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VOLUME 1 – PROJETO DA INSTALAÇÃO Data
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6. ÁREAS CLASSIFICADAS

 Identificação das áreas classificadas da instalação, para efeito de


especificações dos equipamentos e instalações elétricas.

 Levantamento e estudo;

Esse estudo foi elaborado de acordo com as exigências da NR20 e ABNT NBR
1463, com o objetivo de mensurar e classificar as áreas de operações do Posto
Revendedor de Combustível Ltda.

Os dados contidos no estudo foram coletados em campo para levantamento dos


produtos manuseados, respectivos riscos e análises dos processos, com
identificação das fontes de liberação dos produtos para o ambiente e condições
de ventilação. Em seguida, procedeu-se a uma análise das condições existentes
e a consequente classificação das áreas de acordo com os critérios normativos.
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Sumário
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................. 4

2. OBJETIVO ................................................................................................................................... 4

3. CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS CONTRA RISCOS DE EXPLOSÕES / METODOLOGIA ..................... 5

4. CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS CONTRA RISCOS DE EXPLOSÕES / BASE TÉCNICA ..................... 5

4.1 Aspectos Gerais .......................................................................................................................... 5

4.2 Elementos básicos para zoneamento de áreas classificadas ....................................................... 6

4.2.1 Identificação da fonte de emissão de material combustível / inflamável ....................................... 6

4.2.2 Determinação do grau da fonte de risco ...................................................................................... 6

4.3 Zoneamento para Classificação de Áreas contra Riscos de Explosões ........................................ 7

4.4 Extensão da Zona Perigosa ......................................................................................................... 8

4.4.1 Taxa de Liberação ....................................................................................................................... 8

4.4.2 Limite de Inflamabilidade ou Concentração Mínima da Poeira no Ar ............................................ 9

4.4.3 Ventilação ................................................................................................................................... 9

4.4.4 Densidade relativa do gás ou vapor ........................................................................................... 10

4.4.5 Outros parâmetros .................................................................................................................... 10

4.5 Fontes de ignição e tipos de proteção ....................................................................................... 10

4.5.1 Exclusão de equipamentos elétricos ......................................................................................... 11

4.5.2 Conformidade da instalação / equipamento elétrico .................................................................. 11

4.5.2.1Conformidade em função do zoneamento ............................................................................... .11

4.5.2.2Conformidade em função da classe de temperatura ................................................................ 12

4.5.2.3Conformidade em função do Grupo e Energia Mínima de Ignição ............................................ 13

4.5.3 Eletricidade Estática .................................................................................................................. 13

4.5.4 SPDA – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas ................................................... 14

4.5.5 Ignição por superfícies aquecidas em decorrência de outras causas......................................... 14

4.5.6 Operações geradoras de fonte de ignição.................................................................................. 14


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4.5.7 Reações químicas exotérmicas ................................................................................................. 15

4.5.8 Radiações eletromagnéticas ...................................................................................................... 15

4.5.9 Fontes de ignição externa ......................................................................................................... 15

4.5.10Boas Práticas Operacionais para prevenção de explosões ....................................................... 15

5. ESTUDO DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS ................................................................................. 16

5.1.1 Produtos Manuseados ............................................................................................................... 17

5.1.2 Características físico-químicas dos produtos manuseados ....................................................... 17

5.1.3 Classificação dos produtos em função das características físico-químicas ............................... 18

5.2 Preparação dos desenhos de engenharia .................................................................................. 18

5.3 Identificação das fontes de emissão de produtos perigosos no processo ................................. 19

5.4 Inserção das fontes de emissão no desenho ............................................................................. 19

5.5 Definição do Tipo de Zoneamento em função da estimativa do grau de risco. ........................... 19

5.6 Determinação dos Tipos e Extensões do Zoneamento ............................................................... 19

5.7 Elaboração dos desenhos de classificação de áreas contra riscos de explosões. ..................... 20

6. LIMITAÇÕES.............................................................................................................................. 20

7. RESPONSABILIDADES .............................................................................................................. 21

9. ANEXOS .................................................................................................................................... 21
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1. INTRODUÇÃO

A Unidade objeto deste estudo, destina-se ao descarregamento de caminhões tanques,


abastecimento de veículos e demais operações, onde pode ocorrer a existência de uma
atmosfera explosiva, dependendo da pressão atmosférica e da temperatura ambiente.
Os serviços foram executados de acordo com a metodologia estabelecida pela Norma
Brasileira Registrada: NBR 14639 – Posto de Serviços – Instalações Elétricas.
Para a realização dos serviços, foram efetuados levantamentos de campo e pesquisa na
nomenclatura técnica sobre os produtos manuseados e respectivos riscos, análise dos
processos com identificação das fontes de liberação dos produtos para o ambiente em
condições normais e anormais de operação, identificação dos parâmetros de processo
(pressão, temperatura, etc), verificação das condições ambientais de ventilação, relevo,
etc. Em seguida, procedeu-se a uma análise das condições existentes e procedeu-se à
consequente classificação das áreas de acordo com os critérios normativos.
Este relatório identifica e avalia os riscos contra explosões, elegendo as áreas com
probabilidade de formação de atmosferas explosivas, classificando-as em zonas e, para
cada zona, especificando o tipo de proteção dos equipamentos / instalações elétricas e
demais fontes de ignição, de acordo com as características técnicas, nas áreas de risco
deste estabelecimento. – Posto Revendedor de Combustíve Ltda, Cidade-Estado.

