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EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO

MUNDIAL
Evolução da população mundial
• 1.1 A importância dos recenseamentos da população para a geografia e o
ordenamento do território
• 1.2 A natalidade no Mundo
• 1.3 A mortalidade no Mundo
• 1.4 O crescimento natural e o crescimento efetivo no Mundo
• 1.5 O crescimento natural e o crescimento efetivo em Portugal
• 1.6 A mortalidade infantil no Mundo
• 1.7 A esperança média de vida no Mundo
• 1.8 A fecundidade e a renovação de gerações no Mundo
• 1.9 O índice de envelhecimento no Mundo e em Portugal
• 1.10 A evolução da população mundial
• 1.11 Os modelos demográficos e a transição demográfica
• 1.12 A estrutura etária da população
• 1.13 Os contrastes mundiais nas estruturas etárias
• 1.14 As políticas demográficas
1.1 A IMPORTÂNCIA DOS
RECENSEAMENTOS DA
POPULAÇÃO PARA A GEOGRAFIA E
O ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
O recenseamento

O recenseamento é importante para o


estudo da população porque responde a
questões como:
• Quantos somos?
• Como somos?
• Onde nos localizamos?
• Como evoluímos?

A resposta a estas questões permite a tomada de


decisões políticas, no planeamento e
ordenamento do território e na promoção da
qualidade de vida das populações.
1.2 A NATALIDADE NO MUNDO
(Clicar na imagem)
A natalidade

Natalidade – Número de nados-vivos por ano, numa dada região.

Taxa de Natalidade – Número de nados-vivos, por cada mil


habitantes.

TN (‰) = (Nascimentos/População total) X 1000

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A taxa de natalidade
A taxa de natalidade pode ser influenciada por:

Nível de Religião Modo de


instrução vida urbano

Diminuição da Casamento
fecundidade tardio

Envelhecimento
da população Escolaridade
obrigatória

Emancipação Razões
da mulher económicas
Proibição
Planeamento do trabalho
familiar infantil

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Distribuição mundial da taxa de natalidade

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Distribuição mundial da taxa de
natalidade
Países com elevadas taxas de natalidade:
continente africano e Médio Oriente (valores
superiores a 30 ‰)

Países com baixas taxas de natalidade: no


hemisfério norte (valores inferiores a 10 ‰)
Distribuição da taxa de
natalidade em Portugal
A taxa de natalidade em Portugal desceu
passando de 24 ‰, em 1960, para apenas 9,7 ‰,
em 2011.
1.3 A MORTALIDADE NO MUNDO
(Clicar na imagem)
A mortalidade

Mortalidade – Número de óbitos por ano, numa dada região.

Taxa de Mortalidade – Número de óbitos, por cada mil habitantes.

TM (‰) = (Mortalidade/População total) x 1000

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A taxa de mortalidade
A taxa de mortalidade pode ser influenciada por:

Guerras
Catástrofes
Naturais
Envelhecimento
da população

Cuidados Informações
de saúde

Qualidade
Alimentação de vida

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Distribuição mundial da taxa de mortalidade

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Distribuição mundial da taxa de
mortalidade
Países com taxa de mortalidade elevada:
continente africano, países da Europa de Leste pelo
envelhecimento da população.

Países com taxa de mortalidade baixa: países


produtores de petróleo, Europa (inferior a 5 ‰)

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Distribuição da taxa de mortalidade em
Portugal
A taxa de mortalidade em Portugal baixou de 11,1 ‰ em 1961
para 9,7 ‰ em 2011.
1.4 O CRESCIMENTO NATURAL
E O CRESCIMENTO EFETIVO
NO MUNDO (Clicar na imagem)
O crescimento natural

Crescimento natural ou saldo fisiológico – É a diferença entre os


nascimentos e os óbitos.

CN (hab.) = N – M

Taxa de crescimento natural – É a diferença entre a taxa de


natalidade e a taxa de mortalidade.

