprio sistema de


coordenadas locais;

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Elementos Finitos do SAP2000 – Solid

• São permitidas propriedades de materiais


anisotrópicos dependentes da temperatura.

• Cada elemento pode ser carregado por:


➢ Pressão superficial nas faces;
➢ Pressão do poro dentro do elemento;
➢ Carregamento devido a mudanças de temperatura.

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Bibliografia

• COMPUTERS & STRUCTURES, Inc. CSI Analysis Reference


Manual for SAP2000, ETABS, SAFE and CSiBridge. 2015
• DURAND, R. Finite Element Course 1 Introduction. In: Notas
de Aula, UnB – FT/ENC, Brasília-DF, 2016.
• MARTHA, L. F. CIV2118 – Método dos Elementos Finitos. In:
Notas de Aula do Curso, PUC-Rio – Departamento de
Engenharia Civil, Rio de Janeiro-RJ, 1994.
• RIBEIRO, F. L. B. Introdução ao Método dos Elementos
Finitos. In: Notas de Aula, COPPE – Programa de Engenharia
Civil, Rio de Janeiro-RJ, 2004.
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