2. OBJETIVO

O objetivo é a definição de áreas classificadas contra riscos de explosões, e identificação


das classes de equipamentos / instalações elétricas para cada zona, assim como as
demais medidas para impedir a geração de fontes de ignição, de modo que seja possível
a adoção de medidas de controle das fontes de ignição de acordo com uma metodologia
consolidada e definida neste relatório, seguindo as diretrizes na NR 20.
Cada área será analizada separadamente e seus dados serão enquadrados em tabelas
de classificações, gerando assim um mecanismo para se identificar cada tipo de risco em
que cada área está exposta.
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3. CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS CONTRA RISCOS DE EXPLOSÕES /


METODOLOGIA

A metologia utilizada no estudo de classificação de áreas contra riscos de explosões,


através do controle das fontes de ignição é a prevista na norma NBR 14639 – POSTO
DE SERVIÇO – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS.
De acordo com a metodologia acima, as principais etapas desenvolvidas neste trabalho
são:
 Especificação do processo operacional;
 Identificação dos produtos manipulados e respectivas características
físico-químicas;
 Preparação dos desenhos de engenharia;
 Identificação das fontes de emissão nos desenhos;
 Definição do tipo de zoneamento em função da estimativa do grau de risco;
 Determinação da extensão do zoneamento;
 Elaboração dos desenhos de classificação de áreas contra riscos de
explosões;
 Análise e estabelecimento das medidas de modo a impedir a ocorrência de
fontes de ignição;
 Elaboração do Laudo de Classificação de Áreas contra Riscos de
Explosões;

4. CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS CONTRA RISCOS DE EXPLOSÕES / BASE


TÉCNICA

4.1 Aspectos Gerais


As instalações nas quais produtos inflamáveis ou combustíveis são manuseados ou
armazenados devem ser projetadas, construídas, operadas e mantidas de forma que
quaisquer emissões de produto inflamável, e consequentemente, a extensão de áreas
perigosas, seja minimizada em relação à ocorrência, frequência, duração e quantidade,
tanto em operação normal como anormal. Em outras palavras, plantas e instalações
deveriam ser principalmente do tipo Zona 2 ou área não-classificada (de acordo com
tabela de Tipos e Extensões de Zoneamento – NBR 14639). Adicionalmente, através de
uma avaliação do processo produtivo nas áreas em estudo, as fontes de ignição de
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qualquer natureza devem ser identificadas, avaliadas e mantidas sob controle de modo
que a probabilidade de ocorrência de uma explosão esteja dentro dos limites aceitáveis
de risco.

4.2 Elementos básicos para zoneamento de áreas classificadas


Os elementos básicos para estabelecer o tipo de zoneamento são a identificação da fonte
de emissão do material inflamável / combustível e a determinação do seu grau de
emissão.

4.2.1 Identificação da fonte de emissão de material combustível / inflamável


Dado que uma atmosfera inflamável só poderá existir se um gás / vapor inflamável ou
poeira de material combustível estiver presente com o ar, é necessário saber se estes
produtos podem estar presentes na área em questão. De modo geral, tais produtos estão
contidos nos equipamentos de processos os quais podem ou não ser totalmente
fechados. Caso o equipamento seja uma fonte de emissão, pode-se ter uma atmosfera
inflamável não apenas fora do equipamento, mas também, fora da própria planta.
Cada equipamento de processo (tanque, bomba, tubulação, vaso, tremonha, silo, etc)
deve ser considerado como uma fonte de emissão em potencial. Se o equipamento for
passível de liberar o material inflamável / combustível, poderá originar uma área perigosa
ao redor. Por outro lado, se o equipamento contém um material inflamável / combustível,
mas não é passível de provocar nenhuma emissão para o exterior, não poderá originar
uma atmosfera explosiva ao redor, como é o caso de uma tubulação soldada.

4.2.2 Determinação do grau da fonte de risco


Onde for concluído que um equipamento pode originar uma emissão de material
inflamável / combustível para a atmosfera, torna-se necessário determinar o grau da fonte
de risco com base na frequência e / ou duração provável da emissão. Normalmente as
fontes de risco estão graduadas em três níveis: contínua, primária ou secundária.
Contínua: Capaz de promover uma emissão que é contínua ou que se espera que
ocorra frequentemente ou por longos períodos.
Primária: Capaz de promover uma emissão que pode ocorrer periodicamente ou
ocasionalmente durante operação normal.
Secundária: Capaz de promover uma emissão que não deve ocorrer em operação
normal, e se ocorrer, provavelmente será de maneira não frequente ou por
breves intervalos de tempo.
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Tendo sido identificada a fonte de emissão, e estabelecido o grau de emissão, pode-se


estabelecer o zoneamento da área em estudo.

4.3 Zoneamento para Classificação de Áreas contra Riscos de Explosões


Uma vez determinada à existência de emissão em determinadas áreas, as mesmas
poderão ser classificadas em “zonas”, as quais são denominadas “0, 1, 2 e não
classificada”, de acordo com o grau de emissão, conforme descrito na tabela abaixo
referenciada:

Tabela – Zoneamento das Áreas Classificadas


ZONAS GRAU DE EMISSÃO
Área na qual uma atmosfera explosiva, formada por gases ou
Zona 0 vapores, está presente continuamente ou presente por longos
períodos.