TCN (‰) = Tn – Tm

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Taxa de crescimento natural
A taxa de crescimento natural pode ser:
 Positiva (Tn > Tm) – Países subdesenvolvidos
 Nula (Tn = Tm) – Países em vias de desenvolvimento
 Negativa (Tn < Tm) – Países desenvolvidos

Natalidade reduzida Natalidade elevada


•Condição da mulher na sociedade •Ausência de planeamento familiar
•Planeamento familiar •Grande influência da religião
•Escolaridade obrigatória •Poligamia
•Proibição do trabalho infantil •Ter muitos filhos como sinal de prosperidade
•Modo de vida urbano •A mulher é mãe e dona de casa
•Preço das habitações •Os filhos são mão de obra gratuita
•Menor influência da religião •Os jovens casam muito cedo
Mortalidade reduzida •Analfabetismo
•Melhores condições de vida •Pobreza (falta de meios)
•Mais e melhor alimentação Mortalidade começa a reduzir
•Avanços da medicina •Devido sobretudo à ajuda humanitária
•Hábitos de higiene (campanhas de vacinação, médicos, etc.)

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Distribuição mundial da taxa de crescimento
natural

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O crescimento efetivo
Crescimento efetivo – Crescimento que resulta da soma do
crescimento natural com o saldo migratório. Número de pessoas a
mais ou a menos numa população num dado período.
CE (hab.) = CN + SM

Saldo migratório – Diferença entre o número de imigrantes e o de


emigrantes.
SM (hab.) = I – E

Taxa de crescimento efetivo – Número de pessoas que existem a


mais ou a menos por cada mil habitantes.
TCE (‰) = (CE/População absoluta) x 1000
1.5 O CRESCIMENTO NATURAL E O
CRESCIMENTO EFETIVO EM
PORTUGAL
O crescimento natural e o crescimento
efetivo em Portugal
A taxa de crescimento natural em
Portugal diminuiu de 13,4 ‰ em
1960 para -1,2 ‰ em 2011.

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1.6 A MORTALIDADE INFANTIL NO
MUNDO
A mortalidade infantil

Taxa de mortalidade infantil – Número de óbitos de crianças com


menos de 1 ano por cada 1000 nascimentos.

Tmi (‰) = (Mi (0-1 ano)/N) x 1000


Distribuição mundial da taxa de mortalidade
infantil
Distribuição da taxa de mortalidade infantil
no mundo e em Portugal
• Elevadas taxas de mortalidade infantil:
África, Ásia América Central, do Sul e
Caraíbas (valores superiores a 100 ‰).

• Baixas taxas de mortalidade infantil:


Europa, América do Norte, Austrália e
Nova Zelândia (inferiores a 10 ‰).

• Em Portugal passou de77,5 ‰, em


1960, para 3,5 ‰, em 2012.
1.7 A ESPERANÇA MÉDIA DE VIDA
NO MUNDO
A esperança média de vida
Esperança média de vida – Número de anos que, em média, cada
indivíduo tem probabilidade de viver no momento em que nasce.
Nos países desenvolvidos esta média chega aos 80 anos de idade,
enquanto nos países de baixo desenvolvimento não ultrapassa os 50
anos.
Na maioria dos países,
as mulheres vivem em
média mais do que os
homens.

Em Portugal a
esperança média de
vida em 2011 era de
75,5 anos nos homens
e para 81,4 anos nas
mulheres.

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Razões para o aumento da esperança média
de vida
Alimentação Cuidados de
mais rica e saúde
variada eficazes

Assistência
Avanços na aos idosos
medicina

Melhor
qualidade de
vida
1.8 A FECUNDIDADE E A
RENOVAÇÃO DE GERAÇÕES
NO MUNDO
A fecundidade
Índice sintético de fecundidade – Número de crianças que, em
média, cada mulher tem durante a sua vida fértil (15 aos 49 anos).