Área na qual uma atmosfera explosiva, formada por gases ou


Zona 1
vapores, pode ocorrer durante operação normal.
Área na qual uma atmosfera explosiva, formada por gases ou
vapores, dificilmente ocorrerá durante operação normal e, se
Zona 2
ocorrer, persistirá por um curto período, estando relacionadas
a uma operação anormal do equipamento.
Área não -
Área na qual uma atmosfera explosiva não é provável ocorrer.
classificada

Cabe esclarecer também o que se entende pelos termos “operação normal” e “operação
anormal”.
De acordo com a norma, “Operação Normal” é a situação em que o equipamento está
operando dentro de seus parâmetros de projeto. Pequenos vazamentos de material
inflamável podem ser parte da operação normal, por exemplo, vazamentos de selos que
ficam úmidos pelo fluído que está sendo bombeado. Falhas (tais como ruptura de selos
de bombas, de gaxetas e flanges ou derramamentos causados por acidentes) que
envolve reparo urgente ou parada, não é considerado operação normal e nem
catastrófico. Operação normal inclui operações de partida e parada.
Uma vez classificada uma área em uma determinada zona, é necessário que se
estabeleça a extensão dessa zona.
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4.4 Extensão da Zona Perigosa


A extensão da zona é afetada principalmente por parâmetros físicos e químicos, alguns
dos quais são propriedades intrínsicas do produto inflamável, e outros são específicos do
processo em questão.
Esses parâmetros físico-químicos são:
 Taxa de Liberação
 Limite de Inflamabilidade ou Concentração Mínima da Poeira no ar
 Ventilação
 Densidade relativa do gás ou vapor
 Outros parâmetros: Condições climáticas, topografia, etc.

4.4.1 Taxa de Liberação


Quanto maior a taxa de liberação, maior será a extensão da zona.
Para atmosferas de gases, a taxa de liberação é função de geometria da fonte de
emissão, velocidade da emissão, concentração, volatilidade e temperatura do líquido.
Para atmosferas de pós, a granulometria e a umidade do pó devem ser consideradas.
 Geometria da fonte de emissão
Devem ser consideradas quais são as características geométricas da fonte de emissão,
levando em consideração diversos fatores que possam modificar e qualificar o tipo de
emissão. Tais características afetam diretamente a taxa de liberação. Esse levantamento
deve ser elaborado com base na NBR IEC 60079-10.
 Velocidade de Emissão
Para uma dada fonte, a taxa de liberação aumenta com a velocidade de emissão. No
caso de um material contido em um equipamento de processo, a velocidade de emissão
está relacionada com a pressão de processo e a geometria da fonte. Entretanto, diversos
fatores adicionais devem ser considerados. A extensão de uma nuvem de gás, vapor ou
pó combustível é determinada, além da taxa de liberação, pela taxa de dispersão. Gás ou
vapor escoando de um vazamento em alta velocidade desenvolve um jato de forma
cônica, que arrasta o ar e é auto-diluente. Nesse caso, a extensão da atmosfera
inflamável será quase independente da velocidade do vento. Por outro lado, se a emissão
tem uma velocidade baixa ou se sua velocidade é reduzida por impacto em superfícies, a
nuvem será carregada pelo vento e sua diluição e extensão dependerão da velocidade do
mesmo. Neste caso, também, a decisão será levantada com base nas características
designadas pela NBR IEC 60079-10.
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 Concentração
A taxa de emissão aumenta com a concentração do gás, vapor ou pó combustível na
mistura emitida.
 Volatilidade do líquido
A volatilidade está relacionada, principalmente, com a pressão de vapor e o calor de
vaporização do produto em questão. Se a pressão de vapor não for conhecida, o Ponto
de Ebulição e o Ponto de Fulgor podem ser usados como orientação. Uma atmosfera
explosiva não poderá existir se o Ponto de Fulgor estiver acima da temperatura máxima
possível. Quanto mais baixo for o Ponto de Fulgor, maior poderá ser a extensão da zona
perigosa. Entretanto, se um material inflamável é emitido de forma pulverizada ou névoa,
pode-se ter a formação de uma atmosfera explosiva abaixo do Ponto de Fulgor.
 Temperatura do Líquido
A pressão de vapor aumenta com a temperatura e, desta forma, aumenta também a taxa
de liberação devido à evaporação.

4.4.2 Limite de Inflamabilidade ou Concentração Mínima da Poeira no Ar


Pode ocorrer uma explosão quando a concentração da substância inflamável
suficientemente dispersa no ar ultrapassa um valor mínimo denominado Limite Inferior de
Inflamabilidade (LII). Não ocorrerá uma explosão quando a concentração de gás ou vapor
exceder um valor máximo denominado Limite Superior de Inflamabilidade (LSI).
Para certo volume de emissão, quanto menor for o Limite Inferior de Inflamabilidade,
maior será o risco de explosão, o mesmo ocorrendo quanto maior o Limite Superior de
Inflamabilidade.

4.4.3 Ventilação
Para uma atmosfera de vapores / gases inflamáveis com uma ventilação maior, a
extensão da zona será reduzida. Por outro lado, alguns obstáculos, como, por exemplo,
diques de contenção, paredes ou tetos falsos, podem diminuir o efeito da ventilação e,
consequentemente, podem aumentar o risco já que propiciam uma concentração mais
elevada em determinados pontos. Para atmosferas de pós, a ventilação aumenta a área
de dispersão e pode esparramar, ou diluir e, assim, diminuir o risco quando a
concentração inicial não é muito elevada ou, ao contrário, aumentar a extensão da nuvem
se a concentração inicial for elevada. Por outro lado, uma maior ventilação pode remover
camadas sedimentadas, transformando-as em nuvens e com isso, aumentando o risco.
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Para atmosferas de gases e vapores inflamáveis, a norma NBR IEC 60079-10


recomenda que as extensões sejam estimadas após a devida consideração da influência
da ventilação na determinação de Vz – volume hipotético da atmosfera explosiva que se
forma a partir da fonte de risco identificada, segundo o modelo matemático abaixo.
O valor de Vz pode servir, também, como um fator de avaliação do grau de ventilação do
ambiente.
(𝒅𝑽 ⁄ 𝒅𝒕)𝒎𝒊𝒏
𝑽𝒛 = 𝒇 ∗
𝑪
Onde:
Vz Volume hipotético da atmosfera explosiva
f Eficiência da ventilação
(dV/dt)min Taxa de vazão mínima, função da quantidade liberada do gás inflamável
C Número de trocas de ar por unidade de tempo

A norma NFPA 654 foi referenciada neste estudo como ferramenta na definição da
classificação das áreas com camadas de pós, que desta forma foram consideradas como
potenciais fontes de risco.

4.4.4 Densidade relativa do gás ou vapor


Se o gás ou vapor for significativamente mais leve que o ar, tenderá a se deslocar para
cima. Se for significativamente mais pesado que o ar, tenderá a se acumular ao nível do
piso.

4.4.5 Outros parâmetros


Condições climáticas e a topografia devem ser consideradas no estudo e, com base no
conhecimento e experiência do profissional envolvido na classificação de áreas, a
extensão da área de risco pode ser maior ou menor.

4.5 Fontes de ignição e tipos de proteção


As fontes de ignição e os respectivos tipos de proteção para essas fontes, de uma área
classificada contra riscos de explosões, podem ser estabelecidos conforme detalhamento
da área e suas respectivas condições.
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4.5.1 Exclusão de equipamentos elétricos


Todo equipamento elétrico deve ser considerado como uma fonte de ignição. Portanto, a
medida mais ampla a ser adotada é a eliminação de qualquer instalação / equipamento
elétrico nas áreas classificadas, devendo ressaltar, entretanto, que isso nem sempre é
possível.

4.5.2 Conformidade da instalação / equipamento elétrico


A conformidade da instalação / equipamento elétrico deve se dar em função do
zoneamento, da classe de temperatura e do grupo de gases.

4.5.2.1 Conformidade em função do zoneamento


Em não sendo possível eliminar a presença de instalações / equipamentos elétricos nas
áreas classificadas contra riscos de explosões, tais instalações / equipamentos devem
ser especificados atendendo aos requisitos dos respectivos tipos de zoneamento. A
tabela abaixo referenciada, especifíca os tipos de quipamentos de acordo com a ABNT /
IEC.

TIPO NOME DESCRIÇÃO ZONEAMENTO


Um circuito no qual nem centelha ou qualquer efeito térmico
produzido nas condições de teste prescrita nesta norma
Ex-ia / Segurança “ia” – Zona 0
(que inclui operação normal e condições de falha
Ex-ib intrínsica “ib” – Zona 1
especificadas) é capaz de causar ignição de uma dada
atmosfera explosiva.
A segurança é alcançada imergindo-se em óleo o aparelho
Ex-0 Imersão em óleo que pode originar algum perigo, impedindo o acesso da Zona 1
atmosfera inflamável a partes centelhantes.
É um método que segrega as partes dos equipamentos
Ex-m Encapsulado capazes de causar ignição das atmosferas inflamáveis Zona 1
envolvendo-as num meio encapsulante sólido.
O controle de atmosfera no interior de uma sala ou invólucro
é alcançado por pressurização ou purga dos mesmos.
Ex-p Pressurizado Normalmente o ar é adotado como agente de pressurização Zona 1
ou purga, mas em princípio outros gases inertes também
são aceitáveis.
A proteção é obtida enchendo-se o invólucro com um
material não-higroscópico e consistência de areia seca, de
Imersão em forma que qualquer arco ocorrendo no interior do invólucro
Ex-q Zona 1
areia não poderá causar a ignição de uma atmosfera inflamável
externa, seja por transmissão de chama ou por aquecimento
das paredes do invólucro.
Um tipo de proteção na qual as partes que podem causar a
ignição de uma atmosfera inflamável estão dispostas num
Invólucro a
invólucro que pode suportar a pressão desenvolvida durante
Ex-d prova de Zona 1
uma explosão interna de uma mistura explosiva e que evita
explosão
a transmissão da explosão para a atmosfera explosiva ao
redor do invólucro.
Um tipo de proteção no qual se aplicam medidas para evitar,
com um grau maior de segurança, a possibilidade de
Segurança
Ex-e temperaturas excessivas e a ocorrência de arcos e Zona 1
aumentada
centelhas no interior e nas partes externas do equipamento
elétrico.
Este tipo de proteção se aplica aos equipamentos que não
Proteção
Ex-s atendem as exigências dos tipos de proteção conhecidos, Zona 1
especial
mas que podem mostrar através de testes ou outro recurso
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que são adequados para uso em áreas classificadas contra


riscos de explosões.
Uma combinação dos diversos tipos de proteção também
Proteção pode ser usada para tornar um equipamento ou sistemas
Ex-ed Zona 1
múltipla seguros. Recomenda-se uma marcação múltipla para estes
casos.
É um tipo de proteção aplicada a equipamentos elétricos
Ex-n Não-acendível tais que, em operação normal, não são capazes de causar a Zona 2
ignição de uma atmosfera inflamável ao redor.
Equipamentos elétricos que estejam de acordo com os
requisitos de uma norma reconhecida para equipamento
elétrico industrial que, em operação normal, não tenha
superfícies quentes capazes de causar ignição de uma
atmosfera explosiva; e
1) Não produzam, em operação normal, arcos ou
Industrial
- centelhas; ou Zona 2
comum
2) Em operação normal produzam arcos ou
centelhas mas os valores dos parâmetros
elétricos (U, I, L e C) do circuito (incluindo os
cabos), não excedam os valores especificados na
ABNT NBR IEC 60079-11 com um fator de
segurança unitário.