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A fecundidade e a renovação de gerações em
Portugal

Em 1960, Portugal apresentava


mais de 3 filhos por mulher em
idade fértil, atingindo em 2011
um valor de cerca de 1,3.
Índice de renovação de
gerações

Índice de renovação de gerações –


Fecundidade necessária para que as
gerações mais idosas possam ser
substituídas pelas mais jovens. Para existir
renovação de gerações, o número de filhos
por mulher deve ser superior a 2,1.
1.9 O ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO
NO MUNDO E EM PORTUGAL
O índice de envelhecimento
Índice de envelhecimento – Número de indivíduos com 65 e
mais anos por cada 100 indivíduos com menos de 15 anos.
IE = (P + 65 anos / P - 15 anos) x 100
Consequências do aumento do
envelhecimento
• Perda do espírito inovador.
• Aumento das despesas com a saúde.
• Maior carga fiscal sobre a população ativa.
• Degradação das condições económicas e sociais dos idosos.
• Redução do consumo.

O índice de envelhecimento no nosso país passou de cerca de 65 %


nos anos de 1990 para cerca de 130 % em 2012.
1.10 A EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO
MUNDIAL
A evolução da população mundial

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A evolução da população mundial

Regime demográfico primitivo Revolução demográfica Explosão demográfica

natalidade natalidade elevadas taxas de


elevada e constante elevada e constante natalidade nos países
menos desenvolvidos
mortalidade elevada, mas diminuição das taxas de diminuição das taxas de
irregular mortalidade e aumento da mortalidade nos países
esperança média de vida menos desenvolvidos
crescimento natural quase aumento do crescimento crescimento natural
nulo natural, principalmente explosivo nos países
nos países industrializados menos desenvolvidos

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Países Desenvolvidos
Taxa de Natalidade Baixa
Taxa de Mortalidade Baixa
Taxa de Crescimento Natural Baixa
Taxa de Mortalidade Infantil Baixa
Esperança Média de Vida Elevada

Países Menos Desenvolvidos


Taxa de Natalidade Elevada
Taxa de Mortalidade Elevada
Taxa de Crescimento Natural Elevada
Taxa de Mortalidade Infantil Elevada
Esperança Média de Vida Baixa

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1.11 OS MODELOS DEMOGRÁFICOS
E A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
Os modelos demográficos e a transição
demográfica 4. Regime demográfico moderno ou pós-industrial:
Caracteriza-se por taxas de mortalidade e de
1. Regime natalidade muito baixas, que originam com
demográfico frequência um crescimento natural nulo ou mesmo
primitivo: negativo.
Predominam
elevadas taxas de
natalidade e de
mortalidade, que
originam um baixo
crescimento
demográfico.

2. Primeira fase da transição demográfica: 3. Segunda fase da transição


Caracteriza-se pela manutenção de uma demográfica: Regista-se uma diminuição
elevada taxa de natalidade e pela das taxas de natalidade e de mortalidade
diminuição da taxa de mortalidade; logo, o e, como consequência, uma redução do
crescimento natural é acentuado. crescimento natural da população.
O impacto dos diferentes ritmos
demográficos

Países desenvolvidos Países em desenvolvimento


Quebra no crescimento populacional Aumento da população
Diminuição da natalidade Elevadas
taxas de natalidade e redução das taxas de mortalidade
Envelhecimento da população Crescimento natural elevado
Aumento dos recursos Elevada pressão sobre os recursos: hídricos, do solo e
florestais
Economia desenvolvida Economia pouco desenvolvida
Setor industrial produtivo Setor industrial pouco produtivo
Agricultura moderna Agricultura tradicional (subsistência)
1.12 A ESTRUTURA ETÁRIA DA
POPULAÇÃO
A estrutura etária da população
A estrutura etária da população consiste na repartição da população por
grupos de idades ou grupos etários.
Através das pirâmides etárias é possível analisar a estrutura etária da
população e realizar a sua caracterização, para o planeamento de
equipamentos coletivos:
Segurança
Saúde Educação social
Pirâmides etárias
Pirâmide jovem ou crescente Pirâmide adulta