É importante destacar que a conformidade das instalações / equipamentos elétricos das


áreas classificadas contra riscos de explosões será alcançada se forem atendidos os
requisitos plenos de especificação conforme zoneamento, disponibilidade, operabilidade
e confiabilidade. Para tanto, deverá haver um programa de manutenção que, por sua
própria natureza de risco elevado, deverá ser um programa de confiabilidade de sistema /
item crítico e, como tal, executado por profissional / empresa credenciada de acordo com
critérios bem definidos de credenciamento.

4.5.2.2 Conformidade em função da classe de temperatura


Equipamentos elétricos para uso em áreas classificadas contra riscos de explosões
devem ter, também, uma identificação de Classe de Temperatura baseada na
temperatura máxima de superfície alcançada em partes não protegidas do equipamento.
Conhecendo-se a temperatura apropriada, que deverá ser menor que a temperatura de
auto-ignição dos produtos em questão.
A tabela abaixo referenciada indica as classes de temperaturas para tais equipamentos.

Temperatura de ignição espontânea dos gases (Tº) Classe de temperatura dos equipamentos
T6 T5 T4 T3 T2 T1
85º 100º 135º 200º 300º 450º
85º≤Tº≤100ºC
100º≤Tº≤135ºC
135º≤Tº≤200ºC
200º≤Tº≤300ºC
300º≤Tº≤450ºC
450º≤Tº

Equipamento Seguro Para Uso Perigo de Explosão


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4.5.2.3 Conformidade em função do Grupo e Energia Mínima de Ignição


Equipamentos elétricos para uso em áreas classificadas contra riscos de explosão têm
uma classificação de grupo baseada na Energia Mínima de Ignição do gás ou vapor
inflamável com o qual foi testado. Conhecendo-se a energia mínima de ignição dos
produtos inflamáveis do setor onde este equipamento deverá trabalhar, pode-se escolher
o grupo apropriado, que deverá ter uma energia menor que a energia de ignição dos
produtos em questão.
O Grupo I se destina ao uso com carvão e atividades de mineração e o Grupo II para a
indústria de superfície em geral. Todos os aparelhos para uso em instalações de
processos devem, portanto ser enquadrados como Grupo II.
Em função da Energia Mínima de Ignição, os materiais inflamáveis podem ser
subdivididos em subgrupos IIA, IIB e IIC. Em decorrência, os equipamentos especificados
para cada um desses subgrupos devem atender aos requisitos de energia mínima de
ignição e isto tem um efeito considerável sobre as medidas de projeto necessárias e,
consequentemente, no custo do aparelho. A conformidade de um equipamento específico
está limitada aos gases associados com o subgrupo para o qual foi designado como,
também, para qualquer subgrupo menos oneroso.
A tabela abaixo referenciada mostra alguns gases e vapores típicos associados com os
subgrupos.

I IIA IIB IIC


Metano (Grisu) Acetona Acrinolitrila Hidrogênio
Ácido Acético Acrilato de Metila Acetileno
Benzol Di-Etil-Éter Dissulfeto de Carbono
Diesel Etileno
Gasolina Óxido de Etileno
Metanol
Monóxido e Carbono
Óleos Térmicos
Petróleo

Assim, uma vez que IIC é o subgrupo que gera uma maior proteção, os aparelhos desse
subgrupo podem, também, ser usados em atmosferas associadas com os subgrupos IIB
e IIA. Da mesma forma, os aparelhos do subgrupo IIB são adequados para os subgrupos
IIB e IIA, mas não IIC.

4.5.3 Eletricidade Estática


Nos processos em que existe o atrito de materiais diferentes na forma de líquidos, gases,
vapores ou particulados, pode ocorrer o acúmulo de eletricidade estática se o sistema
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não propiciar o devido escoamento dessa eletricidade. Para tanto, nas áreas
classificadas contra riscos de explosões, deverá haver um Sistema de Aterramento de
Eletricidade Estática que, também, pelo nível de risco representado, deverá ser
considerado como Sistema / Item Crítico e, como tal, estar sujeito às ações específicas
para garantir a conformidade. Nas operações manuais, sujeitas a descargas estáticas,
procedimentos de aterramento manual devem também ser adotados.

4.5.4 SPDA – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas


As descargas atmosféricas sempre representaram um risco de incêndio / explosão, além
de outros. Esse risco se torna de nível muito mais elevado quando se trata de áreas
classificadas contra riscos de explosões. Por esse motivo, o SPDA deve ser considerado
um Sistema / Item Crítico e, da mesma forma, deve estar sujeito às ações específicas
para garantir a sua conformidade.

4.5.5 Ignição por superfícies aquecidas em decorrência de outras causas


Já foi visto que, em um processo produtivo, podem ocorrer superfícies aquecidas pelo
próprio funcionamento do equipamento e, por isso, esses equipamentos devem ser
especificados de acordo com o tipo de zoneamento. Ao mesmo tempo, superfícies
aquecidas ou faíscas podem ocorrer por outras causas como atrito de partes móveis,
impactos de partes metálicas soltas, temperatura do próprio processo produtivo, etc. Tais
superfícies, também, poderão ignir os materiais presentes se estes constituírem uma
atmosfera potencialmente explosiva. Para que a explosão não ocorra, medidas
preventivas devem ser tomadas, incluindo a manutenção adequada das partes móveis,
de modo a evitar atrito excessivo e projeção de partes metálicas soltas, estudos de
processo de modo a compatibilizar as temperaturas de processo com os Pontos de Auto-
Ignição dos materiais, etc. Em muitos casos, sistemas de medição de temperatura,
sistemas de detecção de metais e sistemas de controle de temperaturas de processos
devem existir, muitas vezes, intertravados com sistemas de proteções automáticos.
Se tais superfícies estiverem numa área classificada contra riscos de explosões, cuja
temperatura de auto-ignição da matéria é menor do que a temperatura identificada na
superfície em questão ocorrerá a ignição.