• Apresenta uma base larga e o topo • Tem um formato em que o centro é tão
estreito. largo como a base.
• É característica de países menos • Existe em países em desenvolvimento
desenvolvidos, com elevadas taxas que registaram uma quebra recente no
de natalidade e esperança média de valor da natalidade e um grande peso
vida reduzida. da população em idade adulta.
• Existe um grande predomínio de • Registam-se por vezes classes ocas:
jovens neste tipo de população. classes com um número de indivíduos
inferior à classe que lhe está acima.
Pirâmides etárias
Pirâmide idosa Pirâmide rejuvenescente

• Tem um predomínio de indivíduos no • Distingue-se da anterior (idosa) pelo


topo da pirâmide. aumento significativo e recente da
• Típica dos países mais desenvolvidos natalidade frequentemente
que registam, desde há muito tempo, consequência de políticas
grandes quebras nos índices de demográficas.
natalidade, associados a uma elevada
esperança média de vida.
1.13 OS CONTRASTES MUNDIAIS
NAS ESTRUTURAS ETÁRIAS
Os contrastes mundiais nas estruturas
etárias

Estrutura etária jovem Estrutura etária envelhecida


• Grande número de jovens • Elevado número de idosos.
(população com menos de 15 • Quebra assinalável da taxa de
anos) e poucos idosos. natalidade.
• Elevada taxa de natalidade. • Aumento da esperança média de
• Esperança média de vida baixa. vida.
• Característica de países de baixo • Característica de países de elevado
desenvolvimento. desenvolvimento.
• Problemas resultantes do • A pirâmide de idades
crescimento populacional e das correspondente a este tipo de
frágeis estruturas de educação, população é a pirâmide idosa ou
saúde e habitação. decrescente.
A estrutura etária da população portuguesa

A estrutura etária da população


portuguesa alterou-se, passando de
uma estrutura etária jovem para uma
estrutura etária envelhecida.

Projeções para a próxima década:


• Cenário 1: a manutenção da atual
tendência ao nível da natalidade e,
como tal, de pirâmides etárias com a
base estreita e o topo largo;
• Cenário 2: o aumento da taxa de
natalidade, graças à implementação de
medidas natalistas, provocando o
rejuvenescimento da população, com
um aumento da base da pirâmide.
Diferenças regionais
Ao analisar a
estrutura etária de
um país, deve ser
considerado a
estrutura a nível
regional de forma
a adaptar a cada
região as políticas
demográficas.
1.14 AS POLÍTICAS DEMOGRÁFICAS
As políticas demográficas
Para resolver os seus problemas demográficos, os governos de
cada país aplicam políticas demográficas.

Políticas demográficas

Antinatalistas Natalistas

Repressivas Económicas

Liberais Legislativas
As políticas antinatalistas
As políticas antinatalistas são medidas
de diferentes tipos que visam reduzir o
número médio de nascimentos.
• Subsídios aos casais com um só filho.
• Processos de racionamento alimentar.
• Aumento do nível de instrução das populações. Política do filho único na
• Legalização da interrupção voluntária da gravidez. China
• Integração da mulher no mercado de trabalho.
• Incentivos à esterilização masculina e feminina.
• Esforços de sensibilização para os casamentos tardios.
• Agravamento dos impostos ou anulação de regalias sociais a casais com
muitos filhos.
• Divulgação de processos de planeamento familiar e distribuição gratuita de
contracetivos.
As políticas natalistas
As políticas natalistas são o conjunto de medidas adotadas por um
governo com o objetivo de promover o aumento da natalidade.

Medidas económicas:
• Maiores subsídios para as famílias com maior
número de filhos.

Medidas legislativas:
• Licenças de parto de maior duração.
• Redução do horário de trabalho da mãe para
amamentação.

Cartaz de incentivo à natalidade

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