4.5.6 Operações geradoras de fonte de ignição


Muitas operações de suporte, genericamente denominadas de Trabalhos a Quente,
incluíndo solda e corte, operações utilizando ferramentas manuais faiscantes ou
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ferramentas / equipamentos elétricos portáteis, serviços específicos de lixamento,


puncionamento, rebarbamento, etc., podem gerar fontes de ignição (faíscas ou calor)
capazes de ignir atmosferas explosivas. Por esse motivo, tais operações devem ser
realizadas de acordo com critério previamente estabelecido, normalmente com a emissão
de Permissões de Trabalho, de modo a impedir a ignição da atmosfera explosiva.

4.5.7 Reações químicas exotérmicas


Muitos materiais, até não-perigosos para riscos de explosões quando isolados, poderão
reagir entre sí em reação exotérmica e gerar fontes de ignição para atmosferas
explosivas ou serem fontes de combustão espontânea. O processo deverá ser analisado
quanto à presença de tais materiais incompatíveis e medidas preventivas devem ser
tomadas.

4.5.8 Radiações eletromagnéticas


Radiações eletromagnéticas, normalmente com frequência superior a 300 GHz, ou
comprimentos de onda entre 1.000 – 0,1 µm, representam fontes de ignição capazes de
ignir determinadas atmosferas explosivas. Tais condições devem ser analisadas e
medidas preventivas devem ser tomadas.

4.5.9 Fontes de ignição externa


As fontes de ignição advindas de áreas externas às classificadas, decorrentes de
operações normais ou acidentais, devem ser identificadas e medidas devem ser tomadas
para que tais fontes não atinjam as áreas classificadas. Em muitas situações, há
necessidade de instalação de barreiras físicas para impedir o acesso de tais fontes de
ignição, ou há necessidade de serem elaborados planos de emergência para incêndios
nas vizinhanças das áreas classificadas. Fazem partes desse ítem, as medidas
emergênciais em caso de presença de balões e fogos de artifício.

4.5.10 Boas Práticas Operacionais para prevenção de explosões


O não atendimento às Boas Práticas Operacionais para prevenção de explosões pode
gerar fontes de ignição de atmosferas explosivas. Dentre essas más práticas, incluem o
hábito de fumar, o uso de instrumentos / aparelhos de medição e intercomunicação (que
normalmente não são específicados para áreas classificadas), uso de ferramentas
faiscantes para serviços simples e de curta-duração, etc.
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Uma das medidas mais eficazes para inibir o não-atendimento às Boas Práticas
Operacionais para Prevenção de Explosões é a implantação de um Sistema de
Sinalização de Risco que prevê a identificação clara de todas as áreas classificadas
contra riscos de explosões, a delimitação das áreas e a sinalização das boas práticas
incluindo a limitação de acesso de pessoas não-autorizadas, proibição de fumar,
exigências de Permissões de Trabalhos, restrição ao uso de ferramentas faiscantes e
ferramentas elétricas portáteis, etc.
A União Européia (Diretiva 92/58/CEE), padronizou a utilização do seguinte sinal de aviso
para as áreas classificadas contra riscos de explosões.

Placa de sinalização para áreas classificadas

As características dessa placa são as seguintes:


 Forma triangular;
 Letras negras sobre fundo amarelo e bordas negras (a cor amarela deve cobrir
pelo menos 50% da superfície da placa);
Outras placas podem ser adicionadas contendo outras informações como indicação do
tipo de atmosfera explosiva perigosa, número do desenho de classificação de áreas da
região específica e a classificação atribuída ao local.
Durante o treinamento obrigatório para operação de áreas classificadas, os trabalhadores
devem ser informados da sinalização existente e do respectivo significado.

5. ESTUDO DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS


A seguir, passa-se a descrever o estudo de classificação de áreas contra riscos de
explosões do Posto Revendedor de Combustível Ltda, localizado no município de
Cidade-Estado.

Especificação do processo operacional


A especificação do processo operacional é a primeira etapa importante, já que ela
propicia a identificação das áreas onde se manuseiam os produtos inflamáveis, das
características operacionais e ambientais dos processos levantados no estudo de
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classificação de área contra riscos de explosões. Essas especificações foram efetuadas


em conjunto com o Proprietário, Gerente e demais funcionários.
De acordo com a estrutura do estabelecimento, processos e produtos existentes, a
unidade objeto deste estudo destina-se ao descarregamento de caminhões tanques,
abastecimento de veículos e outras operações onde pode ocorrer a existência de uma
atmosfera explosiva à pressão atmosférica e a temperatura ambiente, com ventilação
local considerada de grau médio.
Os pontos de emissão identificados de material inflamável, e os respectivos cenários
estabelecidos, estão relacionados na tabela abaixo.

CENÁRIO ÁREA ANALISADA


1 Operação de descarga de combustível
2 Unidade abastecedora
3 Unidade de filtragem de diesel
4 Sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis
5 Depressões

5.1.1 Produtos Manuseados


Os principais produtos identificados no processo estão relacionados na tabela abaixo:

Gasolina Comum
Álcool Etílico Hidratado e Combustível - Etanol
Diesel

5.1.2 Características físico-químicas dos produtos manuseados


A tabela abaixo referenciada apresenta as características do produto acima referido. Os
dados foram obtidos da Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico –
FISPQ.
Características do Álcool Etílico Hidratado e Combustível (Etanol)
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS VALOR
Estado físico Líquido
Densidade de vapor (ar=1) 1,6
Pressão de vapor (kPa a 20ºC) 5,8
Temperatura de operação (ºC) Ambiente
Ponto de fulgor em vaso fechado (ºC) 15
Temperatura de auto-ignição no ar (ºC) 363
Limite de explosividade no ar (% volume) ND

Característica da Gasolina Comum


PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS VALOR
Estado físico Líquido
Densidade de vapor (ar=1) 0,73 a 0,77
Pressão de vapor (kPa a 20ºC) 79
Temperatura de operação (ºC) Ambiente
Ponto de fulgor em vaso fechado (ºC) -43
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Temperatura de auto-ignição no ar (ºC) 250º


Limite de explosividade no ar (% volume) ND

Característica do Óleo Diesel


PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS VALOR
Estado físico Líquido
Densidade de vapor (ar=1) ND
Pressão de vapor (kPa a 20ºC) 0,4
Temperatura de operação (ºC) Ambiente
Ponto de fulgor em vaso fechado (ºC) 38
Temperatura de auto-ignição no ar (ºC) 225º
Limite de explosividade no ar (% volume) ND

5.1.3 Classificação dos produtos em função das características físico-químicas


A tabela abaixo apresenta as cassificações por grupos de gases e classes de
temperatura.

Classificação do Álcool Etílico Hidratado e Combustível (Etanol)


Grupo IIA
Classe de Temperatura T2

Classificação da Gasolina Comum


Grupo IIA
Classe de Temperatura T3

Classificação do Óleo Diesel


Grupo IIA
Classe de Temperatura T3

Considerando que o produto mais crítico manipulado, é pertencente aos Grupos IIA e sua
temperatura de auto-ignição é de 250ºC (T3), fica definido que as áreas classificadas e
representadas no desenho anexo são pertencentes ao GRUPO IIA, com Classe de
Temperatura T3, o que significa que os equipamentos elétricos para uso nestas
áreas não devem atingir temperaturas superiores a 200ºC.
Nas áreas não classificadas, conforme especificado nos desenhos anexos, poderão
utilizar equipamentos elétricos do tipo industrial de uso comum.

5.2 Preparação dos desenhos de engenharia


Os desenhos de engenharia disponibilizados são analisados com relação ao lay out
mecânico e físico (arquitetônico), identificados durante o reconhecimento da planta e
revisados nos ítens em desacordo. É importante destacar que essa revisão é executada
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tão somente com o rigor de detalhes e escala necessários para o estudo de classificação
de áreas e, portanto, não confiáveis para outras finalidades.

5.3 Identificação das fontes de emissão de produtos perigosos no processo


Conhecidos os processos, os produtos manuseados e respectivamente suas
características de risco, e de posse dos desenhos atualizados, houve a identificação das
fontes de emissão dos produtos, fazendo a respecitiva anotação nos referidos desenhos.

5.4 Inserção das fontes de emissão no desenho


Os desenhos foram atualizados inserindo-se as fontes de emissão de acordo com suas
características e grau de risco, seguindo os critérios exigidos pela NR20.

5.5 Definição do Tipo de Zoneamento em função da estimativa do grau de risco.


Com base nas premissas normativas, o grau de risco da emissão foi estimado em função
da frequência e duração dessa emissão, podendo ser contínuo, primário ou secundário.
Com isso, pode-se definir o tipo de zoneamento em: ZONA 0, ZONA 1, OU ZONA 2
respectivamente.

5.6 Determinação dos Tipos e Extensões do Zoneamento


Tendo-se o tipo de zoneamento e as características do processo e produto, procedeu-se
à determinação da extensão do zoneamento com base na norma NBR 14639 – Posto de
Serviços – Instalações Elétricas.

Tipos e Extensões de Zoneamento


Nº ÁREA CONDIÇÃO EXISTENTE ZONEAMENTO
Zona 1: Durante a descarga, 1,0m de
perímetro e 0,5m acima da boca de visita
do caminhão tanque;
Instalação abrigada sem Zona 2: De 1,5m de raio de afastamento,
Operação de
fechamentos laterais, com do bocal onde se realiza a descarga de
01 descarga de
ventilação do tipo natural, de produto com 0,5m de altura;
combustível
disponibilidade satisfatória. Zona 2: Quando não estiver
descarregando, 1,5m de raio de
afastamento do bocal, com 0,5m de
altura;
Zona 1: No interior do gabinete hidráulico
e depressões sob a unidade
Instalação abrigada sem abastecedora;
Unidade fechamentos laterais, com Zona 1: No interior do receptáculo do
02
abastecedora ventilação do tipo natural, de bico de abastecimento;
disponibilidade satisfatória. Zona 2: Externamente, num raio
horizontal de 6,0m e verticalmente a uma
altura de 0,5m, medidos acima do piso;
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Zona 2: Verticalmente, a partir da base,


estendendo-se horizontalmente num raio
de 0,5m;
Zona 0: No interior do reservatório;
Zona 2: Região externa abaixo da
Instalação abrigada sem unidade de filtragem de diesel;
Unidade de
fechamentos laterais, com Zona 2: Região entre a caixa de filtragem
03 filtragem de
ventilação do tipo natural, de e o reservatório;
diesel
disponibilidade satisfatória. Zona 2: Externamente, num raio
horizontal de 6,0m e verticalmente a uma
altura de 0,5m, medidos do piso;
Zona 1: Na região intersticial do tanque
de parede dupla;
Zona 1: No interior das câmaras de
acesso e/ou contenção;
Zona 1: Dentro de um raio de 1,0m a
Sistema de
partir do bocal do respiro em todas as
armazenamen Instalação abrigada com
direções;
-to fechamentos laterais, sem
04 Zona 2: Acima das tampas das câmaras
subterrâneo ventilação do tipo natural, de
de acesso e/ou contenção e
de disponibilidade pobre.
verticalmente a 0,5m acima do nível da
combustíveis
pista, se estendendo horizontalmente por
um raio de 1,5m;
Na região em torno do respiro, numa
esfera de 1,5m de raio do bocal,
excluindo a esfera que delimita a zona 1.
Instalação abrigada sem
Zona 1: Qualquer depressão, valetas,
fechamentos laterais, com
05 Depressões mesmo que parcialmente contida em
ventilação do tipo natural, de
Zona 1 ou Zona 2.
disponibilidade satisfatória
Zona 1: No interior da gaiola de
armazenamento
Instalação abrigada sem Zona 2: Externamente, num raio
Armazena-
fechamentos laterais, com horizontal de 3,0m e verticalmente a uma
06 mento de
ventilação do tipo natural, de altura de 0,5m, medidos acima do piso;
GLP
disponibilidade satisfatória. Zona 2: Verticalmente, a partir da base,
estendendo-se horizontalmente num raio
de 0,5m;

5.7 Elaboração dos desenhos de classificação de áreas contra riscos de


explosões.
Com base nos elementos de classificação de área demonstrados nas tabelas, foi
elaborado o Desenho de Classficação de Áreas contra Riscos de Explosões, o qual se
encontra em anexo.

6. LIMITAÇÕES
Este estudo de classificação de áreas contra riscos de explosões, pela própria
metodologia utilizada, é um estudo qualitativo e normativo e, como tal, não se destina à
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identificação e classificação das áreas contra riscos de explosões em nível absoluto de


confiabilidade e, além disso, deve-se levar em consideração que mesmo um estudo mais
abrangente, não cobrirá todas as potenciais situações de risco. Por outro lado, é
tecnicamente reconhecido que o trabalho humano, por melhores que sejam as
ferramentas utilizadas, não está isento de erros ou falhas. Pode-se acrescentar a isso, o
fato de as condições operacionais estarem sujeitas a mudanças no transcorrer do tempo,
devido a fatores internos e externos, causais ou acidentais. Entretanto, é assegurada que
o resultado desse trabalho tenha identificado e classificada a grande maioria das áreas
existentes, mitigando assim as probabilidades de ocorrências que possam causar danos
sérios para o ser humano, ao meio ambiente e ao patrimônio.

7. RESPONSABILIDADES
Compete aos responsáveis pelo Posto Revendedor de Combustível Ltda., cumprir e
cobrar de todos os envolvidos nas operações do posto de serviços, as informações e
exigências que estão determinadas nestes documentos, respeitando os locais
devidamente identificados como sendo áreas classificadas, utilizando apenas
equipamentos que possuem uma proteção adequada conforme o zoneamento
determinado, levando-se em consideração o conhecimento prévio de todos os
funcionários diretos ou de empresas contratadas.

8. FINALIZAÇÃO
Este estudo tem como objetivo, a identificação, avaliação e classificação das áreas contra
riscos de explosões das instalações do Posto Revendedor de Combustível Ltda, de
acordo os requisitos exigidos pelas Normas Regulamentadoras (NR20 e ABNT NBR
14639).

9. ANEXOS
 Desenho – Planta de Classificação de Área Contra Riscos de Explosões.
 Tabela de Área Classificada.
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ÁREA CLASSIFICADA
CLASSIFICAÇÃO LOCAL
CONFORME
Zona 0 Interior de tanque
Interior das câmaras de acesso e/ou contenção;

Zona 1 Interior das câmaras de acesso e/ou contenção;


Acima das tampas das câmaras de acesso e/ou
SASC contenção e verticalmente 0,50 metros acima do
nível da pista se estendendo horizontalmente por
Zona 2 um raio de 3,00 metros;
Região em torno do respiro, numa esfera de 1,50
metros de raio do bocal, excluindo a esfera que
delimita a zona 1.
Interior do gabinete e depressões sob a unidade
Zona 1
de abastecimento.
Pista de abastecimento, num raio horizontalmente
de 6,00 metros, a partir do eixo central da unidade
de abastecimento e verticalmente a uma altura de
0,50 metros, medidos acima do piso;
Unidade de Abastecimento
Verticalmente, a partir da ilha de abastecimento
Zona 2
ou a uma altura de 1,20 metros, estendendo-se
horizontalmente num raio de 3,00 metros,
declinando a partir deste ponto, limitado a um raio
de 4,25 metros até a ilha de abastecimento ou
nível da pista.
Zona 0 Parte dentro do tanque
Bomba submersa
Zona 1 Parte fora do tanque
1,00 metro de perímetro da projeção do tanque e
1,00 metro acima da boca de visita do caminhão
Descarga tanque;
não selada Zona 2
3,00 metros de raio de afastamento do bocal onde
se realiza a descarga de produto com 0,50 metros
de altura.
Descarga
1,00 metro de perímetro e 0,50 metros acima da
tanque;
boca de visita do caminhão tanque;
Descarga
Zona 2 1,50 metros de raio de afastamento do bocal onde
selada
se realiza a descarga de produto com 0,50 metros
de altura.

REGISTRO DE ATUALIZAÇÕES
RESPONSÁVEL PELA RESPONSÁVEL PELO
DATA TIPO
ATUALIZAÇÃO POSTO
Elaboração - Prontuário

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